domingo, 17 de janeiro de 2010

Cá estou eu de novo...

“É preciso alertar a consciência do Mundo e exigir-lhe ao menos alguma coerência.
Não me parece lógico condenar a esquerda pelos mesmos crimes que toleramos ou mesmo aplaudimos quando cometidos pela direita.Sempre repeli com horror aqueles que sobre o pretexto de nos salvarem a alma querem queimar-nos os corpos”.

(Erico Verissimo).

O Agostinho considerou o meu texto longo e confuso e terá as suas razões,daí ter-me aproveitado da sábia afirmação de Erico Veríssimo,nascido no Brasil em 1905,para vos dizer e em consciência que não sou da direita nem da esquerda,sou de um universo onde gostaria que existissem equilibrios sociais,cuja economia deveria organizar-se na justiça e no bem comum.Porém,eu sei que isto é uma enorme utopia,pois o mercado dos interesses alguns brutais na sua ganância, e não raramente tornam o”homem lobo do outro homem”,e quantas vezes os que estão no poder politico, conduzem os povos a tristes humilhações. A opinião do António Agostinho,actualmente um tanto afastado do habitual convivio-debate da nossas ideias, por motivo da doença da sua Mãe,não me convence de todo, porque os homens devem ser livres e responsáveis,mas tambem não se alhearem completamente dos sistemas de proximidade com os outros, para que prosperidade e saber,possam ser adquiridos, “partilhados seria o ideal”,mas o que se nota é que o capitalismo e o comunismo quando em extremos, parecem casar-se, porque ao longo da sua história formaram núcleos de enorme pobresa e forte desumanidade.

Mas os meus sonhos agora são outros,vadios e intimos,livres da matéria e presentes no esprito... Esta situação deve-se à aproximação dos 70. Não é impunemente que o tempo passa por nós...

Contem sempre comigo e com as minhas limitações.(é que sem elas,não sou eu )

13 comentários:

  1. Tambem eu gostei do que disse,porque tanto o comunismo como o capitalismo tem as mãos sujas das piores traições.Mas de que lado está?

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  2. Estimado Olímpio: Se eu pudesse... oferecia um castelo aos pobres que eu conheço, não o de Montemor-o-Velho porque está em muito mau estado de conservação, e compartilharia a sua beleza e a sua imponência. Se eu pudesse... oferecia-lhes uma montanha, nem que fosse a montanha russa, que pudessem considerar como propriedade deles. Um lugar onde se encontra a calma, um lugar onde se está em paz. Se eu pudesse... ficava com com todos os problemas deles e deitava-os ao mar. Mas tudo isto é impossível para mim: Não posso comprar-lhes um castelo, uma montanha ou ficar com todos os problemas...Deixem-me ser o que posso ser: um amigo, que estará sempre presente quando precisarem...
    Isto sim, é que é uma ideoligia social democrata dos pobres, porque se fossem ricos mesmo democratas que fossem, não tinham esta argumentação.

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  3. Que matérias tão delicadas são estas e que responsabilidades éticas,assumem os que detestam a hiprocrisia das palavras ditas sem as sentir.Sim...Se eu pudesse,é verdade.Mas podemos ser leais com as nossas atitudes,vibrando com a nossa humildade e não parecendo o que não somos,porque podemos não odiar,compreender o que está bem e o que não deveria existir.Podemos não aceitar a brutalidade do capitalismo que esmaga e ofende a dignidade humana ,podemos tambem não aceitar ditaduras de estado e esta democracia que temos recheada de oportunistas ,enfim,afinal podemos ser iguais ao que sentimos e discordando.O castelo de Montemor é uma das estruras históricas melhor cuidadas em Montemor.Foi lá que foi sepultado o meu Pai em 1959,hoje um espaço de espectáculos e se eu pudesse teria feito no chão sagrado,em memória de gerações e gerações ,um museu ou outra ideia que respeitasse a imtenporalidade dos montemorenses,mas ao menos posso discordar,mas seu pudesse ,de facto,muita coisa alterava.A melhor estima.

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  4. Não é estruras,mas sim estruturas,tambem seu,é se eu,Gosto deste silêncio da madrugada,mas é necessáro dormir. As minhas desculpas.

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  5. "Se eu pudesse..."

    Lembra-me aquela quadra;

    Recebi uma carta d'amor
    Poética e apaixonada,
    Respondi ao meu adorador
    Que assim faz quem é educada.

    Li a sua carta meu senhor
    Vou dar-lhe a resposta desejada
    Diz-me com paixão que sou formosa
    Para arredondar a prosa,"mas não diz nada..."

    Diz-me que quisera ter um reino
    Depô-lo a meus pés por sua lei,
    Ter o seu reinado,óh quem me dera
    "Entretanto fico à espera,que seja rei!"

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  6. Não era uma quadra mas sim três quadras.
    "Êste também daría o reino" (se o tivesse...)

    E a propósito (ou sem ele),já contribuiram com algo para ajudar no Haiti?
    Ou contentam-se em conjugar o verbo "se eu pudesse"...

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  7. Até aposto que ainda não deram um tusto aos desgraçados.Ora aí está,HAiti,um país bem mais pobre que Cuba.

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  8. Caro amigo.Cá em casa quem manda no "saco das esmolas"é o ministro das finanças,e apesar de sermos pessoas que vivemos do nosso trabalho e com reformas deste miserável sistema social,a patroa é quem mais ordena,Seria caricáto e para o tranquilizar,dizer-lhe o que se passa nessa sua preocupação.Quanto ao Haiti,já sabia que era mais pobre qo que Cuba,mas como diz o povo uma desgraça nunca vem só.Hoje um cliente já idoso,com muitos anos de América,disse-me...Olhe lá,mas então essa historia dos médicos de Cuba,no seu blogue,tem discussão?Voçê devia ir para a América,aquilo é uma roubo com as seguradoras,mas agora o Obama ,tramou os ricaços lá do setio.Paguei em cinco minutos de caminho para que a ambulãncia me levasse ao hospital,6oo dólares!Tenho que visitar a América para depois com alguma experiência no terreno os desancar,mas já sabia que era assim e que nôs em Portugal,já nos vamos ajeitando,desde que as coisas ñão sejam complicadas.Aquele abraço

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  9. Olá amigos!Vós sois a parte activa nos blogues,é bom saber o que pensam,mesmo até que nos contradigam.Como me elegeram à muito em nossa casa,como ministra das finanças(mas sem pasta)eu decidi prescindir hoje do meu blogue,e escerver neste,apenas para informar o caro anónimo que de facto já fiz seguir algo para cair no monte de euros,que certamente se há-de erguer com destino aquele povo martirisado.Temos por hábito ajudar, mas em silêncio;e com pena nossa confesso,que será pequena a ajuda,mas parto do principio que muitos poucos,fazem muitos...

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  10. Aníbal José de Sousa e Matos21 de janeiro de 2010 às 00:14

    Meu Caro:
    Achei interessante que, tal como eu fiz há dias, fizesse referência a um pensamento de Erico Veríssimo, que extraí do seu livro de memórias, "Solo de Clarineta".
    Continue a lutar com o seu espírito decidido em prol do que ainda pode haver de bom.
    Abraço,
    Aníbal

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  11. Olhai os Lírios dos Campos,é outra obra do autor brasileiro,mas será que tenha que ser politico para assumir o que eu julgo melhor para a minha consciência? Não imagina o respeito que tenho pelo caràcter do Agostinho,excelente cidadania,seriedade,mas eu não tenho a paixão da ideologia,reconhecendo que não votando em nenhum mentiroso politico,não abona nada a meu favor.Vou voltar á carga ,na resposta ao amigo Agostinho,pois as "nossas gritarias"no meu Salão podem escutar-se no largo em frente.Para quando o livro de poesia?Direi que é assim com amizade e respeito mutuo que as pessoas se conhecem

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  12. Meu Caro Olimpio

    Mais um corte de cabelo e uns minutos muito agradáveis de troca de opiniões e sentimentos (agora que estão mais sensiveis com o nascimento da Magarida!). Falamos sempre "mais do mesmo": a injustiça, a riqueza, a pobreza, as ideologias, a religião, o desespero, a esperança, a fé, etc.etc. E não conseguimos chegar a uma conclusão!
    Acabo de ouvir na SIC Noticias o peso do Estado na sociedade. É necessário fazer cortes. Mas onde? Nos salários de 450, 500, 600, 700 euros? Claro que não é aí mas naqueles acima dos 5.000,00, nos acessores, nas viaturas luxuosas do aparelho de estado, nos prémios aos gestores públicos que chegam a atingir valores vergonhosos, nas empresas municipais, etc. etc. Para que servem tantos Governos Civis? E para que servem tantos Ministérios? e porque razão tantos deputados? Directores Gerais? Subdirectores Gerais? É POR AQUI QUE DEVEM FAZER OS MAIORES CORTES. Mas não ouvimos os politicos a falar neste despesismo que está a afundar o nosso País.
    Falamos também da esquerda, da direita, do centro e andamos à volta e mais volta e resignamo-nos "não há volta a dar". Mas atenção porque a crise não toca a todos....Cada ano que passa os valores das reformas vai diminuindo, mas será justo que só alguns tenham que sofrer estas penalidades? E aqueles que com meia duzia de anos de trabalho auferem reformas brutais? São direitos adquiridos não é? Bolas para tudo isto!
    A esperança é a última coisa a morrer, mas para muitos dos portugueses ela está moribunda.
    Bom fim de semana e um abraço deste seu amigo
    TOBY

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  13. Caro Sr,Toby.Que texto estupendo e que linhas orientadoras para se combater a crise .Votava duas vezes neste sistema social e politico,assim é que deveria constituir-se um governo de salvação nacional,pois este método é que deveria impor-se no País.Creia que gostei muito do seu texto,aqui sim Pátria ou morte.A esperança está moribunda,diria de rastos e depois deste texto que é o que eu penso,TOBY ao governo e já. Faça boa viagem para junto da Margarida e restante familia e vou iniciar a escolha dos chocolates para ser o primeiro a oferecer-los a vossa riquesa ,como eu compreendo esses sentimentos Até sempre OLIMPIO.

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Obrigada por comentar as minhas ideias.Volte sempre!