O popular Jorge, com o seu êxito nos negócios e como empresário, o estatuto académico com uma formatura em economia, em Kiev, Rússia, nem por isso esta caminhada de sucesso lhe subiu à cabeça e o retirou do convívio de todos em Montemor-o-Velho, e agora tornando-se útil colectivamente com os seus investimentos numa comunidade muito restrita em função dos postos de trabalho.Convém dizer já que não tenho a pretensão de me situar no seu mundo intelectualizado, mas tenho que reconhecer que fui um privilegiado com o seu saber nos meus programas de rádio e no Jornal Terras de Montemor, valorizados por intervenções políticas sobre Montemor e o seu Concelho, esperadas pelos adversários e pelos ouvintes, que interessados nas suas teses e projectos, quando candidato à Câmara pela C.D.U.,o escutavam no seu forte discurso de esquerda política.
E ontem imensas recordações surgiram do passado, porque o Jorge é um marxista assumido, não se esconde nas suas críticas e divagações, vai á luta, dá a cara, e eu com a simplicidade da minha cidadania, com o carácter que baliza as minhas ideias democráticas, levou-nos a um contraditório que fez confusão e que acabou por acentuar que as ideologias, são o que são, mas os homens entre si quando inteligentes e fraterno, sobrevivem nas diferenças ideológicas e no que entendem melhor para si e para o povo, pois esta é a medida mais ou menos coordenada de cada um de nós e nas opções de cada um.
Mas o que está em causa nestes pormenores do contraditório e da nossa "escaramuça" sobre temas tão importantes para as sociedades e a sua ordem social, é que o Jorge, não fez daquela polémica, mata-mata, pois continuou a convidar-me para as inaugurações das suas oportunas obras e projectos , apesar da minha grande duvida em acreditar no seu paraíso marxista e o ter confrontado, discordando das suas teorias e nas quais tanto acredita e me cuido em ter duvidas. O que fica para mim, já não é o contraditório, mas sim a sua elevação no diálogo entre dois tipos diferentes na sua ideologia, mas dois tipos dignos por continuarem a respeitar-se com as memórias do passado e sobretudo sabendo respeitar-se no presente, porque nos conhecemos e não sabemos trair os valores da estima e da solidariedade.
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