quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fernando Nobre, o equívoco da sua independencia.

Voltei a julgar erradamente um candidato à Presidência da República, que mais tarde veio a terreiro com outras intenções e propósitos sobre a sua carreira política. Alterou por completo a sua ética colectiva e humanista que o tinha considerado aos olhos de muitos e muitos portugueses, cansados como eu das ideologias que muitas vezes não consubtanciam a universalidade e a fraternidade, antes fechadas e déspotas e sectariamente aterradoras.
Ora se dei a cara e nada tinha a esconder sobre a minha votação, certo e sabido que algumas pessoas, me chinfrinaram os ouvidos, embora com amizade, que isto de ingenuidades era comigo e que não podia ver um burro com capéu de palha na cabeça, pois logo o carregava com os meus louvores!
Não será assim de todo porque pensei pela minha cabeça e sobretudo pelos maus exemplos dos políticos que me tornaram agreste e desconfiado.
Fernando Nobre apresentou-se com uma folha de serviços a fazer inveja a qualquer idealista, mas a montanha pariu um rato, acabando por caír do céu aos trambolhões e deixando os que nele votaram a olhar para tudo isto com cara de anginhos e o que mais se disse.
Afinal com tantas virtudes e um diescurso novo sobre o País, acabou ridicularizado e eu que votei em Fernando Nobre, confesso que não esperava esta ambição desmedida que o tornou igual aos políticos da nossa praça. Diria pior porque manifestou sentimentos que não tinha da sua cidadania, pese embora o trabalho notável que realizou ao longo de uma vida a favor do seu semelhante.Lá  se foi o pão no bico das galinhas.

3 comentários:

  1. Só foi enganado por Fernando Nobre quem quis ser.
    Este fulano actuou sempre como quem tenta passar entre as gotas da chuva para não se molhar.
    Segundo dizia, não era de esquerda nem de direita.
    Mas nunca disse que não era do sistema.
    Fernando Nobre é do sistema.
    Foi sempre e é do sistema como sempre pactuou com ele.
    Já participou em convenções do PSD, já foi membro da Comissão de Honra da candidatura de Mário Soares à Presidência da República, já foi mandatário da candidatura do BE ao Parlamento Europeu, apoiou a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Cascais e faz parte de uma associação monárquica.
    Foi o candidato de Mário Soares à Presidência da Republica.
    Durante a campanha das presidenciais, a sua falta de vínculo partidário parecia ser a fonte do seu carácter forte. A renovação da política praticada em Portugal, a sua bandeira.
    Foi durante uns meses a novidade: deu esperanças aos portugueses desacreditados numa política partidária; reuniu votos desde a esquerda, ao centro, à direita (graças à sua tão intencional falta de ideologia - que não entende ele próprio ser isso, por si só, algo ideológico).
    Para quem acreditava naquele homem sensato, com um sentido apuradíssimo de cidadania, que tem força e reúne votos pela sua mera boa vontade e experiência de vida, e não por ser deste ou aquele partido;
    No homem que se candidatava contra os políticos, quase como um anti-sistema muito pacífico;
    No salvador que rejuvenescia o panorama político e mostrava ao país como fazer política sem tomar lados, ignorando os conceitos de esquerda, direita ou centro;
    Para quem realmente acreditava no homem que nem um político se considerava, mas antes um mero cidadão (como se o mero cidadão não fosse político e o político um mero cidadão) - aqui temos o flop de toda essa crença, essa confiança, essa esperança desmesurada depositada nesse homem.
    Contudo, não é como se nada deixasse a adivinhar aquilo que hoje nos é revelado.
    É que de um homem que não se define minimamente, nem pouco mais ou menos, não se sabe bem o que esperar.

    Hoje, junta-se ao projecto político do PSD, o partido que a comunicação social quase dá por vencedor das próximas eleições. Quanto a isso, uma vez mais: a ver vamos.

    Porque não é só Nobre o oportunista. Está aí o FMI, e com ele mais austeridade. E tudo o que o PSD mais quer, neste momento, é demonstrar que "todos nós, com todas a nossas diferenças, temos de nos unir e enfrentar juntos aquilo que aí vem, porque aquilo que aí vem é inevitável e é para o bem de todos" - Dizem eles. Nada melhor que Fernando Nobre, para completar a estratégia do PSD.
    Para quem acreditava nessa receita mágica que Nobre trazia no bolso, nas últimas presidenciais, a partir de agora torna-se mais difícil de acreditar.
    E agora vai liderar por Lisboa a candidatura do PSD.
    Olhe meu caro senhor Olimpio, desculpe que lhe diga, mas só se deixou enganar por este Nobre quem é parvo.
    Este Nobre não passa de oportunista.
    Beijinhos da Martinha

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  2. Uma opinião elevada e respeitosa sobre um tema deste tempo, ou seja, sempre a mesquinha intenção de possuir algo,enganando os de boa fé como foi o meu caso.
    Gostei franamente do texto. muito grato.

    Olimpio Fernandes

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  3. Viva pelo caro Amigo...
    Essa Martinha é demais...
    Um abraço
    Pra semana vai ter de me aturar ai na Gala...
    Veja lá se paga o almoço que está prometido há meses...

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