sábado, 2 de julho de 2011

A falta de sentimentos dos que gerem os dinheiros publicos.

Caridadezinha, o foguetório do chá da canástra, foram em tempos idos, os apoios em dificuldades, minimizando assim o sofrimento da pobreza de muitos portugueses.Recordo que o povo não saiu à rua, mas ficou satisfeito com as reformas domésticas, um projecto de Marcelo Caetano e do seu governo rodeado de ultra Conservadores.
Depois de 37 anos de transformações democráticas, e fazer comparações entre os meios financeiros dessa época e os de hoje é ridículo. Ainda não surgiu por aí um iluminado a propôr na casa da democracia, com dizem os nossos políticos, mais um imposto para se retirar da rua a chocante mendicidade, que não dignifica os que a ela se entregam, quantas vezes ao desprezo dos que passam.
Ora se já temos a imposição dos impostos e do registo dos filhos,se o fisco cobrou mais de dois milhões de euros /dia, nos carros, que diacho de gente é esta que suporta esta chaga social?
Já agora e em poucas palavras, e pegando o problema pelos cornos e sem a hiprocrisia das peninhas de galinha,como é possível a tragédia deste cidadão romeno, que arrastando-se pela Avenida principal de Armação, apoiado em duas muletas, encaixadas nos sovacos, deixava que as pernas e os pés,levassem com eles a dureza do peditório. Vinha de Olhão! Por lá tinha ficado a mulher e os 4 filhos. No dia seguinte regressava a Olhão com o resultado da sua mendicidade, porque a família o esperava para se tranquilizar com a liquidação das contas da água e da luz.O cidadão romeno já se me dirigia para desabafar e eu sentia que devia escutá-lo, e esta disponibildade só me trazia revolta, porque um homem mesmo em férias, não consegue aliar-se deste quadro social que nos inquieta.
nas obras, em Olhão.Um dia caí do andaime e fiquei incapacitado para o trabalho, mas o pior foi que não tinha papéis legais e o patrão tambem não, fugiu e nunca mais o vi!"
No dia seguinte o cidadão romeno,voltou a falar-me, tinha ido a Olhão, levar as esmolas à família, vinha desesperado. "Sabe, cortaram os apoios aos meus filhos na escola e a mim cortaram-me tambem o subsídio da caixa..."
Escutei, escutei e só lhe disse "grandes sacanas, grandes sacanas".

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