Aos domingos, deslocava-me da Figueira da Foz. Muito cedo iniciava os cortes e as barbas, até perto da noite.A barba custava 10 tostões e cortando o cabelo vinte e cinco tostões, muito dinheiro nessa altura, pois um pão branco custava quatro tostões
Foi destas minhas gentes que levei para sempre as contestações sociais, conhecendo a pobreza como eu conheci de perto, Ao conhecer a cidade da Figueira, essa angustia acentuou-se mais na diferença de classes, aumentando em Lisboa, já com elementos de informação que me ajudaram a perceber que o homem é lobo de outro homem, detesta partilhar, sequer o ar que respira.
Aquela porta foi a minha porta de entrada e saída para outro mundo que procurei sem descanso até aos dias de hoje, mas eu estou lá naquele sitio, a minha base social e humana e que me orienta sempre.
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