quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Parceiros da LR Aloé Vera por Terras de Fidel de Castro

Cerca de 48 parceiros da LR Aloé Vera,oriundos do Centro e Sul do País,organização de que podes fazer parte e viajar gratuitamente,desde que tenha o gosto de comunicar com os outros e atinja objectivos de venda,propondo os excelentes produtos ALOÉ VERA,viajaram para Cuba.No primeiro dia e meio uma visita guiada por Marlos,um cubano com duas licenciaturas,uma delas em história cubana e com dois livros publicados sobre turismo e o seu desenvolvimento,mas que informando os clientes da Agência Abreu,ganha mais pesos do que trabalhar na sua profissão,já que o salário de 25o pesos,24 euros,mês,tanto faz ser trabalhador de limpeza como médico.Aliás, espero partilhar verdadeiros dramas sociais desde aquele casal de médicos que aceita as roupas já usadas dos portugueses,instalados no luxuoso Resort,em Varadero,o jardineiro que pede comida aos meus companheiros de viagem,as camareiras que ficam felizes com uma peça de roupa,esperando não trazer aqui e agora as minhas emoções que me custaram numa manhã e junto dos médicos,umas horas de intenso sofrimento,já que a médica,abraçando-se a mim e vendo o saco cheio de roupa,se comoveu de tal modo que o grupo se comoveu com o destino de um povo pobre e humilhado,fortemente preso a um sistema politico que acredito não terá futuro.Entre o luxo e a pobreza e o nosso luxo deveu-se a um trabalho na empresa LR durante um ano,o que é certo é que os portugueses manifestaram uma grande lição de amor ao próximo,despejando as suas malas de roupas numa alegria partilhada junto dos nossos irmãos cubanos.Se acaso a LR me proporcionasse outra visita a Cuba e gratuita,como aconteceu com alguns parceiros,fruto do seu trabalho e dedicação,não voltaria ao belo país,já que não tenho condições emocionais para viver tanta injustiça social ,porque a minha revolta só me deu angustia e preocupação. Mas vamos por partes...Instalados no Hotel Heliá Habana,a 24 quilometros do Aeroporto de Cuba,util e sem modernidades,o excelente Marlos levou-nos a percorrer a bela cidade ampla e arvorezada,mas surpreendentemente envelhecida,face a uma revolução que tarda em chegar,pois o seu aspecto é desolador nas casas e edifcios a merecer urgente recuperação.Aliás,o guia Marlos,imformou-nos que se iniciou agora algumas intervenções no plano urbanistico,onde uma empresa do sector privado,está a entrar com pézinhos de lã naquele mercado.Arquitecturas ainda coloniais, a praça da revolução,onde se destaca o Ché,o Museu do Rum,assim como a loja dos charutos.Lá está um com 45 metros de comprimento,a justificar comprovativo do Guiness,foram atractivos invulgares para o grupo LR.Teremos fotografias e os respectivos textos ,onde não faltará o café que foi frequentado por Eça de Queirós,quando consul em Havana,onde escutamos do pianista negro e nosso anfitrião",é uma casa portuguesa concerteza" e a Canção de Coimbra,"o que levou o grupo a cantar e a dançar com a expontaniedade do momento.Bonito foi o sorriso largo do pianista cubano que ao ver os pesos em cima do piano,manifestou a sua alegria,pois tudo serve,como dizia o Marlos,para ganhar uns pesos e minorar vidas muitos dificeis de sustentação,pois o salário,em moeda cubana e não convertivel,pois existem duas moedas no País,transmitiu ao grupo a dura realidade de uma economia estagnada onde tudo falta,face a um embargo americano tão proximo do crime social,mas é agora que penso assim depois de verificar tantas e tristes limitações,quando os do partido tem tudo ao seu dispor,gasolina gratuita,casas e a indespensável companhia feminina,com nos dizia o médico cirurgião no Resort ,quando aceitava os sacos de roupa do noso grupo. Calar este crime social cubano é partilhar com a mentira e eu não me sinto preparado para esconder esta afronta miserável,porque denunciando assumo a minha cidadania por inteiro e faço o que a minha consciência me incita a manifestar.Estamos num Pais com muitos problemas,onde o poder politico tem o seu cadeirão forrado da melhor pele,mas somos livres e a nossa dificuldade não tem a mesma dimensão,diria dolorosa,do povo cubano.Este nosso amado País se não houvesse tantos ladrões e oportunismos sem alma,estaria muito proximo da justa qualidade social,porque vos garanto que o nosso povo das aldeias,tem de longe condiçôes de vida que não se deve comparar com o povo cubano.Alguns parceiros ,tendo por base o seu trabalho na empresa e durante um ano,conseguem a viagem gratuita,mas eu não voltarei mais a Cuba,mesmo gratuita e levado ao colo,pois não tenho condições emocionais para enfrentar um povo humilhado e depois paredes meias o luxo estupido de um Resort,que todos os dias estraga comida,enquanto que nas sebes o jardineiro come migalhas levadas ás escondidas entregues pelos meus companheiros de viagem. A foto mostra alguns parceiros da LR Aloé Vera, a sair do Hotel,àdescoberta de Havana.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Capinha e Montemor no coração!



Montemor no coração! Este "o grito" de alerta com que Fernando Capinha apelou aos Montemorenses,com vista ao voto relativamente à sua candidatura,para a junta de freguesia de Montemor-oVelho. Gostei; porque gosto que gostem da minha terra.Por minha culpa,ou dos politicos que geralmente não mostram exemplos de solidariedade(nem todos,claro) prefiro o espaço associativo e a sua carolice profunda,em detrimento das causas políticas; está errado dirão,é possível que esteja,aceito...Daí a Dra.Rita ter tido aqui o meu elogio,modesto é certo,mas honesto porque sou verdadeiro.E agora vou "malhar" no Capinha,porque anda enrolado com a C.D.U. e a sua política,quando na minha opinião,o que mais se ajustava à sua postura e cidadania ,seria a chefia de uma qualquer colectividade em Montemor,para as quais ao longo dos anos ,o seu contributo foi importante e generoso.Porém,a sua C.D.U e o bichinho da sua politica,roubou-me esta carismática figura (montemorense por adopção) que faz falta à Santa Casa e aos Bombeiros onde já trabalhou imenso, e ao Atlético em fase de ressurgimento,e que possívelmente agora não poderá ter a mesma disponibilidade. Fui a Montemor no dia 11 de Novembro,não para votar (confesso) mas apenas para um momento de recolhimento junto aos meus falecidos,agora na terra ora quente ora fria, porque ainda os tenho no coração.Mais tarde,entre tanta panfletada com palavras de ocasião a apelar ao voto do comum cidadão,encontrei o programa do Fernando Capinha,e decidi colocá-lo no meu blogue,pensando desde logo na oportunidade de dizer o que sinto sobre quem merece, sem exageros de lisonja. Penso, não sei se mal,que poucos politicos "da nossa praça" Montemor, e com o devido respeito pelos seus valores e"guerras"às quais sou estranho,optaria por uma afirmação tão forte - Eu Tenho Montemor no Coração! Façam favor de votar na minha cruzinha,pois eu sou o fraterno amigo, agora e depois do seu voto! Bonito sim,caros Montemorenses...mas o Capinha anda por maus caminhos,porque nada tem em comum com a dualidade das políticas,e de alguns políticos... Capinha, eu sei que adoptáste Montemor como teu, vão já muitos anos; as Asssociações contaram sempre contigo e contam, e o Atlético também mora no teu coração...
Deixa a política para os políticos,ela não faz o teu género...
Felicidades Capinha!

domingo, 11 de outubro de 2009

Rita Sansão,a Presidente.


Filarmónica 25 de Setembro,festejou 117 anos. A Filarmónica é uma querida dos Montemorenses e festejou agora uma longa existência e com página na Internet.www.filarmónica25setembro.com.É uma boa prenda para uma "velhinha" que fáz questão de acompanhar as modernices deste tempo.Seria injusto e não vou por aí,já que ao longo destes anos imensos muitos montemorenses se dedicaram á causa da banda ,mas gostei de ver a Rita Sanção Coelho ,como presidente da Associação,por razões minhas e dos meus afectos.O pai Sanção Coelho,sempre me dispensou a melhor estima.Recordo no Casino da Figueira os Festivais de cabeleireiros e tambem por Montemor ,enfim,excelente cordialidade.A sua Mãe,foi minha cliente no Bairro Novo e algumas vezes em Armação de Pêra,mantivemos saborosas conversas.A Rita ,bom a Rita ,tem vida para sete,pois recordo que nas passagens de moda que tivemos juntos Nno Casino da Figueira ,já revelava dotes de chefia no meio daquela confusão dos bastidores.Depois em Montemor a "nossa Rita,"foi sempre aquela disponibilidade em pessoa e não admira que um dia destes a veja a candidatar-se á Camara de Montemor.Para já candidatou-se á Junta de Freguesia pelo P.S.,só podia ser uma mulher de esquerda,a Rita Sanção Coelho,mas na Filarmónica ,os encantos são outros,digo eu,para esta mulher que se une a muitas outras em Montemor,dando o seu melhor no colectivo das Instituições.

domingo, 4 de outubro de 2009

Fausto Caniceiro partiu há três anos.



Aconteceu em 26 de Setembro de 2007,mas tudo é tão rápido,parece que foi ontem que Fausto Caniceiro nos deixou.Eu e a Dília,convivemos longos anos com ele, numa elevada estima quase familiar.Quando nos despediamos dizia sempre,até depois,até depois... Era um homem humilde,tinha valor,era artista e tinha graça,e estava sempre disponivel para,com a sua arte colaborar em festas de beneficência.Várias vezes lhe pedi,só sabia dizer sim.Sem contrapartidas,tudo de boa vontade sem lucros de nenhuma espécie.E nem sequer era rico;auferia uma reforma de valor reduzido,mas não acusava frustração nem revolta,aceitava o facto com um encolher de ombros e um sorriso talvez um pouco triste,que logo afastava... A doença (grave) surgiu, e foi em sofrimento que chegou ao fim dos seus dias. Se me é permitido usar a palavra satisfação,colóco-a no facto de me ter sido possível acompanhar este amigo,visitando-o regularmente em casa,e posteriormente no Lar, onde já mais débil foi internado.Iamos para o Algarve oito dias,mas antes fomos estar com ele,a minha mulher disse-lhe algo de Gil Vicente,que ele comentou,e sorriu... estava lúcido,e só. Foi a ultima vez que falámos.Ao ler no jornal (agora) o pequeno texto junto à fotografia que recorda a data do seu fim,tudo me veio à memória: - até o seu funeral, em dia triste sem sol,com uns pingos de chuva a cair de vez em quando,e a cerimónia demasiado simples,tudo um pouco à pressa. Lamentei,e lamento,que naquele seu ultimo minuto ainda ao cimo da terra,ninguém se lembrásse de dizer duas palavras sobre a personalidade daquele homem... Ele merecia mais do que o simples acompanhamento de circunstância...

Banho ao luar em Armação de Pêra.



As férias tempo de lazer,sem horários nem compromissos,são para mim como que um tratamento médico sem dôr,que me proporciona um bem estar indescritivel. Tenho tempo para pensar,e recordar... e se recordar é viver,porque não usar e abusar?Também refletimos eu e a Dília,sobre a velhice que é comum a todos os que vivem mais,e até é um previlégio quando a saude ainda é suficiente.Quando há tempo fála-se de tudo,mas é mais comum recordar.. hoje recordei os verões em Armação de Pêra,e já lá vão 47 anos; existia apenas um café ,cujo espaço ainda lá está,mas a funcionar noutros moldes acompanhando a evolução natural;era ali que nos encontravamos.Constituiamos um grupo da noite em que eu o cabeleireiro do Hotel Garbe,facilmente me integrei e os bailaricos nas redondezas,eram a alegria da malta.Um dos rapazes do grupo tinha uma carripana barulhenta em que entrava sempre mais um.A nossa sorte era que o sopro no balão estava ainda distante,também nunca tivemos qualquer acidente,embora as noitadas fôssem o prato diário (à noite,claro).A juventude sempre foi irreverente,eu não era excepção. Mas voltando ao café, foi aí que o grupo conheceu outro grupo,mas de inglesas,doidas por aguardente de medronho,produto regional,o que fazia das nossas noites o alvoroço total.Só um do grupo falava inglês,cá por mim pouco mais de nada sabia,pois no Salão do Hotel havia uma interprete. No entanto a nossa ignorância relativamente ao idioma,não era obstáculo para as "reuniões notívagas"... Uma noite já com as cabeças em polvorosa pelo elevado grau alcoólico dos bagaços de medronho,alguém deu uma ordem que só podia resultar aos 23 anos. -Todos ao banho ,todos ao banho! Se fosse dia a ordem seria normal,mas o mais curioso destas loucuras que só existem na juventude,é que era alta noite,serena e tépida,mas tarde,secalhar madrugada até... nunca esqueci porque estas cenas ficam na lembrança pela vida fora. O luar reflectia-se sobre o mar,e ao longe os barcos de pesca da aldeia,iluminados alinhavam-se dando a ilusão de um povoado.Um dos do grupo como sabia que eu era novato por ali,gritou alto para mim "ó cabeleireiro do Garbe,olha ali aquelas luzes é Marrocos!" Claro que não era Marrocos,nem eu acreditei,mas tudo servia para divertir. Recordo aquele" banho santo"em nudismo total,comum a todos,inclusivé as inglesas,entre correrías e mergulhos,naquele mar
de ondas suaves. Mas tenho mais recordações,como aquela em que o burro embirrou e não quis acabar a viagem de Portimão á praia da rocha,pois naquela época faziam-se viagens turisticas de carroça,muito apreciadas,tanto por estrangeiros,como nacionais: um dia destes vai ser giro, vou recordar a teimosia do burro e o desespero do condutor da carroça...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Férias



De Lisboa a Armação de Pêra,sempre a pentear! Quando deixei a Figueira da Foz e Montemor, e ainda o meu pequeno lugar do Casal Novo do Rio, a dois passos da Vila,deixava para trás os primeiros anos da minha juventude para me alistar na polícia militar,em Belém.Estavamos em 1961 e a Figueira,Montemor e o meu Casal Novo do Rio tinham sido a minha base de trabalho em barbearias e uma delas,a Silva,na praça dos taxis.Recordo as figuras da cidade: Arménio Faria,Dr.Errnesto Tomé,Augusto Silva e tantos outros cidadãos da melhor memória.Recordo o meu colega João Medina,excelente actor de teatro de Tavarede,o Figueira Spor,de Anibal de Matos,já que indo eu para Montemor aos fins de semana,trazia umas pequenas notícias sobre o desporto que se praticava em Montemor,apenas e só futebol e pelo Atlético Montemorense.Hoje penso que foram anos de inocência,mas a Polícia Militar esperava-me e com a sorte que tanto desejava.A recruta foi dura e com disciplina de ferro,ou não fosse a P.M.o exemplo no Quartel e nas ruas,onde se fiscalizava o comportamento dos soldados,também no Bairro Alto e Cais do Sodré!Mas o que eu mais gostava era assistir aos jogos do Benfica de Eusébio,que tempos esses! Finalizada a recruta alguem segredou que eu era um barbeiro capaz de assumir a responsabilidade da barbearia dos oficiais e assim aconteceu.Quando o Comandante da unidade dava entrada à porta de armas ,eu sabia pelo toque do sentido, que havia de correr os longos corredores até chegar ao seu gabinete e preparar-lhe o caldinho e a barba.O caldinho nessa época nas barbearias era retirar com a navalha os cabelos do pescoço,retardando assim o total corte de cabelo.Um dia cheio de coragem e aventura ,perguntei-lhe:-Meu Comandante gostava de frequentar um curso de cabeleireiro de senhoras!Poderia sair do Quartel às 5 da tarde?-Com que então queres passar as mãos pelos cabelos das mulheres,-respondeu o comandante com ar de quem iria dizer sim.Tive sorte com o pedido.Durante meses fui todas as tardes fazer formação na rua Poço dos Negros e quando deixei a P.M. já não fui barbeiro mas sim o Cabeleireiro de Senhoras.Por sorte e mais uma vez estou grato por isso,arranjei emprego na Rua do Crucifixo e pouco tempo depois,por volta de 1963,o Sr Casimiro,que explorava o Salão de Senhoras,no Hotel Garbe, em Armação de Pêra,enviava -me para lá,por forma a trabalhar durante as épocas de Verão.Armação de Pêra,nessa altura era uma pequena aldeia de pescadores mas o Hotel Garbe lotava com ingleses e outras nacionalidades e eu vivia nas horas vagas do meu trabalho a intensidade da minha juventude.Regressado a Lisboa e depois à Figueira nunca mais deixei os afectos por Armação de Pêra e onde quer que esteja ,de Lagos a Vila Real de S,António,a minha Arrmação tem o encanto das boas memórias,porque volto sempre ás suas ruas, e sobretudo a uma praia imensa, e nos últimos anos com a Dília,já não com as filhas,tantas foram as nossas férias em Arrmação,onde a despedida tem o encanto da tranquilidade tão necessária e reconfortante como agora aconteceu e sempre a partir do dia 15 de Setembro.