sábado, 31 de dezembro de 2011

Boas entradas caros amigos .

JOAQUIM PINTO - PINTO'S CABELEIREIROS

JOAQUIM PINTO - PINTO'S CABELEIREIROS

Vim agradecer-lhe o que tem feito com este trabalho do museu, ao qual todos os colegas deviam estar muito gratos. Este museu representa a nossa história profissional. o passado que só nos anima a ter consciência de onde vimos e onde estamos e por enquanto.São estes projectos que fazem a nossa capacidade mental de compreender a modesta passagem pela vida, deixando a nossa, digo sua, mensagem. Creia no meu abraço fraterno de colega e do colega colectivo que olha para o colega como olha para si mesmo

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Esta noticia não pode ser verdadeira!

Foi a primeira vez que comprei o jornal i, ou lá o que é. Os jornais fazem nos titulos a chamada de atenção para que o leitor vá na compra do dito, e foi isso que me aconteceu hoje ao ler que os velhos e
deficientes , vão levar com  a" tabua no rabo",nesta nova reforma do arendamento Não acredito nesta noticia cruel e desumana, não pode ser verdadeira, porque nem o ditador Salazar fazia uma lei destas, porque se assim for, puta que pariu isto, como costuma dizer o Sr.Alex Campos

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Oportunidade unica em Alcaçova, na passagem do ano .

Com abertura das festividades ás 20.30h, e só vão terminar quando o sol surgir por Terras de Montemor, vá com a familia ou amigos a Alcaçova, e junte-se aos cento e trinta foliões já inscritos
para a grande noite da passagem do ano.Jantar e muita animação por apenas 45 euros , pode ainda
informar-se se tem entrada e uma cadeira para si. 963678852--963678825. Nestes contactos terá a resposta do sim ou do não.

Cova Gala recorda as festas a poucos dias do seu fim.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O Castelo de Montemor-o-Velho visto do ar...

...e também um aspeto da vila!

Não tenho o complexo do anti-comunismo, tenho sim o sentido da vida e o respeito por ela.

Quem acreditou nos ideais de Abril e da sua esperada justiça social, não pode estar feliz com os assaltos que se concretizaram aos seus valores, desde a tanga de Barroso, á falência de muitos políticos que pareciam  responsáveis.Deixaram o povo na merda, pisaram por completo os nobres valores da democracia, esmagando os mais fracos da sociedade, roubando-os descaradamente, como aconteceu com os subsídios, enquanto o regimento se banqueteou nos melhores locais sem indigestões! A solidariedade social só pode ter justiça se for para todos e sobretudo para os menos protegidos da sociedade.
E se hoje falo outra vez de comunismo, de Cuba, e da pulhice de lá, dos barbeiros, carpinteiros, relojoeiros, fotógrafos, eletricistas e amoladores, qeu só agora ganharam direitos, é só para mostrar uma paralelo entre o povo que trabalha por meia dúzia de pesos, e o outro que trabalha por euros. Estão ambos  lixados por bestas sem nome, e que em nome do povo, o esmagam na sua dignidade social e humana. Em Cuba estas  modestas profissões tinham a pata do Estado em cima, reduzindo á pobreza estes trabalhadores da tesoura e pente, agora obrigados a pagar ao governo os custos do espaço.São dois estados sociais opostos, pois são, mas não me parece que os abutres do sistema tenham muita diferença. Em ambos os casos está o homem da rua , sem poder de compra ,restrito a salários de compensação por um qualquer trabalho.Existe uma democracia em Portugal com o dever de partilhar e promover a aproximação à igualdade nos direitos e deveres , mas o resultado também não é melhor.O que temos aí é a glorificação do poder económico, esbanjamento, e irresponsabilidades, porque os abutres são assim...espreitam, esperam que morram, comem, e depois voam para o seu poiso.
Afinal por cá e por lá, Cuba , a mesma tragédia dos mais fracos,em Cuba só agora há liberdade de gerir a sua barbearia, a sua carpintaria , a sua relojoaria, e vejam bem até os amoladores!Eu aos 15 anos já geria a minha barbearia, no Casal Novo do Rio, e não pagava impostos. Ganhava que chegasse para pagar a mercearia à minha mãe Oliva, viúva e sem subsídios de nada e era livre de viver e caminhar nos meus sonhos que se realizaram ao longo da minha vida.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O sorriso da D.Rita

O meu primeiro emprego numa barbearia foi em Buarcos, por volta dos meus 15 anos de idade, rigorosamente em 1955.
A minha patroa dessa época chamava-se Rita de Jesus Reitor e possuía com o Álvaro seu marido, uma barbearia que era frequentada pelos pescadores da Vila e também pelos mineiros do Cabo Mondego. Ainda lá está o prédio agora em ruínas em frente à estátua da Varina.
Cheguei à papelaria Costa no largo do carvão, vindo de Montemor com a minha mala de papelão, onde fui recebido pela D. Rita ( que era empregada nessa papelaria) que com um largo sorriso (que manteve durante a sua vida de mais de 80 anos) me disse que nos iríamos dar bem. E assim aconteceu durante o tempo que trabalhei na sua barbearia, e posteriormente até ao seu falecimento em 27-7-2010.
Eu segui o meu percurso procurando o que me parecia melhor, e estive em outras casas. Na Figueira da Foz fui para a barbearia do Manelzinho, alcunhado de Manelzinho do arroz, que nessa época era frequentada também pelos figueirenses de prestígio, nomeadamente Dr.Tomé, Augusto Silva do Grande Hotel e Piscina,e outros que sempre recordo. O senhor Augusto Silva dava-me boleia no seu Citroen boca-de-sapo para ir ver o Académica-Benfica em Coimbra, assim como o jovem Soto Maior grande ginazista, e também cliente. Dizia-se que tinha fortuna, viajou para o Brasil e ao que parece dissipou esse património (francamente não sei).
Entre os colegas lembro o amigo João Medina, que além de barbeiro também era actor no Teatro de Tavarede.
Mas hoje, o que quis recordar em especial, foi a D. Rita, e a sua estima que nunca se alterou ao longo dos anos, e foram muitos. Eu fui para Lisboa, depois para Braga e voltei para a Figueira em 1978, e também a D. Rita e o marido tinham regressado de África onde tinham vivido alguns anos, mas a descolonisação colocou-lhes a legenda de retornados. Reencontrámo-nos, e reatámos a amizade que só o espaço tinha interrompido. Passei a encontrar-me com o Álvaro todos os Domingos de manhã para um café, até a fatalidade lhe ter batido à porta com uma doença incurável que o vitimou em 2003. Conhecendo bem a verdade, um dia bateu-me no ombro e disse "sei que vai continuar amigo da Rita". Já não sei o que respondi naquele momento, mas sei que ele podia ter a certeza da minha amizade e da minha mulher que passou a considerá-la muito. Algumas vezes a levámos a passear, ela era uma óptima conversadora, para nós era um prazer a sua companhia. Todos somos mortais e actualmente já não está entre nós, só a recordação permanece.


Um dias destes,numa manhã de sol radioso fui ver o mar a Buarcos. Ele batia numa cadência lenta de encontro às rochas. Lembrei-me do Álvaro, lembrei-me da D. Rita, o cemitério estava ali perto, caminhei resoluto e "fui visitá-la". Uma jarra quase tapava a sua fotografia,afastei-a e detive-me a observar o seu sorriso, o tal sorriso que eu guardei e nunca esqueci. Não sou perfeito em orações, mas o meu pensamento elevou-se numa prece simples, e uma lágrima teimosa deslisou. No entanto daí a pouco senti-me calmo, e regressei a casa. Ainda via a D. Rita sorrindo, numa plenitude de tranquilidade e paz, que me envolvia também.

Passeio por Montemor

O Gabriel contiua a viajar pela terra dos avós, em Montemor-o-Velho A primeira foto, uma réplica da barcaça que era usada para fazer a travessia do rio. Depois as muralhas do Castelo. Na terceira foto, á entrada do Castelo, o Gabriel está com a Maria, mulher simples de Montemor-o- Velho. Disse-nos que é sobrinha da esposa de Cavaco, o que é do domínio público. A Sra. Cavaco Silva foi adotada em menina e nunca mais voltou a Montemor, mas a Maria lá sabe o que diz sobre esta circunstância.



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Presépios em Montemor-o-Velho e na Tocha


O Coreto de Montemor

No castelo

Na Tocha


Visita ao Castelo de Montemor-o-Velho. Os avós Olimpio e Dilia viveram um dia para recordar e mostraram ao seu neto Gabriel, onde nasceram e cresceram.Depois, tempo para visitar o Presépio de Montemor-o-Velho, com figuras móveis, e este na Tocha, à escala humana, encantaram o Gabriel.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Os homens são iguais na morte e desiguais em vida.

Pode parecer doentio falar-vos da morte, em noite de esperança, de Natal, mas a morte e a vida são para mim os dados de hoje, coexistem . Cada um tem um percurso de vida que culmina na morte. Excelente ou pérfido, humanamente rico, ainda um dia destes me deliciei com as narrativas de Alves Redol, sobre o verdadeiro povo do Ribatejo, ou pobre, todos os homens fazem a sua caminhada, uns aproximando-se dos outros homens e obtendo a sua admiração, outros subjugando-os pelo medo, outros sendo indiferentes a todos. Esta reflexão em noite de Natal, justifica-se pelas mortes recentes de dois homens que tiverem percursos diferentes, sociais e humanos.Enquanto um, Václavel, na Checolosváquia, teve o mundo a chorar a sua morte, o outro na Coreia do Norte , Gim Hong, teve apenas o seu povo a manifestar pesar, incluindo as crianças, que choravam, como do pai fosse o seu luto.
Alves Redol, comunista convicto, que gostava do povo, deixou-nos a sua mensagem de amor ao próximo, porque quis viver com eles o suor honrado de duros trabalhos no Ribatejo e no Douro. Não pretendo hoje percorrer o caminho das ideologias, boas ou más para a humanidade, apenas mostrar a diferença de papéis dos homens em vida. Afinal, boas ou más ações em vida, a morte todos leva, quer tenham tido amor ou ódio ao próximo.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

José Eduardo, Figueira da Foz.

Há muitos anos que corto o cabelo ao jovem Eduardo, mas quando reparei que desfolhava as revistas, logo percebi que pretendia mudar de corte, e assim aconteceu. Sendo um cabelo fino e com jeitos dos lados e na nuca, todos os cuidados são poucos! Deixei algum volume no cabelo, face ao tipo fisionómico, mas foi bastante escadeado á navalha , para lhe dar o acabamento desejado e pretendido pelo Eduardo, muito solto e leve no seu aspecto jovem.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Vidas no mar e sem segredos, com Domingos Matias



São conversas soltas e sem segredos porque nunca houve espaço para conversas de nada, mas sim sobre  a coragem do trabalho e da sobrevivência, quando os escuto  fico preso elas, estes pescadores que enfrentavam na pesca do bacalhau os piores sacrifícios para ganhar um salário de quatro centos escudos, em quatro ou cinco meses. Domingos Matias, nasceu em 1939 na Cova Gala, e aos 18 anos sentiu de perto o pavor do naufrágio, com os seus 30 colegas de campanha, não fosse o Gil Eanes, o barco hospital, agora ancorado em Viana do castelo, a salvá-los da dramática situação. Depois teve mais três ou quatro sustos a valer, sempre com a medonha arrogância do mar que não conhece os amigos, mas sobreviveu sempre e durante 27 anos de teimosia e coragem, como um toureiro que enfrenta os cornos de um touro, sem medo ou  cobardias.Estes homens do mar põem-me em sentido como um soldado em frente a um capitão,escuto-os religiosamente porque são tão verdadeiros no que dizem que se aproveita tudo das suas histórias.Depois Cabo Branco, com a mesma ruindade, o mar cão e safado nos maus tratos para Domingos Matias e colegas da safra, de manhã à noite , pois a dureza do trabalho, ainda hoje é recordado por todos os que navegaram nas águas do seu destino. Aljezur, Trópico, Polo Norte, Ilha Graciosa, barcos e vidas sem segredos, onde muitos pescadores se distanciavam a três a quatro milhas , e se perdiam para sempre e por lá ficaram.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Casa do Benfica em Montemor, festejou o Natal

É o Benfica o aglutinador de grupos e emoções na casa dos encarnados. Mas a nova motivação colectiva dos montemorenses, e das suas freguesias, em redor da Casa do Benfica, projectará agora certamente novos rumos associativos.
A completar 7 anos no próximo dia 4 de Fevereiro, já com programa elaborado para aquela festividade, a Casa do Benfica, ainda em fase de acabamento, será seguramente uma das melhores do país, se tivermos em conta que no r/c ficará instalado um espaço comercial de café-restaurante, com duas entradas, uma pela rua principal e a outra pelo largo da feira. Nos pisos superiores, diversas salas de apoio à estrutura da Casa do Benfica, uma ampla varanda , de onde se vê o belo castelo de Montemor-o-Velho.

Importa neste projecto recordar os programas culturais e desportivos por forma a que não seja só ponto de encontro de um qualquer jogo de futebol do Benfica. Numa terra de muitas associações, esperamos que a Casa do Benfica venha também a participar nas diferentes áreas existentes no desporto local. Aqui se recorda com fotografias a festa animada deste Natal, no dia 21.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nuno Camarneiro, Figueirense e escritor, com raízes em Montemor-o-Velho

Nuno Camarneiro, 34 anos de idade, nasceu na Figueira da Foz, mas os seus pais, Urbano Murta, é natural do Moinho da Mata, enquanto sua mãe, D.Olivia Camarneiro professora, já falecida, era natural de Casal Novo do Rio,(Barca), localidades a uns minutos de Montemor-o-Velho.
No meu peito não cabem pássaros, o último romance de Nuno Camarneiro, revela um enorme capacidade criativa, sendo por isso na opinião dos críticos, um escritor  de largo futuro nas letras deste país, que sabe criar empatia com os leitores no tratamento de questões humanas e sociais.
Talvez por estas questões humanas e sociais, devidamente esclarecidas nos seus personagens, tenho-me esquecido que é um escritor com sangue das terras de Montemor, para me sentir apenas leitor de um livro que me prendeu,desde logo nas primeiras páginas, quando leio:"Alguns homens são de tripas e escamas, depois de amanhados ficam um pouco que não chega e mal se vê. Há outros em que tudo se aproveita, homens com segredos nas entranhas e na pele, que contam histórias sem fim."
Nuno Camarneiro, licenciou-se em Engenharia Física , em Genebra, investigou instrumentação nuclear em Florença, doutorou-se em ciência aplicada ao património cultural, fazendo agora um pós-doutoramento em compostos farmaceuticos na Universidade de Aveiro, dando aulas de restauro, uma vez por semana , na Universidade Portucalense, no Porto.

Claro que não é minha pretensão assumir crítica sobre o escritor, quanto me basta envolver-me no que escreve, mas fica um dado que me agrada bastante, quando em conversa com o pai Urbano Murta, me disse que o filho Nuno Camarneiro, ainda mantém a casa herdada dos seus avós, Lucílio e Zulmira, já falecidos, no Casal Novo do Rio, e quem sabe, disse-lhe, se um dia o lugar onde nasci, não ficará na história literária do jovem e talentoso escritor?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Família Luisa Marques, Marinha das Ondas

Claro que tenho orgulho profissional nesta imensa família a quem presto os meus serviços já vão perto de 30 anos!Estes jovens, o João,17 anos, o Paulo 14 anos, e o Rui 18 anos, recordo-me deles ainda chorosos porque lhes cortavam o cabelo, com as mães a prometer-lhes isto e aquilo para os entreter e deixar assim que eu tivesse um bocado de sossego.Hoje aí estão ainda fieis aos meus cortes, com revistas e muitas exigências( e assim é que deve ser) agora com estilos e gostos próprios da modernidade.Com estes"putos" tenho a certeza que nem aos cem anos fico velho, profissionalmente falando, pois tenho que cortar moderno, se é que os quero de volta ao meu espaço de trabalho.
Com gratidão do Olimpio Cabeleireiros, à família Luisa Marques.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Porque hoje é dia de missa e de reflexão.



Vejam esta notícia. Confirmo definitivamente que neste espaço de comunicação não há lugar para as sacanagens da Igreja, da política, e antes um lugar para apoiar os que praticam o bem comum. Temos que tentar destruir o bichinho imperialista que existe dentro de nós dando espaço ás necessidades das ideias fraternas. Aproximando-me do Evangelho, nas minhas limitações, este crime dos sacerdotes na Holanda , só não me põe os cabelos em pé.Porque vestem estes padres peles de cordeiro? Para estes crimes é urgente que a Igreja, aos domingos, em vez do blá-blá do costume,  assuma o seu dever na verdade da mensagem, separando o trigo do joio, para se impor com os valores sociais e humanos em que é exemplo. A Igreja tem de afastar quem não é capaz de se situar na grande caminhada de ser cristão.
Por outro lado, e aproveitando a minha imparcialidade neste blogue e porque detesto enfiar a cabeça na areia, mesmo em casa e em causa própria, tenho uma mensagem pública para o meu velho companheiro da Rádio Maiorca, que faz da amizade um sacerdócio e não uma violação, quando me diz que neste blogue, tanto se apoia os comunistas, como se está contra eles, não é bem assim , mas um dia destes eu explico.
Ora o meu estimado Dr. Maló, sabe muito bem que neste espaço de comunicação
não se dá apoio aos desertores da solidariedade, e aos que são felizes com a inveja e o ódio, mas há sim grandes espaços para os que fazem da justiça social e cívica a sua luta, aqueles que não dividem classes para as dominar,esmagando-as depois. As regras destes conteúdos no meu blogue estão há muito esclarecidas. A porta está aberta para todas as tendências ideológicas,também na religião, a exemplo, escrevi sobre as senhoras Jeová, (ler comentário de um anónimo sobre o post) pois é nestes diálogos que assumimos o que somos.
É que meu caro Dr. Maló,  ao manifestar-te a minha amizade, sabes, não a tenho ao desbarato, pretendia dizer-te que sinto-me livre e dono da minha" propriedade". Partilhámos os mesmos objectivos associativos,culturais, de convivência social,  há muitos anos vivemos projectos colectivos e de solidariedade que nos marcaram até hoje, foram verdadeiros e generosos, fizemo-los para bem dos outros e porque gostávamos das nossas terras e gentes.Adoro uma boa polémica das ideias e com pessoas que tenham a capacidade de se respeitar, como é o nosso caso, vale sempre a pena trocar impressões.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Muitas são as religiões.

Esforço-me por atender todas as pessoas que me batem à porta, na casa ou na barbearia, com pedidos de toda a ordem, por vezes só posso mesmo dar uma palavar de incentivo, tenho a boa vontade da palavra e do atendimento, por isso voltam sempre ao local onde foram tratados como gente, inclusive, duas ou três senhoras que de porta em porta e pelas ruas, de bíblia na mão, procuram sensibilizar os crentes para a sua mensagem inspiradora e divina.
Daí, e dentro daquele principio de melhor receber, sempre que tenho tempo disponível escuto as senhoras Jeová com as suas ideias, faço as minhas perguntas sobre a sua vocação e também as minhas dúvidas, com  cordialidade nos entendermos com a fé de cada qual, receptivos á mensagem cristã, mas a verdade é que caminhamos com os mesmos fundamentos cristãos, cada um trilha os percursos á sua maneira. compreendendo quem não pensa como nós...

Admiro-as pela sua coragem e dedicação ao Senhor, sofrendo tantas vezes os maus tratos na sua aproximação a pessoas rudes e de mau feitio.Para mim não sendo especial a minha atitude de as receber com agrado, pretendo dedicar-lhes o meu apreço pela sua persistência de rua em rua, de porta em porta assumindo sem medo a sua causa e acreditando no que dizem, como aconteceu um dia destes , quando me anunciavam o Reino de Jeová e as cinco mentiras sobre Deus. Já agora recordo que a profecia sobre o fim do mundo, decerto desde a fundação do Reino de Jeová em 1870, deixou-me a pensar que vou por enquanto pela minha cabeça.
A cada um o seu caminho na paz e no entendimento, porque só assim se compreende D.Manuel Martins, o Bispo de Setúbal,quando afirmou...Amar a Deus e não o próximo, somos uns mentirosos, e as senhoras merecem a minha boa vontade de as escutar, porque não, aprender algo de uma religião que não é a minha.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Os Natais da minha infância.

Foi num lugar, Casal Novo do Rio, a dois passos de Montemor-o-Velho, que os Natais se passaram e se festejavam à luz do petróleo, ainda não tinha chegado a luz eléctrica, muito menos a água canalizada.O Mondego beijava o lugar, com as suas límpidas águas e a variedade de peixes era imensa, mas o lugar tinha só caminhos e no inverno as botas de cano alto, quem as tinha, enterravam-se na lama e tropeçavam nos seixos lavados por intensas chuvas.
O meu lugar ainda o tenho dentro de mim neste Natal que se aproxima, tão modesto e imensamente colorido naqueles Natais alvoraçados da minha inocência, por tão pouco ter e tanto sonhar. E sonhava porque tinha o privilégio de ter família, tal como hoje já avô, e isso foi um suporte emocional para o resto da vida , num lugar escuro,tremendamente escuro nas noites longas de inverno.

As pessoas do meu lugar vestiam as melhores roupas, quem as tinha, e caminhavam a curta distância para assistir á missa em Montemor, beijar o menino Jesus e visitar depois o presépio na Vila, ao longo da tarde. Preenchiam assim a festa das famílias e a minha inocência num lugar onde nada existia, mas o Natal sempre se viveu com a alegria própria dos humildes, já que a luz do sol foi esperança e contentamento num lugar que hoje recordei e que sempre me acompanhou.

Até os censos não são animadores neste País.

A verdade é que as estatistícas falam por si e desta vez com os seus resultados, sempre atentos e renovados para sabermos quantos somos e como somos, fiquei a pensar na penúria deste país envelhecido e que se  arrasta com as suas criaturas pelos bancos dos jardins, mas isso é dado da natureza.
A verdade ainda é que felizmente cheguei a velho e teimoso, por isso faço parte destas estatísticas que não são animadoras para o desenvolvimento do país e que a médio prazo, trazem sérios problemas á Segurança Social e sempre agravados de ano para ano.
Vejam bem se isto não é preocupante. Em 30 anos se perderam um milhão de jovens, enquanto que 900 mil idosos, tal como eu," esperam a guia de marcha, mas até lá só fazem despesa e inquietação".
Quantos aos jovens não têm trabalho, por isso não fazem descontos, alguns também não lhes apetece vergar a mola e sendo assim,  nestas estatísticas que revelam a nossa penúria, porque se de meninos não fomos, de velhos não escapamos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Afinal o comunismo em Cuba até deu frutos..

Chegou á minha cx.de correio uma mensagem que não me perdoaria se não levasse ao vosso conhecimento. Mas quem é que não fica feliz com o bem das crianças?
Porém, num país com imesas dificuldades de vária ordem social,inclusise a liberdade das cidadanias ,merece a pena ser informado desta noticia que só um estupido poderá negar, porque as crianças serão sempre a melhor prenda das nossas vidas  e fazendo boa fé na noticia da UNICEF.

http://www.gamba.cl/?p=8929

domingo, 11 de dezembro de 2011

Recordando um velho e excelente companheiro da Rádio Maiorca.

O Dr.Maló, foi um bom companheiro durante muitos anos na Rádio Maiorca, na qual não sujou as suas mãos, como muitos outros, mas isso são tristes histórias de uma época em que se gostava do amadorismo e das suas causas populares, como acontece ainda hoje, mas o volume da onda já não é o que foi.Bom, o meu caro Dr. Maló, que tem mais jeito a" receitar" um tinto alentejano, do que melhorar a saude de uma pessoa, tem no Jornal O Diabo, as suas leituras preferidas. Hoje de manhã ao comprar os jornais ,  lembrei-me do meu amigo José Contente, homem do fado e do teatro, e quis recordar aqui uma boa cidadania em  Maiorca, Figueira da Foz. Claro que não estou contra os conteudos do Jornal,  mas quanto á simpatia do semanário, que me parece de uma banda só, aí meu caro amigo Dr.temos que conversar muito bem, certo?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Primavera de 2012 levará o Papa a Cuba.

Não tenho simpatia pela religião espectáculo, mas compreendo o fenómeno das multidões que sempre geraram paixões á sua volta.Desconfio, e desculparão esta perseguição, que são muitos os convidados e poucos os escolhidos, porque os rebanhos são sempre assim voláteis, comparando-se ás formigas num carreiro.
O que me anima hoje é a visita do Papa a Cuba, dizem os jornais, já em 2012, o que representa uma saudável proximidade entre os crentes de um país comunista , que deixou há muito de comer as criançinhas. Como sabem não sou de todo comunista, mas por má vontade nunca fui tão longe na blasfémia de tal incriminação, daí que esta visita do Papa a Cuba sirva para fazer a harmonia entre crentes e os que não o são, porque este é o verdadeiro caminho da fé e do seu mistério. A César o que é de César e a Deus o que é de Deus, acentua perfeitamente neste quadro desigual, mas é a Igreja que tem o sagrado dever de se aproximar e não fugir de Cuba e não hostilizar um sistema   onde todos devem  erguer-se sem perseguições , por forma a estimular-se a convivência humana. Será assim em Cuba e eu vou gostar de ver pela televisão, porque a fé é uma realidade, que deve ser assumida na justiça e no bem comum, sabendo respeitar o ateísmo.


Visite o presépio em Montemor-o-Velho

São 150 peças em movimento num presépio invulgar pela sua logística e apresentação na Igreja da Misericórdia na vila histórica do Baixo Mondego.
É um trabalho de gosto e paciência, de muitos dias de labor, para colocar as peças ordenadas e muitas delas em total movimento:basta que os visitantes pisem o tabuado logo a porta do castelo se abre e se fecha e as casas são subitamente iluminadas. Merece a pena visitar o presépio e levar as crianças a Montemor, onde o céu também brilha ,estrelado, durante a noite, numa iniciativa da Junta de Freguesia e que já conta dez anos com o apoio dos artesãos e de outros montemorenses que gostam das suas tradições se prolonguem na comunidade de Montemor-o-Velho.
Vá ver o presépio com as suas crianças, é sem duvida uma excelente mensagem de Natal, alimente o sonho e a espiritualidade da quadra natalícia.

As visitas são todos os dias, entre as 9hoo e as 19hoo, até ao dia de Reis, não perca.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Acreditei na notícia

Venho do tempo da guerra fria entre a Rússia e a América, da K.G.B. e da C.I.A, duas polícias de Estado, qual delas a mais sanguinária, que humedeciam as prisões com o sangue quente dos seus opositores.
Venho do tempo da caça às bruxas, pois o tarado do Carter, desde que visse uma folha a mexer, tal qual os caçadores, não perdoava, e ordenava que o sistema funcionasse. Pois venho do tempo em que duas potências no mundo se olhavam e temiam, de um lado a força do comunismo em expansão, do outro o capital americano e os grandes interesses económicos, que sustentava uma guerra sem fim no Vietname. Afinal li e acreditei na notícia , já que na Rússia de Putim, os manifestantes que discordam das suas políticas, são presos às centenas e os que denunciam os crimes do estado, são eliminados, enquanto que 100 jornalistas foram mortos,por não beijar a mão ao poder instalado. Afinal foi-se uma guerra que foi fria, porque lhe faltou o calor bélico, o que teria sido.
Isso sim, uma guerra trágica , mas no presente ninguém quer dar o melhor exemplo da tal sociedade justa e fraterna, falada ontem e hoje, porque está escrito que a guerrilha não terá fim desde que existam os tais homens de má vontade, o que não deixa de ser assustador, porque o estado mental de muitos" patriotas", vai dar-lhes na tola para carregar num botão um dia destes e lá se vão os conflitos e a contagem final.

Restauração e qualidade na Cova Gala, Figueira da Foz.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A outra face da pobreza.

 Conheço um sem abrigo que rejeitou uma cama com roupa lavada, refeições quentes e as horas certas, numa Instituição de Solidariedade, e preferiu o seu" apartamento de luxo "num carro velho ao sol e á chuva.Diziam as mulheres do meu lugar, Casal Novo do Rio, que Deus nos deve dar o juizinho, até à hora da morte! Esta  pobreza por opção, nenhum governo, nenhum Padre Américo, consegue vestir-lhe o fato da dignidade social, pois são pessoas marcadas pelo seu próprio desprezo que não sentem os valores da vida, mesmo assim não deixam de ser pessoas e que não suportam outras condições, mas procuram sempre os necessários apoios, e eu sei do que falo! Num arrastar que impressiona. Mas a outra pobreza, envolvida no desemprego, nas reformas precárias, na doença, enfim, um rol de situações do quotidiano, essa sim, está aí com alguma culpa dos governos que não quiseram proteger os mais fragilizados, em tempo devido e com as devidas reformas sociais do Estado, protegendo sim a classe dominante, e é isto que devemos manifestar em qualquer local, e a Igreja de Jesus Cristo, tem esse belo compromisso de alertar e viver estes dramas ao lados dos que são humilhados por brutais sistemas de injustiças, pois repito as palavras de D. Manuel Martins. Amar a Deus e não amar os homens, é mentiroso.        
          

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dr. Jorge Camarneiro, um marxista que pratica e aceita o contraditório.

O popular Jorge, com o seu êxito nos negócios e como empresário, o estatuto académico com uma formatura em economia, em Kiev, Rússia, nem por isso esta caminhada de sucesso lhe subiu à cabeça e o retirou do convívio de todos em Montemor-o-Velho, e agora tornando-se útil colectivamente com os seus investimentos numa comunidade muito restrita em função dos postos de trabalho.Convém dizer já que não tenho a pretensão de me situar no seu mundo intelectualizado, mas tenho que reconhecer que fui um privilegiado com o seu saber nos meus programas de rádio e no Jornal Terras de Montemor, valorizados por intervenções políticas sobre Montemor e o seu Concelho, esperadas pelos adversários e pelos ouvintes, que interessados nas suas teses e projectos, quando candidato à Câmara pela C.D.U.,o escutavam no seu forte discurso de esquerda política.
E ontem imensas recordações surgiram do passado, porque o Jorge é um marxista assumido, não se esconde nas suas críticas e divagações, vai á luta, dá a cara, e eu com a simplicidade da minha cidadania, com o carácter que baliza as minhas ideias democráticas, levou-nos a um contraditório que fez confusão e que acabou por acentuar que as ideologias, são o que são, mas os homens entre si quando inteligentes e fraterno, sobrevivem nas diferenças ideológicas e no que entendem melhor para si e para o povo, pois esta é a medida mais ou menos coordenada de cada um de nós e nas opções de cada um.
Mas o que está em causa nestes pormenores do contraditório e da nossa "escaramuça" sobre temas tão importantes para as sociedades e a sua ordem social, é que o Jorge, não fez daquela polémica, mata-mata, pois continuou a convidar-me para as inaugurações das suas oportunas obras e projectos , apesar da minha grande duvida em acreditar no seu paraíso marxista e o ter confrontado, discordando das suas teorias e nas quais tanto acredita e me cuido em ter duvidas. O que fica para mim, já não é o contraditório, mas sim a sua elevação no diálogo entre dois tipos diferentes na sua ideologia, mas dois tipos dignos por continuarem a respeitar-se com as memórias do passado e sobretudo sabendo respeitar-se no presente, porque nos conhecemos e não sabemos trair os valores da estima e da solidariedade.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Montemor-o-Velho precisava dos investimentos do Dr.Jorge Camarneiro

Estes investimentos, diria largos investimentos do Dr. Jorge Camarneiro, vêm ocupar um vazio de dezenas de anos numa terra pobre e sem resposta para os que necessitam de ganhar a vida com a força do seu trabalho. Ao Jorge e ao Victor, o irmão gémeo que assume a directoria dos grandes projectos, que tenham sorte, porque eles sabem quanto admiro a sua coragem no desenvolvimento da nossa terra, o pequeno lugar do Casal Novo do Rio e Montemor-o-Velho.

Cavaco Silva deve "pedir resignação".

O Sr. Berardo, o homem que tem mais milhões de euros, mais do que eu tenho cabelos na cabeça, deu uma entrevista ao Económico, de (Berardar aos céus,) acusando o Sr. Presidente de todos os portugueses, cá por estes lados não me convenceu com o seu sorriso, que Cavaco Silva, é culpado por muitas coisas, das quais os portugueses estão a ser penalizados.

Citou o B.P.N., os seus amigos Oliveira e Costa, Dias Loureiro, falou das pescas, que considera um desastre para a economia do país, enfim, uma entrevista a não perder pela verdade e frontalidade nestes tempos em que ninguém é chamado a prestar contas, sobre a forma como se gastou o dinheiro público, enquanto que os (patriotas de Cacilhas) onde comiam boas caldeiradas, no Gingai, continuam por aí de cara levantada e a sorrir, pois então...Quem não tem vergonha, o mundo é todo para eles, uma frase sábia do povo que vem a calhar neste desconsolo de vivermos com governantes que se governaram descaradamente e citando os mais elevados desígnios da Pátria!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Os homens do mar são heróis


Foi necessário comunicar diariamente com essas sacrificadas gentes que ganham a vida, entre o imenso mar e o céu, para perceber a sua extraordinária resistência física e, consequentemente, os constantes riscos das suas vidas, pois só agora tenho noção desse trabalho, quantas vezes penoso.Foi necessário, de verdade, escutar mil e umas histórias destes "velhos homens do mar", na Cova Gala, Figueira da Foz, para me emocionar com as famílias dos pescadores, via T.V., quando em Caxinas souberam que os seus familiares estavam salvos, depois de vários dias à deriva no mar.
Vem, vem depressa ver esta alegria das famílias dos pescadores em Caxinas, dizia-me a minha mulher, quando nas calmas, pretendia entrar em casa para o almoço. Ficámos os dois ali sufocados diante da T.V., a minha mulher com a lágrima no olho e eu sem palavras, face à comovente cena de alegria e choro de contentamento das famílias dos pescadores de Caxinas.
Por mim que tenho receio das ondas alterosas na praia, não imagino o que é viver numa balsa, à deriva e por vários dias, apenas com a esperança de que alguém chegue para os retirar daquela dramática situação.
E por comunicar diariamente com a comunidade piscatória , no meu Salão, as conversas dos últimos dias recaíam sempre naquele terrível pesadelo. Escutei as mais variadas hipóteses do que poderia ter acontecido aos 6 pescadores, até que um cliente já idoso como eu, levantou a mão direita na minha direcção e sentenciou: Sabe Olimpío, o mar é como os falsos amigos, à primeira borrasca não perdôa, engole tudo e todos.

Fiquei a pensar na sabedoria do velho homem do mar e decerto tem a sua razão, porque o mar não se conhece a si e muito menos os que nele navegam.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Recortado da Voz da Figueira.

Faço questão de publicar esta noticia no meu blogue, por justiça e mérito do poeta e jornalista da Figueira da Foz. Gostei do êxito e é agradável poder partilhar com o Sr. Aníbal de Matos um momento alto da sua vida cultural. Recordo que em 1958, tentei o jornalismo amador no seu jornal Figueira Spor, salvo erro, mas quem não tem não pode dar, acabando por ficar ficar pelo caminho. Creia que gostei do seu êxito.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ás vezes tenho saudades.

Revolvendo e rasgando papéis, uma desarrumada sina minha, encontrei um desdobrável de fotografias: Viva Cuba-Varadero. Olhei e voltei a olhar e recordei Havana, de longas avenidas e praças, mas despidas de cuidados urbanisticos.Recordei o museu do Rum e dos charutos, o café onde o grupo cantou Coimbra é Uma Lição, para acompanhar o pianista, por sermos portugueses nos quis brindar com aquela musica a troco de uns pesos. Eça de Queirós tem nesse café uma placa que certifica a sua presença , aquando da sua estadia em Havana.
Logo a seguir visitámos o bar frequentado por Hemingway, autor do Velho e o Mar.O pescador Santiago, que luta bravamente com um enorme peixe, o rapaz que o ajuda a trazer as linhas da pesca , numa descrição que merece a pena reler e eu estou a fazê-lo.
Depois a longa caminhada para Varadero, a estância turistica onde os cubanos não tinham ordem para entrar, assim o disse o guia que mordia no sistema , mas com muito cuidado. Escrevi no meu caderno que aquele luxo era uma afronta ao povo cubano, mas estava ali também, mas de passagem e sem hipóteses de lá voltar, pois esta estadia só foi possivel com muito trabalho e apoio de uma empresa do meu ramo.
Varadero é um paraiso que não está ao alcance dos cubanos, claro que o governo não impede estes investimentos monstros, pois é ali que os trabalhadores ganham os seus salários. Foi aqui que algumas pessoas e eu também conhecemos a família do Dr. Milagros , esposa e dois filhos ,a qual ainda hoje me realaciono, e quando envio umas sapatilhas , fazem um festa que me comove. Estou de acordo que a saíde é um bem público, quem é que não esta? Mas o salário do Dr. Milagros é de 20 euros por mês.
São estomatologistas em Matanzas, e ultimamente tem sido dificil emitir mensagens do Hospital porque um computador tem que dar para 200 trabalhadores, disse o Dr. Milagros, numa última mensagem.
Mas foi em Varadero que senti uma forte emoção, quando o grupo que andou a fazer o peditório pelo Hotel, entregou os sacos com roupas ,sapatos , que sei eu...
A esposa do Dr. Milagros agarrou-se a mim e chorou e eu tremi o queixo e ainda hoje recordo esta cena . Quando cheguei ao quarto do Hotel estava furioso e deu um grande pontapé num cesto , clamando contra os homens que deixam de o ser ,porque entendem ser donos dos outros homens, tal como cá com estes merdas que massacram os mais fracos, roubandos-os descaradamente, certo que é o povo que vota neles, que faça justiça nas urnas, com eu fiz, para não se lamentar.
Algum tempo dizia que não voltava a Cuba , mas o tempo mudou-me a ideia , porque nada posso fazer e não devia ter futuro com esta minha maneira de sentir os problemas dos outros , decerto que o meu blogue e esta teimosia da liberdade e da igualdade , me reduzia ao silêncio, porque gosto de partilhar a vida e em coletivo.
Sonho com Cuba livre, mas o perigo está nos vizinhos americanos, sempre gulosos e dominadores.Sonho que o meu país também venha a livrar-se destes hipócritas, que cantaram Abril, e o destruiram ao longo destes anos! Havana , Varaedero, familia Milagros, a minha saudade , um dia destes destes rasgava papeis e olhava para as fotos de Fidel e Che, expostas no meu salão, porque uma coisa nos meus sentimentos é não aceitar o regime e a outra é odiar quem quer que seja.


Quem me conhece sabe que não faço provocações deste genero , fiz uma brincadeira a um amigo meu, e parece-me que correu mal! Dei por mim a rasgar papeis , e voltou a memória de coisas boas e más, mas eu sou assim um homem de saudades e igual a mim próprio

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma mulher da Rádio Foz do Mondego.

Conçeição Oliveira, natural de Tavarede, Figueira da Foz.Contra Ventos e Marés, foi um programa de rádio, durante muitos anos na Foz do Mondego, da sua responsabilidade.Tenho a particulariadade de lhe cortat o cabelo, á mais de 3o anos, com efeito apropriado ao seu estilo e estatura. O corte na nuca é acentuadamente elevado e curto, também dos lados.Todo ele no resto é cortado com a tesoura dentada ,deixando pontas muito finas para que depois se possam trabalhar com cera L.R., com as pontas dos dedos, que C.O. fáz com os tais toques pessoais e muito bem.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ainda D. Manuel Martins, o Bispo de Setubal.

Vivemos uma época em que os euros são a ambição e o poder de todas as regras, tornando prisioneiros os que se perdem por essa via desmedida, e depois sempre perto da tragédia, porque ambição e ódio, "casaram" para serem infelizes para sempre
Vivemos uma época do vale -tudo, em que os louvores dos príncipios e do respeito pelo outro, se contaminaram de tal modo, que vivemos a esperança de uma manhã de nevoeiro, na triste sina de um povo que continua a esperar,(sonhando acordado).
Tudo isto porque eu preciso de vozes altivas e que me tragam exemplos maiores , que sejam pedradas no charco do comodismo, do olhar só para o seu umbigo, e a Igreja tem esse dever sagrado da transparência, porque serve e conhece o Evangelho, e é seu dever falar da doutrina social da Igreja, sobretudo defendendo os mais marginalizados.
Tudo isto porque D.Manuel Martins , enchendo por completo o Salão, da Santa Casa
da Misericordia ,no Barreiro, interpretou mais vez a verdade do Evangelho e da sua mensagem , não se acomodando com ladainhas, falando de justiça dos homens ,para os homens, porque quem ama Deus e não ama o homem é um mentiroso, palavras de D, Manuel Martins, por isso o admiro e compreendo a sua fé.

domingo, 27 de novembro de 2011

A Igreja precisa destas vozes da fé e do exemplo.

D. Manuel Martins não foi um cristão de ladainhas nas missas ou na rua com o povo. Assume o Evangelho com a mensagem de Jesus Cristo. Denuncia, e a sua voz dá que pensar aos que fazem da mensagem cristã a negação da fé e da sua fraterna verdade entre os homens de boa vontade.No tempo da ditadura , enquanto Salazar e Cerejeira, falavam em Deus , e apoiavam os crimes contra o povo, casos de África e por cá a sanguinária policia politica, o célebre Bispo do Porto, era enviado para o exílio, mas hoje a Igreja pode e deve estar ao lado dos humilhados, porque não tem ditadura, e sabemos que os ditadores não gostam da liberdade dos outros , mas apenas a sua e dos seus seus . Cidadão da rua ,mas com sentimentos de gente , não tenho nenhum bufo de madrugada a bater-me á porta para me levar para a Choldra, porque sou livre e responsável no meu pensar e agir.
D.Manuel Martins , quando diz que existem responsáveis pela crise e que devem ser desmascarados, que o sejam em nome da dignidade de todos. Que a força do SENHOR lhe transmita sempre esta verdade que vem da sua fé em Deus e nos homens, sem vinganças, pois a responsabilidade da Igreja de Cristo, tem a justiça milenar de entender o bem e é fácil separar o trigo do joio Por uma razão muito simples, fazendo fé na Bíblia.É mais fácil um camelo entrar por um buraco de agulha ,do que um rico entrar no reino da glória, mas grande parte dos crentes que falam no Santo Homem, por vezes esquecem que as coisas belas pertencem a quem as ama e não se esquecem de as praticar, assumindo a sua mensagem, e D. Manuel Martins , é um grande exemplo da palavra do Evangelho.

O fim trágico dos ditadores, que não quiseram seguir os caminhos do bem comum.