sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mensagem de Cuba que se aplica às famílias portuguesas em dificuldades.

Se o marxismo, puro e duro, atrofia as cidadanias, limitando-as nas suas ambiçõese projectos de desenvolvimento porque o patrão é o Estado que organiza os padrões sociais, apesar das vantagens do ensino e da saúde gratuitas, que dizer do capitalismo selvagem, imoral e ganancioso?
Esta mensagem dos meus amigos cubanos aplica-se a imensas famílias do nosso país lapidado em 37 anos de democracia sem o remorso, que devia atormentar alguns governantes que acabaram por engordar à custa de uma revolução que foi traída por falsos patriotas do sistema.
O Banco Alimentar em Portugal tem nesta altura 155 instituições em lista de espera para receber apoios que serão canalizados para gente carenciada enquanto que os partidos, insensíveis a este drama, discutem merdices do poder que os encanta.
Lá como cá é urgente uma nova ordem socio-económica, protegendo os humilhados da sociedade, porque o povo não paga as contas da mercearia, com ideologias egoistas e que maltratam o seu semelhante. E se julgam que venho com provocações, retirem essa ideia, pois para mim as pessoas são mais importante na sua dignificação social e humana do que odiozinhos miserandos que repudio e não aceito.

O Carlos, mencionado na mensagem, é o Carlos Paiva. Enviei para Cuba os relatórios médicos do Carlos Paiva, sobre a sua total cegueira, Aqueles amigos tudo fizeram em Cuba, pois como se sabe são pioneiros em muitas áreas da saude.Infelizmente o Carlos Paiva , será invisual para o resto da vida, já que aqueles médicos , num lamento profundo, informaram-me que o meu amigo Carlos , face aos relatórios médicos, não tinha hipoteses de melhorar a sua condição de invisual.

Mensagem de Cuba , aplica-se ás famílias portuguesas. .

Olmipio
Amigo querido:
Nuestras bendiciones para voce que el señor le regale dia a dia saude muita saude deseando este bien igual que su adorada familia.
Una y mil veces gracias por pensar y ayudarnos tanto aliviando el sufrimiento que llevamos en nuestros corazones,aqui es complicado comprar cualquier cosa hasta lo mas simple por ejemplo la crema de barbear,como sabes Cuba es un pais tropical casi todo el ano muito calor seria mejor enviara de ser posible ropa fresca sobre todo a mi filho Marcos que esta en la Universidade y presisa de pulover sin mangas y camiseta.
Eu siento muita vergoña siendo nosotros medicos que tanto hemos estudiado y apennas tenemos para comer por eso no me canso de decir GRACIAS DIOS MIO POR HABER COLOCADO A OLIMPIO FERNANDEZ EN NUESTRAS VIDAS.
Besos y cariños para su esposa,su nieto Gabriel e hija,ademas a su amigo Carlos.
Explica a esos clientes vuestros que vienen a Cuba que cualquiermcosa que necesitare de nos puede contar inconndicionalmente ademas si quisieren podemos ir al areopuerto de La Habana y recoger la encomienda que usted envia para que ellos no tengan que trasladar a Varadero,aguardo noticias un fuerte abrazo Milagros Rene e hijos
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fernando Nobre, o equívoco da sua independencia.

Voltei a julgar erradamente um candidato à Presidência da República, que mais tarde veio a terreiro com outras intenções e propósitos sobre a sua carreira política. Alterou por completo a sua ética colectiva e humanista que o tinha considerado aos olhos de muitos e muitos portugueses, cansados como eu das ideologias que muitas vezes não consubtanciam a universalidade e a fraternidade, antes fechadas e déspotas e sectariamente aterradoras.
Ora se dei a cara e nada tinha a esconder sobre a minha votação, certo e sabido que algumas pessoas, me chinfrinaram os ouvidos, embora com amizade, que isto de ingenuidades era comigo e que não podia ver um burro com capéu de palha na cabeça, pois logo o carregava com os meus louvores!
Não será assim de todo porque pensei pela minha cabeça e sobretudo pelos maus exemplos dos políticos que me tornaram agreste e desconfiado.
Fernando Nobre apresentou-se com uma folha de serviços a fazer inveja a qualquer idealista, mas a montanha pariu um rato, acabando por caír do céu aos trambolhões e deixando os que nele votaram a olhar para tudo isto com cara de anginhos e o que mais se disse.
Afinal com tantas virtudes e um diescurso novo sobre o País, acabou ridicularizado e eu que votei em Fernando Nobre, confesso que não esperava esta ambição desmedida que o tornou igual aos políticos da nossa praça. Diria pior porque manifestou sentimentos que não tinha da sua cidadania, pese embora o trabalho notável que realizou ao longo de uma vida a favor do seu semelhante.Lá  se foi o pão no bico das galinhas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Resmas de cravos nas lapelas desbotadas.

Passei o 25 de Abril a pensar no tempo do evento, e no tempo que deu a esta libertadora democracia de 1974, repleta de intenções e propósitos de esperança para um povo humilhdo e que se erguia para a desejada dignidade social, feita de pidescas perseguições. Volvidos 37 anos, os profetas de Abril, de cravos na lapela, bocejam os mesmos  discursos, sendo certo que o meu drama é não acreditar em nada, porque gastos e velhos na apoteose das palavras, não tiveram o respeito por si, de se considerarem culpados deste monstruoso défice, já falado no tempo do Sr. Cavaco Silva.
Na minha cidadania popular se eu quis que acreditassem em mim, só me restou ser fiel às palavras e compromissos, cultivando no outro a minha seriedade, forma singular de enfrentar as complexidades do dia a dia e da vida.
Um homem do campo, ao qual cortava a barba de uma semana, rude e sério como foram muitas as pessoas dessa época em que a palavra era uma assinatura, deixou-me para sempre a sua sabedoria de que nunca deveria ir à missa com um fato emprestado ou viver as fantasias da mentira.
Daí e hoje ter batido no fundo depois destes 37 anos de democracia, em que a demagogia e o oportunismo se casaram com imensos padrinhos e afilhados, restando-me olhá-los e dizer-lhes que o 25 de Abril sempre, mas com outros intérpretes e verdadeiramente patriotas, já que se os exemplos vêm de cima , vou continuar a procurar, a procurar como cantava António Variações.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Povo por cá também vota em ditaduras


Parece que foi ontem que o 25 de Abril inundou as ruas das cidades e das aldeias com alegria imensa que deu para emocionar. Os esbirros iam acabar de vez e as torturas macabras e odiosas seriam esmagadas para sempre e povo por fim poderia usufruir do trabalho e dos direitos que lhe foram roubados.Acreditei como outros no socialismo democrático do Sr. Mário Soares, mas um homem que vive de boa fé, acaba sempre por ser enganado por estes aldabrões que vivem vidas luxuosas e o povo continua na merda que eles lhes propuseram e eu sei do que falo, a minha contestação aumenta.
O povo tem culpa mas é tempo de ressuscitar e não pode continuar a votar numa ditadura legalizada pelo voto, porque esse foi e é um raro privilégio da minha cidadania, sendo certo que não pode haver democracia sem partidos, eles são um verdadeiro covil de interesses de grupos e o povo que se lixe.
A meu ver o 25 de Abril tem as costas bastante largas e não tem culpa destes maus governantes da corrupção e da apropriação dos bens colectivos . E se querem acreditar no que vos digo, hoje é um dia triste para mim,apesar da minha liberdade de poder desabafar deste modo e também de muitas vantagens da histórica data.
Mas tal como o nosso amigo Raul Castro, eu mereço e o povo merece mais do que tem sido feito à sua modesta condição social, mesmo assim vai comprando o carrito as prestações..

domingo, 24 de abril de 2011

Ó Povo de Montemor, se estás desgraçado, suspende, toma cuidado.

Terras de Montemor, um livro publicado por Santos Conçeição, em 1940, menciona
uma poesia feita em 1902, intitulada As Arcas de Montemor.
São 376 páginas, com a história impressa de Montemor e as suas 14 freguesias, como que a ressurreição de culturas que não existem, sobretudo ambientes e costumes.O poeta Conde Monsarás, que conhecia o povo de Montemor e a sua pobreza, passou pela Vila,escrevendo este monumento de palavras e sentimentos.
Na rua Fernandes Coelho, Figueira da Foz, fomos fotografar uma lápide de 1952, que assinala o primeiro centenário do seu nascimento, uma homenagem da Câmara Municipal dessa época.
Se o poeta viesse hoje conhecer o que se tem feito ao povo português, quem sabe se se não escrevesse também...Ó povo portugues ,se estás mal, se és desgraçado,suspende , vota com cuidado.

"Entre escombros na rudeza
De vetusta fortaleza,
Batidas de vento agreste,
Empedrenidas, cerrada
As arcas pejadas
Uma de oiro outra de peste.

Ninguém sabe ao certo qual
Das duas arcas encerra,
fecundo manacial
Que fartará de oiro a terra
Mesquinha de Portugal;

Ou qual, se mão imprudente
Lhe erguer a tampa funérea
Vomitará de repente
A fome, a febre, a miséria
Que matarão toda a gente
Sempre que o povo faminto,
Maltrapilho e miserando
Fosse ele cristão ou moiro,

Entrou no tosco recinto,
Para salvar-se arrombando
A arca pejada de oiro
Quedou-se os braços erguidos,
Atónito e errante,
Sem atinar de que lado
Vinha morrer-lhe aos ouvidos
Uma voz agonizante
Entre ameaças e gemidos.

"Ó povo de Montemor,
se estás mal, se és desgraçado
Suspende toma cuidado,
Que podes ficar pior!"

E nestas perplexidades
E eternas hesitações
Hão-de passar as idades,
Suceder-se as gerações
E continuar na rudeza,
Batidas de vento agreste,
Empedernidas, cerradas
As duas arcas pejadas,
Uma de oiro, outra de peste."



sábado, 23 de abril de 2011

Ainda o Mercado da Figueira da Foz.

O Custódio Cruz entendeu valorizar a minha opinião que dizia respeito aos problemas do mercado, mas compreendo a sua luta e dos seus colegas para fazer valer os seus postos de trabalho.Por isso mesmo devemos manifestar-lhes o nosso apoio, sem as palavrinhas de ocasião e sorrisos do mesmo jeito. Depois de o escutar com argumentos do seu combate , fiquei a saber que os interesses dos grandes investidores , se entreajuda por corredores e gabinetes, dificultando os contactos e os anseios de gentes que iniciam de madrugada um trabalho honesto e nem sempre lucrativo.Pessoalmente nunca estive contra os que tem dinheiro para investir, são necessários para o desenvolvimento social, nem tão pouco os invejo, mas quando se trata das piores intenções para tramar os mais fracos, esmagando-os sem dó e piedade, claro que ai há que os enfrentar e dizer-lhes da sua ganância e imoralidade.Quanto á caricatura serviu para recordar o Santiago Pinto.Jornalista,poeta, desenhava lindamente e fez de mim gato-sapato, com as mais variadas mensagens de humor.Lamento que as cheias em Montemor, tivessem levado para sempre asimensas caricaturas que eu guardava com tanto gosto.Já agora e porque a caricatura fala do jornal, Terras de Montemor, que foi publicado um ano, tem uma história muito proxima desta cambada que vivem a política só com olhos no poder e nas mordomias.
Sendo a publicidade em Montemor, ontem e hoje, insuficiente para manter um jornal,pedi ao Poder local os editais para fazer sobreviver o projecto e tudo foi uma festa ao meu pedido. Mas quando dei espaço a todas as forças políticas, inclusivamente ao Partido Comunista, um excelente colaborador, lá se foi os editais e o empurrão total, pois os gajos tiveram a coragem de me dizer que fosse pedir publicidade aos meus amigos. Tu Custódio que me conheces com defeitos e qualidades, achas que fazia um jornal só para agradar aos sacanas que estavam no bem bom da política?
Acabou com dívidas e  vim embora com a tranquilidade do Paulo Bento

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Montemor-o-Velho, Centro do Mundo no Remo e na Canoagem.

O Centro de Alto Rendimento, obra notável e políticamente polémica no seu início veio dar razão a Victor Camerneiro, que já nessa época acreditava num projecto que é hoje reconhecido na Europa e no Mundo.Fruto dessa aceitação, aí está a organização do campeonato Mundial de juniores e de sub 23, atribuido pela Federação Internacional de Canoagem, à Federação Portuguesa da modalidade, a realizar em 2012 e depois em 2013, teremos em Montemor a Taça do Mundo. As provas no Centro Náutico vão surgindo com naturalidade, tendo em conta as suas excelentes condições , mas existe outro sério problema de estruturas e de alojamento, o que levou já muitos parcipantes nas provas ,a procurar apoios fora Montemor, como Coimbra e Figueira da Foz..
Nesta circunstância e atento às necessidades desse tipo de instalações, o empresário dr. Jorge Camarneiro, inaugurou recentemente uma modernissíma residencial, no Casal Novo do Rio, com 15 camas, piscina e salas para jantares e almoços, dando um bom exemplo para os investidores em Montemor-o-Velho.Na fotografia os irmãos Victor e Jorge Camarneiro e o Presidente da Federação de natação, Paulo Frischkncht.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Na Cova Gala as crianças viveram a tradição.

As crianças percorreram as ruas e entraram nas lojas da localidade, a pedir uma esmolinha, cumprindo assim a tradição de quinta feira santa. Na sua inginuidade e graça abriam as bolsas na esperança da oferta. .Aceitavam tudo, rebuçados, bolachas, bolos, canetas e moedas, enrte risos e alegria. Vinham em grupos quais bandos de pardais inocentes e felizes. Gostei de as ver, e quis fotografá-las .
A Nicole, 10 anos, Beatriz,12, André, 11, Inês, 11, manifestaram-se em alarido com a fotografia e eu partilhei a sua meninice que já foi minha e que hoje ainda quero que habite em mim.

A coragem e o apelo do Custódio Cruz


Só agora me é possível dar resposta ao apelo do Custódio, reforçando a justiça da causa que ele defende quanto ao Mercado Municipal Engenheiro Silva. Tive uma avaria no computador que me manteve afastado da internet. Mas agora estou de volta e com a preocupação de me solidarizar com a luta do Custódio, um figueirense que arrasta consigo os seus colegas de negócios num movimento de interesse colectivo. A imprensa, os blogueiros, os que compreendem a luta dos pequenos comerciantes, todos juntos devem manifestar-lhe o seu apoio e desejar a continuidade do Mercado Muncipal Engenheiro Silva, um lugar de tradição e de história nesta cidade onde tudo parece ter tendência para desaparecer sem deixar rasto. Ainda é preciso dizer que o Mercado funciona também como foco de atracção para os turistas que sempre procuram o que é típico de cada localidade, cansados das compras diárias nas grandes superfícies, querem muitas vezes experimentar o que é mais genuino e fugir dos fenómenos da globalização. O Mercado é um importante centro de postos de trabalho e o poder local devia ter isso como prioridade e não proteger só a instalação de grandes superfícies. Voltaremos ao assunto quando for oportuno.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Obras de requalificação do Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz preocupam a Associação de Comerciantes do mesmo e Custódio Cruz.

Ver o texto original, aqui.
Algumas das questões do Custódio:

1. O Município figueirense é dos mais endividados do País (130 milhões) e o actual executivo camarário tenta obter um amparo de 31 milhões, montante aprovado em sessão de Câmara e na Assembleia Municipal.O Tribunal de Contas já aprovou?

2.Que parte dos 31 milhões de euros, se forem aprovados,vai para as obras do Mercado? Zero, pois se são tantos credores!!?

3.Sem projecto como se vão fazer Concursos Internacionais que a lei diz serem obrigatórios face ao valor das obras para este Espaço Tradicional e para o Alternativo ou Provisório?

Exposição de artigos de barbeiro e cabeleireiro em Resende

Um exposição diferente está patente no Museu Municipal de Resende, depois de inaugurada pela Vereadora da Cultura, Prof. Dulce Pereira, que destacou o valor do espólio.“Os visitantes e em especial os alunos das nossas escolas irão ter oportunidade de ter aqui uma verdadeira lição de história, aprendendo, por exemplo, que antigamente os barbeiros também faziam pequenas cirurgias e tratavam e tiravam os dentes”, referiu.
Esta exposição partiu da iniciativa de Joaquim Pinto, contente pela presença de muitas pessoas, amigos e familiares na inauguração:  “De todas as exposições, esta, que é a trigésima, é a que mais me enche de alegria."
A exposição permanece patente ao público até 22 de Maio. Joaquim Pinto, nasceu em S. Martinho de Mouros e dirige o salão Pinto’s Cabeleireiros, no Centro Comercial Apolo 70 em Lisboa. Ver a reportagem completa, neste link.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O apagão na luz é o retrato do país que temos.

Não se trata de falsa beatice, mas esta ideia triste do apagão é de todo a negação dos grandes ideais do Benfica.
Não tive coragem de assistir ao final do jogo, pois a expulsão do Cardoso, reflectia já o desnorte, por isso fui desanuviar para outros canais, sabendo agora de madrugada da triste atitude do apagão e não deixo de juntar mais outra tristeza que só serve para sermos iguais ao Sr Pinto da Costa, e eu não vou por aí...
Outras imagens chocantes entre a polícia e os adeptos, são o retrato da falta de autoridade que roubaram ao nosso país, porque democracia é saber respeitar os outros, mesmo aqueles que nos vencem, porque amanhã podem ser vencidos, mas este desporto é uma verdadeira selva, cujos dirigentes não estão ao nível do discurso ético e moralizador. Recordei os velhos tempos em que assistia aos jogos do Benfica e com grandes multidões, mas hoje torna-se perigoso frequentar alguns estádios, ao contrário daquele tempo e é deplorável que recorde coisas boas da ditadura. Existem muitos quadros de cidadanias que baterem no fundo da imoralidade e este jogo de futebol, apenas um jogo de futebol, foi a prova de um retrato que me deixou triste, não pela derrota porque o Porto foi mais equipe, mas as
cenas e os exemplos dos desordeiros que inundam os campos de futebol um palco
que devia ser nobre e olimpicamente elevado.

domingo, 3 de abril de 2011

Já lá vão 51 anos|


Esta fotografia recorda uma das equipes de futebol do Montemorense, no campo do Taipal, notando-se as muralhas do castelo de Montemor-o-Velho. Em cima e a contar da esquerda. Costa, já falecido. Gaspar,Maganão, António Costa, que dedicou longos anos da sua vida ao Montemorense, como jogador e director do clube, já falecido. Bento e Serrano.Nelson que gostava de jogar descalço e tinha as pernas arcadas, tipo Garrincha. A sua carroça transportava os jogadores. Na Cova Gala ainda é recordado, pois também jogou futebol no clube da terra e trabalhava na sua profissão de merceneiro, já falecido. António Manuel, faleceu muito jovem. No Figueira Spor,dessa época,do Sr. Anibal de Matos está esta fotografia com a notícia, assim como no livro do Montemorense.Evangelista, o massagista da equipe , o popular”caracol”, falecido há pouco tempo em Coimbra, onde estive com outro amigo de hoje e desse tempo, Licinio de Jesus. Zé Albano Deolindo, Mano, Setélio. Recordo que nos lançamentos da linha lateral, as suas pernas tremiam como varas verdes. Por último Zé Maria, esquerdino e veloz, chegou a treinar no Ginásio da Figueira da Foz, ou quem sabe se jogou? No Figueira Spor veio essa noticia num pequeno texto, ao qual é presunção chamar-lhe entrevista. Ao bom do Setélio agradeço imenso o ter regredido a tão distante época da nossa juventude, com estas suas fotografias. A minha simpatia pelo Montemorense vem daí e chegou até hoje e de vez em quando vou matar saudades, pois não adianta citar o lugar comum, que o Montemorense será intemporal, e nós não seremos, como já acontece com os nossos saudosos companheiros que vivem na paz eterna.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As cheias em Montemor-o-Velho



Setélio Coelho, montemorense e amigo de infância, veio alegremente
mostrar-me as fotografias que marcaram gerações, isto porque as cheias
foram um verdadeiro martírio para as gentes daquele tempo.
O Setélio morava na rua principal, assim como a minha mulher Dília Fernandes,
que me confirmou que em 1965 as cheias inundaram a praça e as ruas, por 6 vezes.
Abalei de Montemor ainda rapaz, mas recordo os invernos rigorosos e quando regressava, encontrei muitas vezes as fortes correntes do Mondego, cobrindo estradas e os campos. Os monumentos, Igreja dos Anjos e a Igreja da Misericórdia,
sofreram enormes estragos, hoje devidamente reparados e que fazem o culto histórico da Vila de Montemor-o-Velho.
Ao Setélio aquele abraço dos tempos de escola e Atlético. Em breve outras fotos com mais de 50 anos. Entre elas uma do Montemorense e recordaremos os que já partiram.