segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Confesso-me.( Não ao padre )


Foi uma ideia absurda em ter julgado o Luís Ganhitas, só pelo facto de o escutar nos relatos de futebol, julgando-o um intocável toleirão, face a um excelente e dotado profissionalismo, num trabalho de intrínseca vocação, como é relatar um jogo de futebol.
Confesso que neste caso fiz parte do núcleo duro dos que julgam só porque soltam a imaginação e precipitadas sentenças, salvando-me só por não o ter molestado com palavras de baixo calão.
Julgando assim os que não conheço, numa visão parcial e preconceituosa, não vou longe e torno-me um perturbado intimista, pior ainda se na praça publica faço questão da minha maledicència.
As criticas que eu faço e que me fazem são úteis e servem o aprimoramento das nossas causas e a discussão delas , bem intencionadas e livres de raìvinhas inúteis, desde que sóbrias e responsáveis, pois é o que eu entendo quando sou justamente criticado, ajudando-me a refletir e a melhorar, ou então a ficar com os meus argumentos e justificando-os na pratica das razões
Agora o que me aconteceu na ideia absurda com o Luís Ganhitas, de o julgar á revelia de uma imaginação que me arratou para a culpabilidade, confesso que ao  primeiro contacto  e á medida que as nossas conversas se soltavam com a naturalidade de quem  não vive de tabus e se manifesta tal qual é, nada mais razoável do que me sentir mesquinho na minha absurda ideia de o perceber toleirão e senhor intocável das relatadas"prosápias". O que na realidade (confesso) não tem jeito de o ser assim toleirão nas  palavras e no pronto dizer das suas manifestações, daí confessar-me que na minha absurda ideia, o castigo poderiam ser uma série de Avé Marias e Paí Nossos por forma a expiar-me dos meus pecados e dos maus julgamentos.

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