quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


A Comunicação que veio de Montemor e pretende o anonimato..
-Tá,és tu, o Olimpio?
-Sim,sim;então o que se passa? -Perguntei ao meu velho amigo.
-É pá tive a ler no teu blogue o texto do campo de futebol,mas olha eu não quero confusões com o poder local porque estou empregado na Câmara,compreendes?
-Claro que compreendo e vou respeitar o ganha pão; mas o que queres então?
-Olha pá,tu agora apareces pouco e estás longe de saber a tramóia desta politica de interesses das mais valias,pois eu duvido que o Luis Barbosa,o nosso Presidente da Câmara,depois de vender o terreno do campo de futebol,alguma vez se vá interessar por novo local para fazer outro,pois ele está de costas voltadas para o nosso clube.
-Não me digas!... Então o Luis foi um excelente atleta do A.C.M. será que vai deixar o clube sem parque desportivo para apoiar a nova direcção, agora que juntou mais de 40 putos a praticar desporto,não posso crêr... -respondi para o inquieto montemorense que não quer dar a cara neste problema,em discussão dentro do Atlético Clube Montemorence.
-É!
-Pois,pois,respondi de cá...quem não tem padrinhos morre magro!Mas olha que eu não acredito numa violência destas,porque Montemor apesar de possuir já o Centro Náutico e o Pavilhão Municipal,estruturas importantes de apoios desportivos,não vai prescindir de um parque desportivo para o futebol,atletismo e outras modalidades enquadradas... - aliviei eu a preocupação do meu companheiro de antigamente,já que se passámos à reserva,não deixámos ainda por mãos alheias o interesse pelas causas da terra montemorense.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SIntético do Carapinheirense um exemplo.


A Carapinheira é uma das 14 freguesias de Montemor-o-Velho,onde o bairrismo das suas gentes é por demais notável com as as suas iniciativas,quer no associativismo ou no desporto,os exemplos são constantes junto da população.
O Carapinheirense,a disputar a Divisão de honra,A.F.C.tem agora o seu campo sintético,inaugurado com festejos à boa maneira carapinheirense; deseja,faz...é só questão de tempo,honra lhe seja feita, e que o exemplo se propague.Vai longe o tempo das rivalidades entre o Montemorense e o Clube da Carapinheira,cujos jogos de futebol apaixonavam a população das duas localidades,desde os torneios populares na década de 50 e 60, e ainda nos ultimos anos já em jogos da A.F.C..
Guardamos por carolice alguns apontamentos dos jogos daquela época, são recordações...
Recentemente vivemos agradáveis jornadas com o Atlético Montemorense,mas entretanto surgiu a inevitável parágem,e o Clube Montemorense esteve inactivo durante alguns anos,ressurgindo agora com gente nova, trabalhadora, cheia de esperança,e entusiasmo na direcção relativamente à área do futebol.Apesar do trabalho desta direcção,que festejou com entusiasmo o aniversário da colectividade,em 9 de Setembro 2009,no restaurante A Moagem,o mais estranho e preocupante é que a Câmara Municipal,colocou à venda o terreno,onde durante muitos anos se disputaram os jogos de futebol nas várias categorias do unico clube desportivo de Montemor.Longe de pensarmos o pior,apesar da dificuldade em acreditarmos nos rodeios que a politica tece,vamos esperar que as promessas do poder local,em que irá surgir novo projecto na zona da feira,se justifique para melhor apoio e crescimento das modalidades desportivas. É de todo impensável que a sede de Concelho não venha a movimentar-se em prol dum Complexo Desportivo,adequado ás inerentes actividades em prol do desporto, ou desportos, do A.C.M.e doutras colectividades de Montemor.

sábado, 26 de dezembro de 2009

SEM-ABRIGO

Abrigo pode ser casa de caridade,onde se recolhem os desamparados.Mas também pode ser abrigo de menores,enfim,ao abrigo das maldades humanas.Tantos são os problemas e a preocupação de organizações de solidariedade e de pessoas singulares,que protegem os sem abrigo, grupo de quem quero falar.Alguns são-no por opção,não sei se isso acontece fruto do seu percurso.A maioria,se perguntarmos, sofre devido a problemas de alcoolismo,divórcios conflituosos,desaires nas finanças,histórias que os levaram à rua,o que sei eu desta humilhada corrente humana.O aforismo popular nos confirma:se muito tens ,muito vales,se nada tens, nada vales.É nesta área que se conhece o verdadeiro carácter das pessoas.É o teste.As pessoas dizem-se iguais umas às outras,mas quantas vezes carregados de mentira e preconceitos,afastando-se e olhando de lado essas outras,como que se olha para um leproso,na hora da verdade e do diálogo revela-se o seu interior.E se assumo esta frontalidade é pela razão de que todos os dias partilho palavras com um sem-abrigo e este é-o verdadeiramente porque quer assim viver.É também nesta área que se revelam os insensíveis e gananciosos,que apenas ligam aos bens materiais e que não sabem partilhar.
Sem falsos sentimentos que só me envergonhavam,digo tenho inveja dos que se dedicam a estes apoios aos sem abrigo.Daí que humildemente os veja como pessoas diferentes de mim.Preocupado com a minha sobrevivência,não deixo de me sensibilizar com todos os processos de apoio ao nosso semelhante.Mas o que faço não é muito,os problemas são graves.Agora por Lisboa e Porto e porque não pelo país,cerca de mil sem-abrigo,enfrentaram o frio intenso,enrolados de qualquer modo em sujas roupas e papelões que fazem enganar a desgraça de cada um,esperando o caldo quente de pessoas de bem fazer.Nesta quadra a solidariedade chega em ondas,igual ao volume de água chuvosa que nos inundou.Mas depois,tal como o sol que brilha e desaparece,os problemas ficam por aí entregues à comiseração de uns e o desprezo de muitos.E é por isso que deviamos ter mais um imposto,por forma a retirarmos da rua estes nossos semelhantes que se arrastam na mendicidade e na humilhação social e humana.Écerto que me orgulho das iniciativas que apoiam esta faixa de pessoas como nós,que vivem na valeta das piores dificuldade.Mas se se paga impostos por tudo e por nada,ninguém contestava mais outro que beneficiasse directamente
este estado social que nos preocupa e nos limita para a melhor tranquilidade neste Natal.Ou então que se reavalie esse tal rendimento mínimo de inserção de que tanto mal se diz e se canalize de facto para quem não tem mesmo hipótese de trabalhar e viver de forma digna.Dentro de dias,pois outro ano vem aí e esta fúria de sentimentalidade e alvoroço é uma festa que tem o seu principio e o seu fim.Comovo-me com tanta fraternidade mas pensando já adiante e sobre a nossa existencia tão efémera e precária,agarro com unhas e dentes uma partícula deste amor que saiu dos corações e das multidões e guardo-a esperando aquecer-me dele todo o ano.É isso que estamos a fazer aos sem abrigo,oferecemos fraternidade no Natal e esperamos que ela os aqueça e alimente todo o ano.Temos de ter a força e a sensibilidade de ver no outro o nosso semelhante e só assim se tomarão talvez medidas mais eficazes para resolver este problema.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Artur Camarneiro,partiu...

Foi sepultado em Montemor-o-Velho,depois de longo sofrimento, o nosso amigo Artur Camarneiro.
Deixa viúva a Arminda Forte, e de luto os filhos Paula,Helena,Jorge,e Victor, noras,genros e respectivos filhos.Uma familia numerosa e estimada em Montemor,cujos montemorenses em grande numero fizeram questão de estar presentes no funeral do amigo Artur,acompanhando à última morada aquele que era um homem franco, amigo do amigo,respeitador e respeitado,dentro da família que o adorava,e fora dela também. Permito-me neste simples espaço prestar-lhe a minha homenagem,a minha gratidão pela estima,a minha saudade até.Restam as recordações,como esta foto que faz parte do livro do Atlético, publicado em 1992: Artur ao centro com o irmão Abílio,à esquerda o José António Almiro, e à direita o António Costa,também já falecido.Faziam parte de uma equipa de pescadores amadores,do clube de Montemor,por volta de 1960,época em que o pesqueiro do Pôço da Cal no Casal Novo do Rio,atraía pescadores de todo o País,a participar nos concursos que ali tinham lugar. Neste concurso,os irmãos Camarneiro foram bem classificados,ganharam taças,como se pode observar na foto.

Dília Maria (minha mulher)ligada à familia Camarneiro por laços de grande amizade e visinhança,que nem a distância quebrou,juntou-se a mim neste pequeno apontamento. Deixamos também aqui o nosso abraço muito sentido,a esta familia,a estes amigos!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Montemor,"a Mexer"...



Desde o dia 2 de Junho de 2008 que aquele blogue deixou de noticiar as vivências
do velho burgo,o que me admira pelo facto de notar a sua excelente elaboração feito por gente jovem,como a Joana Melo Matos,cuja data do seu texto se situa em
14 de Maio de 2008! Ó jovens da minha terra,mas então o que se passa com a chama da vossa juventude? Será que a vossa terra não tem matérias suficientes para dar vida ao vosso blogue?Claro que existe um rol enorme de assuntos interessantes que poderiam trazer vida e paixão ás vossas vidas,sobre a terra que é vossa e que deveis defender e projectar,com orgulho de a ela pertencerem, ou então outras razões respeitáveis deixaram"adormecer" o Montemor a Mexer"? Seria tolice pretender dar-vos qualquer exemplo,e desde já me penitencio,porque apesar de ter deixado Montemor já alguns anos,ainda de vez em quando dou umas"bicadas"aqui e ali,porque o tempo passou e deixou-me saudades de algumas cenas;é assim que vocês dizem agora,não é? Venham pois e depressa,falem,e façam Mexer Montemor!

Pena de Morte em Portugal.



Actualmente a pena de morte é um acto proibido,consolidado no artigo 24 da Constituição Portuguesa, apesar de não ter sido o primeiro Estado da Europa a abolir a pena de morte,os governantes deste cantinho,proclamam esse privilegio como simbolo do seu livre discurso,mas não é bem assim,já que em 1849,a Republica Romana e São Marino em1865,assumiram a abolição da pena capital,enquanto em Portugal esse facto aconteceu em 1 de julho de 1867.
A grande questão e discussão deste delicado assunto,e como em tudo,é saber os que estão de acordo ou não com a pena de morte em Portugal,daí as doze localidades portuguesas incluindo a Figueira da Foz,terem manifestado o seu apoio ao não da morte como castigo máximo aos que cometem crimes de sangue e outras barbaridades de espantar o comum dos mortais.Também Lages do Pico,Tavira,Torres Vedras,Santarém,Moita ,Nelas,Paredes,Matosinhos,Odivelas e Setubal,aderiram á iniciativa da Amnistia Internacional,que pretende chamar à atenção para a importancia da abolição da pena de morte.Por mim e face aos banhos de sangue que um pouco por todo o Pais se assiste,e que leva a opinião publica a interrogar-se sobre esta matéria da pena de morte,revejo-me na duvida do sim ou não,se porventura esse castigo máximo sobre a vida de um criminoso,iria alterar daí em diante o cenário de outros horrorosos crimes sobre a condição humana.Na América por exemplo em alguns Estados,existe a pena capital,mas é de todos os dias que os crimes de sangue lá acontecem,mesmo tendo em conta o espaço geográfico e a própria cultura.É certo que vivemos uma época particularmente perigosa,em que o banditismo está solto e age descaradamente,mas este é o preço da democracia,(mas democracia não entendida como tal ) e das liberdades avulsas,onde a autoridade das nossas policias não teve o apoio das estruturas de Estado e dos próprios politicos, olhando-se hoje para um agente da autoridade sem a menor ordem cívica e respeito pela sua missão,que é proteger a cidadania de cada um de nós.Julgo que antes da pena de morte em Portugal,deveriamos ter isso sim, outras medidas preventivas quanto a abusos e hábitos desordeiros,reprimindo com autoridade os que fazem dos crimes a sua profissão.É do dominio público que actualmente, quando os agentes da autoridade entregam o detido e de seguida se ocupam das formalidades escritas inerentes, e ainda não acababaram a sua tarefa, e já os que infringiram as leis saíram livres "cantando e rindo" dos actos praticados.Ainda à dias escrevi neste blogue sobre as claques de futebol,apenas uma opinião e sujeita ao contraditório,mas aquela prática é o espelho dessa sociedade que proliferou alheia aos bons costumes, e os pacatos cidadãos,assistem de joelhos a esta enormidade de desacatos e selvajarias sobe o olhar complacente das autoridades que quase os "leva ao colo" até aos estádios,numa escalada de gratuita violência,apesar da própria policia não raro desvalorisar e considerar os desacatos de pouca importancia.Os crimes em Montemor e tantos outros que a informação nos conta,impressionam pela sua brutalidade contra a dignidade humana,mas seria que a pena de morte resolveria este trágico problema social