sexta-feira, 1 de abril de 2011

As cheias em Montemor-o-Velho



Setélio Coelho, montemorense e amigo de infância, veio alegremente
mostrar-me as fotografias que marcaram gerações, isto porque as cheias
foram um verdadeiro martírio para as gentes daquele tempo.
O Setélio morava na rua principal, assim como a minha mulher Dília Fernandes,
que me confirmou que em 1965 as cheias inundaram a praça e as ruas, por 6 vezes.
Abalei de Montemor ainda rapaz, mas recordo os invernos rigorosos e quando regressava, encontrei muitas vezes as fortes correntes do Mondego, cobrindo estradas e os campos. Os monumentos, Igreja dos Anjos e a Igreja da Misericórdia,
sofreram enormes estragos, hoje devidamente reparados e que fazem o culto histórico da Vila de Montemor-o-Velho.
Ao Setélio aquele abraço dos tempos de escola e Atlético. Em breve outras fotos com mais de 50 anos. Entre elas uma do Montemorense e recordaremos os que já partiram.

Um comentário:

  1. As cheias só passaram a ser tormento quando se tornaram enormes ao ponto de não se poder sair de casa dada a altura da água. Mas quando a água não ultrapassava o meio metro,aquilo era uma paródia... as camionetes passavam,atiravam a água a grande altura,os automobilistas mais afoitos ficavam bloqueados,com o motor afogado,para gáudio dos rapazes que ganhavam uns escudos por prestarem o devido socorro.Havia sempre gente às janelas,e à noite com o som de fundo da água a correr,toda a vizinhança conversava,havia serão porque as noites pareciam intermináveis.Depois as cheias tornaram-se assustadoras.Há muito que se estudava o plano que foi posto em prática, de alterar o local do rio,e com ele acabaram as cheias.

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