sábado, 22 de fevereiro de 2014

D. José Policarpo não está cá.


Tempo de Combate, é uma preocupada viagem aos que percebendo as injustiças dos últimos anos em Portugal, não a suportam  e dizem não nas ruas, no trabalho, ou em família, vivem  e sentem os problemas de milhares de famílias, para as quais , muitos outros manifestam algum apoio.
Batista Bastos, do qual sou,  um indefectível leitor, desde os tempos do Jornal  Republica ( se não tens o livro, pede-o a alguem ) não se verga  com a hipocrisia destes beatos, porque humano e defensor da justiça, assume  uma frontalidade divina, porque a fé sem obras é uma fraude de sentimentos cristãos. D. Policarpo, ao ter medo da rua, tem medo do povo de Deus, por isso fique por lá nos seus confortáveis aposentos e deixe que a liberdade saia á rua.
Permitam-me este oportuno raciocínio do homem, escritor, amigo do bem comum, denunciando uma  Igreja, velhaca e falsa, eis o sentimento social e humano de Batista Bastos.
___ D.José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, disse, em Fátima. ser contra as manifestações populares, as quais, assim como as revoluções, nada resolvem.
A frase é inquietante, proferida por quem é.Um homem culto, conhecedor da História e dos movimentos sociais que explicam e justificam as modificações politicas. O escritor, continua... Mais. Numa altura em que o país vive uma crispação inédita, na qual a fome, a miséria e a angustia estão generalizadas, as palavras de D. Policarpo, são insensatas, colocam o autor no outro lado do coração das coisas, na boa maneira comodista.
Só mais este parágrafo.
O pacifismo e a magnitude das ultimas manifestações podem e devem ser interpretadas como uma insubmissão  e repúdio  pela maneira como somos conduzidos e governados. No fundo, a rua é o prolongamento de mal estar  que o cardeal parece dramaticamente ignorar ou omitir
Ele é mais  das meigas coisas celestiais do que  das asperezas terrenas, servindo-se de mimosas metáforas.

Um comentário:

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