Se a minha cidadania tem a arma do voto, porque sentir-me quase envergonhado em falar-vos dos que deviam possuir o verdadeiro sentido de Estado, e por isso mesmo o carácter de liderança das suas funções, orientadas nas melhores propostas de crescimento e evolução social, e dizer ao país o que mais convém para aquelas melhorias? É por estas e por outras que não acredito nestes discursos e vou até à minha indignação com estes mercenários do poder político, caladinhos enquanto não atingem os seus objectivos e depois de conseguidos, eis o cair de uma máscara a condizer com a estratégia para os calculados fins há muito em banho maria.
Daí que o discurso do Sr. Presidente da Repúbica não me tenha desiludido, o povo, do qual diz ter peninhas que se lixe. O importante foi conquistar o mandato e as suas mordomias, vindo agora patrioticamente citar o que se deve ou não fazer para alterar este ruinoso défice. Só agora é que justifica no seu discurso as suas competencias de alertar para o T.G.V , que somos uns tesos, que as clientelas nos partidos é uma vergonha nacional e mais do mesmo, mas só agora depois de conquistar o poder e um último mandato!
Estou pois caros amigos numa fase de grande indignação com tanta hipocrisia e não é a minha inveja por os ver trilhar os caminhos da prosperidade que me preocupa, é antes ver os cidadãos que, ao fim de sete anos e quando lhes fiz um aumentozito no corte de cabelo procuram nos bolsos as moedas e para ficar tudo como antes.
Estou cansado e quase podre de velho com os maus exemplos dos políticos, e ao contrário do apelo aos jovens do Sr. Presidente Cavaco Silva, que os pretende sóbrios e lutadores pelo país, o meu apelo justifica-se de outro modo aos mesmos jovens: venham é para as praças e ruas e, com o respeito que devemos aos outros e á democracia, dizer a estes senhores que o Salazarismo não fazia pior à arraia miúda, e eu venho de lá e ainda estou por cá no mesmo tecido social. Este discurso do Sr. Cavaco Silva cheirou-me a estratégia dentro do sistema, isto é calar, o que devia ter dito há muitos anos, pois só assim um Chefe de Estado, me faz acreditar em boas intenções. Seria, juro, incapaz de escrever o que vou publicar, do Jornalista António Ribeiro Ferreira, C.M., pois o Sr. Presidente da República não é um bandido ou um ladrão, é seguramente uma velha raposa da política, com muita pena dos pobrezinhos, mas o jornalista, severamente crítico nos seus artigos,escreveu, decerto genericamente, o seguinte:”Todos os bandidos e ladrões da Pátria deviam rever quanto antes o filme que deu um Óscar a John Wayne.” Este texto foi escrito antes das manifestações.
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