Foi e é ainda uma escola virtuosa, de gentes voluntárias de uma só atitude, correndo e amando os objectivos das suas colectividades. Direi convictamente que me deram grandes lições de cidadania, e tantos anos foram por terras de Montemor. Por lá surgiram alguns políticos a meter a colherada, como que a espreitar a oportunidade para outras conquistas, mas a pureza do associativismo não tem estas simpáticas criaturas,que são necessárias mas nunca fizeram o meu estilo de cidadania. Mas essas recordações ainda hoje não me animam e só servem para verificar onde está o homem mesquinho que faz tudo por interesse e o outro que serviu e serve até ao esgotamento as grandes causas populares, levando para casa as discussões familiares, por cedo sair de casa e tarde entrar, quantos e quantos só para dormir!
Tudo isto são de facto recordações cintilantes da cultura popular e a sua autenticidade. Venho desse tempo e agradeço sem sofismas as lições e vivências que jamais voltarão para mim porque todos temos um tempo para viver a paixão da família e do bem colectivo das nossas terras, de usos e costumes.Tudo isto vem a propósito do que passou na Carapinheira, com a noite de fados.Uma localidade conhecida pelo bairrismo das suas gentes, onde o associativismo teve e tem uma escola que de gerações em gerações personaliza a identidade dos seus habitantes,na história e na sua perenidade.
Este livro de Victor Travassos, gentilmente oferecido pelo autor, é já hoje e no futuro Exemplosuma inestimável relíquia do povo e para o povo daquela freguesia de Montemor-o-Velho.
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