segunda-feira, 23 de março de 2015

Bairro Novo 1957. Figueira da Foz

Continuando a navegar no Mar Revolto De Vez Em Quando, no programa De Regresso, João Bóia, Rádio Foz do Mondego 99.1, inicio mais logo pelas  17.15h, depois quarta e sexta feira, no mesmo horário, uma conversa com os ouvintes, recordando o que era o centro turístico, no Bairro Novo, naquela distante época.
Fazendo o meu percurso de vida naquele local, onde trabalhava já como barbeiro no Evangelista, rua da Liberdade, recordo a multidão de turistas e os proprietários ricos do Alentejo, que jogavam forte no Casino, a sua sorte ou o seu azar.
Recordo a colónia espanhola, com as 4 e 5 criadas numa só família, protegendo o rancho de ninhos em alvoroço e alegria no Bairro Novo. O Nicola,,Havaneza, Caravela, o Dr Arnaldo, com a sua famosa pinga.
Recordo o pátio das galinhas, onde o chiquérrimo, se mostrava no feminino, mudando de vestidos, ora para o café, ora para os bailes no Salão Nobre.
Se trabalhava na Barbearia Evangelista, durante o dia (4 cadeiras sempre a funcionar) à noite, algumas noites, ganhava uns cobres , ao distribuir uma pasta dentrifica, não me recordo o nome, no Casino, promovendo aquela marca, só assim foi possivel conhecer por dentro o Casino, nesse tempo..
Em 1960 deixei a Figueira, regressando uns 3o anos depois, fui encontrar ainda o Bairro Novo, repleto de movimento, com festivais de vários espectaculos, um deles esgotava Hoteis e Pensões,o festival dos cabeleireiros.
Enfim...depois foi a queda, lenta e triste e é disso que vou falar sem me por nos bicos dos pés, mas com vocação de cidadania, escutando-se em fundo a canção da Figueira da Foz, na voz da  falecida Maria Clara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar as minhas ideias.Volte sempre!