Foi assim esta manhã, percorrendo alguns quilómetros pela cidade. Ó vaidade que me matas, mas perdoa-me o sentido encanto por te sentir e ver-te assim bela em qualquer lugar do mundo, quando ao mesmo tempo, lamentei por dentro, que não tardas despida e muito só.
Mas tu cidade tens os teus encantos e as tuas misérias, como acontece, afinal, onde os povoamentos, geram vidas e sonhos, mitigando também a miséria feita com a mesma gente, encostada a um canto, sentada no chão, unindo os joelhos, até junto dos queixos.
Nada mais humilhante do que dar uma esmola, inclusive, a humilhação mais dolorosa para quem a recebe, numa sociedade tão desigual e injusta nas suas reformas sociais, mas não consigo soltar-me fechar os olhos, tenho que falar, tenho que intervir, mesmo não resolvendo nada.
A indigente estendeu-me a mão para receber umas moedas que não neguei, tenho fome, disse-me.
Porque não vai comer á Santa Casa da Misericordia, estragam comida, eu conheço a casa, ando por lá, sei que há fartura de comida.
___ Já lá fui, mas sou estrangeira e não tenho papel legal, o quê, negar comida, não pode ser, disse-lhe. Fiquei lixado, ando sempre lixado com estas cenas. Não podia ter acontecido. O Dr Joaquim de Sousa, ,a Dra. Fátima, a sua secretária, não deviam saber desta injustiça de lhe terem negado comida, não podia ser, pensei porquê a negação da Instituição?.
Olhe, não saia daqui, percebe-me? Não saia, vou buscar o carro e vou lá consigo. .Dentro de pouco mais de 20 minutos, estava á porta do Pingo Doce, com o meu carro, e já não vi a criatura!!, Olhei, olhei, oxalá que alguém a tenha levado para bons caminhos, eu fracassei nos meus intentos, nesta manhã de domingo, onde o reverso da vida mostrou a sua face.
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