domingo, 8 de maio de 2011

Vem dai conquistar a paz.O poema do Santiago Pinto, logo que possa publicar.

Julgo que tenho razão quando penso e digo que a paz se conquista mormente entre o nosso espaço de convivência, partilhando as palavras e os sentimentos com aqueles que nos rodeiam no dia a dia das nossas vidas.
A base essencial é o gosto de nos sentirmos bem com a franqueza e a interpretação dos outros, sentindo-os como pessoas e se forem amigos,essa responsabilidade justifica-se nas atitudes e no compromisso de não fingirmos sentimentos de solidariedade que não temos.
Um dia destes revolvi parte do espólio que me deixou a Maria José, a senhora que acompanhou o Santiago Pinto, até ao fim da sua vida. A Zé sabia da nossa amizade e conviveu em Valado e na Figueira, sabia do percurso da nossa solidariedade entre risos e brincadeiras, já que o Santiago, possuia o dom humoristíco das palavras.
Veio de Valado de Frades com estas relíquias escritas pelo Santiago, sobre Montemor-o-Velho, o qual foi intensamente vivido por nós, quer nos jornais e também na Rádio Maiorca e Beira Litoral.
O Santiago possuia um feitio especial, agravando-se no final da sua vida e doença, partindo zangado comigo o que me deu sempre imensa vontade de rir, pois jamais eu pretendia fugir com a Zé para o Brasil e interná-lo no lar em Montemor, tudo isto se disse à mesa do restaurante e em grupo para ter mais graça. Brincadeira que o Santiago levou a peito e cortou as relações e os contactos, porque o Santiago foi assim impetuoso e desconfiado.Nunca deixei de lhe escrever e um dia visitei-o no hospital em Alcobaça,mas já não me deixaram entrar e ele partiu amuado, mas sei que está bem comigo e um dia o encontrarei para voltarmos a uma amizade tão próxima de irmãos.
Fui despidir-me do Santiago, a Vila Nova da Barca, onde está sepultado e nestes dias senti o tempo de amizade e paz entre nós e durante muitos anos por Montemor e a Figueira da Foz.
Nestes dias senti uma alegria interiorizada quando voltei a ler o que escreveu sobre Montemor, sobretudo senti uma paz que me tranquilizou. Sei que o Santiago Pinto, está feliz por o ter recordado neste blogue com os seus poemas sobre Montemor e sei também que a paz se conquista agora, amanhã e sempre que a quisermos manifestar, dentro para fora, aos outros, mesmo que não a compreendam, não sendo o caso do saudoso companheiro Santiago Pinto

Um comentário:

  1. Sim o Santiago era um jornalista com algum geito,tinha sensibilidade,era alegre e até tinha graça. Em convivio proporcionava boa disposição,tinha conhecimentos suficientes para aguentar uma boa conversa sem massar. Mas a par de tudo isto era um grande telhudo,e não raras vezes acabava por melindrar os amigos,que ás tantas se afastavam,e de vez. "Ninguém é perfeito,não é? Mas ele abusava"!
    Está no descanço,nós lá iremos ter também.

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