A árvore da minha juventude? 1957/58, Bairro Novo, Figueira da Foz

Gosto de passear pelo Bairro Novo, recordando o que foi o turismo naquelas épocas( já lá vão 57 anos).
Esta árvore é jovem e veio ocupar o mesmo sitio de uma outra de enorme porte Eu barbeiro, o Flávio,(Luso )o Amândio (Coimbra, o João Evangelista, filho do proprietário da Barbearia Evangelista, o seu pai  também  João Evangelista, já falecido, assim como o Rui Evangelista, seu filho já falecido. Este sitio, porque a árvore não é a mesma, foi o encosto nas horas vagas, dando piropos ás criadas espanholas, com aqueles 4 a 5 ninhos á sua volta.

Cinco cadeiras e cinco barbeiros, a trabalhar durante o dia com imensa multidão de turistas, entre eles o Dr Góis Mota presidente  do Sporting, hospedado no Grande Hotel, um senhor que para não magoar ninguém, não tinha preferências por nenhum profissional na barbearia, gratificava para além do normal, o que trazia sempre interesse no seu atendimento e algumas disputas para o atender.
Os sportinguistas tem a obrigação de conhecer este homem extraordinário.que passou pelo Sporting .Homem do Estado Novo,(morreu em 1973 ) fez mais obras no clube do que muitos políticos que nos aparecem nas televisões, mas voltando ao Bairro Novo, daquela época.!
Os nossos salários de 300 escudos por mês, dava apoio diário na alimentação e na dormida, sendo as gorjetas um pecúlio a não desprezar de todo, por isso os que não davam a gorjeta, eram considerados galos!! 57 anos depois, esta manhã  no Bairro Novo, aprendi  mais uma  vez a minha insignificancia no tempo, aproveitando-o e amando-o, porque sou do tempo que passa e acaba em mim um dia destes..