terça-feira, 30 de novembro de 2010

Entre a invernia e Verão, sempre as nossas crianças.


A invernia tem sido intensa no país, muito menos na Cova Gala, mas também é sentida por todos com o frio e a chuva.
Estava dentro do meu salão apreciando o vendavál e a chuva que caía sobre este belo espaço e o repucho forte e altaneiro sobre o temporal e recordei o Verão e a esplanada. A beleza que naqueles meses me torna tranquilo e admirador por tanto possuir naquele belo local da Cova Gala,indo cedinho para me refrescar.
Recordei as crianças que todas as tardes calorentas mergulharam no lago e a sua gritaria e foi por elas que fotografei este belo quadro, numa tarde fria e invernosa, esperando por outro Verão e quem sabe pelas mesmas crianças que nos dão vida e esperança

domingo, 28 de novembro de 2010

Carlos Paiva, o velho companheiro da rádio

Um convívio da Rádio Maiorca acabou por se tranformar em reconhecida solidariedade para com Carlos Paiva. Algumas dezenas de colaboradores daquela rádio reuniram-se no restaurante Galo de Ouro, recordando épocas brilhantes de comunicação, mas de todo ou em parte desactivadas já lá vão 7 ou 8 anos. A ideia da reunião partiu da Fátima Trigo e do Bugalho, também eles antigos coladoradores daquela rádio, mas o momento elevado do convívio surgiu já no final quando alguns dos presentes, e reconhecendo a situação muito complicada que vive o Carlos Paiva,hoje invisula e com a mãe, 87 anos, com progressiva e grave doença, gerou na totalidade dos presentes, o apoio que lhe devemos todos.Em fase de análise pensa-se agora qual a melhor organização do evento que vai trazer para o Carlos Paiva uma prova de solidariedade para com um antigo colega das radios e da informação.
Carlos Paiva conta com o apoio do Centro Social de Tavarede, com as refeições levadas a sua casa e cuidados prestados à mãe, durante o dia.Carlos Paiva é
praticamente um homem só, distraindo-se com o seu inseparável rádio e ajudando no que pode a mãe que muito estima, mas um home que luta e gosta da vida.
O movimento de apoio ao antigo radialista que prestou inestimáveis serviços àquela rádio e durante 14 anos,trabalhando também na Foz do Mondego, relembrou-se da sua vocação comunicadora,um homem conhecido por fazer das boleias o seu oportuno transporte, o que o levou à televisão em notícia destacada. Mas a vida e os seus riscos não perdoa a ninguém e o Carlos Paiva vive agora o seu percurso muito difícil e justamente a merecer que, o Convívio da Rádio Maiorca se tenha transformado em
solidariedade para com Carlos Paiva. Se Napoleão dizia que os homens se prendiam pelo estômago, não me parece que neste convívio os manjares tenham sido suficientes para distrair os radialistas do que é importante.Os presentes manifestaram total apoio ao programa esboçado,que será estruturado em princípios de Janeiro de 2011.
Como já notaram nesta informação não existem nomes, existe sim uma vontade expressa de um grupo solidário para com Carlos Paiva. A maioria dos presentes desconhecia a precária situação do antigo companheiro da rádio Maiorca. Se cometeu erros foi só e unicamente em seu prejuizo, porque o Carlos nunca foi homem de ódios e vinganças.As minhas fotos do encontro estão impublicáveis,por favor enviem as vossas para que eu publico aqui....barbeariaspedro@gmail.com. Grato

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O meu neto fotografou-me com o Davis

(Se clicarem uma vez em cima da foto irão poder ver mais fotos do Davis, ele é um cão chique, tem um blogue só para ele!)

Por vezes sai uma foto mais ou menos suficiente, mas no resto è uma verdadadeira
desgraça .Ficam as boas intenções mas dizem que o inferno está cheio delas.Como não sou homem para desistir, virão outras e com a esperança de serem melhores.
Falando de animais neste caso do cão, sou inteiramente pela sua dignificação e tratamento. Os bichos devem-nos respeito como seres vivos que sentem e sofrem como todo o ser humano. Este nosso animal tem afectos inacreditáves e seria um crime dar-lhe maus tratos, pois conhece e defende a familia com prontidão, face a pequenos pormenores de aproximação de pessoas que vivem longe dele. É conhecida esta raça como animal de defesa,mais própriamente de proteção,dos donos naturalmente. Gosto muito do Davis, tenho ali um verdadeiro amigo para as boas e más horas e numa altura em que a nossa segurança é o que se sabe este cão dá-me garantias totais, só se for á traição é que o dominarão.
A segunda foto é Peliche Gil de Vila Verde. Jovem e porque vive a noite,pretendia um corte futurista em que as miudas o admirassem. A foto não mostra a rebeldia do corte, infelizmente, mas o rapaz foi mesmo dentro da sua pele com aquele trabalho,e acabamentos com a cera L.R.
Quanto ao Diogo Rafael, 6 anos da Cova Gala, tem a emoção do que são as crianças de hoje. Pedem estes cortes e se não lhes mostro o video e as revistas, as crianças de hoje já não são felizes;no meu tempo jovem e já a trabalhar na profissão, as crianças nem sequer falavam, pois os pais é que mandavam nas carécadas e pouca conversa senão levas já um estálo. Mas actualmente são as crianças que ajudam a renovar os meus trabalhos,ouço os seus palpites com gosto e com atenção.Depois quando os vejo voltar,sinto-me recompensado. Tenho pena dos pequeninos quando choram, sofrem mesmo,mas não todos. Esta profissão é um excelente teste à paciência numa vida a comunicar e a servir os mais variados tipos de pessoa.

Mais um corte com história...

...mas felizmente o homem é melhor barbeiro que fotógrafo!

De pequenino...


...se corta o cabelo! Depois conto mais coisas sobre esta criança que também é meu cliente!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Dr.Maló é que sabe.

José António Contente, o popular “Dr. Maló”, velho companheiro da Rádio Maiorca é leitor assíduo do Jornal o Diabo, e terá as suas razões, pois é um semanário denunciador e combativo e que reune as suas preferências às terças -feiras, dia da sua publicação. Um dia destes com dois Jornais na mão, dizia-me: “Olha para isto, olha para isto!” E eu olhei e li pois então.
E tu leitor também podes ler se assim o entenderes, mas deixo a informação aos interessados que no próximo sábado,pelas 20h.no restaurante Galo de Ouro, os antigos e actuais colaboradores da Rádio Maiorca, bons tempos aqueles, vão reunir-se num encontro e jantar, para recordar uma época interessante no quadro da informação na zona centro do país.
Muitos colaboradores daquela Rádio ficaram na história, tendo por base a sua carolice e muito amor, como á dias concluimos com o meu particular amigo” Dr.Maló”, mas existe sempre as ervas daninhas, mas isso fáz parte da condição humana de cada um, seja onde for, mas foram os bons exemplos que ainda hoje são recordados nas nossas conversas

Zé das latas ou Zé da barraca, o mesmo testemunho de vida.



José Andrade Mouco, nasceu há 77 anos em Lavos, Figueira da Foz, mas vive
há muitos anos na Cova Gala, terra que ele estima e é por lá muito respeitado.
Os pais do Ti Zé das Latas, ou Zé da Barraca eram muitos modestos e para criar os 4 filhos trabalhavam as terras dos senhorios. Há muitos anos, e já vamos saber quantos, as sementeiras perderam-se totalmente devido ao mau tempo, em tempos brutais do fascismo. Porém, o senhorio não se comoveu com aquele desastre na colheita que não existiu e obrigou o pai do Ti Zé a pagar a importancia que devia, o que originou um grave problema para o responsável familìar. Um dia a G.N.R bateu à porta dos pais e ordenou o pagamento ou iria para a cadeia. Isso terá levado o pai do Ti Zé a um convulsivo choro por tão humilhante situação.J osé Andrade Mouco,com 14 anos de idade, tinha regressado da borda de água, onde trabalhava a cavar terra.Possuía seis centos escudos que entregou ao paí para que ele fosse pagar a dívida e assim todos em família ficaram felizes por se ter evitado a prisão do patriarca que não tinha sequer um tostão para pagar ao senhorio, facto que a este nada importava, nem até que fosse preso, mesmo em condições de total miséria.
Mas o testemunho de vida deste homem é inacreditável pelo seu empenhamento e
luta de sobrevivência, triunfando com trabalho e honra ao longo de uma vida de sacrifícios. As feiras e as suas barracas foram um modo de vida e sustento para os seus 4 filhos e esposa Fernanda, pois com 3 bolas de pano e 3 latas, montava o seu negócio e por um escudo, quem derrubasse as 3 latas, ganhava uma laranjada.
Daí a sua popularidade como o Zé das Latas ou das Barracas. Mas gosta também que lhe chamem Bem Haja, pois vem de família que se orgulha pelo bom nome que possuía.
É naturalmente expontâneo e foi assim que conquistou amizades e simpatias por todo o lado. Nos Olivais, um grupo de pessoas construiram-lhe uma barraca para o seu trabalho. Aí já tinha matraquilhos e as tais bolas de pano e depois foi pagando aos poucos, sendo homem de palavra e seriedade, construiu o seu sucesso passo a passo.
Mais tarde, e nos últimos anos, as lampreias e outras qualidades de peixe, também foram o seu negócio, pois o Ti Zé, nunca dormiu à sombra da bananeira, impondo-se no mercado de vendas até à cidade do Porto, e com alguns espanhóis, e em todos os lugares fazia amigos com uma esmerada educação e respeito pelas pessoas, é um prazer escutar este homem e reconhecer as suas qalidades como uma pessoa de bem

domingo, 21 de novembro de 2010

O problema não é haver animais que vivem como pessoas, é haver pessoas que vivem como animais

MAIS UM CORTE COM HISTÓRIA


Desta feita foi um jovem que se sentou na cadeira do barbeiro. Aqui fica a reportagem pois as imagens valem mais que 1000 palavras, dizem. Vejam o pormenor da franja.

Brincadeira que não ofende




A minha amizade pelo meu colega do Porto, Manuel dos Santos, proprietário da Stlicoup, empresa do ramo cosmético que nos apoiou na Cova Gala juntamente com o Clube Artístico do Porto,quando do festival de moda, já passa dos 30 anos que nos entendemos à boa maneira do Norte, isto é, prazer na franqueza e na solidariedade. O meu amigo Manel sustenta que o estilo de vida em Cuba, país que já visitou algumas vezes, tal qual muitos outros, no seu correr pelo mundo, batalha comigo que eu não percebo patavina de socialismo, e muito antes de eu ter visitado Cuba, disse-me que não iria gostar do sistema e da sua dureza politica. O certo é que nos pegamos constantemente, mas nunca a nossa estima sofre qualquer azedume ou contrariedade por não pensarmos igual sobre uma sociedade que está a mudar e nunca se sabe se para melhor.Vejam o nosso exemplo com o 25 de Abril, surgem sempre os glutões e o povo que se lixe, daí ter reservas com as revoluções, muito embora tivesse grandes esperanças com a dos cravos, mas os pobres estão mais pobres! Acontece que tenho uma fotografia do Fidel e do Che, numa pequena estante e sem qualquer intenção, acreditem, coloquei na mesma estante e ao lado uma fotografia do meu bom companheiro Manel, sem ter visto que aproximava duas ideologias tão contundentes e históricas.Volvidas umas horas e quando olhava na direcção da estante e reparo em tal proximidade deu-me uma enorme vontade de rir por só naquela altura ter compreendido uma aproximação entre o Manel e os símbolos da revolução cubana, pois tenho a certeza que nunca estiveram tão próximos. Daí a foto neste espaço, que chegará mais depresssa ao Porto, ao jeito do grande abraço, do que os postais que lhe envio, mas também a Santinha de Armação de Pêra, quem sabe se um milagre não vai acontecer para com o meu bom colega Manel, já que por aquelas bandas de Cuba os ventos estão a mudar, mas não foi por influência do divino,foi o longo tempo, “penso eu de que”... (Não é meu grande portista?!!) Ele é um dos primeiros sócios dos azuis e brancos!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Marraqueche é assim

A clientela é sempre raínha

O Sr.António Cunha Antunes tem a gentileza de se deslocar da Figueira da Foz até
à Cova Gala para cortar o seu cabelo e sobretudo manter os seus cabelos brancos, o que depende de alguns cuidados de ordem técnica. Um dos pormenores é a lavagem com champô direccionado para combater o amarelado, pois como se sabe o sol e a própria natureza do meio ambiente provocam o amarelado sempre desagradável, quer nos homens como nas mulheres.O cabelo branco aparece naturalmente, é um fenómeno anatómico chamado apoptose, isto é a morte da célula que produz a menalina-pigmento que dá cor aos cabelos. A morte desta célula desencadeia então os cabelos brancos que nascem de um dia para outro. No caso deste meu estimado cliente recordo com gosto que durante muitos anos tratei do cabelo da esposa, enquanto cabeleireiro de senhoras.O cabelo do Sr. Antunes mantém-se totalmente branco e masculinamente brilhante, também pelos cuidados que tem em casa, e, claro, pela minha proposta dos produtos direcionados para os desejados efeitos da sua brancura. Da última vez e sem que lhe pedisse opinião, apliquei-lhe no final uma leve camada de cera L.R Aloé Vera, originando por isso acentuado brilho neste distinto cabelo branco.
Estes trabalhos, com a autorização dos clientes, vão ser divulgados no museu
do barbeiro e cabeleireiro, um espaço de excelente dedicação à nossa profissão do nosso colega Joaquim Pinto em Lisboa. Um colega com vários prémios nacionais e internacionais que permite a minha colaboração no importante espaço da nossa classe de barbeiros e cabeleireiros. A segunda foto tem a intensidade e a preocupação de algumas mulheres em cortar o cabelo. A Fátinha veio de Montemor-o-Velho, acompanhada da mãe e do irmão, pois o cabelo para a Fátinha representa uma forte inquietação e algum desespero, se porventura o corte não assume na sua imagem a tranquilidade desejada.Consegui com alguma paciência
cortar-lhe o cabelo e fazer com que voltasse a Montemor feliz e não me rogasse as “pragas do diabo”.A terceira fotografia são os meus “velhotes”com idade imensa mas sempre gentis para comigo. A sua saúde é complicada, caminha amparado à sua bengala, por isso tem o meu serviço de transporte a casa.Quanto ao Petit, não sendo uma obra de arte o seu corte, não deixa de me exigir atenção quanto ao modelo do corte, adequado ao gosto pessoal e rigoroso. As partes laterais têm de ficar cortadas com o pente um e depois não admite que os volumes fiquem salientes, elevando-se até á crista final, os movimentos devidamente equilibrados.São jovens que não me deixam envelhecer profissionalmente e faço questão de os acompanhar nas suas modernidades, pois eles são a garantia da minha actualização constante e eu não quero ser só o barbeiro-cabeleireiro dos estimados idosos e clientes, que muito respeito e muito aprendo com eles, muita paz me transmitem com a sua sabedoria

terça-feira, 16 de novembro de 2010

As profissões da minha terra

A fotografia publicada no C. M., com o Sr. António Dias, 78 anos de idade, vem do tempo em que as profissões sustentavam as cadeias de aprendizagem e seguramente o trabalho digno e prestável à sociedade, e foram em Montemor um forte tecido comercial e social. Esta foto e o texto, levaram-me a distantes memórias da minha juventude no Casal Novo do Rio, Montemor-o-Velho. A verdade é que em Montemor, e já lá vão mais de 50 anos, existiam 5 barbearias, também latoarias, alfaiatarias e mercerias, algumas tabernas, sendo por isso um extenso mercado de ocupações para os que pretendiam guiar-se para uma profissão. Uma época e uma cultura de gentes. Estudar em Montemor para além da quarta classe não era possível, já não havia seguimento, a não ser em Coimbra ou Figueira da Foz, e só um ou dois o conseguiram. A notícia sobre o Sr. Dias, encheu-me de orgulho e racionalidade, pois ao Sr.Dias, a sua mãe, ainda lhe propôs as profissões de barbeiro ou sapateiro, o que não aconteceu comigo. De facto a minha saudosa mãe Olivia, que me deixou o exemplo da sua bondade, e que mais não podia propor-me, certo dia declarou o meu destino aos 12 anos...vais estudar para barbeiro na loja do teu padrinho Júlio Medina, porque não tens forças para trabalhar nos campos. E assim aconteceu sem outra alternativa, mas sempre com a minha eterna gratidão até aos dias de hoje

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Será que tenho inveja dos ricaços?

São génios da engenharia monetária e não conseguem viver com tostões, mas só com milhões, indiferentes, decerto que outros não, ao drama de muitos portugueses a bater á porta da Cáritas, rondam já os 62 mil, a pedir o pão da misericórdia e da indignação.Esta dos milhões sem impostos, cabeçalho publicado hoje no C.M.,deixou-me tonto de azedume e numa altura em as famílias estão a braços com verdadeiros problemas de sobrevivência, estes grupos vivem á parte da sociedade portuguesa e em boa verdade a crise não lhes toca!
Nada mais nada menos do que políticas criminosas que empobreceram sempre os que vivem o dia a dia do seu trabalho, dos salários e das pensões que são a vergonha de um Estado que se diz democrático, repleto de vampiros sem respeito pelos que iniciam agora o caminho da mendicidade.Um dia destes, um cliente ressabiado pretendeu atingir-me ao dizer-me que eu bato na crise, mas que todos os anos faço uma viagem e que ele cliente nunca poderá fazer.
Não fiquei admirado com este tipo de inveja, pois a vida está cheia de lamentos e outros malandrécos de esquina, mas convidei-o a seguir a par e passo o meu dia a dia e a seriedade de processos do meu trabalho e depois talvez compreendesse que tenho a legitimidade moral para poder, vincadamente, marcar a referência da minha convicção cívica e o protesto de cidadania, contra estas brutalidades do poder político e económico, se afirmativamente vivo disso mesmo, do meu trabalho e do apoio da minha estimada clientela

Casos de famílias portuguesas...

...que ficaram sem os tostões do abono. E agora? Onde irão cortar a seguir?

domingo, 14 de novembro de 2010

Montanhas do Atlas.

A cordilheira do Atlas que se estende por 2.400 quilómetros, através de Marrocos, Argélia e da Tunísia, a 6o quilómetros de Marrakeche, tem ainda aldeias berberes paradas no tempo e com paisagens avassaladoras.
As fotos ilustram as imformações do nosso guia , no cume das montanhas do Atlas. Seguramente 15 jipes de suporte elevado para escalar este trilho perigoso, mas surpreendente pela sua natureza, onde a mudança de temperatura tramou alguns parceiros da L.R,Aloe Vera.
Sendo eu um homem de Deus , ainda estou para perceber qual o motivo porque não me deixaram entrar nas mesquistas em Marrakeche, mesmo com os sapatos nas mãos , decerto que o Deus deles não é igual ao meu!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cortes com história 3



O João Mário tem 16 anos. Faz parte de uma família da Marinha das Ondas, que me aceita profissionalmente, há mais de 25 anos. O João, um dia destes quando entrou no Salão, eu já não o conhecia pois trazia uma farta cabeleira. Recordo que há pouco tempo lhe aplicava o pente 2 por ordem da sua mãe Cristina.
Hoje nada disso acontece. “Só pontas”, disse o João. Sujeitou-se ao meu critério, desfiei-lhe o cabelo com a navalha, em especial na franja, soltando-a o mais possível, dei-lhe umas tesouradas com a tão popular “jacaré”.
Mas o João está na idade dos sonhos e por isso ainda lhe propus uma pequena fantasia para a discoteca, isto é, na parte lateral do lado direito, procurei um pequeno volume, com a franja estendida para o mesmo lado. Claro que esta proposta só serviu para a fotografia, já que para o dia a dia não é nada funcional. O que não acontece com o outro corte, pois em casa, e lavando a cabeça, o João está pronto para o dia a dia. Nos acabamentos trabalhei o cabelo com Moisturing Spray, da L.R. Aloe Vera. Boa sorte João

Cortes com história 2



Quanto ao Sr. Manuel Pereira, 85 anos de idade, a mesma atenção com outra linguagem. É um encanto escutar estes idosos e as suas vidas feitas de coragem por mares repletos de perigos. Temporais medonhos, nevoeiros cerrados no mar da pesca do bacalhau.Tenho um carinho muito especial por estes clientes que nunca foram aumentados no corte de cabelo e já lá vão 6 anos de Cova Gala. Quando partem para a última morada, vou despedir-me deles, porque estou grato pela sua simpatia e humildade, só se de todo não puder.
Mas o Sr.Manuel Pereira foi também um excelente guarda redes no Cova Gala, e conta cenas de pasmar do seu tempo de desporto. Quanto ao corte, faz questão de pretender dos lados bem rapadinho, para durar mais tempo. Depois quer o álcool para terminar, demarca-se da modernice deste tempo, pois não vai na onda das modas do aftershave.Sou eu que tenho que aproximar-me dos hábitos destes clientes, não inventando, como faz o treinador do Benfica!.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Igreja prepara cantinas sociais.

A notícia que trazia fotografia do idoso, publicada no C.M., fez-me interrogar sobre a causa social dos revolucionários do 25 de Abril, na sua maioria ateus, e contra a mensagem evangeladora da Igreja cristã, mas são agora as suas estruturas a repôr os apoios possíveis a famílias carenciadas. É verdade que a Igreja não faz mais do que o dever social, foi para isso que Jesus Cristo, e já lá vão 2 mil anos, a fundou com a sua infinita misericórdia, chamando a si os que tinham fome de justiça, e numa mensagem única de solidariedade,sobretudo para os mais oprimidos da sociedade. Porém, e por outro lado da questão, o que eu vejo em alguns revolucionários é o aproveitamento para uso próprio das suas atribuições do estado social, fazendo fortuna e mandando às malvas o apoio que pregam por cantos e esquinas. Mas o cortejo de miséria é cada vez mais preocupante nas famílias de menos recursos materiais. O corte nas despesas do estado, vai tramar quem? Os democratas de pacotilha? Os tais vendilhões das causas sociais? Apesar da verborreia pouco ficou de substância para as famílias onde há fome e outras necessidades e que são hoje uma triste realidade, num país que me faz recordar a minha juventude de má memória na minha contestação social. A Igreja que tem os seus demónios, pois tem, mas prepara em zonas do país, as cantinas sociais para combater o que mais humilhante existe nas pessoas, ou seja, a sua pobreza material e porque não a sua degradação humana

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os homens tambem se cuidam


Um corte masculino para dois penteados. Cortar cabelos a mulheres ou a homens tem a mesma intenção de adaptação ao rosto e à sua expressão, muito embora a técnica para cortar cabelos a mulheres seja, no seu todo, uma técnica seguramente mais complexa e de níveis elevados e transformadores.
Este cliente da Cova Gala, José Rafael pretendia pente 3, e depois os acabamentos ficavam ao
meu cuidado. Disse-lhe se aceitava a minha proposta de corte, tendo em conta o seu brinco e o rosto alongado, ao que ele respondeu que sim. Numa farta cabeleira a tesoura dentada reduziu os volumes tornando o cabelo mais solto e leve. Depois de uma lavagem e da aplicação deprodutos de apoio, cortei-lhe as pontas demasiados efiladas, formando assim uma estrutura mais de acordo com as intenções finais do corte.
Na primeira foto o corte permite um penteado jovem e lançado sobre a parte frontal, mas a foto não mostra bem a leveza do penteado.
Na segunda foto, o cabelo é lançado quase em espiral, revolto, o que deixa para o cliente melhor margem para poder pentear-se para o dia a dia, ou então dar-lhe outro sentido e toque pessoal. Também na parte lateral acentuadamente curta, se nota a frescura do movimento pretendido, demonstrando a proposta que pretendi ser inovadora para o cliente

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Defesa da Beira passou pela Figueira da Foz.

A informação chegou do Sr. Aníbal José de Matos, um dia destes e com surpresa minha. A verdade é que o Jornal DEFESA DA BEIRA, sediado em Mortágua, já foi propriedade do falecido Aníbal Correia de Matos, pai do jornalista e poeta figueirense, Aníbal José de Matos, também director daquele Jornal, julgo que em Mortágua. As voltas que um homem dá na vida! Ao trazer da Senhora da Ribeira os 4 jornais para os ler com tempo, trazia ainda para a Figueira um pedaço de vida do Sr. Aníbal de Matos e para o pai, o respeito pela sua saudosa memória.Tenho alguma razão para justificar este meu apontamento, pois sendo eu um amador dos jornais, algumas vezes olhado de lado por alguns profissionais da comunicação social, lá do alto da sua triste sobranceria, nunca tive destes jornalistas, a distância com que outros convencidos me presenteavam. Recordo o falecido Sr. Aníbal Correia de Matos, que grandeza de humildade, e sabia que eu brincava aos jornais, mas tinha sempre a sua simpatia para comigo, perguntando-me pelo meu Montemor. Quanto ao Sr.Aníbal da Matos, a nossa amizade já vem de1958 quando do Figueira Spor e depois no Correio da Figueira, do saudoso Santiago Pinto, que acompanhei até à última morada em Vila Nova da Barca, Montemor-o-Velho. Afinal o que somos? Gentes de passagem com encontros e memórias, mas é excelente vivermos bem e com recordações felizes dos que já partiram à nossa frente, e em solidariedade com os que nos rodeiam

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

30 milhões gastos em viagens e almoços

Gente sábia a discutir as matérias desta porca miséria das contas públicas, os que se aproveitaram da nova democracia para aproveitamento pessoal, num país cheio
de sacanas que comeram à fartazana, mas falando sempre no povo para esconder a sua falta de sentimentos. Eu analiso como um homem da rua e deixo para os sábios as grandes análises,agora aos montes nos jornais e na T.V.É o que me resta e nenhum panflantário me pode roubar essa manifestação. Não vejo ninguém a sentar o cu no banco dos réus e prestar contas das suas safadezas, e agora são prejudicados os que vivem só do seu trabalho. Deixo pois para os sábios economistas e para estes políticos sem vergonha, e responsáveis pelo estado a que isto chegou, a discussão das causas e efeitos. Certo é que são sempre os mais fragilizados a pagar a factura do desmando desonesto de tantos anos de verdadeiros crimes sociais e gastos estúpidos e fortunas feitas num abrir e fechar olhos. Muitos anos de má gestão dos dinheiros publicos, onde as clientelas partidárias gastaram o dinheiro que agora faz a falta e todos sabemos como aconteceu esta degradação social. Quando dou por mim a pensar o que era a vida dos portugueses há 50 anos! Daí a minha consciência e revolta com o actual quadro social, quando recordo as lutas que se travavam contra o Salazarismo, porque desejavámos liberdade e progresso social, sinto-me triturado por remorços, pois se o regime fascista maltratou o povo,a policia politíca foi monstruosa para com os comunistas e não só, que dizer destes sábios de última hora , que tiveram tudo para criar um país mais harmonioso e digno, mas o que temos é um país cheio de aflições em famílias que vivem só do trabalho, roubando-lhes,inclusive, o parco abono de família. Os bem instalados na vida nunca me incomodaram, dou-lhes o caminho, a estrada para passear a sua abundância, mas são as injustiças sociais dos que menos tem, esses sim, que me levam a este estado de alma triste e contestatário. Porque estarei sempre ao lado deles,mesmo que seja só na minha compreenção e solidariedade, porque afinal, é tambem o meu quadro de cidadania. Compreendo porque sempre existiram revolucionários de armas em punho, porque se fazem verdadeiras matanças humanas, porque a classe do poder político e económico tem barriga do tamanho do mundo e mesmo estupidamente fartos, são imcapazes de se sensibilizar com a desgraça alheia, a do povo humilde. Mas o povo tem a sua culpa, pois continua a votar na engorda destes salteadores sem escrúpulos, que abandonam o barco à deriva depois de terem conquistado o poder a qualquer custo, deixando o Zé Povinho a falar sozinho.Hoje é Dia Mundial da Poupança, mas para quem?Cá em casa e em tantas outras de familias modestas, a patroa Dília fartou-se de rir com esta mensagem, pois foi nesse quadro que sempre orientou as finanças da familia e já lá vão tantos anos. Mas quem devia ter poupado foram aqueles que tomaram de assalto o nosso País.E que deveriam ser presos e condenados por má formação cívica e despudor social.Não tenho saudades do Salazarismo,mal fora que o 25 de Abril não tivesse provocado alterações na vida dos portugueses que ganham a vida no dia dia, mas o que está em causa neste texto e na minha revolta, é o oportunismo e a falta de sentimentos destes merdas para com imensas familias a viver já da caridade alheia e agora são prejudicados os que vivem só do seu trabalho. Deixo pois para os sábios economistas e para estes políticos sem vergonha, e responsáveis pelo estado a que isto chegou, a discussão das causas e efeitos. Certo é que são sempre os mais fragilizados a pagar a factura do desmando desonesto de tantos anos de verdadeiros crimes sociais e gastos estúpidos e fortunas feitas num abrir e fechar olhos. Muitos anos de má gestão dos dinheiros publicos, onde as clientelas partidárias gastaram o dinheiro que agora faz a falta e todos sabemos como aconteceu esta degradação social. Quando dou por mim a pensar o que era a vida dos portugueses há 50 anos! Daí a minha consciência e revolta com o actual quadro social, quando recordo as lutas que se travavam contra o Salazarismo, porque desejavámos liberdade e progresso social, sinto-me triturado por remorços, pois se o regime fascista maltratou o povo,a policia politíca foi monstruosa para com os comunistas e não só, que dizer destes sábios de última hora , que tiveram tudo para criar um país mais harmonioso e digno, mas o que temos é um país cheio de aflições em famílias que vivem só do trabalho, roubando-lhes,inclusive, o parco abono de família. Os bem instalados na vida nunca me incomodaram, dou-lhes o caminho, a estrada para passear a sua abundância, mas são as injustiças sociais dos que menos tem, esses sim, que me levam a este estado de alma triste e contestatário. Porque estarei sempre ao lado deles,mesmo que seja só na minha compreenção e solidariedade, porque afinal, é tambem o meu quadro de cidadania. Compreendo porque sempre existiram revolucionários de armas em punho, porque se fazem verdadeiras matanças humanas, porque a classe do poder político e económico tem barriga do tamanho do mundo e mesmo estupidamente fartos, são imcapazes de se sensibilizar com a desgraça alheia, a do povo humilde. Mas o povo tem a sua culpa, pois continua a votar na engorda destes salteadores sem escrúpulos, que abandonam o barco à deriva depois de terem conquistado o poder a qualquer custo, deixando o Zé Povinho a falar sozinho.Hoje é Dia Mundial da Poupança, mas para quem?Cá em casa e em tantas outras de familias modestas, a patroa Dília fartou-se de rir com esta mensagem, pois foi nesse quadro que sempre orientou as finanças da familia e já lá vão tantos anos. Mas quem devia ter poupado foram aqueles que tomaram de assalto o nosso País.E que deveriam ser presos e condenados por má formação cívica e despudor social.Não tenho saudades do Salazarismo,mal fora que o 25 de Abril não tivesse provocado alterações na vida dos portugueses que ganham a vida no dia dia, mas o que está em causa neste texto e na minha revolta, é o oportunismo e a falta de sentimentos destes merdas para com imensas familias a viver já da caridade alheia