Estacionei uns metros adiante, deixando-a para traz, tal foi a minha ansiedade, de uma vez na vida, me aproximar do herói que nos deixou um legado de coragem e absoluto rigor patriótico, de todo o mais honesto revolucionário de Abri de 1974, suportando o azedume do sr. Cavaco Silva.
Salgueiro Mais, de tão puro de sentimentos revolucionários, correndo o risco de ser assassinado pelos bufos da policia politica, levava consigo o seu povo, como referencia no filme e no seu elevado exemplo, numa madrugada de todas as gratidões para os que amam a liberdade .
Quando cheguei junto da estátua,a minha primeira reação, foi descobrir a minha cabeça, segurando o meu boné, numa das mãos, como que hirto e num sentido militar, esperando que chegasse a minha mulher, para a fotografia desejada e gratificante do meu reconhecimento, já fora de mim por tão inesperado encontro.
Tira, tira a fotografia, dizia-lhe apressadamente, por forma a libertar-me da emoção, dizendo-me com algum sentido critico.
____ Como queres que faça a fotografia com essa cara de aflito?
____Relaxa, relaxa, senão vais ficar com cara de parvoinho na fotografia, justificando-se mais uma vez que não é vergonha um homem chorar por causas nobres dos outros e neste caso assumida por Salgueiro Maia.
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