O meu lugar ainda o tenho dentro de mim neste Natal que se aproxima, tão modesto e imensamente colorido naqueles Natais alvoraçados da minha inocência, por tão pouco ter e tanto sonhar. E sonhava porque tinha o privilégio de ter família, tal como hoje já avô, e isso foi um suporte emocional para o resto da vida , num lugar escuro,tremendamente escuro nas noites longas de inverno.
As pessoas do meu lugar vestiam as melhores roupas, quem as tinha, e caminhavam a curta distância para assistir á missa em Montemor, beijar o menino Jesus e visitar depois o presépio na Vila, ao longo da tarde. Preenchiam assim a festa das famílias e a minha inocência num lugar onde nada existia, mas o Natal sempre se viveu com a alegria própria dos humildes, já que a luz do sol foi esperança e contentamento num lugar que hoje recordei e que sempre me acompanhou.
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