segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A vida depois da morte.

A minha mulher Dília Fernandes escreveu no seu blogue Renda de Birras a sua opinião sobre a morte. O Marcha do Vapor, do Sr.Rogério Neves, publicou o texto que mereceu alguns comentários de algumas pessoas. O que acho interessante é que ninguém é igual a ninguém, nem todos são tocados pela bela e extraordinária alegria que Jesus Cristo nos convida a partilhar. E mais valorizada é quando temos o dom de a partilhar com os outros, e sobretudo com os que não gostam de nós por motivos que só a eles respeitam, ou em virtude dos nossos defeitos. Uma mensagem vos deixo, esperando que a respeitem, como faço com a vossa. Se acredito na divindade da vida humana, logo acredito que as almas falam e que não têm pátria e não necessitam de fazer cursos de linguagem. Muita gente morre e só deixa doçura de si e leva um pouco de nós e isto é já um estado de alma. Por exemplo. Quando visito em Momtemor-o-Velho, a campa da minha Mãe Olívia, e rezo com convicção as minhas orações, sinto que me escuta e fico intensamente tranquilo, parecendo ouvir as suas boas palavras que me deixou enquanto viveu e estas emoções são tão íntimas que não tenho palavras!
O que está mal, e as pessoas devem ser francas em manifestar-se, porque nestas situações não há lugar para falsos profetas, é por vezes os comentários jocosos que não dignificam quem os escreve. Mas eu também não gosto de dar-vos lições no que quer que seja. Por isso vamos caminhar juntos e merecer a misericórdia de recebermos a luz e a paz eterna para as nossas almas, construindo-a no dia a dia com ajuda do SENHOR, porque amor e alma trilham o mesmo caminho. Em Mateus 10,28 Jesus diz:não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma, após a destruição do corpo da pessoa.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cheias em Montemor-o-Velho

Já passaram 10 anos sobre as cheias em Montemor-o-Velho, situação que causou uma inesperada tragédia desalojando famílias entre Montemor e Ereira, num Domingo de intensa aflição. Hoje, ao ler o Diário de Coimbra, recordei com a distância dos anos a minorar aqueles dias de tormento, o acontecimento.
Manifesto-vos a minha experiência no local, o meu Salão de cabeleireiro com a água a entrar e a subir constantemente sem que eu e outras pessoas amigas pudessemos fazer o que quer que fosse, procurando colocar os materiais em sítios mais elevados, mas nada disso resultou face ao elevado caudal que subia sempre para níveis tão elevados que só nos restou abandonar o Salão e já com as 4 companheiras de trabalho, tão desesperadas quanto eu. Quando as águas baixaram e as pessoas foram verificar os estragos, muitas lágrimas se verteram com a imensa destruição causada pela inesperada cheia que deixou como cartão de visita lama imensa e prejuizos avultados na modesto comércio que nunca mais foi equlibrado. Tendo ruido a ponte da Barca, que ainda hoje liga Montemor a Alfarelos e Soure, também isso ajudou e muito ao afastamento dos que estavam habituados a convergir para Montemor para se abastecerem e fazerem algumas compras. Montemor é hoje uma vila agradável no seu aspecto moderno e limpo, mas continua a valer-se dos serviços que presta às populações, sendo a fixação das pessoas o eterno e grave problema da terra histórica de Montemor-o-Velho.

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ilusões perdidas.

Acordei depois de um sonho de esperança. Nessa expectativa de um bem que se espera, sempre acreditei que se se modificasse o sistema social e político pré-25 de Abril, e já lá vão 35 anos, um país novo surgiria. Parece-me que essa alegria ainda mora dentro de mim. Ou uma parte, pelo menos.
Fizeram-me promessas para que acreditasse numa porta que se abria para uma sociedade, não direi perfeita, pelo menos sensata e equilibrada, mas acabei por acordar com pesadelos que se devem às injustas consequências actuais do poder político e económico, brutalmente penalizador para os cidadãos de menos recursos, como acontecia no tempo do fascismo. Agora, e apesar de ser um homem livre, sou confrontado com as tiranias dos que se serviram de uma liberdade que nada fizeram para conquistar, esquecendo-se da fraternidade que cantaram e agora não sentem, cavando leis sobre leis que fazem sempre os mesmos pagar a factura, ou não fosse o povinho o burro de carga.
Ao escutar o discurso de Cavaco Silva, na legítima vitória do último Domingo, tive a sensação que já tinha escutado aquelas palavras há muitos anos atrás, e se não for ofensa, no tempo em que encostava as orelhas ao rádio para ouvir os discursos dos donos do regime Salazarista, passados com palavras feitas e medonhamente velhas.Vivo pois, com 70 anos de idade, e a minha angustia é igual à da minha juventude. Já sem tempo e esperança, muito menos sonhos, outro empolgamento e outra alegria, penso ainda numa data que também fizesse história, enquanto no mínimo da minha contestação vou votando contra as teias do novo sistema.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Apoio para Carlos Paiva: resumo dos acontecimentos

Não sou dos que preferem ficar ao portal da vinha, esperando que os outros façam
a apanha das uvas. Assumo no grupo as minhas responsabilidades e correndo o mesmo risco, quanto eles. E se volto hoje com este esclarecimento sobre a situação do Carlos Paiva, não é minha intenção publicitar uma vida complicada e que nos preocupa, mas sim dar a cara aos que neste blogue tiveram os seus comentários, dando as suas opiniões sobre tão delicado problema social, deste modo passo a imformar-vos.
A reuinião realizou-se no dia 4 de Dezembro de 2010, no Diário de Coimbra, Figueira da Foz. Estiveram presentes as seguintes pessoas:
José Santos, Lucas Santos, Marques Cabete e Dr.Maló, ex-companheiros da rádio Maiorca. Dr.ª Tânia, assistente social, tesoureira da Junta de Freguesia de Tavarede, Sandra e sua mãe, vizinhas do Carlos Paiva, a quem foram pagos cinquenta euros pela limpeza da casa do Carlos, Luis Pinto, Rui Brochado, Fátima Trigo, Drª.Assunção, assistente social. Magda e Sónia, em Coimbra e Alentejo, telefonaram, dizendo-me da impossibilidade em estarem presentes, também aquelas senhoras da rádio Maiorca. Todos foram de opinião que o melhor para o Carlos Paiva, seria o seu internamento num lar ou num centro de dia, tendo em conta as condições em casa, encontra-se sózinho e é invisual.
Ficou decidido que as senhoras da assistência social o visitariam propondo-lhe o ingresso naquelas instituições, dizendo-lhe que na reunião se tratou do seu caso com interesse e que gostariam de saber a sua opinião sobre essa ideia do lar ou centro de dia e se ele estaria de acordo com esse apoio, para que o grupo desenvolvesse os necessários contactos com as instituições.
Os resultados da visita foram o redondo não. Carlos Paiva não deseja deixar a sua casa. Aqui fica em traços gerais alguma informação sobre esta situação complicada, reservando-me o direito e por respeito ao Carlos Paiva, de não mencionar outros pormenores da sua teimosia, numa situação que acompanho quase diáriamente e que não tenho meios de resolver. Os contactos das assistentes sociais irão ser certamente retomados e daremos notícia do que acontecer.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Conheci pessoas que nunca mudaram.


Entre os camaleões das conversas e das atitudes e a virtude de boa memória da amizade, conheci de tudo um pouco ao longo de uma vida de contactos, alguns ainda os recordo, outros ainda foram apenas contactos do dia a dia.
Mas não devo fazer disso uma azeda crítica isso não. A vida é como é no seu percurso de comunicação. E, desses efeitos em constante rotação, cada pessoa é uma pessoa e só por isso devemos manifestar-lhe a compreenção de também sermos igualmente pessoa.
Agora que todos nós temos contactos que nos marcam pela sua franquesa e estimulos de convivência, face a critérios de carácter, isso é já outra questão de afirmação, como acontece com este ex-director da rádio Maiorca. Foi dos poucos que valorizou a Voz de Montemor, naquela rádio, quando com a minha mulher por lá andamos anos e anos a falar das nossas gentes num programa de três horas.
Depois, este velho companheiro marcou-nos também porque não sujou as suas mãos no lamaçal da conspurcação, serviu uma causa, a da comunicação, de um projecto de grande repurcussão naquele tempo, mas de mim diz por amizade que tenho sempre percentagem nos ganhos, onde quer que esteja a minha solidariedade.
E, já agora, foi o único que um dia entrou nos estúdios com duas lembranças para festejar o aniversário do programa. E ainda hoje eu e a minha mulher estamos gratos por uma atitude que justifica a nossa boa memória. Dr Maló como é conhecido, é um cidadão do saber saber, pois recorda com saudade a sua
vivência no Parque Mayer, onde fez amizade com o Raul Solnado, e mais tarde participou no filme” A Promessa “ rodado na Tocha , não esquecendo a sua actividade em Maiorca, com a sua esposa, empenhados na cultura local.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O povo canta as Janeiras na Cova Gala.

É uma tradição portuguesa que consiste na reunião de grupos de pessoas cantando de porta em porta, utilizando a pandeireta, a flauta,a viola, o acordeão e o bombo; e aí vão eles na sua simplicidade espalhando alegria por onde passam. Cantam as Janeiras ao sabor dos seus corações. É a solidariedade do povo em marcha, projectando-se em causas para melhoramentos nas suas terras, como foi este movimento dos covenses, cuja receita vai reverter para pintar a Igreja da freguesia de S. Pedro. De ano para ano a tradição fica no tempo. Espero que outros se deixem contagiar pela tradição e que caras novas apareçam para cantar as Janeiras na Cova Gala. Ouçam e reconheçam esta gente generosa que se dá aos outros por encantamento e do gosto de partilhar a poesia que é nossa e nos torna mais próximos. Para o bem das vossas vidas, aqui fica o meu agradecimento pela vossa visita com os nomes e a respectiva fotografia.
Germano Pais,Madalena Dias, Amélia Raia, Lurdes Rolinho, Armindo Rico e a sua esposa Manuela Rico e Rosa Estrela.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As mamas da Maya e os excessos da fama.

Se algum sentimento motiva a minha energia e a vontade de a defender sempre, é
minha liberdade e o modo de respeitar a dos outros também. E, para início de circunstâncias, se alguma natureza me anima, é apreciar uma mulher esculturalmente brilhante e eleita pelos bens de boa presença. Mas esta reportagem na SIC, quando eu tinha os outros canais avariados, informando ao pormenor a operação transformadora dos seios da Maya, para outros de maior dimensão, deixou-me a pensar como um velho do Restelo. É certo que eu não tenho nada com estes excessos da senhora e que faça das suas mamas o que bem entender, mas o que me preocupa, e isso é já um problema de sensibilidade, são estas notícias ao pormenor, não sendo com estes métodos que se
eleva o grau de conhecimento do povo. É que, da minha análise televisiva, isto ultrapassa os limites do razoável e tem muito a ver com a psicose do fascínio da fama.
Por outro lado, então sim, seria um excelente serviço de informação e para vergonha do Sr. Cavaco Silva, que lhe chegou agora a peninha dos pobrezinhos, ver uma reportagem sobre a Rosa Maria, 68 anos de idade, que invisual de uma vista, sem meios para se tratar da outra que ainda vê, e vê o quê? Esta democracia de filhos e enteados criando cada vez mais diferenças sociais.
O lamento de Ti Rosa, a um candidato à presidência da República, no Alentejo, é o país verdadeiro que temos. Infelizmente o que temos mais são rosas e espinhos e agora para melhorar a vida de muitos portugueses temos as melhores mamas da Maya, logo em directo na SIC.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O silêncio é de ouro.


O silêncio pode deve ser interpretado como positivo ou negativo e depende por isso de várias circunstâncias de cada um de nós. Tenho alturas na vida que o aceito e sinto-me bem com ele, faz-me bem e como foi o caso um dia destes na barragem da Aguieira,em Senhora da Ribeira. Fiz questão de levar a minha mulher para conhecer aquele belo recanto da natureza. A manhã estava friorenta e silenciosa, e nós, ali rodeados pelo grande lago e por um arvoredo que fazia também jus a um ambiente sereno e que só ali se podia sentir. Gostei imenso daquele silêncio, enquanto a minha insignificância se acentuava, face à natureza viva e comovente, diriamajestosa, recordando com a Dília 45 anos de vida em comum. Lá está a capela da Senhora da Ribeira, que no verão concentra milhares de pessoas em romaria, sendo um local de intenso turismo naquela época do ano. Depois dos momentos em quietude e espiritualmente tão próximos da tranquilidade, subimos ao Restaurante Panorâmico para almoçar, mas sobretudo para visitar os proprietários que foram meus companheiros de viagem a Marrocos, não faltando as fotos de ocasião para mais tarde recordar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

A lei não favorece os que ganham o pãozito de cada dia.

Estão ainda fora de si e apatetados, os que construiram a sua vida nas limitações e verbas controladas ao pormenor, face à petição do enriquecimento ílicito, que valeu num dia quatro mil assinaturas. Com esta lei que pode vir a ser discutida na Assembleia da República, a preocupação maior é como vão agora sobreviver com esta perseguição e crueldade alguns milhões de portugueses habituados às negociatas do ferro velho e dos modelos bancários, que podem ficar de mãos atadas e emagrecer perigosamente com uma lei que muito os preocupa. Coitados...Passaram uma vida a correr para casa com os salários mínimos e outros produtos remuneradores e agora, záz, mais este entrave nos propósitos do seu enriquecimento ílicito e isto não se faz à prima,carago!
Falando a sério, meus caros leitores, isto porque a alegria natural do zé povinho já não é o que foi, estou farto desta democracia e dos discursos de uns tantos comedores do sistema que ao longo dos anos se cagaram de todo para as classes desfavorecidas, veja-se os setecentos mil individuos que não tem nada para fazer.
Falando a sério outra vez, e por último, é hora de constante oposição. Votando contra o quadro estabelecido ao longo dos anos, ficaremos com a certeza de que os imensos cavalos, digo políticos, por onde passarem já crescerá a relva ?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Terras de Montemor-o-velho


Augusto Santos Conceição, não sabemos a sua origem, escreveu em 1943 a história de Montemor-o-Velho e do seu Concelho, cuja monografia é uma obra riquíssima, indespensável a quem pretende conhecer o passado glorioso a Vila histórica do Baixo Mondego.
Como deixou escrito o autor, um trabalho monografico é como a ressureição das almas e uma ressurreição de cenários e de ambientes.
E acrescenta A.Santos Conceição...Montemor-o-Velho é sem duvida uma das povoações mais antigas da Península Ibérica, que existia no tempo dos árabes com topónimo de Munt Malur.
De página em página, transcrevemos hoje um texto de José de Oliveira da Fonseca Nápoles, 1892, natural de Abrunheira , uma das 13 freguesias de Montemor.
Entre os habitantes de Montemor e de Maiorca havia profunda rivalidade, por cada um dos grupos considerar a sua terra situada no sítio mais elevado.
Dai os de Montemor , para irritar os maiorquinos, gritarem de alto duma das torres do Castelo
-Monte...mor! Monte...mor! Monte... mor!

Ao que os naturais de Maiorca repostavam, com igual intenção:
-Nunca! Maior...cá! Maior cá! Maior...cá!

Era um monte agreste e inculto,
Que a natureza engastou,
Para um altar do seu culto,
No que mais belo encontrou!
E mais tarde povo adulto,
Olhando, ufano a planice
do Mondego, aos outros disse:
Olhais para esta limdeza !
Prestai culto á natureza!
Qualquer de vós é menor!

Fica Verride calado...
Reveles teme o soldado...
E só Maiorca , assomado
Contestou Monte-maior.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


Para onde vou é certo que recolho jornais das localidades, parecendo-me sempre que depois da sua leitura me identifico com as pessoas e os seus hábitos e a sua maneira de viver em comunidade.
Vou poucas vezes à Igreja apesar do respeito imenso que tenho pela fé dos outros. A minha fé vai dando para compreender que a mensagem cristã, absorvida e praticada com verdade, é ainda um precioso alimento espiritual, porque não se deve fazer aos outros o que não queremos para nós, este é apenas um dos variadíssimos
ensinamentos da mensagem, mas é já um bom motivo.
Mas voltando aos jornais, e desta vez é um jornal de paróquia, entendos-os úteis e agradávelmente motivadores para a leitura dos crentes ou não, levando ainda pelo país e para o estrangeiro, como é este o caso, as notícias aos que partiram em busca de melhores condições de vida.
Na Marinha das Ondas, onde me desloquei à sua Igreja para manifestar compreenção pela morte da mãe de um amigo, lá estavam espalhados pelos bancos, vários Cavaleiro da Imaculada, e eu com a velha mania, não perdi a oportunidade de fazer nova colecção e trazer-vos um pouco de nada, com a certeza que é obrigatório que haja lugar para todos com fé ou sem ela, como diz o recorte do jornal:” Sê como a fruta, o importante é seres são por dentro.” Mas para essa particularidade talvez não seja necessário ir à Igreja, pois muitos são os chamados e poucos são escolhidos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A propósito dos anónimos que são pessoas também.

Anônimo disse...
Não sei o que anda o grupo de amigos a fazer mas acho que se querem ajudar o Carlos e tendo ele sido da comunicação social, os jornais e radio da Figueira podiam fazer alguma coisa na divulgação. Porque não os contactam? Afinal ele não era desse meio? Eu nem sei quem é o tipo, mas se é dinheiro que é preciso para o ajudar, abra-se uma conta, divulgue-se nos jornais a história e dê-se ao dinheiro a utilidade mais certa. Não é preciso fazer propaganda a quem dá, a não ser que essas pessoas estejam interessadas em concorrer a Presidente de alguma merda é que vão querer créditos! Já sabe como é.A segurança social deve ser envolvida. È ela que deve cuidar destes casos. Nós pagámos todos para isso! O Carlos pagou os seus impostos! O grupo que faça pressão. É claro que o homem precisa de ajuda: cego e sem apoio?É um perigo para ele e para os outros.Os jantares são momentos de facilidade: o vinho e a comida agregam facilmente as pessoas.É o calor do momento, da emoção fácil, da palavra fácil. À porta do restaurante a vida e o frio da rua separa as pessoas.Acha mesmo que essa gente quer saber desse tal Carlos?Ah!Até pagavam para não ter de se preocupar com isso. Hoje toda a gente tem OS SEUS problemas, estão-se a cagar para os outros.

7 de janeiro de 2011 11:18
Anônimo disse...
Este anónimo corta a direito e usa os adjectivos adequados. Ele tem razão.Numa época em que o egoísmo impera,quem é que se importa de como está o vizinho que mora ao lado?
Até chegam a estar mortos em casa vários dias, porque o visinho mora ali a 2 metros de
distância mas está a milhas....
Triste de quem se vê na necessidade...


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O poeta do Baixo Mondego e das gentes do povo.

Francisco Salgado Tanoeiro, é natural de Ardazubre, Lamarosa, distrito de Coimbra. No Terras de Montemor, um programa de rádio, tivemos a oportunidade de o conhecer pessoalmente e também as suas poesias e ainda no Jornal de Montemor, no qual foi um destacado opinador. Recordo com saudade o Cantinho do poeta, um espaço da responsabiliade da Dília Fernandes, que trazia todas as noites Salgado Tanoeiro e outros homens de letras para o ar. Claro que, sem falsas modéstias, não serei a pessoa mais indicada para falar deste cidadão enquanto escritor e poeta. Por amizade ele exige sempre a minha presença e da Dília Fernandes nos seus eventos, o que nos honra imenso. Admiramos a sua postura e a sua força criadora de palavras sempre com os homens da rua e as gentes que laboram a terra no Baixo Mondego, pois vive e sente os pequenos nadas do meio rural e a sua simplicidade. Talvez por isso a sua crítica a um certo tipo de sociedade seja inconformista e inquietada. Tanoeiro faz das letras o seu estado de alma, é sagaz contrariando aqueles que têm olhos e não vêem à sua volta as coisas belas do nada. Alguns dos seus títulos são Balada para Uma Aldeia, Campos em Flor, Novos Contos Medievais, Monografia da Freguesia de Lamarosa e Deixai Florir as Giestas, a última publicação apresentada há pouco tempo. Tem já outras 12 obras em espera porque Salgado Tanoeiro é um homem que vive para as palavras e suas emoções.
E porque a modéstia em demasia é de todo fingida, cá em casa e com saudade dos nossos programas de rádio, eu e a Dília, resolvemos fazer-lhe uma surpresa, ao publicar Várzea De Montemor, que nos dedicou, no seu livro Deixai florir as giestas, com muito agrado para nós.


VÁRZEA DE MONTEMOR

A Olímpio Fernandes e D.Dília Fernandes.

Chão que és um tesouro
De milheirais ondulantes
Grãos cintilantes de ouro
Em espigas de diamantes.


Teus resquícios da moirama
São memórias de um sultão
E o teu labor é a chama
Herdada do Alcorão.(a)


Quantas moiras encantadas
Tomaram banho no rio
Várzea de ninfas e fadas
Que mais linda ninguém viu.


Teu cavalo altivo audaz
Pelos tempos perdurou
Descende do alfaraz
Que em Montemor reinou.

Aqui em Monte Maior
Ergueu-se forte baluarte
Que repeliu com vigor
O infiel estandarte.

E o alfageme de outrora
Ganhou nova aptidão
Constrói adagas agora
Mas para ceifar teu pão.

a)Livro sagrado do Islamismo

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Rui Lima,o mestre pescador.

Natural da Praia da Leirosa, 38 anos de idade, muito cedo aos 18 anos, iniciou a sua actividade piscatória e ficou, juntamente com 17 colegas de ofício, a salvo à entrada da barra da Figueira da Foz, quando a traineira Vila de Buarcos se afundou num instante. Depois foi um desafio a bordo do Além Mar,Boa Fé, Nau dos Covos, Atleta, Neptuno e por aí onde houver trabalho.
A verdade é que aquele acidente faz agora parte das conversas entre pescadores que ganham a vida no perigoso mar. Para quem, como eu, que com água pelo joelho já pensa duas vezes se avança ou não mar dentro, os pescadores entre o mar e o céu, dão-me sempre lições de valentia com imensas histórias e aventuras sem fim.Faltava-me viver esta experiência com gentes que desconhecia no labor intenso e arriscado, pois um dia partirei realizado socialmente e com gratas recordações.do povo da Cova Gala .

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Exmo. Sr. Presidente Cavaco Silva , não me trame com a choraminguice da pobreza.

Não vai ler o meu desabafo, eu sei, mas nem por isso vou deixar de lhe manifestar o meu protesto, quando me acusa que devia sentir vergonha pela pobreza de muitos portugueses.
Saiba V.Excelência que tenho uma vida de trabalho com os meus 70 anos de idade, decerto igual a milhões de cidadãos, mas tenho a coragem de lhe franquear a minha conta bancária e o registo das minhas propriedades, para que sinta remorsos dos seus sentimentos de fancaria perante a sua inquietação, quando diz a sete ventos que os níveis de pobreza são intoleráveis. Afirmação de V.Excelência que está repleta de contradições, pois também fez e ainda fáz parte dos políticos que ao longo dos anos se aqueceram junto de uma fogueira, que nunca se aproximou dos tais pobrezinhos do seu desassossego. Não é verdade que o monstro que devorava os dinheiros públicos, teve no Vosso reinado a legitimidade do seu crescimento? Sabe Sr.Presidente, eu venho do tempo da caridadesinha e julgava, e enganei-me redondamente, que a revolução de Abril viesse para acabar com esses discursos de comiseração e fazer justiça aos mais fracos da sociedade. Mas o que tem acontecido é de facto uma grande vergonha.. Muitos têm governado e ajeitaram-se em função de um sistema partidário que serviu amigos e compadres. Hoje já não dou o meu voto, mesmo que me ofereçam canetas e camisolas,pois deixei de acreditar nos vossos projectos de solidariedade e de justiça social.
Não pense Sr. Presidente que o meu desabafo tem justificações na mesquinhice
da inveja da vossa reforma, ou, melhor dizendo, reformas, conquistadas em leis estabelecidas e num sistema de capitalismo selvagem. O que me repugna é verificar que regridimos na caridadezinha e nas choraminguises do tempo da outra senhora. Pois é Sr Presidente...Quando fala da pobreza com níveis intoleráveis, porque não denuncia os culpados seus amigos e compadres? prefere sim a lamechice do enrolado discurso do coitadinho. E o povo que se trame com a conversa do sr. economista, que já pode fazer o programa de uma velhice tranquila no ameno Algarve. Ainda lhe digo Sr. Presidente que, se a ironia me alegrasse com a situação dos desempregados e reformas precárias, estremecia de riso, quando o V. adversário da Madeira, Sr. José Silva, vem dizer na T.V. que V.Excelência é como as Misses Mundo, que são bonitas por dentro e de cabeça vazia, pois nas entrevistas só sabem dizer que têm pena das criancinhas com fome e dos velhos. sem abrigo.
Não vou tão longe nessa caricatura. Não ofende e tem piada num país cada vez mais dividido entre a sopa dos pobres e a opolência de uns tantos.Um país, Sr. Presidente, que por culpa do egoísmo de muitos governos poderia ser hoje mais justo com as classes mais carentes, mas agora é em bicha que os vejo à procura
do caldo quente.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mulheres e operários ao poder

O que se tem passado neste país com alguns políticos e gestores, levou-me a considerações de competência entre Dilma Roussouff, a primeira presidente eleita democraticamte no Brasil, e estes académicos senhores que deixaram pelo caminho a sua honestidade social e política para com os mais desfavorecidos e beneficiando-se descaradamente do sistema.
Filiada no partido dos trabalhadores e com uma carreira marcada por lutas contra a ditadura militar em 1964, presa e torturada pelos esbirros do poder de então, Dilma acredita no socialismo em liberdade,- querem ver que o Sr. Mário Soares a copia-e progresso do povo brasileiro, sem que seja necessário perseguir os adversários e enviá-los para prisão tiradentes. Por uma feliz procura de canais televisivos, fui encontrar-me na T.V. Record, assistindo com prazer à sua posse e escutando o seu discurso que não deixou de me emocionar pelas suas convicções e naturalidade, jamais recriminando o que quer que fosse, apenas e só com a vontade de erradicar a pobreza no imenso Brasil.
Também Lula , que chora por tudo e por nada, calou a boca a muita gente queensinuava não ter o perfil dos políticos engravatados. O que é certo é que o povo brasileiro o elegeu em dois mandatos e agora apoiou Dilma ao poder máximo do país. Não esqueceu os seus companheiros mortos no combate contra a brutalidade dos militares que cavaram verdadeiros crimes nos que pensavam diferente naquela época de terror. Enfim...Por cá nem mulheres nem operários, sempre mais do mesmo, mas era tempo que os votos fizesem a sua escolha e uma revolução digna desse nome e com a alegria da saudável liberdade.

O meu netinho a fazer teatro de fantoches


Na noite de Ano Novo! As crianças são assim inocentes e fazem da gente, já farta de filmes da vida, as crianças que ainda nos resta. De todas as festas que a família poderia ter, esta foi a mais saborosa de todas as festas, com alarido pelo meio, quando o avô Olimpio, pediu intervalo para poder ir mijar, já feliz e contente em família.