segunda-feira, 28 de junho de 2010

Campanha de Solidariedade por Terras de Montemor.

Montemor-o-Velho solidário angariou três toneladas de bens alimentares face a uma
Iniciativa promovida pelo poder local,e que vai ajudar cerca de 15 agregados familiares de Montemor e do seu Concelho.A boa nova foi inserida no ano Europeu contra pobreza,e daí ter-me lembrado dos meus tempos de menino,jovem e adulto quando um pouco por todo o lado grupos de necessitados,percorriam as ruas aos sábados e de porta em porta, esmolavam uns míseros tostões.Os tempos mudaram e as Terras de Montemor,são hoje de modernidade urbanística e com excelentes estradas que fazem rápidamente as ligações entre as 14 freguesias,mas como há 6o anos,também hoje lamentavelmente,a pobreza ainda é uma referência local e concelhia,necessitando destas manifestações da triste caridadezinha,quando na esperança de Abril eu pensava que a justiça social ia ser um facto,e seria o melhor para todos, e não só para alguns espertos (como sabemos) que se aproveitaram de sucessivos goverrnos que muito lhes facilitaram “a vidinha”.
É certo que nestas questões de pobreza,há que distinguir os que não querem trabalhar,vivem mal.Também os gastadores e irresponsáveis,mas tudo isto é pouca sorte,pois não têm cabeça... no entanto quero ter cuidado com este tipo de análise,pois ainda existe um quadro social desprotegido nomeadamente por desemprego,doenças,reformas de baixo valor que são a vergonha,ou deviam ser,dos políticos que nos governam,desde a bonita revolução dos cravos.
A partir daí e acalmada a euforía,muitos portugueses tiveram a sorte de serem filhos e outros enteados,por isso a minha memória não é curta e daí este desabafo,face ás ilusões desfeitas neste mar imenso de injustiças sociais, e é para esse povo pobre que eu conheci em Terras de Montemor,que me curvo em sua memória hoje e sempre

8 comentários:

  1. Tem razão quando desta vez deixa fora do essencial da sua análise as aberrações que sempre existem nas diferentes sociedades: os malandros, que podem trabalhar, mas não querem, os indigentes, cujas incapacidades intelectuais os impedem de se orientar, os vigaristas, para quem qualquer golpe de baú é a única forma de vida que conhecem, e tantos outros, que, embora sendo muitos, não são o essencial da sociedade! Para todos estes devem as instituições tomar as medidas adequadas e tentar corrigir ou reprimir cada caso.
    O problema está, estou de acordo, é naqueles (ainda muitos) que se viram arredados das oportunidades que a sociedade capitalista aparentemente concede, mas não em geral e abstracto!
    Há centenas de milhares de portugueses que continuam sem acesso a uma educação estável, duradoura e de qualidade, que não têm dinheiro para livros nem para actividades complementares extra-curriculares e que por razões conhecidas do passado salazarista também não têm em casa pais ou avós preparados para lhes prestar o apoio que poderia colmatar as insuficiências da sobrelotação das salas de aulas!
    Por outro lado, situações há de pessoas analfabetas, ou quase, que não têm quaisquer condições de se integrar no mercado de trabalho, por menos exigente que este seja! Pura e simplesmente não são necessárias ao processo produtivo e o sistema descarta-as como se de lixo se tratasse!
    Outros casos são os das famílias numerosas que, sem apoios capazes, se vêem reduzidas a sub-gente mais parecida com gado reprodutor!
    Ou seja, nem todos os pobres o são por querer ou por serem malandros, muitos há que são cilindrados pela sociedade, não protegidos pela Justiça e o resultado de séculos de roubalheira dos poderosos, que continuam cada vez mais ricos!
    E é aqui que reside a questão. A riqueza tem destinos que apenas aproveitam a uns tantos, não a todos (mesmo quando falo dos que trabalham e se esforçam!).

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  2. Eu hoje volto aqui para dizer a esse comentador emproado e muito cheio de sabedoría,que a guarde pode fazer-lhe falta.... para ele todos são ignorantes... pudera,pois se ele arrebanhou a instrução toda,não sobrou nenhuma para mais ninguém.Felizardo! Secalhar até andou na Universidade.Mas olhe que eu já vi muitos burros a descerem as escadas das Faculdades...e a tropessar.
    Também me conta no rol dos ignorântes,não faz mal,vá passear enquanto eu descanço.
    Não sou o Cavaco não,não preciso dessas lérias,o Olímpio sabe quem sou e onde moro.
    (Silva,de Santana)

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  3. O que escrevi é a minha resposta ao anónimo das 12.08 do dia 29.(Sou ignorante mas gosto de tudo certinho,nada de misturas)

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  4. Sem duvida que séculos de roubalheira levaram qa muita exclusão social.Entendo a sua análise como base de muitas dificuldades para pessoas,cujo sistema capitalista os leva para imensas dificuldades.Repare que é necessário que o capital exista para a produção da riquesa,mas é aqui que falha a justiça,pois os tais vampiros que o zeca cantou,não querem ter sentimentos de solidariedade para os mais desprotegidos.Repare o que se passa neste pais,tendo em conta os privilegios vergonhosos dos que vivem enrolados no sistema.Sou contra as ditaduras fascistas,mas é tempo de termos no governo,uma esquerda com novos motivos de organização social,porque tantos anos de Abril,estão ai os resultados e os oportunismos da classe reinante.Gostei da sua opinião.

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  5. o olimpio é um grande homem,integro e vertical é preciso conhece-lo para o entender, não é Saramago nem Pessoa mas é um revoltado quanto ás injustiças sociais. Não etendem...não sejam buros

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  6. Saramago ou Pessoa?Como é que se podem fazer estas palavras no anónimato?Venho do tempo que por Terras de Montemor,um tipo que fosse sério e trabalhador,mesmo que fosse pé rapado,tinha uma enorme carga de respeitabilidade.Gentes do campo,com pés enlameados,mas gentes que me marcaram para sempre.Amigos do amigo,sentimentos á flor da pele,foi essa gente que ainda hoje vive comigo,e eu a desapareçer da vida,de facto,tem razão sou um revoltado mas nunca violento.Se fala assim de mim é porque me conhece,mas venham dai tambem os meus defeitos,ou lá lá...

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  7. Cada pessoa é um ser apenas. E por isso ninguém mais será Saramago ou Fernando Pessoa. São valores únicos.
    Mas toda a gente é pessoa,credora de respeito.
    O Olímpio é simples,e os gajos abusam;abusam porque não sabem fazer melhor."tadinhos"...

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  8. POis ,pois toda agente é pessoa,mas é grande e grave problema,a soberba de pessoas que não sentem esse bem de consnciência..Cá em casa já liamos Saramago antes de morrer.A minha mulher está a ler A Viagem do Elefante e diz-me que eu tenho que o ler por ser notável.Quanto á minha simplicidade ,não sei o que dizer-lhe,mas valorizo bastante os valores do humanismo,tambem a verdaeira amizade,enfim,sou de facto uma pessoa igual ás outras e sem nada de especial.Cordialmente

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