Cada um perde-se no seu desassossego, torneando-o como pode, mas por mim consciente que necessito dele para me alimentar, sentir e viver. Hoje parei na estrada que nos liga á Murraceira, porque da ponte da Figueira da Foz, percebi que a coroa, dentro de alguns momentos se afundava completamente Eu pela minha simpatia por ela e pelo bem que espalha na comunidade, devia-lhe esta atenção de a ver partir, para voltar sempre.
Olhei-a com ternura.Quase desejei ficar ali á espera que a maré a engolice, protestando contra natureza, por não reconhecer a sua solidariedade para com as gentes do mar e do rio, que a pisam e a cavam, no sublime direito á sobrevivência Esta coroa do Portinho da Vila de São Pedro, para mim não é uma coroa, bordada a ouro e solene desprezo pelos súbditos. ,Esta coroa (desculpem a minha mania ) é uma coroa que tem dentro de si a vida do povo que a espera, contando as horas da sua chegada, alvoraçado de libertação e grato pelo seu regresso, em tempo de maré baixa.
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