sábado, 19 de agosto de 2017

Opinião

A vida sofrida,estranha forma de vida, de Amália Rodrigues, foi representada por excelentes artistas portugueses, no Centro de Artes da Figueira da Foz, em vários espetáculos  e com salas sempre esgotadas,
Seria ridículo propor-vos, o que poderia ser uma critica especializada, sobre o Musical, do não menos artista Filipe de La Féria, mas não é por a minha opinião, cabendo-me apenas o privilegio de pertencer agora, aos milhares de portugueses, que se emocionaram com o intemporal e arrojado trabalho de dezenas  de interpretes da estranha forma de vida da famosa fadista,
A representação e os detalhes da infância e da juventude, os êxitos no país e no mundo, a época violenta marcada pelo Salazarismo, a sua própria vida familiar, os amores violentos, onde raramente encontrou a felicidade, fazem desta produção uma mensagem artística, sem duvida, em que o tempo sobre o tempo,a tornará épica, quer na sua representação, como também o feito de Amália Rodrigues.
De Camões, aos melhores poetas portugueses, o jovem Alan, espancado pela sinistra policia, Salazarista, rigorosamente vestida , de chapéus e gabardines prendem-no e mais tarde expulso do pais, só porque os seus poemas na voz da grande artista, referenciavam o povo que existia nos sentimentos de Amália Rodrigues,
Ao ter conhecimento da prisão do seu amigo Alan, atuava em Israel voa para Paris, depois Lisboa, mas não consegue junto dos seus amigos do Estado Novo, libertar o poeta Alan, das garras do que foi um grupo de criminosos., afirmando que não percebia nada de politica,se o que sentia e gostava era de cantar o seu povo, por exemplo, o belo poema de Pedro Homem de Melo, de extrema valorização social na voz dorida da Amália Rodrigues. Repudiada por algum esquerdismo revolucionário, depois do 25 de Abril, está á muito na nossa  historia artística  enquanto os revolucionários ninguém se lembra da sua estranha forma em manifestar a sua fraternidade.

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