terça-feira, 31 de maio de 2011

Caros anónimos,saudo-vos com amizade.

Não tenho receio de expor as minhas convicções sobre os problemas da nossa terra brutalmente agredida. Os valores de Abril que a democracia parecia proteger foram traídos na pior das injustiças, fazendo dos ricos mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, e são as estatisticas que o dizem..
Serei delicado para com os vossos comentários como é meu dever.Mas a minha votação no Partido Comunista, sendo certo que não o sou por práticas de actuação ideológica, pois um verdadeiro comunista é um "religioso assumido" e que se limita no essencial para se enquadrar no sistema colectivo, como foi o exemplo de Álvaro Cunhal.Por isso nesta altura em que tenho que fazer opcções de voto não me repugna que numa fase de verdadeiro desespero ao ver este país cada vez mais pobre e outros cada vez mais ricos, recorra em consciência a uma atitude que me satisfaz no repùdio contra estes coveiros que mergulharam o país, sobretudo os mais carentes,numa encruzilhada troika .Ajustes de contas que vão depenar até ao esgotamento os 700 mil desempregdos e famílias que não são responsáveis por esta tirania política legalizada através do voto livre dos portugueses.Porr isso há que votar para mudar este estado de coisas jamais por mim sonhadas.com o histórico Abril.
Por outro lado e respondendo sobre Fidel Castro e Cuba, permita-me que o esclareça, que nasci numa ditadura Salazarista, autoritária e desumana. Todos sabem o que é um regime único, apoiado por polícias sanguinárias, daí confessar-vos que não tenho nenhuma simpatia por partidos únicos que acabam por morrer na praia, depois de nas suas prisôes ter feito as piores atrocidades. Vou mais longe e aceitem apenas a minha opinião.Se tivéssemos tido gestores e políticos sérios, se não tivessemos tido esta ladroagem, o nosso país teria hoje melhores condições de vida do que em Cuba. A verdade é que temos franjas de portugueses com as mesmas dificuldades, mas aqui funcionou a ganância do capital, numa Abrilada nojenta que revolta e que deve contestar-se. A democracia funciona, permite que eu vote onde vejo a oportunidade de satisfazer a minha projeção cívica e não tenho medo que o padeiro ,ou um botas cardadas me vá fazer levantar da cama e de madrugada. O povo quer estes gajos e sempre mais do mesmo, então não se lamente . Estou no caminho certo, voltei á velha contestação social do antigamente. Venho do tempo em que ser comunista era ser olhado como um criminoso,perseguido e morto a tiro nas ruas.A Igreja ajudava á missa.mas nem por isso deixei de ler as teorias marxistas ás escondidas e em casa. Mas hoje as mentalidades estão diferentes e a liberdade de escolha existe e no tempo de Salazar tudo isso era manteiga em nariz de cão.Uma humilhação que hoje não acontece, o voto é livre e para mim é um grande privilégio que assim seja.O resto vai saber-se no domingo e a cada um o seu voto, o meu será pela primeira vez no Partido Comunista..

domingo, 29 de maio de 2011

Entre as cerejas e os imigrantes, vou direitinho a Montemor-o-Velho, votar no Partido Comunista-

Ser comunista na sua intensa ideologia, como que não existindo outras alternativas e argumentos, projectando-se a crua noção que é por ali, o verdadeiro caminho transformador da sociedade, em que os pobres podem ser menos pobres e os ricos menos ricos, constitui ainda um anátema, que me leva a imensas
interrogações. Por outro lado como foi possivel que esta democracia tivesse protegido a selvagem anarquia do capitalismo, construindo para uns verdadeiros rios de euros e para outros a miséria ?- Não posso nem devo levianamente e de um momento para outro, situar-me na verdadeira essência do comunismo, acreditando que seria o sistema ideal para retirar o país deste triste sofoco financeiro, mas a verdade é que nestes 36 anos de assalto ao poder por parte dos que se dizem democratas e amigos do povo, levou as classes populares e de menos recursos ao caldo da mendicidade. Quero pois analisar em consciência este estado deplorável de comportamentos e mostrar-lhes o cartão do meu descontentamento e é isso que vou fazer no 5 de Junho,porque votar no actual sistema, não teria pernas que me levassem á boca das urnas.
Tudo isto porque numa noite destas, e as reinantes injustiças nos mais fracos. quando visualizei dois videos na internet, um deles mostrava uma forma miserável de fazer política.Os imigrantes de bandeiras ao vento, levados por camionetas, gritavam pelo partido que lhes franqueou a comidinha que tanta falta lhes faz ao estômago. Fiquei chocado por esta falta de dignidade do P.S. Depois o Sr.Passos Coelho, tinha uma escada á sua espera para apanhar cerejas."Suba suba Sr. Dr. "- dizia um capanga, receoso que o homem caísse e lá fosse a propaganda do comício. Lá do alto,estes políticos, sabem da poda, vêm dizer que cerejas e outros frutos já os pais os tinham na sua propriedade.Neste quadro intoxicante em que os graves problemas da saúde e da velhice, a falta de trabalho para os que vivem só dele, eu digo-vos declaradamente que só me resta uma alternativa, mudar de rumo e votar no Partido Comunista, porque ser comunista, numa sociedade igual e sem classes, já não tenho tempo de vida para outro engano, mas é neste momento de revolta social para onde vai o meu voto no partido de Alvaro Cunhal,pois mudaram-se os tempos e a minha vontade ainda mais e que conste, porque nunca gostei de iludir-me e os outros muito menos.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A arte dos Cabeleireiros/ Barbeiros.


A revista do Correio da Manhã, publicou já lá vão 6 anos, uma interessante reportagem sobre estes dois cabeleireiros/ barbeiros, irmãos, justamente considerados os profissionais do regime. A verdade é que a clientela é constituida por notáveis da política, ministros, empresários, professores universitários, que mais sei eu destes colegas que sempre fizeram questão de me proporcionar um agradável relacionamento profissional.
Claro que sou demasiado pequeno para vos falar destes brilhantes profissionais e do seu extraordinário percurso no Centro Comercial Apolo 70 em Lisboa, feito de Congressos e variados Campeonatos em Portugal e no estrangeiro, mas fica hoje a minha homenagem aos que souberam prestigiar-se valorizando a profissão de cabeleireiro de homens, algumas vezes molestada por colegas que se esquecem que o ritmo inovador da profissão não é mais aquele em que o barbeiro que deixava os clientes na cadeira e ia á taberna, esse está em extinção e para bem dos clientes, cada vez mais exigentes e ainda bem que assim é.
Direi por fim que tive o privilégio de contactar de perto com o António Pinto, quando dos célebres Festivais de Penteados, Casino da Figueira da Foz, e durante muitos anos. Joaquim Pinto, é mais recente.Via internete, colaboro no seu museu de Cabeleireiro/ barbeiro, quer com trabalhos meus, quer com apresentações de colegas da Figueira,Lavos, Buarcos, enfim, onde estiver um colega que goste de comunicar esta paixão dos cabelos, aí vai para o museu de Joaquim Pinto, com a minha colaboração e a boa vontade de Joaquim Pinto. Com a minha idade a não dar tempo para sonhos, alimento esperança de trazer á Figueira da Foz uma exposição de materiais da profissão, uma verdadeira relíquia de Joaquim Pinto, a qual a classe devia apoiarl, e que êxito teria entre nós profissionais e o próprio público da Região Centro.

Um recanto do nosso Portugal.Está na hora e com gastos menores ,indo indo,por aí .

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lições de cidadania e associativismo.

Foi e é ainda uma escola virtuosa, de gentes voluntárias de uma só atitude, correndo e amando os objectivos das suas colectividades. Direi convictamente que me deram grandes lições de cidadania, e tantos anos foram por terras de Montemor. Por lá surgiram alguns políticos a meter a colherada, como que a espreitar a oportunidade para outras conquistas, mas a pureza do associativismo não tem estas simpáticas criaturas,que são necessárias mas nunca fizeram o meu estilo de cidadania. Mas essas recordações ainda hoje não me animam e só servem para verificar onde está o homem mesquinho que faz tudo por interesse e o outro que serviu e serve até ao esgotamento as grandes causas populares, levando para casa as discussões familiares, por cedo sair de casa e tarde entrar, quantos e quantos só para dormir!
Tudo isto são de facto recordações cintilantes da cultura popular e a sua autenticidade. Venho desse tempo e agradeço sem sofismas as lições e vivências que jamais voltarão para mim porque todos temos um tempo para viver a paixão da família e do bem colectivo das nossas terras, de usos e costumes.Tudo isto vem a propósito do que passou na Carapinheira, com a noite de fados.Uma localidade conhecida pelo bairrismo das suas gentes, onde o associativismo teve e tem uma escola que de gerações em gerações personaliza a identidade dos seus habitantes,na história e na sua perenidade.

Este livro de Victor Travassos, gentilmente oferecido pelo autor, é já hoje e no futuro Exemplosuma inestimável relíquia do povo e para o povo daquela freguesia de Montemor-o-Velho.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Se não podes cumprir não faças promessas, mas eu prometi o comentário, modesto, mas é meu.

Esta notícia do partido socialista, aproveitando-se dos imigrantes, faz-me lembrar o tamanho dos punhos, bem no alto, numa mensagem de fraternidade mas só para dentro do partido e dos pensam como eles.Estes imigrantes deixaram as suas famílias, decerto esperando que lhes fossem enviados alguns euros para o seu sustento, mas cairam na macabra engrenagem da política sem um pingo de ética. Explorar a pobreza para fins eleitorais, acenando-lhes com uma bifana e um copo de tinto alentejano, isto não lembra ao diabo, só dá para ficar horrorizado com estes gaijos em que já ninguém acredita.Ainda hoje um socialista de grande estirpe cívica, um Covense que ao longo dos anos muito valorizou a sua terra,quer no associativismo e na política,respondia a um apelo de um seu camarada.
Por aqui ninguém acredita nos políticos, por isso é muito complicado arranjar-lhe umas tantas pessoas para o comício que pretende.
A política precisa destas pessoas, de gente séria e que originam á sua volta, o justorespeito da sua cidadania, como é caso deste Covense, que entendeu aquela cena dos imigrantes, completamente distorcida de valores





domingo, 22 de maio de 2011

Ó Gentes Da Minha Terra ,Agora É Que Eu Percebi.

O Concurso do Fado Amador, realizado na Carapinheira, constituíu um espectáculo
de intenso sabor popular, e que deitou por terra alguns preconceitos acerca do fado amador.
Numa sala apropriada e devidamente preparada para o efeito, no Complexo Desportivo do Carapinheirense, o público vibrou ás centenas, quando era caso disso, ora silencioso e nostálgico com a dolência e a melancolia dos 14 concorrentes, em que Micael Salgado, profissionalizado fadista , foi o convidado de honra.
Venceu Inêz Margarida,,16 anos ,expressiva e cantando lindamente a poesia , Ó Gentes Da Minha Terra.Do Júri faziam parte , Américo Ribeirinho,fadista e vencedor do certame do ano passado,realizado no Moinho da Mata, o Dr.Maló, também fadista e homem de cultura popular, e um tal Olimpio, que não sendo fadista apreciou o convite. Deu para perceber que a jovem Margarida será no futuro um enorme talento artístico,tendo o júri atribuído com justiça o máximo permitido na votação, um 10 porque não existia um 20.
Mas a bonita noite de fados teve outros valores e sentimentos profundos na alma destes artistas amadores e que levam a sua arte aos palcos por terras de Montemor.
Resta mencionar Carlos Aveiro, o segundo do Concurso, cantando Eterna Amizade, e Marta Falcão, terceiro lugar,cantou Chuva.
O apresentador foi José Travassos com muitos outros elementos de apoio a uma festa que vai repetir-se para o ano, mas será a vencedora a dizer qual a freguesia de Montemor-o-Velho onde o certame terá lugar.

Carapinheira recebeu Noite do Fado


sábado, 21 de maio de 2011

Almoço com gentes do mar

Almoços há muitos, de gravata e laços ao pescoço, tudo direitinho e olhando para o lado, com receio de falhar a etiqueta. Agora almoços com gentes do mar é outra loiça,expontâneo e sem porras na amarra, num espaço pequeno, mas onde a vida tem outro sabor. Outras gentes bem dispostas ,tisnadas por temperaturas ora quentes ora frias,por mares navegados no sonho e na aventura, são gentes do mar,as quais me faltava os seus ensinamentos de coragem, mar dentro e distante da terra.
O fotografo fui eu de serviço no almoço, mas ninguém ficou preso pelo estômago, com diria Napoleão, pois o econtro foi de pessoas que se estimam e se a matéria já se foi, não vai decerto desaparecer o alvoroço das emoções.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Será que este defeito é só meu?

Aceito as críticas dos que me rodeiam ,mas vou sempre ao meu baú das dúvidas para verificar se tenho razão ou deixo de a ter, alterando a partir daí a ordem e as convicções por mim desenvolvidas.
O outro pode estar tranquilo, dou-lhe sempre o que lhe pertence, pois a sua opinião que é tanto quanto a minha, sobrevive na aventura do pensar, sentir e agir porque é para isso que existimos no limite da liberdade de cada um.
Vivo uma época e uma idade, em que anseio desesperadamente por alguém que me salve deste cepticismo que me atormenta e que me transmita uma boa razão para acreditar nestes" heróis" que nos entram todos os dias em casa em debates de ideias que já as escuto há muitos anos, olhando-as tristemente desconfiado e logo procurando outro canal e outro conforto de alma!
É verdade que são a fina flor do conhecimento e da retórica, mas que porra de vida é a minha, será que o defeito é meu?
Será que bati no fundo, ou pelo contrário estou á espera de um milagre e de um salvador da Pátria que me anime e que faça propostas só para meu contentamento, claro que não. O que desejo é outra gente e novos discursos que façam a via para uma rigorosa proteção social, se quiserem de porta em porta, porque é aí que vive a nossa preocupação e a deles, os tais da fina flor do conhecimento e da retórica, e quem sabe se não vou encontrar razões para compreender que o defeito não é de todo meu, pois é de portas para dentro que muitas famílias vivem limitadas nos seus recursos de sobrevivencia.
E se o fado, futebol e fátima, numa triste simbologia é que "índuca" o povo,então pode ser que este fim de semana na Carapnheira, ainda por cima jurado com o meu caro amigo Dr.Maló, pois levanta a moral contactar doutores, eu viva com entusiasmo a poesia e a sua musicalidade,em vozes e arte que me vão ajudar a ter o ressurgimento da esperança e alegria, pois eu não quero,juro, que o defeito deste mau feitio, seja só meu. .

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aí estão os autocarros contratados!

Com esta festa da democracia,existem propostas que a negam completamente, ou seja as propostas de boleias aos eleitores que de comício em comício, beneficiam da esperteza dos que têm inconfessáveis interesses na carreira política, pagando os autocarros do seu bolso, enquanto não vem o retorno.
Mudam-se os tempos, mas há hábitos que não se alteram nos sabichões da retóricae o povinho que adora um copo e uma perna de frango, aí vai ele cantando e rindo para mais tarde contar e ser tramado.
Na década de 60 trabalhava na rua do Capilo, em Lisboa, mas já como cabeleireiro de Senhoras.O ex barbeiro Olimpio lutava e a pulso para melhorar os seus proventos, pois nessa altura a profissão de cabeleireiro de homens não estava valorizada com hoje está, mas a história é outra.
O regime dessa época, convocou o país para se manifestar na Praça do Comércio,a favor da guerra do Ultramar.Vejam bem a desgraça que deu a cegueira daquela gente do regime.Claro que não fui á manifestação, pois o que eu gostava era do 1º de Maio, nos Restauradores e no Rossio, com tiraços e cavalos a galope e a malta a refugiar-se como podia em portas que estivessem abertas.
Vieram autocarros de todo o lado e de Montemor, um ou dois, o que deu para matar saudades de alguns conterrâneos, entre eles o Emidio dos Santos, ainda a viver muito doente em Montemor-o-Velho.
Estavamos na pastelaria Suiça, e o rodopio de gentes e automóveis, levou o Emidio a perguntar-nos para onde ia aquela gente com tanta pressa
O irmão António, já sepultado em Montemor, e que foi também Cabeleireiro em Lisboa,portanto meu colega nessa época, respondeu-lhe:- Ó pá tu pensas que estás na pasmaceira em Montemor, tu estás na capital do teu dono, pois foi ele que vos pagou a viagem nos autocarros para virem cá.
Moral da história se é que tem alguma. Mudaram-se os tempos mas os autocarros contratados aí estão de novo. Só que hoje o povo, o que está ás sopas das Misericórdias,ainda não percebeu que com papas e bolos se enganam os tolos, mas ainda vai a tempo de aprender,decerto até morrer!
O Sr.Jordão,apesar dos seus 5o anos,aprecia um corte que o liberte e sinta a sua levesa..Cabelos com uma textura muito forte em que a tesoura dentada ou jacaré,o desfia gradualmente e com uma ligeira franja masculina..

terça-feira, 17 de maio de 2011

Cortes de verão tempo de praia.

Fábio Monteiro, 23 anos, Figueira da Foz, pretendia um corte de cabelo, em que ao sair da água do mar,ficasse com o cabelo moldado e com aspecto penteado.
A minha proposta foi lavar o cabelo ligeiramente, depois dividi-lo em partes para melhor controlar o corte á navalha.
Finalizei este trabalho com a tesoura para lhe dar uma estrutura com mais volume.
De novo lavado e finalizado com produtos indicados da L.R.Aloé Vera.
O Sr. Chuva na Cova -Gala, homem que já não sabe a idade pois obriga-me a contar as semanas e os meses da sua existência, tem um elevado sentido de humor e jeito para a conversa. Entre um café ou corte de cabelo, é gostoso conversar com ele,seja em que matéria.O Sr. Chuva tem uma memória privilegiada deixando-me arrazado e a escutar as suas recordações na Cova -Gala e na Figueira da Foz.
Um dia destes, homem de Cristo e de missas de vez em quando, dizia-me que a Igreja é dos poderosos e não dos humildes,que estes são esmagados pela traficância dos interesses e da sua manutenção. A coisa interessou-me e vai de lhe falar das minhas dúvidas sobre a verdadeira solidariedade de alguns cristãos que falam de Cristo e que não o conhecem, porque na resolução dos problemas sociais e religiosos esquecem os ensinamentos da mensagem cristã.Vejam bem o que eu fui dizer ao Sr.Chuva! Diz-me ele:
 Já leu o livro de José da Silva, Subversão ou Evangelho?
 Não, não li...respondi-lhe.
Pouco depois já o tinha em meu poder e foi excelente companhia neste Domingo. Relata a perseguição ao Padre Mário, Macieira da Lixa, preso em 28 de Julho de 1970, acusado de graves actividades contra a segurança do Estado, tendo-se iniciado o julgamento a 17 de Dezembro 1970 e concluído em Fevereiro de 1971 com a leitura da setença e absolvido pelo tribunal do Porto.
Para já estou numa fase de leitura em que a P.I.D.E. é um instrumento macabro na perseguição ao padre Mário, em cada esquina e em cada missa, um P.I.D.E. elaborava matéria para depois escrever autos sobre autos e de uma mesquinhice tenebrosa, abaixo a liberdade de pensamento de qualquer mortal,tanto mais que falava a verdade do Evangelho, o que realmente ainda hoje incomoda os pantomineiros da religião.
"Serei companheiro particularmente dos pobres e dos oprimidos e dos que são vítimas da sociedade capitalista, porque o povo evangelizado é conduzido pelo espírito Santo",- dizia o Padre Mário nas homilias e aos seus paroquianos.E isto era um atentado ao regime Salazarista .
Entretanto estou já na leitura em que D.António Ferreira Gomes, o célebre Bispo do Porto, expulso do país, entre 1959 e 1969, é testemunha de defesa do padre Mário de Oliveira,ressaltando a sua coragem e inteligência em presença de verdadeiros criminosos, sobretudo quando o evangelho é tão claro na sua mensagem. A Igreja de Salazar e Cerejeira é que deviam sentar o cu no banco dos réus, porque se serviam de uma polícia política, que fica na história de todos os fascismos que negam a existência do homem e de Deus, perseguindo-os e matando-os pela calada da noite, como fizeram a muitos comunistas.
São temas de hoje e de sempre. E sempre que estiver a dignidade da pessoa em causa temos o dever de a proteger dos algozes de ontem e de hoje. O crime que o Padre Mário afinal cometeu foi na essência praticar a verdade do Evangelho.

domingo, 15 de maio de 2011

Gentes do Mar da Cova Gala,Figueira da Foz.

A exposição fotográfica inaugurada hoje no CAE, de Pedro Cruz, confirma de novo o gosto e a arte do Jovem Covagalense, sonhador e pertinente na área escolhida em que fotografar é mostrar pedaços de vida com alegria e outras vezes a realidade meditativa do trabalho e do sofrimento. Gentes dos campos do Mondego, às quais estou para sempre atento e que me sensibilizam, porque estão aí as minhas raízes sociais, depois outras gentes que encontrei por motivos profissionais, gentes do mar com as suas histórias de sacrifício e honra no trabalho, sendo estas o objecto da câmera fotográfica do Pedro. As histórias dos que vivem do mar e que por ele navegam no imprevisto e também outras histórias, mais familiares, da avó Dora   M arçal com 82 anos, adorada por todos, num belo quadro de serenidade e amor. A partir do hoje, sábado, e até ao dia 12 de Junho, pode ser visitada no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, na sala de Afonso Cruz, esta exposição de fotografias.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Victor Davim,73 anos,foi sepultado na Figueira da Foz

i.

Os anos já se contam por muitos, 58, quando conheci o Victor em Montemor-o-Velho.Eu tinha 12 anos e já frequentava a barbearia do meu padrinho Júlio Medina, quando da Figueira chegou também para fazer aprendizagem, instalando-se na Pensão Levi, em regime de cama e mesa e roupa lavada. O pai Albano Davim, possuia uma barbearia na rua da República, frente ao café Nau, mas o filho ao estagiar em Montemor, teve mais facilidade em trabalhar .Naquele tempo não existiam escolas de formação e Montemor com as 5 barbearias,lançou pelo país muitos trabalhadores do ramo. Mais tarde regressámos à Figueira,o Victor para trabalhar com o pai Albano e eu por aqui trabalhei, até deixar a Figueira.
Hoje fui despedir-me da sua amizade, de uma franquesa absoluta, às vezes impetuosa, mas garantidamente genuina no seu carácter, pois 58 anos depois eu sabia que não foi um amigo de retóricas e manipulador das palavras. Sem conversa fiada que é o sustento dos que nada sentem, o Victor partilhava a solidariedade. O Victor, como dizia o Licinio, foi pão pão queijo queijo, quando falava com as pessoas por quem sentia amizade, notava-se imenso respeito pelas palavras que dizia. Ultimamente o meu amigo Victor,vivia em Gondomar, mas tinha na Figueira da Foz uma fiel clientela e deslocava-se todos os meses a sua casa, onde atendia os seus clientes, coisa rara de fidelidade a um barbeiro ou cabeleireiro.
A sua esposa e ao Pedro,uma família unida e muito bonita,deixamos o nosso abraço de sempre, com estima, eu, o Licínio,outro velho companheiro de Montemor,que foi também barbeiro e a Dília Fernandes

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vamos votar nos pasteis de Tentúgal.

Recordando o popular Paulino, que fazia do improviso a graça para todos os que o conheciam, dizendo "Ó Meu Deus Ó Meu Deus" numa cidadania simples e respeitada, e sempre bem disposto,pela ruas da Figueira da Foz, também eu que não tenho nenhuma graça, vou recorrer a uma das suas frases.
Os pastéis de Tentúgal precisam do meu e do teu voto pelo facto de teram conquistado lugar no final do concurso das "7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa."Por isso a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, vai fazer a sua campanha de promoção ao pastel eafamado doce de Tentúgal, que comido e acompanhado com um copito branco,mas do bom, é de facto um manjar de comer e chorar por mais.
Nas medidas agora aprovadas no Município em Montemor,está implícito o apoio á feira da Doçaria Conventual de Tentúgal a realizar nos dias 21 e 22 de Maio 2011, naquela freguesia de Montemor-o-Velho. Já agora vai e leva a família e não esqueças os seus monumentos em Tentúgal, pois como dizia o outro, nem só de pão vive o homem.Ó Meu Deus Ó Meu Deus, em tempo de eleições até em pastéis se vota!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Zeca Afonso no Castelo de Montemor-o-Velho

Depois do grande êxito em Quinhendros, numa noite inesquecível com as mensagens do eterno Zeca, vamos de novo no próximo dia 18 de Junho 2011,a partir das 21h, assistir a outro espectáculo, agora num ambiente que envolve a história montemorense, ou não fosse o seu Castelo, o sítio certo certo para escutar
Zeca Afonso e o empolgamento da sua poesia, tão próxima do homem comum. Se o Castelo é património nacional, que dizer do cantor e patriota que fez das suas cantigas o hino de todas as liberdades,rejeitando grupos e partidos, porque ele foi e será sempre o abraço fraterno da solidariedade em todos e para todos os homens de boa vontade.
Esta tarde o presidente do Atlético Montemorense,Fernando Pardal, quis dizer-me do evento a realizar no Castelo de Montemor, na data já citada, sendo certo que a organização pertence ao nosso clube, tal como tinha acontecido em Quinhendros.





Matá-los na Praça da República.

A minha mulher Dília Fernandes, já me contou várias vezes e com verdade como se vivia há muitos anos em Montemor-o-Velho, por volta das décadas 50/60, quando o sustento das famílias provinha principalmente do labor nas terras,excepção para o latoeiro, alfaiate, carpinteiros e pedreiros que além da sua profissão pouco rentável,também amanhavam as suas leiras de terra. A Câmara e Finanças tinham o pessoal inerente,pouco,só homens.
Conheci essas gentes nesse tempo e viriam a marcar-me para sempre.
As crises e a pobreza,tal como hoje, nunca são para todos e naquele tempo os poderosos sentiam-se num pedestal e os humildes trabalhavam e não tinham voz,existia o medo de perder o ganha pão (o trabalho), imperava a força das circunstâncias sociais,inclusivé a Igreja com o padre a mostrar-se superior, recordo também o poder do chefe da G.N.R.,distante e autoritário para com o povo. A minha pobre Mãe, temente a Deus e ao poder da G.N.R.,um dia avisou o meu pai. - Olha Daniel, toma cuidado com o cabo da guarda, olha que ele é muito mau e prende as pessoas. Ainda jovem deixei Montemor,mas a Dília ficou por lá mais tempo,e conhecia todos os habitantes da Vila. Tinha amigas e entre elas,uma familia muito respeitada,que como muitas outras viviam do seu honrado trabalho em casas de melhores recursos,e por vezes no arroz e nas colheitas.Era a familia Marques,e a filha mais nova a Ludovina gostava imenso de ler. Havia sempre alguém que emprestava, pois comprar livros,quem podia? Assim ela aprendeu muito.Isto foi a Dília que me contou,pois nesta altura eu andava longe.Eram intimas, e num dia em que a Loduvina desabafava revoltada com a injustiça de não sentir o seu mérito reconhecido,a Dília disse;- ai Ludovina os pobres trabalhadores nunca haviam de vir ao mundo... e ela retorquiu com firmeza;sabe menina Dília como havia de ser? Mortos! Os pobres trabalhadores deviam reunir em linha na Praça da Républica,e uns atiradores com metralhadora a dispararem certeiros, terre!!! terre!!! E eu ser a primeira a cair! E pronto, acabaram-se os pobres! Agora os ricos que trabalhem,talvez finalmente nos deem valor!
Foi um momento de revolta. Mas depois da noite nasce sempre o dia! Anos depois, chamada pelo Irmão, a Ludovina foi para S.Paulo,no Brasil,onde viveu como merecia.

domingo, 8 de maio de 2011

Vem dai conquistar a paz.O poema do Santiago Pinto, logo que possa publicar.

Julgo que tenho razão quando penso e digo que a paz se conquista mormente entre o nosso espaço de convivência, partilhando as palavras e os sentimentos com aqueles que nos rodeiam no dia a dia das nossas vidas.
A base essencial é o gosto de nos sentirmos bem com a franqueza e a interpretação dos outros, sentindo-os como pessoas e se forem amigos,essa responsabilidade justifica-se nas atitudes e no compromisso de não fingirmos sentimentos de solidariedade que não temos.
Um dia destes revolvi parte do espólio que me deixou a Maria José, a senhora que acompanhou o Santiago Pinto, até ao fim da sua vida. A Zé sabia da nossa amizade e conviveu em Valado e na Figueira, sabia do percurso da nossa solidariedade entre risos e brincadeiras, já que o Santiago, possuia o dom humoristíco das palavras.
Veio de Valado de Frades com estas relíquias escritas pelo Santiago, sobre Montemor-o-Velho, o qual foi intensamente vivido por nós, quer nos jornais e também na Rádio Maiorca e Beira Litoral.
O Santiago possuia um feitio especial, agravando-se no final da sua vida e doença, partindo zangado comigo o que me deu sempre imensa vontade de rir, pois jamais eu pretendia fugir com a Zé para o Brasil e interná-lo no lar em Montemor, tudo isto se disse à mesa do restaurante e em grupo para ter mais graça. Brincadeira que o Santiago levou a peito e cortou as relações e os contactos, porque o Santiago foi assim impetuoso e desconfiado.Nunca deixei de lhe escrever e um dia visitei-o no hospital em Alcobaça,mas já não me deixaram entrar e ele partiu amuado, mas sei que está bem comigo e um dia o encontrarei para voltarmos a uma amizade tão próxima de irmãos.
Fui despidir-me do Santiago, a Vila Nova da Barca, onde está sepultado e nestes dias senti o tempo de amizade e paz entre nós e durante muitos anos por Montemor e a Figueira da Foz.
Nestes dias senti uma alegria interiorizada quando voltei a ler o que escreveu sobre Montemor, sobretudo senti uma paz que me tranquilizou. Sei que o Santiago Pinto, está feliz por o ter recordado neste blogue com os seus poemas sobre Montemor e sei também que a paz se conquista agora, amanhã e sempre que a quisermos manifestar, dentro para fora, aos outros, mesmo que não a compreendam, não sendo o caso do saudoso companheiro Santiago Pinto

sábado, 7 de maio de 2011

Passos, Sócrates, Cavaco,ás 6 horas da manhã.

Já não tinha sono. Esperava o dia para mais um dia de trabalho, gratificante é certo, mas cansativo para quam como eu que se iniciou nos cortes de cabelos e barbas, logo aos 12 anos, em Montemor-o-Velho, e depois o mundo apaixonante de lidar com mulheres.
Em principio não é nada disso, ou talvez seja, a longa vida e luta constante, mas ainda e sempre a fazer a ponte do passado e do presente, quando agora escuto estes gajos ao amanheçer, ao sintonizar a antena-um. Os 3 da vida airada e com razões para isso, porque a crise que está aí nas famílias,muitas famílias, não os vai afectar em nada nas suas vidas.
Naquele noticiário que me deixou a pensar o que eles não querem pensar, ou seja, os elevados interesses nacionais, o sr. Passos Coelho atacava o Sr.Sócrates e o Sr. Sócrates atacava o seu adversário político, de tal modo partidário que tudo isto já me mete desespero!
Depois veio também o Sr. Cavaco, como que um padre de freguesia, retórica quanto baste. As famílias devem gastar menos e trabalhar mais,dizia o Sr. Presidente, porra para isto,já não posso mais! Todos juntos o que fizeram, para virem agora com lições da treta que os devia envergonhar e se fosse noutro país havia por aí meninos a ver o sol aos quadradinhos.
Razão tem a minha mulher e outras donas de casa deste Portugal atraiçoado no limite, quando me diz que nunca precisou do F.M.I.pois sempre viveu paredes meias com a sua disciplnia e rigor nas despesas do agregado famíliar.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Votar no actual sistema político é trair Abril.

Depois de ter falhado o socialismo democrático do Sr. Mário Soares e ter assistido
a este assalto à democracia, um verdadeiro covil de gente gananciosa, que mandou às malvas o que de mais belo teve a revolução, o respeito pelas classes populares, recordo-me agora que se o Salazarismo foi péssimo, pois protegeu uma classe dominadora e arrogante, aí temos hoje outra classe deste tempo, esmagando outra vez e sempre o povinho que vive do seu trabalho e de euros contados a todo o momento.
Vamos votar sim, mas julgando os maus exemplos de 37 anos de democracia, feita de retalhos e oportunismo de alguns que não merecem a ousadia dos capitães, que ofereceram de bandeja a liberdade.
Não vou na história invejosa que os ricos devem pagar a crise .São necessários para os investimentos e desenvolvimento de vária ordem, mas orientados num quadro legeslativo de partilha e equilibrada justiça .Infelizmente não foi o que aconteceu e cavou-se o pior que pode existir numa sociadade , ou seja, as desigualdades que deviam envergonhar os que as provocaram,agora a contas com guerrilhas e quem sabe se no futuro os levantamentos populares sempre perigosos
e quantas vezes trágicos,não virão por aí.

Recordando o poeta e companheiro Santiago Pinto.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Esperar sentado?

O curto comentário sobre o apelo a favor do Carlos Paiva, não me anima. Com 70 anos feitos já não vivo de ingenuidades,o Pai Natal  não desce pela chaminé. O que está em causa na minha razão de existir e sentir os casos da vida, é o ar que respiro com a minha naturalidade, não vou queixar-me e esperar sentado pelo seu desprezo a uma causa que devia ser também sua. O amigo anónimo deve fazer parte dos que se enganam e o pior para si, é julgar que engana os outros, mas não! Não vou sair humilhado com esta iniciativa, antes pelo contrario, mesmo que nada resulte, sei muito bem o meu caminho e as minhas certezas que não são pensadas na hipocrisia das palavras mas nos actos que me fazem acreditar que merece a pena viver assim igual no dizer e sentir os problemas dos amigos, porque amizade, a verdadeira é responsabilidade cívica e moral. Nunca seria capaz num caso destes manifestar-me anonimamente, mas eu dou o que tenho e o amigo fez a mesma coisa. Ou seja, não tem nada para dar.
Vou contar-lhe um caso que aconteceu verdadeiramente, não a mim, mas ao Carlos Paiva. Um dia em sua casa encontrei um vizinho do Carlos. O homem também esteve no funeral da mãe do Carlos Paiva. Mostrou-se enganadoramente solidário com a fatalidade do que dizia ser o seu amigo e vizinho há muitos anos.Entretanto nunca mais notei a presença do"bom vizinho" em qualquer tipo de movimentação para apoiar "o amigo".Um dia destes levei o Carlos Paiva a um café, onde diz que tem necessidade de escutar o barulho, para fugir ao silêncio em casa.Porque tenho horários a cumprir e nem sempre estou dísponível, pedi ao tal vizinho uma ajuda: Olhe daqui a duas horas, faça favor de levar o Carlos a casa. Ao meu pedido respondeu-me que podia esquecer-se e que não tinha a certeza se podia. Apertei-lhe a mão com firmeza e disse-lhe que o SENHOR gosta mais de obras do que espectáculo pois reparei que na sua sua carrinha tem um autocolante a incitar à oração. Por aqui me fico, caro anónimo, pois cada um dá o que tem e a mais não é obrigado. Precisamos é de actos, palavras há muitas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Os cuidados com o sol são sempre poucos.

Se pudesse vivia no Verão todo o ano. O frio não só me faz passar mal fisicamente como me entristece. Nada como ter a luz e o calor do Sol por companhia. Apesar de há muitos anos o Algarve preencher os meus gostos pela amena temperatura descobri na Cova Gala o prazer de uma bela praia apesar da água,ás vezes ,demasiado fria. Não sendo novidade, este ano existem razões acrescidas para tomar precauções maiores com a exposição solar. A concentração de ozono na estratosfera atingiu os valores mais baixos de sempre e países do Sul da Europa ( Portugal, Espanha, Itália e Grécia) poderão vir a estar mais expostos aos raios ultra-violetas.Os culpados são os suspeitos do costume, os químicos que causam danos à camada de ozono, existem quase uma centena deles, entre os quais os clorofluorcarbonetos. Mas também as temperaturas baixas verificadas na estratosfera que conduzem à destruição do ozono e isso pode bem ser provocado pelo aquecimento global: à superfície a temperatura sobe, nas camadas altas diminui e o frio favorece a destruição do ozono.O excesso de raios ultravioleta-B( RUV-B) causa cancro de pele, cataratas, enfraquece o sistema imunitário e danifica os ecossistemas dos oceanos.Infelizmente para quem adora o Verão,como é o meu caso, é nos dias de muito Sol, céus limpos e temperaturas elevadas que a sua influência nociva se faz mais sentir: esperem-se irritações no sistema respiratório, tosse e diminuição da capacidade respiratória.

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Vamos ajudar o Carlos Paiva? Sim ou não?

Já todos os que frequentam este blogue sabem que tenho tentado dar uma mão, e não fui o único, ao Carlos Paiva, conhecido jornalista da nossa cidade, agora invisual e atravessando um período difícil. É um homem de decisões tomadas e recusa-se a abandonar a sua casa. Um grupo tentou sem êxito que fosse para uma instituição, mas é na sua casa que ele quer estar e nisso deve ser respeitado. Todavia o Carlos precisa de algum apoio para melhorar a sua qualidade de vida. Daí a ideia que aqui trago e que peço que divulguem pelos blogues. Numa época em que tanto se fala de voluntariado, penso que este caso é um dos que podia ser abordado nessa perspectiva. O Carlos precisa de duas coisas essenciais:

- boleias para que não fique dias seguidos fechado em casa
- uma pessoa que possa fazer limpeza da casa/roupa duas vezes por semana

As refeições estão asseguradas por uma instituição com excepção do Domingo. O Carlos trata de si e adaptou-se à condição de invisual e seguiu com a sua vida. Mas qualquer um de nós reconhece que não pode ser autónomo e que precisa de uma mão. Talvez o ingresso numa instituição seja neste momento uma medida excessiva. Mas até ao momento em que ele decida que essa é a solução que precisa e quer, o Carlos tem de ser auxiliado.

Neste sentido, apelo a que se forme um grupo de amigos do Carlos. Um grupo de voluntários. Procuram-se pessoas prestáveis, não é preciso serem AMIGOS do Carlos. Quantas mais pessoas se juntarem melhor.O peso das tarefas repartido por todos torna-se insignificante. A ideia agradou ao Carlos, com quem falei antes de a lançar aqui.

Num primeiro momento solicito pessoas que possam dar boleia ao Carlos no fim do almoço e a meio ou final da tarde para regressar a casa. Ele costuma ir até ao café, se o forem buscar. Por regra é para lá que o levo.Faremos uma escala e depois, à hora marcada, é só tocar a buzina,apanhá-lo e fazer o transporte. Isto será fácil de operacionalizar durante a semana, se as pessoas trabalham e fazem um horário regular casa-trabalho-casa.

Assim, quem tiver disponibilidade indique a hora e o dia que mais lhe convém em mensagem neste post. E deixe um email para contacto. Por exemplo:

Manuel António: segunda-feira, 14.00 horas - 17.00 horas
email: manuel@gmail.com

Vejam este exemplo:

Com um grupo de 10 pessoas - cada pessoa dá boleia ao Carlos 2 vezes por mês.
Com um grupo de 22 pessoas - cada pessoa daria boleia ao Carlos 1 vez por mês.

Aos fins de semana será complicado pois as pessoas têm a família e direito ao descanso. Por isso vamos fazer isto de semana, que já será uma boa ajuda para o Carlos. O Carlos vive em frente ao E.LECLERC.

Se funcionar, depois vemos como poderá ser ajudado quanto à segunda questão.
Agora façam de conta que não sabem de nada.

A vida do Papa João Paulo II

A Igreja tem os seus pecados, pois tem,e devia pregar a verdade do Evangelho,em toda a sua dimensão histórica. Sendo a origem do bem comum nem sempre foi assumido com vigor e actuação na sua mensagem por alguns chefes que renegaram por completo os ensinamentos da fraternidade e do Evangelho.

Quando a minha mulher Dília Fernades me disse que devia ler a vida do Papa João Paulo II, fiquei a pensar que a devia ter lido há mais tempo o seu testemunho de fé e humanidade, que criticava o comunismo e o capitalismo selvagem, percorrendo o mundo e levando com ele a sua singularidade de um homem cheio de convicções de paz e liberdade, mesmo para os que não estão de acordo com os seus ideais nos quatro cantos da terra.

Um homem assim não provoca confrontos entre os povos,originou apenas simpatias. Se dizia não tenhais medo de Jesus Cristo, o bondoso João Paulo sabia do que sentia e falava porque o interpretou na terra como poucos o souberam fazer. Grande parte da Igreja, e não desejava ser maldizente numa hora em que me sinto feliz com o exemplo de João Paulo, não merece um homem desta enorme capacidade de amar o seu próximo, porque viver de palavras sem obras, sobretudo no seio da Igreja, é uma ofensa á memória do homem que despertou a fé em muitos corações levando-os ao mistério de Deus.

Estou muito longe de pertencer aos ratos das sacristias e do falço cristianismo, pois o que me apaixona é a intrinseca verdade das palavras e o que daí decorre na proximidade do meu semelhante.A minha precaridade é tão distante dos exemplos inatingíveis para mim,que só a humildade me situa neste e noutros grandes exemplos que são necessários á humanidade, sempre a ferro e fogo, por pouco mais de nada, deixando para os que sabem os complicados tramites da sua canonização.

João Paulo II é Beato

domingo, 1 de maio de 2011

A humanidade precisa destes homens.

A Igreja tem os seus pecados, pois tem,e devia pregar a verdade do Evangelho,
e da a sua dimensão histórica. Sendo a origem do bem comum nem sempre foi assumido com vigor e actuação na sua mensagem por alguns chefes que renegaram por completo os ensinamentos da fraternidade e do Evangelho.
Quando a minha mulher Dília Fernades me disse que devia ler a vida do Papa João Paulo II, fiquei a pensar que o devia ter lido há mais tempo o seu testemunho de fé e humanidade, que criticava o comunismo e o capitalismo selvagem, percorrendo o mundo e levando com ele a sua singularidade de um homem cheio de convicções de paz e liberdade, mesmo para os que não estão de acordo com os seus ideais nos quatro cantos da terra.
Um homem assim não provoca confrontos entre os povos,originou apenas simpatias. Se dizia não tenhais medo de Jesus Cristo, o bondoso João Paulo sabia do que sentia e falava porque o interpretou na terra como poucos o souberam fazer. Grande parte da Igreja, e não desejava ser maldizente numa hora em que me sinto feliz com o exemplo de João Paulo, não merece um homem desta enorme capacidade de amar o seu próximo, porque viver de palavras sem obras, sobretudo no seio da Igreja, é uma ofensa á memória do homem que despertou a féem muitos corações levando-os ao mistério de Deus.
Estou muito longe de pertencer aos ratos das sacristias e do falço cristianismo, pois o que me apaixona é a intrinseca verdade das palavras e o que daí decorre na proximidade do meu semelhante.A minha precaridade é tão distante dos exemplos inatingíveis para mim,que só a humildade me situa neste e noutros grandes exemplos que são necessários á humanidade, sempre a ferro e fogo, por pouco mais de nada, deixando para os que sabem os complicados tramites da sua canonização.