quarta-feira, 10 de março de 2010

Não vou por ai,porque sei para onde quero ir.

Entre a Cia e a KGB,venha o diabo e escolha.

Venho do tempo do” bacalhau barato”e talvez por isso a vida ensinou-me
a povoar nas minhas ideias o respeito pelas manifestações dos outros,aceitando-as como são, seus projectos e opções políticas,embora não me identifique com elas.
É dessa “porca” matéria que vos quero falar sem resvalar para o fanatismo,onde o insulto é corrente nos dias de hoje.Existe um dado que rejeito;por exemplo a mentira e a calunia,o ódio que gera o ódio e que transforma as pessoas,criando-lhe a sua própria inquietação,julgando sempre nos outros “a besta humana”, implacáveis porque a ideologia os aprisiona e endurece,em deterimento do sentir fraterno e solidário.Mas,caros bloguistas permitam-me a pergunta, e se poderem agradeço o esclarecimento - será que os argumentos e a prática dos extremos que levam à destruição do outro,é o caminho certo na valorização social e humana dos povos?- será que o capitalismo e a sua ganância,tambem o comunismo,que já nos déram as piores condenações (para quem as sofreu na carne)são métodos razoáveis? Não,não vou por aí,pois costumo dizer que nada tenho a ver com essas formas de pensar e de agir,e não é para fugir á minha responsabilidade,mas sobretudo porque condeno todo o tipo de violência,aqui ou além onde ele exista,pois o caldeirão do sofrimento não me anima a sustentar argumentações neste quadro de perseguições politicas e sociais. Compreendo necessária a segurança dos Estados,face ao terror de hoje,em que ao virar a esquina há uma bomba pronta a semear a destruição e a morte,daí existirem as estruturas de proteção e as necessárias imformações anti-crime.Porém aquelas organizações como foram a Cia e a KGB,centros de perseguições e assassinatos em nome de causas (desconhecidas) foram afinal uma imensa tragédia.Mas a história da humanidade está repleta de insencíveis e criminosos,os quais devem ser denunciados, não os desejamos para nós nem para o nosso semelhante.Infelismente ainda hoje apesar de se ouvir com frequência falar nos direitos do homem, sabe-se que continuam os ultrages à sua dignidade, talvez em menor escala, mas seguindo o mesmo teor das organizações sinistras nomeadamente a Cia e a KGB, ninho de viboras (gosto deste epíteto) mataram sem dó,mas ainda tem por aí alguns defensores.Esta época negra,todos sabemos que se refere ao tempo da guerra fria entre a América e a Russia.Quem não se
recorda de Stalin,enviando os seus adversários e não só, para os campos de concentração da Sibéria?Quem não se recorda da caça ás bruxas de Mac Cartehy ?
Foram nesse tempo diabólicas estratégias de dominio e maldade do homem sobre o homem, e a história deixou-nos os ensinamentos de que tudo foi errado e destruidor,quer na América como na Russia.
Deste modo eu penso e digo, que entre o fascismo do capital e o comunismo,venha o diabo e escolha... o barbeiro não vai por aí! mesm.o que me julguem ingénuo e ultrapassado, não importa,eu sei para onde quero ir

5 comentários:

  1. Caro Sr. Olímpio,

    Desafiou-me o senhor esta manhã para que eu comentasse o seu post sobre a CIA e o KGB, solicitação esta que me levou a vir aqui ler o dito escrito e a tecer os seguintes comentários.

    Em primeiro lugar, quero confessar-lhe que vou lendo os seus textos e que já por várias vezes me apeteceu dizer-lhe umas coisas, não o tendo feito apenas por respeito à forma teimosa (tantas vezes, "shveikiana") como você insiste em manter-se na escrita!

    De facto, na sua última fase, desde que foi a Cuba, você insiste em misturar experiências e sensações sem as analisar e aprofundar suficientemente, baralhando ideias e afirmações que mais não estão sustentadas do que na sua relação linearmente directa com as coisas, uns escassos interlocutores e o mundo necessariamente apertado que o rodeia. Você resvala frequentemente na necessidade de contentar e castigar tudo e todos, acusa estes e aqueles, os ricos e os pobres, os capitalista e os comunistas, como se calhar faz com o seu cão, dando-lhe um mimo e aplicando-lhe um açoite, ao mesmo tempo, não tomando partido aparentemente, apenas aparentemente, desde a sua famigerada e falhada militância partidária socialista, como aqui já foi por alguém referido!

    Em geral, não estou de acordo consigo! Não só pelas divergências de conteúdo, ou pela forma como escreve, mas por que os seus textos repetem um mesmo recalcamento característico de quem tem barreiras que não é capaz de ultrapassar!

    Naturalmente, a evolução das sociedades faz-se de lutas e contradições, de recuos e avanços, de vitórias e derrotas. Uma pequena invenção pode provocar um salto brusco da humanidade (descoberta do fogo ou da roda, da penicilina ou da pasteurização, da máquina a vapor ou da energia nuclear, ....), assim como um período de bem estar, mesmo que conseguido à custa da desgraça dos outros que o sustentam (a Grécia dos homens livres, a Suiça do dinheiro da droga e dos negócios escuros, a Noruega da abundância do petróleo e do bacalhau,...) pode acomodar a sociedade em torno de ideias inaplicáveis de igualdade teórica de oportunidades que nos fazem adormecer na ideia do fim da história ou do fim da evolução das sociedades, remetendo-nos para teorias absolutamente conservadoras e reaccionárias.

    Ora, as sociedades são mais do que isso! É preciso tomar partido, seja pelos mais ricos ou pelos mais pobres! Eu, como você certamente sabe, não poderia tomar o partido dos primeiros, seria contra as minhas origens e natureza! Por isso, assumo as posições que são por si conhecidas mas não fico com as dores de ninguém! As sociedades são sempre imperfeitas e dão lugar aos maiores oportunismos e desigualdades, sendo essencial denunciar e lutar constantemente contra os corruptos, incompetentes e mentirosos. Mas também é essa luta permanente que as faz avançar e evoluir constantemente!

    Quanto à CIA e ao KGB (agora substituido pelo FSB), Mussad, SIS e tantos outros, não passam de instrumentos dos grupos que em cada momento ocupam a direcção de cada país ao sistema. Não são um fim em si, são apenas um meio entre tantos outros que por aí polulam impunemente!

    Sempre a estimá-lo;
    Jorge Camarneiro

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  2. oh sinhor olimpio o sinhor jorge chegou-lhe bem!... E sempre a estimá-lo; que pose que charme que cultura que elevação... este sinhor jorge é um
    perfeito cavalheiro...
    cumprimentos para si e para o sinhor jorge

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  3. as pessoas podem opiniões divergentes mas serem educadas muito bem

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  4. Ó Sr.Olímpio deixe de ter o coração junto da boca,que o incita a confessar os seus ideais,expondo-se a comentários por parte de quem o não compreende.O Sr. não está a chamar ninguém,o Sr.fála,e deixe que lhe diga que o que escreveu é verdade,aliás verdade que todos sabem,ou melhor todos sabemos!
    Não está a humanidade saturada de carrascos que à frente dos destinos dos respectivos países ou influentes directos,cometeram e cometem crimes de toda a ordem,ficando sempre impunes?...
    Todos sabemos que o ser humano é imperfeito,e não consegue criar a felicidade entre os povos,mas ao menos que evitássem o sofrimento e a morte gerados por conflitos ideológicos a qualquer preço.
    O "seu amigo"... Sr.Dr.Jorge,(que não conheço)é uma pessoa com cultura,pois estudou na então União Soviética,ao tempo em que haviam umas bolsas de estudo,arranjadas no partido cumunista,um tanto em segrêdo... e claro fica-se sempre com a lembrança do que estudámos,e do que nos incutiram,quando eramos jovens.Incutiram,talvez não seja correcto,inocularam!E assim está tudo dito.

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  5. Naturalmente ficou uma experiência que ninguém poderá nunca roubar-me!
    A experiência de presenciar e conviver com o que resultou positivamente e a experiência de perceber o que falhou completamente naquela tentativa de levar a sociedade para rumos mais justos.
    Essa do "inocularam" também serve para os outros países e sociedades, ou apenas para a ex-União Soviética? A ignorância e o anti-comunismo são atrevidíssimos! Sobretudo quando se refugiam no anonimato e na falta de coragem de confrontar ideias e estudar primeiro e falar depois!
    Cumprimentos,
    Jorge Cmarneiro

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