sábado, 31 de julho de 2010

As pessoas simples quando morrem deixam-me um estranho vazio



Se a foto referencia o prazer da vida e do mar límpido da praia da Cova Gala
hoje não vou por ai. Subitamente,a morte de Luis Cardoso,70 anos de idade,o popular Luis “Mau”, que fez da vida uma festa de pacífica convivência,deixou a Freguesia de S.Pedro
a justificar que não foi em vão a solidariedade que espahou em redor da sua terra
de sempre.No Bar Beira Rio,entre um café e um cálice de vinho do porto,segredava-lhe ao ouvido, de vez em quando, que não vou partir desta vida sem lhe dar uns valentes sopapos, homem” mau”.E ele respondia;- Ó,Ó,e esta arma!?Então o bom do nosso amigo enfiava o dedo indicador num dos cantos da boca e brandia uma serie de estalos que só ele sabia sonorizar,enchendo de boa disposição o espaço por todos frequentado.
Se modesto viveu com a sua família,ganhando a vida entre o rio e o mar,já a manifestação de pesar revelou a sua dimensão social e humana,pois teve o privilégio de ter sabido conviver em paz consigo e com os outros,uma virtude tão rica e exemplar.Os serviços funebres foram da responsabilidade da Funerária Mondego LD,sediada na Cova Gala.
A técnica aplicada pelo sócio gerente(Sargento),formado em tanatopraxia e tanaoestéria,transmitiu ao saudoso Luis “Mau”,o visual tão proximo daquele que nos
habituamos a ver em vida,formalidades que a lei exige na preparação dos corpos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vá a Monsanto nas férias


Fico “sensibilizado”com os pedidos de apoio aos portugueses para fazerem férias no país para dessa forma a economia poder funcionar a bem de todos. São as pedradas no charco dos homens que chefiam esta República de filhos e enteados, não estou a ver que a classe dominante e protegida pelo sistema esteja preocupada com a sorte dos que nem sequer cá dentro fazem as suas férias. É qe a casa e o café da esquina podem ser o "paraíso" de muitos cidadãos de Portugal. De qualquer modo sempre fiz as férias por cá com a família.Por isso o Sr. Presidente pode contar com o meu apoio, não esteja preocupado!Já agora Sr.Presidente, e com elevado respeito por aqueles que nem por cá ,nem por lado nenhum fazem férias, aqui fica uma fotografia da bela aldeia de Monsanto. Foi escolhida em 1938 como a aldeia mais portuguesa de Portugal.Para os que não sabem fica situada no concelho de Idanha-a-Nova.Foi esculpida num basto cabeço rochoso.Foi sede de concelho entre 1174 e o início do século XIX.Em 1801,tinha 2139 habitantes. É uma boa sugestão de passeio que aqui deixo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Idealismo,pois, pois.

Sem pretender ser dono da razão,julgo que entre a solidariedade,um sentimento generoso direccionado para os outros, e o idealismo político,há uma enorme distância. A solidariedade é acção, o idealismo é, na prática, negação de acção.No idealismo político vive-se da fantasia e de emoções desviadas da própria solidariedade,os grupos e os partidos tentam enganar os tolos com papas e bolos.Claro que em democracia sou pelos partidos.Mas foi para isto que os portugueses se alegraram com a derrota do fascismo?Julgo que temos outro tipo de fascismo,mas este legalizado com o voto livre dos portugueses,que continuam a votar nestes senhores do idealismo,gente de compreensão lenta para com os mais humildes económicamente.Vejam se eu não tenho a minha razão, o leitor terá a sua, isto a propósito da sugestão da Comissão Episcopal,em Lisboa,que propunha que os políticos pagassem para um fundo social 20% dos seus vencimentos e reformas,enquanto a pobreza aumenta todos os dias. Foi um fiasco esta proposta e alguns políticos,entre eles o Sr .Manuel Alegre,pois claro, idealista quanto baste,mas de solidariedade só na sua família, afirmou de imediato que já desconta muito nos impostos.Eu, cidadão da rua, pretendia dizer-vos que esta rapaziada não me apanha desprevenido,inclusive os cristãos políticos.Alguns fazem da Igreja o seu santuário da hiprocrisia,beijando-se nos cultos,mas depois fora dele são o diabo em figura de gente.É esta falta de humildade e de carácter que devemos combater.Nos espaços por nós frequentados devemos dar exemplos de frontalidade com as palavras e os consequentes actos,pois a máxima “olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”,só serve aqueles que nos querem vender gato por lebre.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O poeta popular


Estamos numa fase de poesia popular,porque a entendemos e a sentimos,de palavras soltas que por vezes magoam e outras são a risonha alvorada,de promessas e desenganos.Mas é com estes conteudos que os poetas populares
e os eruditos me fazem acordar e” beber a água” que nos refresca interiorrmente,debaixo das frias ondas da sensibilidade,compreendendo os poetas
e o valor das suas palavras.A minha porta de entrada no meu salão,pode não ter os apoios pretendidos,mas teve sempre o devido acolhimento e boa vontade,dai que Fradique Pinto,natural de S,Pedro do Sul,que fica na região de Lafões,no distrito de Viseu,venha todos os anos com a sacola e com os seus livros de poesia. Conversamos sobre esta aventura na estrada da vida,e o poeta propõe a venda dos seus livros. Compro e ele parte com os seus sonhos de poeta,ganhando uns euros
com a simplicidade da sua escrita,porque só assim de porta a porta a sua” editora” pode atingir os objectivos.E como o povo é quem mais ordena,aqui fica o prometido,porque o sol quando nasce é para todos e o Fradique Pinto tem alma de poeta e justifica esta minha admiração.

CHUVA FRIA.

A chuva cai fria e de mansinho...
Ao longe,a trovoada ribomba...
Perto,fustiga o vento fresquinho...
Eu,só,a tempestade subtil tomba...

Contudo.
Eu amo os elementos,
Que em muitos momentos,
Sobretudo.
São companhia,passatempos,
Para quem vive em tormentos,
Neste Mundo.

A natureza é sempre carinhosa,
Para quem amar e compreender...
Só é bravia,viril e tumultuosa,
Para quem vive sem o saber...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Manuel Maria Teixeira e versos de políticos


Recordo Manuel Maria Teixeira, quando com ele conversava nos programas da Rádio Beira Litoral,em Arazede. Um dia destes e no meio de papéis e recordações,lá estava o livro do poeta popular publicado em 2002 e patrocinado pela Câmara de Montemor e pela Junta de Freguesia de Arazede.Recuei uns anos a bem das cidadanias associativas e populares das terras de Montemor,mas a verdade é que este homem do povo fez da sua poesia a sua lição de vida intensamente manifestada onde quer que estivesse, mesmo que fosse no Ribatejo ou no Alentejo, por onde terá comido o pão que o diabo lhe propôs em tempos dificéis da sua vida.
Desconfiado com a solidariedade dos políticos e da sua simpatia pelo povo,o nosso poeta num dos programas na Rádio Beira Litoral,disse para quem escutou que os políticos são habilidosos e dão beijos em casa e na rua.

VÊM AÍ AS ELEIÇÕES

Vamos ter eleições
Temos de nos preparar
Já surgem as confusões
Todos querem ganhar

Falam muito bem ao povo
Habilidosos e com jeitinho
Querem o voto de novo
Mas ficam pelo caminho

Eles até nos dão coisas
Porta-chaves,canetas e que tais
Eles falam na televisão
E dão entrevistas nos jornais.

Eles são melhores que todos
Prometem o sol e a lua
Prometem tudo o que não é deles
E dão beijos em casa e na rua

Teimosos até mais não
Não desistem de qualquer jeito
Pedem-nos o nosso voto
Dizem que são amigos do peito

Depois de já no poder
Só atendem por marcação
Não dá para entender
Acabou-se a ilusão

Tenho muita desilusão
Isto dói mas é verdade
Vamos votar com atenção
Temos muita necessidade

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Memórias do meu Casal Novo do Rio

Ali juntinho ao Mondego
Há um recanto em sossego
Um pequeno casario,
Ao qual a mão de Deus deu
Tudo o quanto lhe merceu
O casal Novo do Rio.


Nessas sombras da paisagem
Seca a roupa junto á margem
Em frente,á casas caiadas,
Á noite há gente a rezar
Na eira o milho a secar
Há cheiro a terras lavradas..

Lembrando as suas memórias
A avó conta histórias
De tempos que já passaram
Na bilha á água da fonte
Alí no sopé do monte
As nascentes não secaram
O calor duma fogueira
Aquece o caldo da ceia
Onde não se sente o frio
Na arca não falta o pão
E na grelha assando vão
Os peixes que vem do
Rio.

Com as mãos entrelaçadas
Há beijos nas namoradas
Junto ás cinzas do borralho
Lá pela ponte velhinha
Chiam carros á noitinha
Que regressam do trabalho.

Nos currais dormita o gado
O seu sono sossegado
Na palha dos arrosais
Lá fora a noite escurece
E todos rezam uma prece
Os filhos beijam os pais.
Almas sãs em corpo são
Segredos do coração
De gente humilde maior!
São a vida,a Natureza
São quadros de beleza
Das terras de Montemor.


Nasci em 1940 no Casal Novo Rio,onde não havia luz nem água canalizada,mas existia o Mondego,um rio de águas límpidas, que hoje já não existe.As minhas gentes trabalhavam nas terras do nascer ao pôr do sol,havia só um rádio na mercearia e taberna do Ti-João.Foi ali que ouvi pela primeira vez um relato de futebol entre o Benfica e o Braga.O Benfica perdeu por um zero,e mesmo assim fiquei vermelho até hoje.Tudo isto por volta de 1947/48?Bom...volvidos vários anos encontrei o Santiago Pinto e com ele "caminhei" na rádio (local) e nos jornais de Montemor,e até fundámos o Correio da Figueira. Este trabalho em verso,li-o várias vezes nos meus programas de rádio, com musica de fundo; eu adorava,porque sentia naquelas rimas,em pormenor, a vida das minhas gentes;sempre fui um sentimental! Mesmo hoje,lembro a panela do caldo, que era de ferro,a fogueira,a cinza no borralho,enfim a vida na aldeia naquele tempo.Uma Hora à Beira do Mondego,foi o primeiro programa na rádio local de Montemor,com o Santiago que me levou para lá;também a Dilia,que gostava muito de poesia,e temas de Montemor.O Henrique Pardal estava na direcção de programas,havia interajuda,o programa cresceu,passou a ser Três Horas à Beira do Mondego.O Santiago deixou a rádio,mas continuou a escrever sobre Montemor,rimando como ele gostava,e nós semanalmente divulgávamos.Guardo alguns desses escritos,e decidi colocá-los no blogue. Guardo também a recordação dessas horas na cabine,nervos à flor da pele,risos,censuras mutuas,o Henrique apaziguador,era saudável aquele convívio.A vida tem um limite e estes amigos já partiram na viagem sem regresso,porém jamais os esqueceremos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Recordações de Montemor e do Casal Novo do Rio

Sempre que me é possível regresso às minhas origens:sinto ali com prazer a realidade donde venho, onde estou e quem sou,um ser modesto e simples.
Neste último fim de semana estive na minha terra no Casal Novo do Rio,mais própriamente na Barca,pois assim se chama também; por ali andei, encontrei amizades antigas,e também a Zézinha (que actualmente ali reside) um conhecimento mais recente dos tempos em que estive estabelecido em Montemor.Ela também tinha uma loja nas imediações.
Agora mostou-me fotografias dessa altura,recordámos as actividades,e os magros lucros...Numa delas está ela com a mãe a D.Lisete,junto da sua loja de artesanato,noutra estou eu,a Zézinha, e a”endiabrada” Zeca,que sempre brincalhona nos fazia rir muitas vezes.
Estamos vestidos com as camisolas da Comissão das Festas de Sto.António, realizadas na praça da Républica de Montemor;foi um convivio muito agradável que ainda não esquecemos,apezar dos anos que já passaram sôbre ele,daí recordármos até com alguma saudade.
Não me perdoava se não falásse da minha Barca, pois como atrás referi ali estive, mas também para uma saudável confraternisação (na festa da Barca) com as minhas gentes,já poucas do meu tempo, a vida tem um limite de existência,e grande parte daqueles que me viram crescer, já partiram para o além.
Fazer comparação,de como era o Casal Novo do Rio,a Barca da minha infância e juventude com o que é hoje, é irrisório,tudo mudou (para melhor).Os seus habitantes são outros e diferentes, naturalmente;esqueceram-se as suprestições,os mêdos e até em parte as crenças... O ambiente foi alterado,as pessoas vivem bem melhor,há comodidade,gostei de ver!
Mas perdôem-me o desabafo: deixem-me recordar também a singela beleza da Barca de há muitos anos atrás,com esta fotografia guardada “religiosamente” por quem a fez... era linda não era a minha terra? Com a água a murmurar ali tão perto do modesto casario...
Mas,não há rosa sem espinhos; nessa altura os meus conterrâneos,e também os meus pais e irmãos trabalhavam na agricultura,era o modo de trabalho que permitia uma vida digna mas sem comodidades nem luxo,havia milho na arca,e feijão para a sopa a que chamavam caldo, isto na minha casa,mas nem todos tinham êsse bem. Também o Mondego pregava as suas partidas, por vezes as cheias chegavam mais cêdo e estragavam parte da colheita,era prejuíso,e não havia subsídios.Poucas pessoas andavam calçadas,surgiu então uma lei que proibía o pé descalço: esta lei com risco de multa foi recebida com desagrado,até pela despesa a que obrigava a compra duns sapatos,e então a imaginação funcionou; calçavam apenas um sapato,e no outro pé enrolavam uma ligadura simulando um ferimento; quando o sapato acabásse repetiam a operação com o outro que tinha estado guardado (mas este procedimento,até nas cidades funcionou) vivia-se mal em Portugal...
Hoje o Casal é um pequeno paraíso.Tem moradias bonitas,prédios de andares aonde existe comodidade,os caminhos enlameados d’outrora deram lugar a estradas, o ar é limpo,há arvorêdo,emfim está um bom lugar para viver,e como atrás disse esteve em festa no passado fim de semana,festa a que não faltou também o cunho religioso com uma Missa no Domingo,e depois a actuação dos grupos de danças e cantares,sempre tão do agrado de todos nós.
Fica a esperança da repetição no próximo ano.Até lá...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Popó e o rádio do seu contentamento

Fotografias de Pedro Cruz, Cova Gala, Figueira da Foz

As cidades e as vilas, porque não as aldeias deste país, e se entendermos o problema na sua universalidade,cria e alimenta no seu seio, humildes cidadãos de existencia desequilibrada.São várias as razões sociais; o álcool,alguns divorciados,o desemprego,nos ultimos tempos a maldita droga, podem ser os motivos de destruição da auto-estima e o resvalar para a valeta da vida e de hábitos anormais de cidadania e que nos atinge de algum modo.
Os movimentos de solidariedade procuram-nos nas ruas,trazendo-os á realidade social e humana,como gentes de ninguem e olhada de lado por uma sociedade que sente vergonha de assistir á degradação da sua especie, julgando-os leprosos e pouco lavados fisicamente. Tudo isto, porque o Popó, caminheiro errante pela Cova Gala, teve de certo em menino os carinhos de sua Mãe,a qual terá sonhado o melhor destino para o seu Manuel Pinto de Oliveira, nesta altura com 66 anos de idade, mas feita de aventura e álcool e com versos do seu repentismo. Segundo sabemos,o pai e o tio,excelentes musicos de uma banda Filarmónica,terão entusiasmado o nosso Manuel,a percorrer a verdadeira escola musical,mas ele preferiu o mais facil, isto é, pegou numa busina de biciclete,e no marcha que marcha á frente ou atrás da Filarmónica, soprava no seu instrumento de ocasião, propondo à comunidade o ridiculo da sua arte,agora com a chacota e o sorrir de muitos que acham graça onde ela é mais dor do que alegria. De tal jeito que o Zé Povinho, sedento de alcunhas, o batizou para sempre. Serás Popó e acabou-se. Porém, o Manuel de Oliveira, ficou com a paixão da música, apertando-a sobre o peito, de pé ou deitado pelo chão da Cova Gala, pois os rádios tem sido a sua companhia, embalando-o em sono profundo mas o rádio por lá fica em sonoridade e com as musicas da sua preferência. Conta quem testemunhou que numa tarde a desaperecer no horizonte, Manuel de Oliveira, depois de ter acordado da sua soneca no chão ora frio ora quente, deu pela falta do seu rádio roubado e chorou como de uma criança se tratasse, dizendo que era a sua única companhia! Logo as pessoas lhe compraram outro rádio e outros rádios foram roubados, pois os ladrões insensiveis à sina do Manuel de Oliveira, só nos dizem que o Mundo é cão e morde sempre nos mais fracos da sociedade, coisa estúpida porque é nestas pessoas que sentimos o respeito e o pulsar da vida.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Farinas,em sofrimento...

Em parte respigado da Globo

Após 131 dias sem comer,o dissidente cubano Farinas demasiado debilitado estará a um passo da morte,mas firme na sua coragem a exigir a libertação de todos os presos politicos. Com enorme estoicismo afirma estar consciente de que a sua vida está a chegar ao fim,e responsabilisa os irmãos Castro pela sua morte.
Madrid oferece hospital para tratamento e avião para ir buscar Farinas,mas o dissidente diz que só interrompe a greve de fome se o Governo cubano fizer um referendo.Também Cuba Livre,publica uma reportagem com fotografias dos presos politicos,que nesta altura são o numero mais baixo desde há 5o anos,informando ainda que Farinas combateu em Angola em 1980 contra a Unita.

No nosso País,mais própriamente no Minho quando surge um facto inesperado é comum o povo usar esta exclamação: “haja Deus”!
Hoje permito-me adoptá-la também. Pois claro,hája Deus! Pois finalmente parece que Cuba,ou melhor os seus grandes responsáveis começam a querer ser mais humanos.Lí há pouco que Havana vai libertar 52 presos politicos,cinco deles nas próximas horas e os restantes 47 num praso de três a quatro meses, anunciou a Igreja Católica em Cuba.
Também as relações entre Havana e a União Europeia no caso da libertação dos presos politicos ser um facto,poderão encontrar um entendimento,prometeu o chefe da diplomacia espanhola Miguel Moratinos,de visita ao governo de Fidel de Castro.
Hája Deus!... Mas será que esta decisão não peca por tardía? Será que perdurará apenas o relato do sacrificio e a consequente morte de Farinas?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Custódio Cruz e Companheiros no Mercado...

Todos sabemos e não é necessário pertencermos à classe dos investidores,que o espaço do mercado Engenheiro Silva é um chão apetecido para o grande capital,pouco ou nada preocupado com as frágeis estruturas do comércio tradicional.Há muitos anos uma empresa de construção da Figueira da Foz tentou o seu negócio,do apetecido “chão de ouro”, mas não passou de tentativa,e no presente o mercado jamais será o caldeirão dos euros,mas sim um espaço do povo que labuta desde o amanhecer e pelo dia fora sem pressa do encerrar do portão.
Mas o que se passa no mercado com a nova Associação dos que lá têm os seus negócios,e permitam-me referenciar a liderança do Custódio Cruz (pois o conheço à muitos anos e sei da sua força e determinação) que é sem duvida um exemplo de unidade e coragem,face aos interesses do capital,que nada sentem em relação aos que lá labutam,e quanto a recompensa é aquela já conhecida,dão um chouriço a quem lhe der um porco.
Venho acompanhando pelos jornais as noticias sobre o que se deve fazer ou não no mercado Engenheiro Silva,tendo em conta que a sua requalificação é necessária para fazer frente ás constantes mudanças da oferta e procura,numa área tão sensivel como é a alimentar.Porém o seu aspecto não envergonha ninguém, e no futuro com estes comerciantes assumidos em Associação,é certo e sabido que os projectos de valorização vão surgir em devido tempo e oportunidade.Lamento que o convite para estar presente nas festas no mercado,onde recordaria os distantes bailes da minha mocidade na noite de S.João,tivesse chegado em cima de uma reunião familiar,logo impossível estar presente. Terei mais atenção para a próxima festa,para que nada impesssa a minha presença,mesmo sem convite: não é necessário,admiro a coragem desta gente e quero pessoalmente ir dar o meu abraço a quem de direito.