sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Incomodado eu ? Olhe que não olhe que não.

Claro que não é obrigatório ter ou não blog, do mesmo modo os anónimos não são obrigados a sê-lo. O que temos são as habilidades deste tempo, cujos estudiosos lhes transmitem várias  teorias sobre o esquema dos anonimatos, cá por mim um tostão é um tostão, como um dia disse o treinador do Nacional, sobre o seu colega do Benfica, do mesmo modo eu digo que um homem é um homem e a cada um a sua razão, mas existe  um dado que se chama ética e disso eu não abdico.
Bom; como sou do tempo da perda e entre uma coisa e outra, ser ou não ser anonimo, valho-me da paciência para o considerar uma pessoa, mas a precisar de reciclagem com o seu complexado arremesso de perdas! Não se importando se elas fazem estragos ao cair em sitio incerto, o que é necessário é livrar-se do peso delas, mesmo que fique com as mãos sujas, coisa pouca para quem a água tudo lava, menos essa intranquilidade de se esconder. Se isso lhe dá moral, força companheiro, camarada Vasco, mas não conte comigo para o apoiar.
Adiante. Agora  fazer comparações com Batista Bastos (só por devaneio) mas o que pretendo do escritor é o seu exemplo e as suas palavras, que as sente no âmago, respeitando-as e assumindo em si o que pensa delas, porque é essa mensagens que se percebe  na leitura dos seus livros e se me permite caro anonimo. vá a correr à sua procura, leia e veja se aprende alguma coisa com esse anti-fascista e português que não quer só a liberdade para ele. Ao que parece andou pela Rússia em viagens, mas não ficou admirador, tão pouco admira esta canalhada que se aproveitou da democracia, Sabe? Não virou o bico ao prego (digo eu que todo o homem é meu irmão)
Escrevia ontem que duvidava dos que tudo sabem e não tem duvidas, Alimentando-se  de mágicos formatos e palavras de dicionário,  a verborreia que o povo não percebe, apesar de o terem no coração, o que duvido, isto porque a politica sustenta os vazios da solidariedade. Mas será  que trazem sensibilidade e transparência, sobretudo a proximidade com os leitores que os agarra ou os afasta’? Os anônimos estão a meu ver nessa encruzilhada, fogem da coragem e das palavras como os ratos dos porões, incapazes de se assumir nas propostas do contraditorio, fazendo lembrar-me os putos do meu sagrado lugar no Casal Novo do Rio, ou seja, quando passares á minha porta, apanhas no focinho, em momento de glória e infantilidade.Os anônimos são deste prenuncio, nada  corajosos e de costas  quentes no seu mundo surdo e mudo aí vão eles cantando e rindo à sua maneira.
Batista Bastos,(que diabo não me levem a mal em gostar dos exemplos)  já escreveu que as palavras são a sua casa e  a sua família e se me for permitido seguir a sua escola, abusivamente pretensioso, não tenham duvidas que merece  a pena tentar sentir essa força e essa cara ao vento, dando um grande chuto na hipocrisia e se um dia experimentarem essa fonte de energia, nunca mais se escondem dentro de si. Deve ser (calculo) uma especie de prisão de ventre, este atrofiamento que não é orgânico, mas de todo uma mal arrumada questão psicológica, digna de Freud.
Já agora para abreviar e longe de mim qualquer tipo de lição, não é essa ilusão que me anima, eu tive dois amigos comunistas que muito estimo, que me convidaram para um almoço convívio,da C.D. U o qual gostei imenso, já que uma coisa á representar o Sr Simplício, a outra é alma da gente.Vem isto a proposito de termos ou não coragem de mostrar a cara e o que sentimos seja onde for e com quem seja no sitio certo, dizendo..Eu sou eu e tu és tu e partimos ambos para a caminhada da tal fraternidade, meu caro amigo, ou tu só tens  a tua?
Em casa a minha mulher e a minha filha, interrogaram-me que não sendo eu um comunista assumido, como iria sentir-me num convívio daquele gênero politico, respondendo-lhes que seria eu libertado de preconceitos, fiel aos princípios das minhas ideias, as do povo e isso deveria bastar para não enganar ninguém, tão pouco sentir-me um infiltrado no convívio da C.D .U.e assim aconteceu
Mas  fui mais longe e nas tais palavras que são a arma dos que não tem medo, pois assumi a minha intervenção numa sala repleta de comunistas, dizendo-lhes que a única via para derrotar o actual sistema era votar nas urnas a sua derrota, e que apoiava as propostas da C-D U, e mais.. porque as palavras são a minha casa e a minha família, copiando outra vez o grande  homem  de letras Batista Bastos, disse-lhes que não simpatizava com Fidel de Castro, que conhecia o sistema,alongando-me em considerações sobre a minha experiência sobre tal facto.Ora  um gajo assim não tem feitio para aceitar anônimos, porque não os compreende, acho-os ridículos a precisar de reciclagem e novos métodos de comunicação e sem medo das palavras.
Por fim um dos meus amigos, disse-me que foi preciso ter força para enfrentar de caras verdadeiros comunistas,onde não era conhecido, mas ficaram a conhecer-me. Porque se muitas regras sociais nos aproximam e outras nos separam, respondi-lhe que as palavras são a minha casa e a minha família e que se me convidassem voltaria sempre.

Um comentário:

  1. faz tanto uso de sofismas ! não tenho blogue ! como quer que escreva sem ser deste modo ? já lhe disse que irei aí avivar a sua memoria !

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