terça-feira, 10 de agosto de 2010

Entre o mar e a poesia


Continuo a pensar que o Sr.Presidente Cavaco Silva,fez muito bem em pedir aos
portugueses para fazerem férias cá dentro.Depois deste patriótico apelo,deve mandar programar as habituais estatisticas para verificar quais os portugueses que não fazem férias cá dentro nem lá fora.Claro que a minha compreenção,vai para a enorme faixa de cidadãos que não as fazem,as férias,e não para os novos ricos que a revolução,dita de fraternidade,cavou fundo nas diferenças sociais e na sociedade portuguesa.De qualquer modo,nada posso fazer.O que ninguém pode duvidar ou sequer” roubar-me”,é o direito de perceber que vivemos uma época de falsa solidariedade e de abastada demagogia,sobretudo com aqueles que se aqueceram á beira de uma chama inesquecivel,ou seja a democracia que tão bem acentou no oportunismo de muitos.E andando por ai,aproveitando os meus recursos e sem subsidios,contando sempre os euros em familia,dei por mim com a esposa ,em S.Pedro de Moel na Casa Museu de Afonso Lopes Vieira,o poeta que se distanciou de Salazar,tendo alinhado ao lado dos homens livres da sua época.Entre um mergulho no mar de S.Pedro e uma visita á casa do poeta,houve como que um banho de prazer e outro de imensa humildade,já que nem só de pão vive o homem.Estes valores da arte e do saber,tambem nos alimentam e suavisam os maus encontros da vida e da sua crueldade.A casa Museu de Afonso Lopes Vieira,transmitiu-nos tranquilidade e vontade de a visitar de novo,mesmo no inverno quando o mar bate forte no sopé da varanda,onde de certo o poeta terá escrito pedaços da sua imortal obra poética.
A casa Museu tem ainda a colónia balnear para crianças carenciadas da região,(uma vontade expressa em vida do poeta) o que significa o homem de solidariedade que foi Lopes Vieira,declaradamente um português que não simpatizava com os pézinhos de lã,tão pouco o apoio que o ditador deu á policia politica dessa tenebrosa época.

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