Nasceu na Cova Gala, estudou na Escola Industrial da Figueira da Foz, depois trabalhou nos Estaleiros Navais do Mondego. Ainda jovem e como ajudante de motorista de um bacalhoeiro, fez duas viagens à pesca do fiel amigo, o que chegou para verificar que aqueles sacrifícios não eram para continuar. Conhece o mar por baixo e por cima. Fala das correntes de areia e das tempestades como coisa sua. Em 1948 o seu destino ficou marcado, ao viajar para Inglaterra
para trazer para Lourenço Marques, um barco comercial, no qual viveu e trabalhou com a sua esposa, mais de 20 anos. Conversa sobre África com saudades desse tempo, recorda os 800 trabalhadores negros que orientava. Diz que nunca teve problemas de relacionamento, afirmando que hoje estão piores em condições de vida do que nesse distante contacto.
Por cá escreveu 3 livros sobre a pesca do bacalhau e tem um livro organizado sobre os Estaleiros Navais do Mondego, desde o seu início, mas a Câmara actual só lhe compra 10 livros, numa produção de 500, de resto não está motivada para este trabalho de história e pesquisa sobre uma actividade que foi de enorme interesse social na Figueira da foz. Recorda grandes figueirenses como Dr. Ernesto Tomé, Jaime Viana, Severo Biscaia entre outros, que amavam a sua cidade e muito trabalharam para o seu prestígio, sem outro interesse que não fosse o serviço público. Hoje o dinheiro nunca chega para nada, afirmou Luis Pata. Recorda a sua Cova Gala com saudade e nota-se que a sente .A sua vida dava um filme com as suas vivências, mas neste curto retrato fica só a ideia deste homem que deixa história com a sua cidadania. E quando lhe perguntava-mos com vai este país, disse com graça:”Olhe um dia perguntaram ao cantor Júlio Iglesias, como ia de amores e ele respondeu...uma mierda, uma mierda.”
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