domingo, 19 de junho de 2016

Os patetas existem.

Há situações em que as patetices de alguns escrevinhadores na blogosfera  deduzida de fel e vinagre, fazem as diferenças entre a  assumida racionalidade  de excelentes pensadores, face aos patetas alegres ou não,(quem sabe se mal intencionados) fazendo rir e denunciando as suas origens do mal dizer, sem outro jeito de se aproximar, a não ser pelo escárnio.
Benevolente por lamento meu, tenho por hábito respeitá-los, procurando compreende-los nas suas fantasias, apesar de reconhecer em alguns, a sua perigosidade na blasfémia. É certo que dotada de  pobreza de espirito, perdido em si pelos valores que não podem assumir,.faltam-lhes a humildade e a partilha da solidariedade  da sua aprendizagem de todos os dias com os outros, inclusive, com aqueles que pouco sabem.
Partindo do principio que o escritor Dr. António Tavares, o premiado pela criação do livro CORO DOS DEFUNTOS, nem sequer é uma pessoa das minhas relações de amizade, pois já lá vai uma larga dezena de anos em que conversamos em Montemor, numa exposição (não sei  de que tipo de evento) separando-nos  desde aí naturalmente nos nossos caminhos.
O prémio Leya, causou um agradável alvoroço cultural na Figueira da Foz, mas não tive o privilegio de o saudar em mais este êxito, limitando-me a comprar o livro numa papelaria na Rua da Republica, colocando-o a fazer companhia a muitos outros, esperando a oportunidade de o ler, calmamente, como convém nestas saborosas leituras.
A minha  profissão, o meu ganha pão, blogue e facebocas, a rádio, sim a radio, onde iria eu buscar uma nesga de tempo para viajar por dentro do CORO DOS DEFUNTOS?
Uns dias antes de viajar para o Europeu de Futebol, olhei-o candidamente e disse para mim...È agora que vou levar-te comigo? Corri a colocá-lo no sitio certo, junto da mala, pois teria uma oportunidade por entre nuvens e longas paragens nos aeroportos de o ler, e assim aconteceu, fazendo-me companhia como se fosse um leal amigo, o silencioso e verdadeiro. Sem curvar a minha  cerviz ao escritor António Tavares, fiquei reduzido ao seu talento, do modo como retrata o mundo rural português, entre 1968 e 1974. Focando o Salazarismo, dessa época, o culto de personalidade  do ditador, as nossas gentes das aldeias, os costumes e a sua linguagem, que bela leitura para os patetas alegres que nos fazem rir das suas fantasias, crivadas de preconceitos e mesquinhos ódios.Tal como eu, um dia depois de morrer, nem os pássaros voltam a cantar na minha varanda, estes escrevinhadores sedentos de protagonismo, não ficam na história da Figueira da Foz, porque jamais são capazes de perceber que o CORO DOS DEFUNTOS, é já um pedaço de literatura na história da cidade, porque os alegres e patetas, vivem num mundo que só a eles lhes diz respeito.Denegrindo quem está longe da mediania do pensamento, arripiou-me por alturas e nuvens, fazer comparações entre a inveja e o sublime dom de  quem sabe  fazer história, escrevendo no tempo para o tempo,  que confirmará duas coisas: os patetas vão existir sempre e morrem ao nascer mas os escritores são eternos.

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