Crente e praticante com o seu povo, de novenas e procissões, o Zé Craveiro, continua a ser a minha referencia cívica, se por mal dos meus pecados, não tenho aquela luz que o elimina e o torna diferente dos meus pacóvios argumentos. Dos contos ás ervas medicinais, tudo parece habitar nas palavras e nos gestos deste homem simples que não sabe dizer não, se tudo nele tem respostas com sorrisos.
Porém, quero dizer-vos que alguma coisa eu percebo da sua frase, se foi na minha infância e no meu lugar no Casal Novo do Rio (na fotografia) cujo caminho de lama e pedras por mim pisadas de tamancos, mais tarde com sapatos, que conheci as mulheres e os homens , que ainda hoje me vão orientando para perceber que nascer pobre é uma vantagem sobre os que desconhecem o realismo social das suas profundas limitações.Mulheres e homens (nem todos ) que construíram escolas de dignidade, em famílias de exemplos maiores, continuam na minha memória, dignificando-os..
José Craveiro, com a sua sabedoria popular viaja pelo país em conferências para os eruditos o escutarem, ensinou -me também que entre palácios e a construção das famílias e dos seus valores no amor e vivencias, ter nascido pobre é um modo para se respeitar os percursos sempre transformadores na continuidade das nossas vidas, pensando e agindo com os outros o melhor
que podemos, nem sempre fácil e em situações complicadas
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