terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Repensar a ideologia e a política

As ideologias são ao gosto do freguês pois existem para todos os indivíduos e tipo de pensamento. É certo que no quadro político,  onde me reconheço alguma ingenuidade, vivo com a certeza de poder pensar por mim e de poder contestar intoleráveis ingratidões tecidas no colectivo das grandes causas, para isso serviu a liberdade.

Os que arruinaram o povo e hipotecaram o futuro de gerações, são hoje os cúmplices de negócios ruinosos no seio do bem público. Deviam ser chamados ao banco dos réus mas passeiam a sua falta de vergonha nos jornais e na televisão. Deviam hoje estar gratos a quem lhes abriu as portas da actual imoralidade, a qual tenho a certeza, Carlos Brito, nunca seria capaz de protagonizar.  Nenhum desses militantes do P.S., P.S.D, .C.D.S, ou do P.C.  sofreu os brutais horrores que Carlos Brito passou às mãos do fascismo Salazarista, tendo sido preso e torturado por quem bebia" sangue humano" com animal sofreguidão.


É por isso que nesta minha ingenuidade política, estarei sempre com os valores, a coragem e dignidade  dos homens com Carlos Brito, coloco estas acima das ideologias.  Com exemplos negativos se esvazia a democracia do próprio P.C. quando sabemos que muitos enriqueceram em todos os partidos, à custa do sofrimento de Carlos Brito e de outros símbolos da resistência, homens que acreditaram nos valores sociais e humanos de Abril. Esta é a minha frontalidade, quer seja ele comunista ou não. Carlos Brito foi, para mim, o homem que enfrentou a noite escura do fascismo e do ódio, que os comunistas   deviam saber respeitar, e eu entendo a ingratidão ao homem que pugnou pela minha liberdade e a de Portugal, agora aproveitada por miseráveis oportunistas sem escrúpulos. No seu jantar dos 80 anos de vida marcada por serviço aos nobres ideais do povo, faltou muita coisa, a gratidão e o reconhecimento de todos os partidos que lhe devem hoje a sua liberdade. Homens sérios como Carlos Brito fazem falta para entender a promiscuidade de outros homens, porque passaram pela vida a ensinarem os seus exemplos a quem os quis aprender.



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