sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mário Soares o enganador



Ainda o vejo no regresso a Portugal, depois do 25 de Abril.Começou depois a falar ao coração do Zé Povinho, e a criticar Salazar e eu bati palmas.
Há muitos anos no Teatro Circo, em Braga, repleto de sonhos e fome de justiça social escutei-o de novo a discursar sobre o socialismo democrático e voltei a bater muitas palmas.Volvidos todos estes anos de enganos não dava um passo para o saudar, mesmo que a distância fosse curta no passeio da minha rua.
Mais tarde na T.V.ficou célebre a entrevista com Alvaro Cunhal. “Olhe que não, olhe que não,” disse o marxista convicto, contrariando o tal socialismo do Sr.Soares, hoje anafado e farto de sofrer por causa da pobreza do nosso povo, enquanto o seu camarada Almeida Santos insinua que se o governo faz sacrifícios, o povo deve fazê-los também. Pois nestas coisas é necessário não ter vergonha para verificar as diferenças económicas entre o povo e estes gaijos, que já em África foram reis e senhores.Voltando ao Soarismo, afinal é a vida que nos ensina, e embora eu não concorde com a totalidade das teorias marxistas, não tenho dúvida de que se o Sr. Álvaro Cunhal passasse na minha rua, eu teria muito gosto em convidá-lo a entrar em minha casa e propôr-lhe um copo, fosse do que fossse, porque hoje sei que não me enganou e foi fiel aos seus princípios ideológicos. Acabou por nos deixar um exemplo de como ser e parecer através da luta pelo que acreditava

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