sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Férias cá dentro

Um benfiquista de gema não muda de emblema, apesar deste soco no estômago
em Guimarães, a esperança é sempre vermelha, mas a coisa está preta mesmo, ou vejo o glorioso a ruir?
Mas vamos levantar a cabeça, porque a partir de amanhã sábado, até as tesouras vão de férias, pois tal como eu estão a necessitar de reparação e a melhor conservação.O Montemorense faz a festa dos 72 anos na Moagem, sábado dia 11 de Setembro, a partir das 20h. Depois vamos por os pés ao caminho com a família e viver a paz que felizmente já temos todos os dias, mas não as saborosas férias e o descanso que faz jeito ao corpo e também ao espírito.´
Por isso e recordando o grande Raul Solnado, façam favor de também serem felizes, com a habitual solidariedade.
Até breve.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os ventos estão a mudar,mas serão sempre os símbolos da Revolução Cubana

Quando tenho generalizadas conversas sobre o sistema social e político em Cuba, olho cá para dentro e o que vejo e sinto é uma arrepiante protecção aos que mais se valorizaram com o actual quadro político, legalizado em eleições livres, mas feito de golpes e de má consciência social, arrazando os mais frágeis da sociedade portuguesa. Por isso não me venham com essa de que sou contra o comunismo e o seu modelo social, pois o que me preocupa é que na prática as economias deveriam penalizar sempre os que mais gastam em banalidades, a favor dos realmente desprotegidos. Este mau olhado que por aí se tem aos empresários e aos ricos, quer de heranças, ou pela sua capacidade de trabalho, não faz parte das minhas preocupações. O que deveriam é fazer-se leis que fossem cumpridas e estabelecidas em benefício dos que trabalham, não os roubando e ordenando-se a justiça social, mas não. Neste sistema ainda há bens para distribuir num socialismo que chegou só a alguns..Tenho manifestado e vou convergir nesse sentido que o país necessita de uma acentuada viragem, não uma esquerda arrogante e totalitária mas capaz de programar outras medidas de organização de valores e por inteiro mais próximo dos que menos possuem. Por tudo isto não me surpreende o que vai acontecer em Cuba, quando Fidel vem dizer ao mundo que o modelo económico já não serve para a bonita Ilha, num destes discursos nos seus 84 anos de idade.Por outro lado, Raul Castro alargou o trabalho por conta própria e a redução progressiva das fabricas estatais, o que significa que as mudanças estão a surgir lentamente, mas já com negativas reações dentro do partido comunista cubano.Tenhamos a esperança que cá dentro também e onde quer que existam oprimidos pela brutalidade da ganância de uns tantos, que as mudanças tragam o bem comum e para os que mais necessidade tem dele. Um dia destes ainda vou assistir surpreendentemente a parcerias económicas entre Cuba e os americanos, porque este embargo de 50 anos, ridículo e estúpido por parte da política americana tem os dias contados, ou então terão que aceitar o Sr.Cháves em Cuba, o que deve preocupar o poderio, também usurpador, dos senhores do mundo.Por mim cidadão da rua, pouco me interessam as paixões ideológicas, o que me entuasiasma é o imperativo da dignidade da pessoa em si, elevando-a ás melhores condições de vida ,saúde e educação e para isso teremos que derrotar atravéz do voto, os que se dizem amigos do povo e só não lhe comem a alma, porque é ruim de roer. A foto foi uma recordação ´do aeroporto de Havana,minutos antes de partir, 11 h. da noite e chegada a Madrid,depos das 9 h.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cuidado Com Eles.

O Pedro Cruz tem as imagens no “sangue”, está sempre pronto a disparar no que entende fazer a sua arte. Estes cavalheiros sentados na esplanada do Bar Beira Rio, são o Sr.Ferrnandes, o empresário da funerária Mondego, que sabe cuidar dos defuntos com dignidade, depois temos o pai cultural. O Agostinho, ideólogo do grupo, defende as suas teses até à exaustão, constituem os três da vida airada, quer seja no cafézito, ou então nos programados convívios das almoçaradas, onde se um diz mata-se outro diz logo esfola-se. Por fim temos o” pára-quedista”, o barbeiro-cabeleireiro lá do sítio, que exemplifica na prática a sua solidariedade, sempre pronto a meter a sua galga,fazendo intrigas de amizade no imprevisto e na chalaça. Agora descoberta a sua careca, já ninguém acredita. Boa, boa foi a patranha com o Pedro Cruz. Estava eu a cortar-lhe o cabelo e disse-lhe com muita severidade e revoltado:”Olhe o seu tio só não lhe vou mover um processo, porque prezo a paz e o sossego com as pessoas. - E continuei - Nunca imaginei que o seu tio fosse capaz de fazer o que me fez, mas isto não vai ficar assim”, e mais argumentos de ocasião e exaltação.O bom do Pedro Cruz, quando olhei para o espelho, estava preocupadíssimo, de cabeça baixa, muito triste e pensativo. Eu ria por dentro com a brincadeira e com prazer. O Pedro tinha acreditado, era a minha” vitória da maldade”e da expontaneidade do riso. Na saída e ainda não refeito do inesperado conflito com o tio, uma encenação convincente, ainda me disse: “Vou já para casa para falar com o meu tio Agostinho.” - Vá ,vá, mas não o traga, pois tudo se pode complicar ainda mais” - ,disse-lhe. Julgo que a primeira coisa que o Pedro disse ao tio quando chegou a casa, terá sido:” Olha lá o que é que fizeste ao Olímpio?” - Mete-te com ele mete, olha que ele é maluco de todo! - disse ele ao Pedro. “Mas olha que eu acreditei mesmo na pêta do gaijo,” respondeu o Pedro

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A História do Montemorense.

Estas fotografias, e se a memória não me falha, estavam na sede do Montemorense. Falei, em Quinhendros, com o fundador do clube, Sr. HermínioVeloso e também com o Antonino Leal, ainda entre nós, o único que ainda vive no Lar em Montemor.
Na fotografia de 1947 recordo o árbitro Rita Rata.Tinha um acentuada saliência nas costas e era gago o que originava alguma confusão nos jogos, porque discutia muito com os jogadores.Vi jogar alguns destes montemorenses e outros que eram de Coimbra. Iniciei por essa altura as minhas visitas á sede no Terreiro Queimado e depois na Rua Direita. Um dia não pagaram a renda ao senhorio e ele colocou os tarecos na estrada. Estes contactos com os que tinham participado nas actividades do Montemorense, foram importantes fontes de informação, mas cheguei nessa altura à conclusão que este trabalho devia ser feito por um historiador, face aos materiais encontrados e imensas histórias que por mim foram escutadas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

1938 ---- 2010 Honra e Glória do Montemorense.

Em 9 de Setembro de 1938 foi registado no Governo Civil de Coimbra, por Joaquim Galvão, residente em Montemor-o-Velho, o Atlético Clube Montemorense. Deste modo e no próximo sábado iremos festejar os seus 72 anos, numa festa que consagra a riquíssíma história de uma colectividade do povo, que ao longo destes anos mais de 25 presidentes de direcção e outros tantos na Assembleia Geral, assim como no Conselho Fiscal, justifica serviços e tradições
na Vila histórica do Baixo Mondego. O Montemorense esteve em agonia durante uns anos, mas um grupo de Montemorenses, cientes da sua responsabilidade colectiva e sentindo o dever de projectar a memória do Atlético no presente e para o futuro, aí está de novo e relançar a velha colectividade. Escrever sobre o A.C. M. que se fez de sangue, suor e lágrimas, é tão delicado que me atrevo só a trazer-vos as fotografias dos seus fundadores. Antonino Leal ainda entre nós, está internado no Lar de Nossa Senhora de Campos, onde com frequência o visitamos e nem sempre a sua lucidez é propícia a recordarmos a nossa e a dele paixão no clube. Os restantes já partiram e são aqui recordados com o imenso respeito e gratidão pelo trabalho realizado em 1938.No próximo sábado, na Moagem, lá estaremos com o orgulho de termos partihado a sua história, servindo o melhor que foi possível e agradecendo aos actuais dirigentes este esforço de não terem deixado acabar o glorioso Montemorense. Muitos atletas que jogaram no clube aparecem no jantar de aniversário e decerto que o Dr.Maló, que não sendo montemorense , mas que sente a terra como sua, lá estará com o seu apropriado discurso

sábado, 4 de setembro de 2010

Alves Barbosa jogou futebol no Atlético

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O troféu Alves Barbosa, a prova de ciclismo que se realizou em Montemor e na Região da Bairrada e na qual participaram 127 ciclistas oriundos de equipas portuguesas e espanholas, levou-me à decada de 1940/ 50 e também a 1960, para recordar que o popular Tó Barbosa, que surge no livro Factos históricos do Atlético Montemorense- escrito por mim em 1992 e com o apoio dos saudosos companheiros e amigos Santiago Pinto e Fausto Caniceiro - como futebolista por terras de Montemor. Sendo ainda hoje uma glória do Ciclismo Nacional, não tenho ideia de ao longo da sua carreira se ter feito referência a esta curiosa participação no futebol montemorense nas épocas já citadas nesta curta imformação. Naquele livro que menciona o percurso como ciclista e a sua passagem pelo futebol em Montemor, pode ler-se que a explosão técnica do ciclista deu-se em 1951, quando Alves Barbosa, apoiado pelo seu pai, surgiu bem apetrechado, técnica e materialmente, revolucionando a modalidade quando tinha apenas 19 anos de idade. Alves Barbosa nasceu em 1931 na Fontela, mas foi com os seus pais para Montemor ainda criança, onde criou familia e ainda colabora em provas de ciclismo.
E porque estamos numa fase de viver memórias, aqui ficam algumas notícias recortadas do livr

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O ridículo do Salazarismo

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O Jornal a Bola publicou um suplemento, Jogos do Centenário, onde se recorda algumas facetas de uma época distante, como por exemplo Batista Pereira e a sua travessia da Mancha e a luta contra Salazar, a tipografia do Avante e os guardas enganados e a proibição do hino do Benfica, tudo isto em 1953, tinha eu 13 anos.O suplemento tem as memórias de um tempo que classifico de terrivel, não só pela pobreza que existia e sobretudo a crueldade do fascismo que martirizava as classes populares, afirmando-se em apoio á ditadura que votar em Salazar era garantir a paz e o pão. Com a devida vénia, recortei do suplemento estas notícias que demonstram por si
o ridiculo de um sistema social que caíu podre.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cultura e gastronomia.


Situa-se na Quinta da Gardoa em Montemor-o- Velho, e justifica uma visita em família, não esquecendo as crianças, passeando em longos trilhos e pela sua imensa natureza, à sombra de saudável arvoredo.
Sentimos que partilhamos outra vida, a dos animais, de sons e de cores intensas, como a dos pavões, araras e outros bichos da nossa simpatia. Montemor-o-Velho está situado entre Coimbra e Figueira da Foz, para os que não vivem na zona centro do país, mas a vila histórica do baixo Mondego não oferece só o parque da Europaradise.Os seus monumentos do século XVI são dignos de uma visita, como por exemplo a Igreja dos Anjos, a da Misericórdia, S.Martinho, onde o padre João Direito me presenteou com alguns tabefes, porque já nessa altura não era muito católico, enfim, Montemor é uma Vila que convida a um dia de lazer. O Castelo e sua
Igreja de Alcaçova, de triste memória na morte de Inês de Castro, é outro interessante motivo de meditação sobre a nossa história.
O facto é que o homem não vive só do espírito e da sua transsendência, porque o organismo pede matéria e até nisso Montemor sabe receber, ou não fossem os seus
Restaurantes, a gastronomia cuidada e saborosa. Mosteiro, Floripes, Moagem, Grelha, Mondego, são a garantia para uma visita a recordar no tempo e na memória dos bocados bem vividos em família ou com amigos.