sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sejam Bem Vindos

Viver (para mim) também é partilhar os motivos e as peripécias do quotidiano com expontaneidade,sobretudo quando em férias me liberto das responsabilidades
do dia a dia e esqueço os bocados negativos. Caminhos novos e aventuras que me levaram desta vez com a “patroa Dilia”por Fátima, onde uma missita de vez em quando não faz mal a ninguém,muito menos a mim que sou pecador.Depois foi Tomar cidade antiga e moderna,também Santarém sempre bonita,e por etapa final Almeirim, de vincadas tradições ribatejanas. Foi aí noite dentro, já acompanhado pela saborosa sopa da pedra e do credenciado melão, que dei largas à alegria com o segundo golo do Benfica contra o Hapoel, gesto que tanto tardava para as minhas emoções.Um homem por mais que queira mesmo em férias não consegue despir-se de certos sentimentos que o afligem ou alegram.
Noutra mesa também jantava um jovem um pouco deficiente que insistia com o empregado porque não queria ver aquele jogo,(era Sportinguista) tinha o seu brio clubista... mas o trabalhador em questão,colocou- lhe a mão sobre o ombro e delicadamente afastou-o da sala, (com a intenção de ser amável com os clientes benfiquistas). Apercebi-me,e senti-me talvez encomodado nem sei,só sei que chamei de imediato o empregado e perguntei o porquê da retirada do jovem deficiente da sala do restaurante: o empregado deu uma resposta evasiva desvalorisando a pergunta. Eu porém não desarmei,disse lhe que chamásse o patrão,o que ele fez de imediato.
Entretanto a Dília, a companheira de 44 anos anos, não gostou nada da cena e com a sua habitual sabedoria, sentenciou...Olha lá nem aqui em férias me dás descanso, com essas tuas manias que não levam a nada. O certo é que veio o proprietário até à nossa mesa solícito ao meu chamamento,e eu convencido que possuía toda a razão do mundo contei-lhe que o empregado, blá, blá...
O empresário informou-me sorridente que não me preocupásse,pois o jovem em questão era seu filho: fiquei a saber que a clientela o estima,a familia adora-o,nada portanto a corrigir.
E porque tudo está bem quando acaba bem, entendeu oferecer os digestivos da excelente jantarada

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