sábado, 11 de dezembro de 2010

Bispo de Beja falou sobre o capitalismo selvagem.

Sirvo-me de uma afirmação contundente e apropriada de D. António Vitalino Dantas, Bispo de Beja, que falando a verdade do Evangelho deu um forte abanão no conservadorismo instalado dentro da Igreja em Portugal, muito embora não sejamos mais papistas do que o papa, pois sabemos que muitas organizações trabalham em excelentes causas sociais. Só porque não estou habituado a estas frontalidades de vozes e de chefias espirituais é que fiquei aturdido. Recordo o tempo em que Igreja adulterou com sermões e rezas a bela mensagem do cristianismo, feito todo ele de verdade social e dignificação humana. Recordemos que o antigo regime se casou com a beatice e a hipocrisia dos ratos de sacristia, procriando os filhos da revolta e da contestação. Quem não se lembra do D. António, o célebre bispo do Porto que ao desafiar Salazar com a verdade do envangelho, se expôs em 1958 ao exílio por Espanha e França, sendo por isso mesmo um mal amado do regime dessa época.
Daí que esta frontalidade do Sr. Bispo de Beja , me tenha causado esperança e que no seio da Igreja se desnude o beatismo fedorento, quando afirma que o capital selvagem provoca a ganância e os despedimentos de quem trabalha e vive de salários, empurrando para a valeta os mais desfavorecidos. Benza-o Deus Sr. Bispo, pois um dia destes vou à sua missa, já que a sua fé no bem do cristianismo não vive de aparências mas sim da mensagem evangelizadora do espírito para com os mais fracos da sociedade. Eu compreendo muito bem onde quer chegar com esta sua afirmação de compromisso e consciência militante. Espero que tenha escutado o discurso do Sr. Cavaco Silva sobre a fome de alguns portugueses, quando disse que deviamos ter vergonha por ter portugueses a passar fome. É preciso ter lata e não falar nos mamões que ganham fortunas e políticos iguais a ele que vivem só do blá blá e não sentem o que dizem. Sabe Sr. Bispo de Beja, também por aqui não se pode ser padre nesta freguesia, pois estes discursos cavaquistas e outros que tais são de pôr os cabelos em pé. Eu, que até sou barbeiro, decerto que lhes fazia a barba, com um calhau na boca, como antigamente!

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