Tempo de Combate, é uma preocupada viagem aos que percebendo as injustiças dos últimos anos em Portugal, não a suportam e dizem não nas ruas, no trabalho, ou em família, vivem e sentem os problemas de milhares de famílias, para as quais , muitos outros manifestam algum apoio.
Batista Bastos, do qual sou, um indefectível leitor, desde os tempos do Jornal Republica ( se não tens o livro, pede-o a alguem ) não se verga com a hipocrisia destes beatos, porque humano e defensor da justiça, assume uma frontalidade divina, porque a fé sem obras é uma fraude de sentimentos cristãos. D. Policarpo, ao ter medo da rua, tem medo do povo de Deus, por isso fique por lá nos seus confortáveis aposentos e deixe que a liberdade saia á rua.
Permitam-me este oportuno raciocínio do homem, escritor, amigo do bem comum, denunciando uma Igreja, velhaca e falsa, eis o sentimento social e humano de Batista Bastos.___ D.José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, disse, em Fátima. ser contra as manifestações populares, as quais, assim como as revoluções, nada resolvem.
A frase é inquietante, proferida por quem é.Um homem culto, conhecedor da História e dos movimentos sociais que explicam e justificam as modificações politicas. O escritor, continua... Mais. Numa altura em que o país vive uma crispação inédita, na qual a fome, a miséria e a angustia estão generalizadas, as palavras de D. Policarpo, são insensatas, colocam o autor no outro lado do coração das coisas, na boa maneira comodista.
Só mais este parágrafo.
O pacifismo e a magnitude das ultimas manifestações podem e devem ser interpretadas como uma insubmissão e repúdio pela maneira como somos conduzidos e governados. No fundo, a rua é o prolongamento de mal estar que o cardeal parece dramaticamente ignorar ou omitir
Ele é mais das meigas coisas celestiais do que das asperezas terrenas, servindo-se de mimosas metáforas.
DEVE LER-SE CONFORTÁVEIS
ResponderExcluirOlimpio f