O tempo correu também a galope.Hoje, onde se realizam os mais variados espectaculos, trazendo ali os viciados de estupefacientes, como aconteceu no Festival Forte, onde foram detidos 5 traficantes e 35 foram identificados, venho recordarvos outra cultura e outras gentes montemorenses, justamente valorizadas no culto dos seus mortos, no cemitério dentro do Castelo, e desativado em 1966.
Recordo, só para me situar nesse tempo, 1959, que o meu falecido pai,foi transportado desde a Barca, Casal Novo do Rio, numa urna em que 6 solidários amigos,3 de cada lado, o levaram ao cemitério do Castelo, apeados desde o lugar, carregando a urna na ingreme e acentuada subida até á ultima morada.
Naquele tempo e para fazer curtas paragens, usava-se um banco de madeira que se colocava no chão e se pousava a urna para que 6 amigos, pudessem descansar uns minutos, ou então para dar lugar a outras manifestações de amizade para com os defuntos, neste caso foi o meu pai.
Quando leio nos jornais, o que foi um chão sagrado,agora envolvido em estupefacientes, apenas posso cuidar das minhas memórias e de uma cultura que deixou de existir, porque outra está aí, até que outra ocupe o seu lugar.
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