sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Cuidar das raizes!

Cuidar das raizes para que possa saborear os seus frutos, basta que lhes ponha água todos os dias, mas o que me motiva agora, são outras raízes, aquelas outras da infância e da juventude, no Casal Novo do Rio, a Barca de antanho, Não adianta sobrepor-me no presente, se esqueço a minha i ingenuidade desse tempo, trazendo-o do meu lugar e com ele me fiz ao mundo, levando comigo o sonho, uma navalha de barba, um pente e uma tesoura O que sempre me animou, foi regressar ao sitio de onde parti a que não é alheio a muitos outros meus camaradas, o mesmo destino de terem levado nas palmas das mãos a sua sina e a perplexidade do desconhecido. Mas hoje mergulhado em duvidas, estranho medo meu, fui buscando as minhas raízes e sonhos, alguns de morte lenta sobre a praia, estremecendo, ao recordar a minha Mãe, quando me levou á escola do professor Soares, em Montemor, talvez de chinelos ou tamancos? O que ficou para sempre, foi a sua terna doçura, frente ao professor, pedindo-lhe para me ensinar a ler e a escrever. A Mãe, que não sabia uma letra e muito menos assinar o seu nome, guiando-me com a sua bondade infinita, o caminho que devia seguir, aprendendo a ler e a escrever È por aqui que encontro o meu pensar livre e ousado, expondo as minhas razões, ou não, da minha angustia por vezes vencida, se a esperança me tocar no cuidar das minhas raízes familiares

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