domingo, 31 de julho de 2011

Voar nas asas do companheirismo.

Plagiando o Custódio Cruz, porque voar nas asas do tempo e no seu blogue justifica saudade no tempo, compreendi que mereceu a pena ao Custódio ter sido igual a si próprio. Assumido" reguila", combativo, mantém as palavras certas e a autentecidade do seu carácter, não fingindo o que não sente, e isso é como o algodão que não engana, pois limpa imaculadamente a porcaria do espelho, ou se entendermos mais rudeza, a porcaria das consciências veladas e enganadoras.
Por isso foi um prazer visualizar Voar nas asas do tempo, e verificar aquelas mensagens de todos aqueles que o conhecem por dentro e o admiram. Diabos me carreguem se alguém me pagou alguma coisa para escrever este sentido desabo, basta-me a satisfação de o escrever com a minha lealdade para com ele. Porque o Custódio enfrenta um problema colectivo e da cidade contra os tubarões do sistema não é justo que eu me cale e que não diga abertamente que admiro a sua coragem de lutar por uma causa aberta aos tentáculos dos interesses que não se identificam com o tecido popular que a Associação dos Comerciantes do mercado procura defender.Vão vencer pois este Custódio já demonstrou que é um osso duro de roer, e a cidade está com eles.

Se os governantes quisessem poderiam diminuir esta humilhação da pobreza. Pelo contrário tem colaborado para sua vergonha.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Será que os utentes do mercado vão ser tramados?

Sempre que se pretenda transmitir alguma informação para o público, é logico que se escute as partes em contraditório. Foi o que eu fiz esta manhã com o Custódio Cruz, que me disse não existir nenhum projecto sobre as obras do mercado Municipal, adiantando-me que a saida para outro espaço, levará que os comerciantes se desmobilizem e consequentemente abrirá as portas aos objectivos e outros interesses que não são a manutenção do Mercado Municipal.
Por outro lado e com noticia no D.C., o presidente da Câmara, João Ataíde , disse aquele jornal que está disposto a mostrar aos empresários do mercado, o projecto e dar todas as explicações ,afirmando que as portas estão abertas aos concessionários, garantindo o financiamento, os empreiteiros, o cumprimento dos prasos, tudo , garantiu.
Custódio Cruz não acredita nesta boa intenção e mantém forte braço de ferro com o poder local, enquanto a cidade espera pela melhor solução para este problema que se arrasta á longo tempo, porque o mercado e a sua história , são património da Figueira da Foz. Mas a ganãncia do capital não olha a meios para atingir os seus fins, mas vamos esperar e eu acredito que nem sempre os poderosos vencem os mais pequenos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Peço desculpa por meter o nariz onde não fui chamado e nada fiz.

A Bela Coutinho publicou hoje no D.C. uma notícia que nos anima pela sua solidariedade. Permite-me trazer-vos a história do António Traveira, que tinha uma reforma pequenina e que não dava para gagar a luz, entre outras dificuldades. Uma vela maldita que o alumiava na escuridão da sua pobreza incendiou o resto
de uma humilde casa, junto ao castelo de Buarcos. O país está cheio destes problemas sociais, mas o que pretendo mencionar e com satisfação são as pessoas de Buarcos  que ergueram de novo a casa do António, tarefa formidável e na mais pura humildade, não faltando agora uma cozinha, um quarto e casa de banho.
A Bela Coutinho fez uma noticia muito bonita. Tenho"inveja" de não ter sido eu a publicá-la, e quanto aos outros que não os menciono, fazem parte também dos segredos da alma, sempre feliz quando se dá ao bem para os outros, ficam aqui e no anonimato, mas iguais ao que se seguem. Helena Vilela, Adelaide Maia, António Bracourt, Gilberto Maia, José Medroa, o Chora, são alguns dos envolvidos neste gratificante apoio ao António Traveira, na Vila de Buarcos..


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Ficar ao portal da vinha?

Se bem me entendem sou dos que prefere "roubar as uvas", ou seja, participar, e daí lamentar não poder marcar presença na Câmara Municipal, hoje às 15 h.,de modo a apoiar a luta que os utentes do mercado vêm travando para manter os seus negócios familíares. Atrevo-me pois a sensibilizar os que têm tempo e vontade de fazer algo, que o facam, não custa nada e é por uma boa causa para a cidade da Figueira da Foz.
Ao Custódio, velho companheiro, aos outros seus companheiros na luta, registo aqui, embora modestamente, que a voz do povo é a voz da razão, por isso vençerá e vou ficar contente por tal vitória.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A luta continua e o povo vencerá.

Respescado da OUTRA MARGEM, não podia deixar de mencionar neste espaço o apelo do Custódio Cruz, e de todos os que no mercado têm os seus postos de trabalho, só lamentando não poder estar presente nesta altura importante em tão delicado processo dos comerciantes, amanhã na Câmara Municipal. A cidade deve interessar-se por esta causa e enfrentar o poderio estranho do capital que pretende esmagar uma luta justa das gentes do mercado Municipal. Leiam no blogue do Agostinho mais sobre este assunto.

Paula Pata e o barco dos brinquedos.


Com o calor que finalmente surgiu ,as praias da Cova Gala,eram uma festa esta manhã. Venham e tragam a familía e sejam a vida e a esperança por cá.


domingo, 24 de julho de 2011

O Cinismo.

Hoje deu-me para isto das falsas consciências, diria pouco esclarecidas, e que por falta da frontalidade se refugiam num sentimento de medo e desconfiança nas suas afirmações. Longe de mim vir analisar a doutrina filosófica dos cínicos que professavam um desdém absoluto das coisas sociais. Não, não estou preparado para essa missão estudiosa.Nada disso, meus caros, o que pretendo é viajar pela rua do homem, que chora e ri, que se aguenta com as suas dificuldades no dia a dia. Homem da rua tal qual sou e da sua singularidade que o torna único e diferente e algumas vezes amargamente cínico no sentir e no dizer as palavras que o erguem e lhe dão força, tantas vezes a razão que julgam ter, confusamente baralhada na logica das questões e no seu contraditório.
Ás vezes julgo que vivemos no meio de uma sátira e de cantigas de mal-dizer, porque falta a alegria no homem para ser transparente e verdadadeiro consigo e os outros, porque os outros são a parte do nosso escutar e pensar, deve aí crescer a franqueza e a lealdade.Tenho muita dificuldade em compreender os que dizem as palavras em saldo, gastando-as ao desbarato, porque talvez não lhes custe tornarem-se credores delas e um credor é sempre um estupor que espera o pagamento do débito. Julgo que no cínismo se dizem as palavras que não têm sentido, porque afinal se produzem no falso raciciocinio, do mal-dizer. Há que fugir dese labirinto e seguir de modo tranquilo para a racionalidade das nossas relações no dia a dia. Se não agirmos deste modo podemos resvalar para a mesma indisciplina de sentimentos e do tal cinismo.
O cinismo destrói o melhor que a vida tem. Ou seja o mérito da franqueza e da sua intensa alegria que nos transmite a visão de entendermos os outros no essencial e vivermos em comunhão da fraternidade,de olhos nos olhos ,tão iguais e tão diferentes,enquanto a morte não chega.

Esta manhã no cemitério de Montemor-o-Velho,junto dos montemorenses que tudo deram e nada receberam.

sábado, 23 de julho de 2011

Distribuir sacrifícios e a quem?

Venham as touradas de luxo, futebois, férias de luxo no Algarve, venham todos em filas e aos magotes!
O país precisa desta abastada herança, para que na mesa dos que vivem do seu trabalhito, possam cair as migalhas dos tais luxos que a crise suporta. Acreditem pela minha honra no que escrevo e vou assinar. Não tenho o inferior complexo da perseguição aos ricos, longe de mim essa mesquinhice pois são necessários para programar o emprego e o consequente pagamento de impostos e salários.Jamais, como dizia o político no parlamento e disto estamos conversados. O que me parece injusto, e brada aos céus , vão ser os 15 % nos transportes públicos e outros atentados tais nos que menos usufruem. Aos que se levantam de madrugada para sentar o rabo num transporte público que os leva ao ganha pão do dia a dia, regressando a casa noite dentro, aos que contam os euros para pagar a conta da luz e da água, aos reformados de míseros euros.É para esses que vai a minha preocupação social e não para os ricos bem governados e do luxo vivem. A pergunta que eu vos deixo neste charco de injustiças para os mais fornicados da vida, num estado voraz e insaciável, é se isto é distribuir sacrifícios e a quem?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Carluz.Industrial de hotelaria na praia da Cova Gala.Já não tenho ideia dos cortes arrojados que lhe faço.Hoje foi assim e os outros ?

Mais um corte de cabelo, desta vez no feminino


É bastante moralizador que depois de ter deixado de trabalhar com senhoras, seja ainda procurado para fazer os cortes de cabelos.Claro que me sinto muito reconhecido, procurando e propondo o melhor que sei fazer.Paula Figueiredo,natural da Cova Gala,tem um cabelo liso e com peso suficiente para ser escadeado.Um corte e duas versões de penteado.O sorriso é francamente feliz e essa tarefa no cabeleireiro é sempre um desafio nem sempre vencedor.          

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Há velhos que são novos e novos que são velhos

O trocadilho do titulo serve só a intenção humoristica e nunca a hipótese duma grosseria, porque fazer comparações sobre atitudes e comportamentos, nem sempre bate certo com os propositos..
A verdade é que este meu colega, estabelecido no Centro Comercial Apolo na Capital,é preferido por embaixadores, politicos,homens das letras,enfim uma clientela de elite que ele muito estima.Recorda entre os que já partiram Sá Carneiro, entre outros de igual valor que foram seus clientes,e amigoos. Cultiva o gosto e a valorização da classe no seu notável e histórico museu, promovendo exposições com os utensilios da nossa profissão, nomeadamente máquinas manuais de cortar cabelo, navalhas de barba de várias épocas,entre elas uma que pertenceu ao rei D. Carlos,uma relíquia. Ainda cadeiras e imensos artigos, antiguidades que são um regalo para perpetuar a história da nossa profissão e um verdadeiro estimulo para a classe que o deve apoiar neste projecto de amor para os que se orgulham do seu profissionalismo.
Acontece que tenho o privilegio de colaborar no seu museu, tenho enviado alguns apontamentos dos meus colegas da Figueira da Foz,com entrevistas e opiniões, mas tambem meus com fotografias, sempre que faço algo diferente, novos trabalhos como aconteceu à dias com o Gabriel Soares de Viseu, o jovem que queria nuances e que foi para mim um prazer executar esse trabalho.Já sei que tenho logo a seguir de Lisboa o meu estimado colega Joaquim Pinto, com as suas amáveis palavras tecendo considerações sobre a paixão de cortar cabelos e moldar a sua rebeldia. Destas conversas, se porventura tenho um cliente na cadeira, é certo e sabido que tenho que lhe pedir desculpa pela demora ..."sabe é um colega meu de Lisboa..." colaboro no seu museu, blá, blá, tento sair o melhor possivel da imprevista demora e situação.
Reparo no meu passado, tantos anos nestas andanças na arte,e por vezes sem a valorisar devidamente... contudo já ouvi de alguns artistas pintores num misto de admiração e curiosidade, dizerem-me que lhes faz confusão como se corta um cabelo, perfeitamente enquadrado no tipo da pessoa, qual modelagem... Eu sempre me escudo na experiência,são muitos anos...
Também com o meu colega do museu, há dias ao telefone quando eu lhe dizia que os 70 anos já começavam a pesar, deu-me um empurrão solidário...
Escute,escute Olimpio! Há velhos que são novos, e novos que são velhos !!!.
Fiquei a pensar no que tinha ouvido, e se calhar o meu colega Joaquim Pinto tem razão.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Atacar a ganancia com a espuma de barbear!

Tenho passado a minha vida a cortar cabelos a mulheres e aos homens e logo aos 12 anos já fazia barbas em Montemor-o-Velho. O mestre David dizia-me ...rapaz não esqueças que uma barba bem ensaboada é meia feita.
Não existiam as espumas de barbear e se querem saber o que existia, pouco mais de nada!
Existia uma saboneteira e era ali que mergulhava o pincel que se revolvia para provocar a espuma e vai daí pra todos os clientes que nunca reclamavam da igualdade do tratamento e da barba cortada com o sabonete comunitário.
Não tenho ideia se alguém levou pela cara uma forte dose de sabonete no sentido intenso e provocatório. Não senhor..os meios eram pacificos com um serviço de qualidade. Não faltava nas faces tisnadas pelo sol , que mantinham barbas semanais, os dez tostões de alcool comprado na farmacia ou então as conhecidas pastilhas de sublimado, que eram venenosas e dissolvidas em água. Depois era só aplicar nas faces e não me recordo do fantásma das doenças que hoje arripiam só de falar nelas, decerto que os micróbios se matavam uns aos outros !
Mas a cura para atacar a ganancia com a espuma de barbear, como aconteceu no Parlamento britanico, no "focinho" do Sr Murdoch, o tal que andou a meter o nariz na vida dos outros com as suas escutas e se a moda pegar não vai haver espumas que cheguem para os filhos de sua mãe, que neste país só sabem tramar o próximo. .

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Dentro de uma hora vou iniciar o meu dia de trabalho e porque acredito na santidade de algumas pessoas,ao contrário do meu estimado AMIGO AGOSTINHO,que esta mulher extraordinária me acompanhe e a si tambem.

Sou sempre feliz em Montemor-o-Velho.A Zé e a Mãe, nas festas de S,Pedro.Esta madrugada deu-me para isto,São saudades Senhores e menos vaidade!

Gostei de ser polícia militar em 1960.A sociedade democrática que temos não pode viver nesta bandalheira, barbeiros ao poder e já!

Neste bonito quadro na Cova Gala, as crianças já iniciaram a sua época de banhos e os meus olhos ficam por lá!

Quando a maré baixa, as pessoas esquecem os perigos e é passar por ali minha gente! Foto de Armação de Pêra.

O Casal Novo do Rio,(a Barca) foi assim com o Mondego ali tão perto da minhas gentes.O velho barracão do sal está lá e.pode ver-se.

domingo, 17 de julho de 2011

De que valeu o meu voto no blá-blá-blá do Nobre

Com esta idade já longa, conheci imensos tipos de pessoas, algumas assumidamente frontais e transparentes, de onde brotava a chama do seu instinto e da sua verdade. Conheci pessoas tão simples, tão simples que se tornaram desconfiadas perante quem tudo sabia, porque intocáveis na sua cátedra, ruminaram valores sociais e humanos que pouco depois deixaram pelo caminho, como foi agora o seu caso de fantasia do seu programa à comquista da presidência da República...

Sabe Sr.Dr Nobre, venho do tempo em que a um homem sério e de palavra lhe bastava apertar a mão para haver um compromisso, para que esse acto fosse uma escritura e acreditada da outra parte .Conheci esses homens  por terras de Montemor. Se hoje viessem por cá entendiam-no como um vendedor da banha da cobra, um daqueles que tudo dizem e nada sentem. Deixou-me agora a contas, e outros quinhentos mil portugueses, com as brincadeiras dos mais proximos amigos que não me ofendem, que sabem que sou um tipo de boa fé e desejoso que este povo encontre os seus verdadeiros lideres e homens de causas sociais. Sabe Sr.Dr., o seu passado pelo mundo da desgraça, e na hora de fazer a minha opção de voto fazia-me acreditar que jamais modificava a sua mensagem, tão proxima da minha ingenuidade, mas se alguem traíu valores foi você. Não fui eu que continuo igual no que acredito, esperando que D. Sebastião surja numa manhã de nevoeiro, de Quibir, ou desta montanha de aldrabões  que o 25 de Abril nos enfiou pela porta de entrada da minha casa e não pediram liçença para fazer o seu caminho de oportunismo e vergonha.
Sabe Sr Dr.,aquelas 
 cenas na Assembleia de República chocaram-me imenso, vê-lo derrotado e humilhado. Ou não tomou os medicamentos necessários pela manhã, ou então devia ter consultado um bom médico, algo se passou na sua cabeçita que o tranformou e foi igual aos predadores do poder político, esquecendo-se dos que votaram em si mereciam sentir a verdade da sua mensagem, feita de humanismo e amor pelos mais sacrificados. E é tão facil perceber esse estado social, basta olhar e depois programar as regras da economia, justas e sem violências, mas vá com Deus, porque não tenho tempo a perder com rancores, agora de votos , o gato o comeu e para sempre meu caro Dr Nobre..

Caro Sr.Dr. Fernando Nobre. Preciso de uma urgente consulta e de borla, porque votei no seu blá-blá para presidente e agora os meus amigos só me gozam.Depressa,que fazer?

Nas belas praias da Cova Gala e Figueira da Foz, não temos esses perigos de um desastre com arribas.

Não há o perigo das arribas mas a erosão não dá tréguas.
Artigo do JN para ler- clicar aqui

Sinais de perigo nas arribas...

...ignorados pela maioria.

Em Armação de Pêra, as arribas podem estragar os momentos de prazer e liberdade, afinal como em qualquer outra praia.

sábado, 16 de julho de 2011

O Barracão!

Há dias o D.C. publicou uma notícia sobre o Casal Novo do Rio, a (Barca) a poucos minutos de Montemor-o-Velho. Lugar profundamente rural e com poucas famílias nas décadas de 40/50. A luz só muitos anos depois de eu ter partido à aventura de uma vida melhor, é que iluminou aquelas gentes , já que água nunca faltou , porque o rio Mondego ,estava ali pertinho e límpido nos quentes verões, enquanto no inverno as suas tormentosas enchentes traziam enormes dificuldades aos que trabalhavam a terra de sol a sol. Os serviços nos campos paravam e as gentes pediam o milho emprestado aos lavradores mais afortunados, porque da sua farinha se amassava a broa que matava a fome.Mas o barracão armazenava grandes quantidades de sal, que as barcaças traziam da Figueira da Foz, rio acima, numa altura em que o rio Mongego era navegável, entre Coimbra e a cidade da praia da claridade. O barracão era de madeira e um símbolo do pequeno lugar. Os putos viviam uma intensa curiosidade em espreitar o que ele continha por dentro. Os putos viam então  uma enorme quantidade do branco produto, coisa rara em mentes limitadas de horizontes. O unico rádio no lugar era movido a bateria , colocado numa prateleira na taberna do Ti João, o unico ponto de encontro dos homens do meu lugar, que bebiam vinho e jogavam ás cartas, enquanto a juventude bailava ao som da concertina e da iluminação a petróleo, noite dentro, porque o cego de Quinhendros , de seu nome Manuel, era o unico artista convidado. Agora a junta de Freguesia de Montemor-o-Velho, repôs a imagem do velho barracão, simbolizando gentes e uma cultura que não existe, e houve festa no povoado. Algumas pessoas desse distante tempo ainda vivem no lugar e recordam a Barca e o antigo barracão da minha infância. Apesar das transformações urbanas do presente , de excelentes vivendas e apartamentos, o Casal Novo do Rio, tem a sua história longa e sofrida que o tempo vai sumindo, inclusive, a carroça do Ti Alberto, que era atrelada a um boi ou a uma vaca, apenas, mas o suficiente para fazer a distribuição do sal pelas terras de Montemor.
A cadela Farrusca e os seus filhotes foram companhias que ainda as recordo. Estamos em cima de uma taipa que servia para proteger o milho e o feijão, da humidade das noites.A foto é do padre João Direito,visita da casa e das matanças do porco.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A BARCA, O LUGAR ONDE NASCI

O LUGAR ONDE NASCI HÁ 70 ANOS. ALI  CORTEI BARBAS E CABELOS POR  VINTE E CINCO TOSTÕES, UMA VIDA QUE HOJE RECORDEI NO D.C:

Quem era Edmond Rostand ?

Tenho uma velha mania, por onde quer que vá e leia frases sobre homens ou mulheres com história, aí estou eu interessado em saber da sua vida. Embora já não existam, a história se encarrega de os tornar imortais.
Com este pequeno tormento tenho andado eu a cogitar...Tenho de saber porquê na entrada do empreendimento turístico Alcáçova em Montemor, está o nome Edmond Rostand. Primeiro está, porque foi escolhido para lá estar,e sem dúvida é uma chamada de atenção aos visitantes da noite, ou do dia, por forma sóbria e elegante.Mas quem foi este personagem? Isso eu não sei,mas quero saber!
E assim, porque a internet é um meio que ajuda a limar a ignorancia, fiquei a saber que Rostand nasceu em Marselha em1868, (em berço d'ouro).
O pai foi economista,tradutor,e poeta e era culto e muito rico.
Rostand cursou Direito e foi Advogado mas nunca exerceu, pois não precisava de trabalhar.Tal como o pai era também um homem muito culto,amante das letras,inteligente e criativo,são dele algumas máximas muito certas.
Por isso o nome de Edmond Rostand, está na Alcáçova (agora entendo) a dizer-nos que o que interessa mesmo não é a noite, mas os sonhos daí decorrentes,deixando tambem à nossa consideração a interrogação, o que é a vida sem um sonho ?
" Todas as nossas almas estão escritas nos nossos olhos"
" A melhor oração é a mais clandestina"
" Vocês riem de mim por ser diferente, e eu rio de vocês, por serem todos iguais"!


Falando de mim, sou a dizer, que nem só de festas eu vivo,embora as aprecie muito,mas também de sonhos e curiosidades que pretendo sempre satisfazer.
Gostei de conhecer o Sr. Edmond Rostand !!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ALCÁÇOVA UMA REFERÊNCIA EM MONTEMOR-O-VELHO E NA REGIÃO CENTRO DO PAÍS.

"É à noite que é belo acreditar na Luz." Edmond Rostand.

O empresário Dr. Jorge Camarneiro não pára de fazer os seus investimentos no Casal Novo do Rio e em Montemor, valorizando uma terra que foi ao longo dos anos, esquecida e que sofreu as consequências da falta de inovadores projectos, mas os tempos mudaram e de que maneira.
Se o Centro Nautico veio trazer desportistas da Europa e do Mundo, ás centenas, faltava os apoios logistícos para conforto dos visitantes , e nesse pormenor o jovem empresário tem realizado excelentes equipamentos , quer no Casal Novo do Rio e em Montemor-o-Velho, em função das camas que faltavam e ainda insuficientes, mas agora de todo moralizador para as localidades citadas.
Por outro lado, o emprego nestes projectos é consolador. Num tecido precário e numa terra com imensas dificuldades de emprego. Jorge Camarneiro, pode orgulhar-se de uma obra notável e de consumado progresso, como aconteceu na ultima sexta feira ,com a inauguração em Alcaçova , da discoteca e outros espaços que vão proporcionar ás freguesias de Montemor, que as suas actividades possam ser ali apresentadas nas mais variadas vertentes culturais e associativas..
Montemor, não é mais o velho Montemor, e se o visitar,daqui a uns meses, vai ter um elevador que o transportará da rua principal, até ao cimo no Castelo, descendo depois por ruas e vielas pejadas de história, da antiquissíma Vila de Montemor-Velho


Para almoçar.Mosteiro,Grelha,Moagem, e no casal Novo do Rio, a taberna da Sra.Olinda. Venha daí e visite tambem a sua monumentalidade.

domingo, 10 de julho de 2011

Caros leitores em Poá, S.Paulo, Brasil

Fiquei agradado pela vossa visita ao meu blogue, onde informava que iria para férias,e nesse sentido parava por uns dias a minha actividade profissional.Aludí ao factor saúde,desejo de descanço,mas foi entendido como possível doença,e esse lapso deu azo a verficar que muitas pessoas se interressam pela minha pessoa,o que agradeço.
Expliquei tudo num comentário, ao meu companheiro Licinio Costeira, ex-árbitro de futebol em Portugal, agora a viver em Poá, surgindo por cá em férias na sua terra em Lavos, Figueira da Foz. Nessas ocasiões conversamos e recordamos aquele tempo longinquo que já não volta mais, ele era árbitro de futebol e eu convencido que era jornalista desportivo,ou que ainda viria a ser...
Achei graça no vosso texto, também por me considerarem comunista, mais interessante ainda, o barbeiro comunista da Cova Gala.
Sendo assim, vou dizer-vos com a já habitual simplicidade, que me falta bastante para ser um comunista de vanguarda, com base na ideologia partidária e cegamente obediente ao chefe do partido e ás suas regras seguidistas. Também não sou contra os partidos porque são parte integrante da democracia e necessária a sua diversidade de opções, por isso viva a democracia!
É verdade que sou adepto de uma sociedade equilibrada, tanto quanto possivel sem injustiças sociais, mas isso são utopias minhas, que os que pudessem pagar mais impostos fossem obrigados a tal, a favor dos que menos tem; sou pelo respeito da propriedade privada e não pela colectivização que se provou na prática um desastre para o desenvolvimento social. As reformas, algumas, foram um desnorte e não apoiaram o tecido mais carenciado da sociedade, foi um fartar de brutos, sem olhar ao perigo que infelismente veio a acontecer. Recordo o princípio da minha origem social, tipicamente rural e de gentes populares, onde o meu povo trabalhou a terra de sol a sol, por um naco de broa e quem sabe se meia sardinha. A cidade, volvidos 70 anos de vida, ainda não conseguiu fazer-me esquecer essa gente que viveu com tão pouco. É fácil perceber de que lado estou socialmente, é como que um pacto de sangue, tipo máfia napolitana, mais ou menos isso, salvaguardando a comparação exagerada!
Entre estes dados do barbeiro comunista e o apressado fomulário que vos envio,deixo à vossa análise , se o sou verdadeiramente, ou se me aproximo das teorias marxistas por mim saboreadas nas noites escuras do fascismo e hoje convencido que o comunismo foi uma fruta de época e que por isso mesmo teve o seu tempo.Com toda a minha franquesa e não sendo um estudioso na matéria, tanto o capitalismo como o comunismo exagerados e até violentos, tem os dias contados porque a meu ver os povos estão a abrir a pestana e não suportam estas tiranias desumanas.Assim e do seguinte modo, se um comunista tem estes valores de consciência que adiante menciono, então sou e com muito gosto um comunista puro e duro, de uma justiça social em que acredito e sem reservas.
Um comunista é aquele que é amigo do seu amigo e que em situação difícil o apoia incondicionalmente ? tenho tido tudo isso ás carradas na minha vida, mas é ridículo que o faça por escrito!
"Um comunista é aquele que acredita nos valores da democracia e detesta regimes totalitários e de partido unico?
Um comunista é aquele que entende que a liberdade é um bem precioso para a humanidade?
Um comunista é aquele que repudía as prisões politícas e perseguições aos que tem ideias contrárias ao poder constituido?
Um comunista é aquele que acredita na mensagem cristã e procura com as suas limitações ,sensibilizar-se com ela no seu meio e com os outros? Então meus caros companheiros , sou mesmo um comuinista a sério.
Aceitem o prazer de ter partilhado em Poá, esta maneira feliz de viver e compreender que merece a pena viver assim.

A melhor estima

Olimpio Fernandes

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Sr MÁRIO SOARES.ESTÁ A PRECISAR DE UM BOA SONECA.

O Sr. Mário Soares não fáz parte dos cidadãos portugueses que na sua velhice, pretenderem isntatalar-se num Lar das Misericordias e  não tem uns trocos para tal efeito. Pobre portugues este que depois de uma vida de trabalho terá esta grave contingência social, de tacho na mão a mendigar um caldo quente.
Agora está preocupado que o Zé Povinho, a quem prometeu o socialismo democrático, toma lá que é democrático, venha para a rua partir a loiça em bocados como aconteceu na Grécia, onde as pessoas estão desesperadas.


Obviamente demito-o, disse um dia o General sem medo, sobre Salazar, o qual o Sr Soares odiava, e de certo com as suas razões, mas não venha enganar-me com os seus bitaites que me fazem doer a alma. Se  Umberto Delgado demitia Salazar, se ganhasse as eleições sempre viciadas, eu se fosse uma pessoa importante da minha rua , pese embora o respeito pela sua idade , mandava-o já fazer chi-chi e depois dormir uma soneca. O Sr.Mário Soares não pode lavar as mãos do caótico descalabro das finanças públicas.ou pode? - e se houver uma rua onde lhe possa gritar esta contestação aos seus ouvidos .eu vou lá estar, meu caro enganador do socialismo democrático!. O povo, o tal que eu julgava que o Sr.Mário Soares, defendia de humilhações sociais,está ai para lhe pedir contas nas ruas , por isso vá pondo as barbas de môlho e avisando os seus camaradas ,porque a justiça demora , mas surgirá mais tarde ou mais cedo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Adventistas, Jeovas,Evangelicos, católicos, no reino da liberdade.

São os cultos suficientes para eu dizer o que penso da liberdade religiosa no país se é que falta alguma, mas não é por descriminação que o faço nesta minha opinião.
De um livro vos quero falar. Um Tempo para Si, mensagem adventista, em que o sábado é para estes crentes o santificado dia, que eles guardam como nós cristãos guardamos o Domingo. Disseram-me que o domingo é a ressurreição do Senhor.Não compreendi muito bem esta diferença quanto à veneração de Alguém superior mas que é o mesmo Deus, asssim eu penso. Cresci com os ensinamentos do catolicismo cristão, andei na catequese, mas não sou fundamentalista, não contesto outras crenças, respeito o credo do outro e até o ouço com atenção.
Valorizo o facto destas pessoas sairem de suas casas para irem de porta em porta falar da sua fé. Sabe-se que por vezes são mal recebidas (infelismente) mas não se sentem ofendidas,nem desistem. Entretanto nós,os cristãos alguma vez vamos falar a alguém da "nossa fé?"
Lembro aqui o adventista que há dias entrou no meu salão e me ofereceu o livro, ele sabe que eu nunca vou ser como ele,refiro-me à crença que ele professa,no entanto deixou a sua oferta,e sinceramente até estou a ler com interesse.    Fiquei a saber que os adventistas são mais de 16 milhões, reunindo 7.442 instituições de ensino, 601 estabelecimentos de saude e obras de cuidados sociais,não se ficando portanto só pela oração contemplativa, exercem o bem são fraternos,ajudam quem sofre,numa palavra cumprem a mensagem de Cristo,embora lhe dêm nome diferente. Merecem a minha estima,ou melhor, a estima de todos nós.

domingo, 3 de julho de 2011

Que raio de democracia é a tua, ó meu?

As férias e a própria vida, têm as suas surpresas, mas este encontro em Portimão, com o meu velho amigo Luis Sousa,tambem montemorense, colega de escola e catequese, e a vivência no Atlético Montemorense ,enquanto jovens, levou-nos afazer contas e já lá vão os seus 60 anos !
O Luis estudou na Figueira e em Coimbra , casou num dia de sorte, e á custa do seu trabalho e talento, por lá anda no Algrave , a "regar" os seus negócios imobiliários. Eu, e sem inveja e falsas humildades, entrei aos 12 anos na Universidade, cursando nas barbas e nos cabelos, e por cá fiquei até aos 70 anos , o que não abona a minha inteligência, mas nem por isso e com esta diferença de peso monetário a nossa velha amizade se diluiu no tempo.
No divertido jantar falou-se de tudo. Montemor foi o mais pontuado, depois o Benfica e o Sporting, cada um ao seu, mas o Luis, no verde em cima da mesa e na simpatia pelo seu clube.Partidos e a política , a crise para alguns, pois nós não nos podiamos queixar, muito menos o meu velho conterrâneo, tido e achado em excelente prosperidade e que Deus o conserve porque ele merece a sorte que lhe tem dado muito trabalho.Sabia há muitos anos que o Luis militava no C.D.S., que o faça com gosto, e que ainda vive com o receio de que os comunistas não tenham perdido o habito de comer as criancinhas ao pequeno almoço.Agora o que não esperava,era a sua preocupação com o meu voto nas últimas eleições, devidamente informado com a visita ao meu blogue, arrasando-me com as suas interrogações e desejando saber se eu tinha virado totalitário, que mais aquilo da minha ida a Cuba, de onde vim deprimido com a pobreza do povo e o precário desenvolvimento social, dos trapos que deixei aos meus conhecidos médicos, uma verdadeira troika de apertos civicos.
Tu foste votar nos comunas, tu que és contra ditaduras, é pá não te conheço," dizia o meu velho amigo Luis Sousa e sempre na mais franca conversa entre as nossas mulheres que também davam o seu palpite. Tanto eu com o meu velho amigo, vimos do tempo da guerra fria , entre russos e os americanos , é verdade, mas o tempo mudou imenso tudo e o montemorense ficou agarrado ao fantásma do medo dos comunas, enquanto a terra não parou de girar e girar sempre.
Olha, meu caro, tu ainda vives no tempo da pedra, parece -me que pelo país não se passou nada nesta pouca vergonha dos assaltos ao poder e das quadrilhas partidárias, dos barões e do socialismo democrático do Sr. Soares , com esta mentira que foi o 25 de Abril, mas só com os sacrifícios dos que vivem do seu trabalho. Olha pá: não julges que faço a defesa pura e dura do comunismo, vencido e envelhecido. Não tenhas medo dos comunas porque fazem parte do processo
democrático com os mesmos direitos que tens no teu partido. Além disso, eu não tinha saida para o meu protesto, ou não votava e assim perdia os valores da minha contestação, ou então assumia de caras , como vim a fazer, o meu voto no partido comunista e feito em consciência, podes crer..."
O que restou deste jantar e deste encontro tão sentido e leal de uma velha amizade , foi que se os homens quiseram,sendo diferentes , podem ser fraternos e cordiais, num encontro surpresa e que nos marcou com alegria e vontade de o repetir, quem sabe se para o ano há mais! E já na despedida, com alguns metros de distância, ainda lhe gritei em recípocas risadas: "Que raio de democracia é a tua,ó meu? "

sábado, 2 de julho de 2011

A falta de sentimentos dos que gerem os dinheiros publicos.

Caridadezinha, o foguetório do chá da canástra, foram em tempos idos, os apoios em dificuldades, minimizando assim o sofrimento da pobreza de muitos portugueses.Recordo que o povo não saiu à rua, mas ficou satisfeito com as reformas domésticas, um projecto de Marcelo Caetano e do seu governo rodeado de ultra Conservadores.
Depois de 37 anos de transformações democráticas, e fazer comparações entre os meios financeiros dessa época e os de hoje é ridículo. Ainda não surgiu por aí um iluminado a propôr na casa da democracia, com dizem os nossos políticos, mais um imposto para se retirar da rua a chocante mendicidade, que não dignifica os que a ela se entregam, quantas vezes ao desprezo dos que passam.
Ora se já temos a imposição dos impostos e do registo dos filhos,se o fisco cobrou mais de dois milhões de euros /dia, nos carros, que diacho de gente é esta que suporta esta chaga social?
Já agora e em poucas palavras, e pegando o problema pelos cornos e sem a hiprocrisia das peninhas de galinha,como é possível a tragédia deste cidadão romeno, que arrastando-se pela Avenida principal de Armação, apoiado em duas muletas, encaixadas nos sovacos, deixava que as pernas e os pés,levassem com eles a dureza do peditório. Vinha de Olhão! Por lá tinha ficado a mulher e os 4 filhos. No dia seguinte regressava a Olhão com o resultado da sua mendicidade, porque a família o esperava para se tranquilizar com a liquidação das contas da água e da luz.O cidadão romeno já se me dirigia para desabafar e eu sentia que devia escutá-lo, e esta disponibildade só me trazia revolta, porque um homem mesmo em férias, não consegue aliar-se deste quadro social que nos inquieta.
nas obras, em Olhão.Um dia caí do andaime e fiquei incapacitado para o trabalho, mas o pior foi que não tinha papéis legais e o patrão tambem não, fugiu e nunca mais o vi!"
No dia seguinte o cidadão romeno,voltou a falar-me, tinha ido a Olhão, levar as esmolas à família, vinha desesperado. "Sabe, cortaram os apoios aos meus filhos na escola e a mim cortaram-me tambem o subsídio da caixa..."
Escutei, escutei e só lhe disse "grandes sacanas, grandes sacanas".

sexta-feira, 1 de julho de 2011

1963/ 2011. Memórias de barbeiros e cabeleireiros.

Recordei com o meu colega Mário Correia, volvidos 48 anos, o que foi Armação de Pêra, naquele tempo. Foi realmente um pequeno lugar de pescadores e de gentes do mar, que despontava já nessa altura para um excelente centro turístico e hoje nos Verões são aos milhares, enquanto que nos meses de Inverno, a população residente se situa nos seis mil habitantes.
Tudo isto se conjugou em conversa com o Mário, barbeiro de hoje e daquela época, noestabelecimento do seu pai, em Armação de Pêra.Tudo isto porque aos 23 anos partia do Barreiro, em comboio, e por ali trabalhava no Salão de Senhoras do Hotel Garbe, então explorado pelo meu saudoso patrão Casimiro, nos meses de Julho a Setembro. Decerto e para os meus afectos, Armação de Pêra, foi durante a minha vida, muito mais do sentir do que ver,procurando ainda as pessoas dessa distante época como é o caso deste colega Mário, do António e da Judite, minha colega no Salão do Garbe,não esquecendo a família Santiago.
Com fotografias para recordar e não com a vaidade que humilha os verdadeiros motivos de partilha profissional, o Mário quis saber porque razão acabaram os Festivais da Figueira da Foz, os quais presenciou duas vezes, mas a minha resposta, estendeu-se com as minhas incertezas sobre a Associação dos Cabeleireiros em Lisboa, Casino e a Câmara da Figueira da Foz. Depois recordámos os irmãos Pinto,os cabeleireiros de homens, em Lisboa, e que são os mais medalhados do país e do estrangeiro, os quais o meu colega Mário conhece de encontros e tarefas da profissão.Veio a propósito que o nosso colega Joaquim Pinto pomove o Museu do Barbeiro e Cabeleireiro, via internet, motivando a classe na actualidade para o crescimento da arte e a profissão. A cadeira de barbeiro que já não sabe a idade ,foi oferecida pelo Mário á colecionadora Zita, empresária de vestuário em Armação e Portimão, que fez questão de nos dizer que não há dinheiro que pague esta relíquia e outras em seu poder, por estimação e gosto. E porque para o ano deve haver mais do mesmo, resta-me agradecer ao Sr. Fernando Santiago, Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra,as 24 t-shirts para oferecer aos meus clientes,promovendo por cá a bela praia de Armação.-.
Quanto á qualidade do vestuário para indíviduos,tambem oferta da Junta, vamos meu caro Presidente,decerto propor alguma satisfação aos que dele necessitam,reconhecendo outra vez que sentir é um bem precioso porque nos liberta para o sentimento da igualdade das cidadanias,impossivel de realizar-se, mas afirmativamente possivel na gratidão da nossa parte como me receberam a mim e á minha mulher Dília Fernandes...