sexta-feira, 5 de junho de 2009

Obrigado,amigos!

Obrigado pela visita.
Com alguma regularidade vejo aparecer no meu salão (cabeleireiro de homens) vindos de Montemor, familiares próximos e também alguns amigos.Constacto que estava certo desde há muito,e ainda sigo o mesmo lema,de que a cordialidade,o bom atendimento e até a estima ,que sempre usei no meu trabalho e convivio, se me dão satisfação no momento,trazem-me alegria mais tarde.Hoje foi dia de visitas "especiais",e como tal de alegria...Vieram dois familiares;almoço,conversa,bem estar; depois retorno ao trabalho. Assomam á porta dois velhos companheiros Gilberto Moio e Fabricio,grandes amigos do Atlético Clube Montemorense.Primeiro a satisfação do reencontro,depois a conversa habitual sobre Montemor e o aniversário do Atlético em 9 de Setembro de 2009.Falámos de tudo; e muitos assuntos não os conhecemos de base,pelo que não nos alongámos,isto relativamente à politica local,como a candidatura à autarquia, do Dr. Emilio Torrão disputando com outro Montemorense,o Dr. Luís Leal,a chefia do poder local e de 14 freguesias à sua volta.Que sejam felizes,que continuem a realizar-se, sempre em prol do nosso Montemor.Volto a estes antigos companheiros do associativismo pois é disso que gosto de falar,já que a politica é para os politicos,fiquem com essas cólicas... O Gilberto e o Fabricio,de Montemor trazem-me a mensagem do tempo que não voltará mais, e a recordação dos serviços que eles prestaram á comunidade, e sabe Deus com que sacrificios, e sem terem pensado em recompensa, que aliás não existiu.Gilberto Moio tem uma bela história no Atlético,Fabricio também,e até foi árbitro de futebol na terceira divisão nacional,deixou igualmente a sua marca no clube,todos sabemos.No meu reconhecimento associativo, muitos são os Montemorenses que aqui não menciono apenas pela exiguidade do espaço, mas citando estes companheiros,fica a homenagem publica a todos quantos ergueram as bandeiras nas Instituições em Montemor.Foi brilhante o percurso de muitos Montemorenses pelas colectividades,sem interesses nem lucros pessoais,sempre de "mãos limpas".Hoje tudo se transformou e a carolice já não é o que foi,dizem agora estes " velhos" companheiros.Mas as iniciativas vão aparecendo com outros métodos e outras gentes, também abnegadas e leais, valores que apenas esperavam o momento, tenho a certeza. Fôrça mocidade!
A vós amigos Gilberto e Fabricio,voltem sempre.Foi um prazêr, já o sabem. Perdoem-me o pecado velho (não deixo falar ninguém) quero saber tudo e atropélo tudo ,não é por mal...O meu obrigado.Um forte abraço para ambos,e se possível que chegue a todos os meus amigos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ciclo de Conferências


Ciclo de conferências Rotary Clube Montemor

Os valores da sociedade são os temas de um ciclo de conferências do clube de Montemor,a organizar na Biblioteca Municipal,no próximo dia 2 de junho por Eduardo Sá e em 25 de Junho,Joana Amaral Dias,pelas 21 h.

Danças do Património


Danças no Património de Montemor-o-velho.

Termina em 29 de Maio uma série de propostas culturais,de ritmos brasieleiros,africanos,orientais,merengue e salsa,em locais fisicamente belos,como seja a Igreja dos Anjos,Biblioteca municipal Afonso Duarte,Mercado Municipal e aina o Castelo de Montemor.Os contactos para as inscrições.964125796---936o93312.

domingo, 10 de maio de 2009

Faleceu Santiago Pinto


Foi a sepultar na sua terra,Vila Nova da Barca,freguesia de Montemor-o-Velho,Jorge de Santiago Pinto,82 anos de idade,viúvo,e que nos últimos anos viveu em Valado dos Frades.Jornalista a tempo inteiro,tambem poeta,polémico e determinado e que nunca se subjugou aos afectos da amizade,viveu à sua maneira e brincou com a vida,acabando por se afastar de tudo e de todos.Com o respeito que me merece a sua memória,estamos em condições de falar da personalidade de Santiago Pinto,juntamente com a minha mulher Diília Fernandes já que partilhámos ao longo dos anos projectos em Jornais e Rádio,com inicio no Jornal de Montemor,1985,onde mantivemos na Rádio local,o programa"Três horas à beira do Mondego".Montemor e as suas gentes foram durante muitos anos a sua paixão acabando por fundar na Figueira da Foz,o Correio da Figueira,de assinalada aceitação,onde escreveram os melhores jornalistas da cidade.Colaborou com Jorge Lé nos seus programas de Rádio face aos gosto que sentia pela comunicação e que o levou ao Brasil e África,numa vivência intensamente pessoal e que fazia a diferença no relacionamento com os que com ele privavam.Quem sabe se até contra a sua vontade eu e a Dília ainda o visitámos no Domingo de Páscoa,no Hospital em Alcobaça,mas não nos deixaram entrar pois a morte já rondava o amigo e o homem que respeitávamos,aceitando-o como ele quis ser em vida.À sua companheira Maria José,ao filho Luis Santiago e demais família,os nossos cumprimentos de pesar, e adeus Santiago até ao nosso encontro que acreditamos na ressurreição dos mortos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Até gostei

Muitos anos lado a lado já nos adivinhamos mutuamente..."Não haveria risco com a surpresa".Como gosto de ser franco,e fui atirado para a confissão,acrescento que não fiquei zangado e até gostei.

domingo, 3 de maio de 2009

Eu me confesso


Eu também tenho um blogue www.rendadebirras.blogspot.com
Mas decidi fazer uma surpresa ao meu marido "invadindo" o blogue dele; e mais, escrevendo em verso (pobre) os seus "pecados"...

Eu me confesso...

Ah,se eu fosse jornalista,
Mas jornalista a valer.
Bom assunto e entrevista
Encontrava p’ra escrever.

Assim não é com efeito
É tudo á força de querer.
Escrevo,leio e rejeito
Volto contudo a escrever.

Mas de que falo afinal?
De todos e mais alguém.
Falo sobre o que está mal
Dou relevo a todo o bem.

Eu escrevo sobre os idosos
E falo também nos pobres,
Nos felizes nos zelosos
Aprecio as almas nobres.

Confesso,preciso disto.
E ao falar da minha terra,
Nem sempre fico bem visto,
Por vezes encontro a guerra.

Não faço caso,acreditem.
Move-me a sinceridade.
Que falem,que me critiquem;
Eu direi sempre a verdade.

Será isto uma manía ?
Tenho o meu ponto de vista.
Mas o que eu escreveria,
Ah, se eu fosse jornalista...

Pronto,a maldade está feita. Será que ele se zanga ? Só me resta esperar,e se assim for... acatar!

sábado, 25 de abril de 2009

Voltem sempre


Gosto que visitem o meu blog.Mas serei assim tão excepcional?
Só sei que em tudo ponho a melhor sensibilidade e sobretudo sou verdadeiro comigo e com os que me rodeiam.Voltem sempre.

Aniversário do Atlético

.Quanto ao aniversário do Atlético Clube Montemorense que hei-de dizer-vos? Estão já em Montemor mais de 5o cartas a pedir apoio para ajudar nos custos do aniversário,mas atenção. No dia do jantar,a 12 de Setembro tudo será apresentado aos presentes,nem um tostão será deixado ao acaso,pois entendo que o dinheiro das colectividades é sagrado .Há na história do clube um furto de coisas uteis,e eu puritano queria uma Assembleia Geral para descobrir os ladrões,fui sempre um grande totó,de sonhos e manias.De Montemor veio já uma carta do Dr Julio Torrão,um cidadão radicado em Montemor á 34 anos e que já colaborou em todas as colectividades em Montemor,agora está nos Bombeiros.A sua carta animou esta minha colaboração à distancia,porque sei que o Mundo é mau e nem todos compreendem este meu afecto pelas minhas raízes,mas que Deus lhes traga uma luzinha para os estimular aos verdadeiros ideais do colectivo.Tambem o Dr Jorge Camarneiro,enviou mensagem a dizer-me para contar com ele,digam se eu não sou um gajo com sorte,logo com letrados á minha volta e eu o barbeiro da Cova Gala ,muito feliz com gentes que tanto respeito e estimo. Mas este aniversário do A.C.M.só eu é que levo a bandeira do Clube?
Nem pensar; e os outros e outras? Eu quero fazer justiça à Dr. Carla Serrano,Olga Serrano,António Daniel,Victor Pardal,Dr.Jorge Camarneiro,António Parreira.Fernado Capinha,Gilberto Moio,e se me esquecer de alguem não levem a mal,a madrugada vem a cair e o sono aperta e de que maneira.

Festival de Penteados


Sobre o Festival de penteados,as inscrições estão encerradas,pois temos já perto de 20 profissionais inscritos.Estive na Feira Internacional no Porto e os colegas fazem questão de vir graciosamente.Já viram isto?Darei mais noticias,Bom:mas será que estou sozinho nesta paixão pela profissão? Claro que não.O Sr Simão,da Junta,o Sr. Grilo e a Directora da L.R.Aloé Vera,senhora Silvana e a Graça,uma máquina de ideias.Pois assim é que é,sozinho nesta organização seria melhor tomar banho na praia,palmas para eles com estima. A reunião no próximo dia 18 de Maio,7 da tarde,no Salão do nosso colega Mario Bertô,é importante devido aos sorteios de entrada em palco e outros pormenores,não faltem caros colegas.Há dias disse ao Sr. Carlos Simão,presidente da Junta de Freguesia de S.Pedro que um dia destes vou partir,estou nos 70 anos não tarda.Mas que penso que alguém deve continuar com este Festival pois pode vir a ser um belo cartaz turístico para esta bela terra da Cova Gala.Quanto a penteados por hoje é tudo,pois temos muitas novidades mas para já há que trabalhar na organização com os tais colegas que sem eles eu não era nada de nada.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Salão de Cabelos e Moda


Na Exponor,Leça da Palmeira,realizou-se o 14º certame que levou milhares de cabeleireiros ao belo palco da arte e da moda.Durante 3 dias novos motivos de apresentação no desenvolvimento dos diferentes trabalhos,como nos cortes,nuances e tudo o que se relaciona com a inovação no tratamento dos cabelos.Também os equipamentos são cada vez mais apelativos,com design moderno e de belos efeitos ,quer para salões de senhoras ou para homens.Por outro lado os nossos contactos com colegas do Porto,podem ter um dia destes resultados animadores,já que o Festival Regional de Penteados e Moda da freguesia de S.Pedro,pode vir a ter a presença e apoio de conceituados artistas do Norte. O programa do Festival da Cova Gala está elaborado e com os participantes inscritos,mas ainda é cedo para adiantarmos mais detalhes sobre o espectáculo que promete marcar uma data na bela freguesia de S.Pedro, Cova Gala,Figueira da Foz.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

1º Festival de Penteados e Moda da Freguesia de S.Pedro em marcha

A dois meses da iniciativa a organização estrutura a melhor apresentação do Festival.Estão praticamente assentes as participações para o período entre as 10 horas e as 13, os cabeleireiros/as têm-se mostrado receptivos a participar e mostrar ao vivo a sua arte.Recordamos que a 26 de Julho vão trabalhar em palco 15 profissionais na festa do penteado e moda.A partir das 14 horas teremos o exclusivo "Faça parte do sonho L.R.Cosmética Internacional" com a linha Aloé Vera que contém produtos de cosmética para cabelos,rosto e corpo, higiene e até dietética-batidos,sopas, chás que ajudam a manter o organismo saudável.Figuactiv,cada dose substitui uma refeição completa,sem conservantes e corantes artificiais e de valor biológico elevado,o Vita Aktiv,o plano de vitaminas diário,pois basta uma colher de chá para cobrir a 100% a sua necessidade diária de 10 vitaminas,e tambem o Aloé Vera Pêssego,bebida de aloé com100% de Vitamina C e nutrientes essenciais. Uma Comissão Cientifica garante a qualidade da investigação no seio da empresa,espalhada pelo mundo,justificado assim o certificado com o selo de qualidade SGS do Instituto Fresenius,sediado na Alemanha. É pois uma oportunidade única para o grande público poder conhecer e testar as qualidades do Aloé Vera da L.R. num festival que terá de tudo um pouco,arte nos cabelos e produtos para o bem estar. Para já contamos com a presença do Director Geral,L.R.-Iberia.Juan Rassoul.A Junta de Freguesia de S.Pedro e os Restaurantes A Lota e apoiam a iniciativa.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Praia da Cova Gala, palco de Penteado e Moda

Vai ser só em Julho, mas para quem não é aqui da zona,deixo a fotografia da praia da Cova. O Verão já espreita,embora o ar esteja um pouco fresco. Mas não tardam aí dias perfeitos e o 1º Festival Regional de Penteado e Moda continua a receber inscrições. Vai ser uma oportunidade única de virem até aqui conhecer esta localidade acolhedora e este mar.

domingo, 29 de março de 2009

1º Festival Regional de Penteado e Moda - Cova Gala - S.Pedro - Figueira da Foz


(Foto de Pedro Cruz)


Com o apoio da Junta de Freguesia de S.Pedro, liderada por Carlos Simão,Câmara Municipal,Lota Restaurantes, entre outros, o evento da moda promete trazer à freguesia de S.Pedro várias centenas de Cabeleireiros/as,da Região Centro do País e numa altura em que as excelentes praias da Cova Gala são visitadas por milhares de banhistas.A festa dos cabelos pode ser um espectáculo para sempre recordar.Para já e a 4 meses de distância,a Junta de Freguesia enviou mais de 250 cartas convites aos profissionais da Região Centro, e já estão a chegar as incrições à organização: Fórum Cabeleireiro de Homens, Salão Vitorios,Salão Chapéu,Abadias Cabeleireiros,Neustule-Intermachê,Novo Visual,Dina Neto,Anália,Salão Ita,Instituto de Beleza Vasco da Gama,Paula Adão,Salão Imagem,Sandra Dias,profissionais da Figueira da Foz e do seu Concelho.Ainda há vagas disponíveis. Convém dizer que no dia 26 de Julho estarão no palco a trabalhar as suas criações,entre 10 a 15 Cabeleireiros,a partir das 10 horas,com intervalo para almoço às 13 horas.O programa ainda é provisório mas podemos no entanto já adiantar que a partir da 14 horas teremos o exclusivo da LR,"Faça parte do Sonho L.R.",Cosmética Capilar Internacional.As conselheiras Silvana e Graça preparam surpresas.Com o mar quase a beijar o local onde se vai fazer arte e moda,vamos desfrutar de um programa radiosamente belo.O local tem magnificas condições para este tipo de eventos fugindo de todo aos espaços fechados que não glorificam o Verão.O largo Aguiar de Carvalho, na Cova Gala,tem a beleza natural para se acompanhar o último grito da moda e a dedicação dos nossos Cabeleireiros/as.

Pois é, com o sol há que não descurar a nossa pele e os nossos cabelos. A gama que podem apreciar acima protege e cuida em beleza. LR possui também produtos de degustação que ajudam a manter a linha e maquilhagem à base dos mais puros minerais. LR apoia também a iniciativa.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Está encontrada a comissão de apoio ao aniversário do A.C M.

A 27 de Março, pelas 21 horas e na sede clube,ficaremos a saber todos os nomes dos que vão assumir as comemorações do Atlético,a 9 e 12 de Setembro,do corrente ano.Oportunamente os daremos a conhecer. O programa ainda em análise será apresentado naquela reunião,mas é de todo seguro que o aniversário dos 71 anos de vida da colectividade se vai organizar.

Novos Irmãos da Santa Casa



Realizou-se na Igreja da Misericórdia de Montemor,uma festa de apresentação dos novos irmãos,que assumem agora os deveres de solidariedade em Irmandade naquela Instituição fundada em em1498 e a fazer bem há cinco séculospor terras de Montemor.A Igreja da Misericórdia foi pequena para acolher os que acreditam ainda na mensagem do bom Cristo.O outro não é um lobo mau,mas sim o irmão a quem devemos estender as palavras e a compreenção de existirmos para o bem comum da cidadania.Por isso o Provedor da Santa Casa, Dr. Manuel Carraco, lembrou aos presentes que os que vierem para servir-se estão no caminho errado,enquanto o Presidente da Assembleia Geral,Dr. Deolindo Correia,teceu considerações sobre a evolução da Misericórdia até aos nossos dias,cada vez mais útil no apoio aos irmãos de todos os credos.A cerimónia de tomada de posse dos novos irmãos,foi repleta de significado do que devemos ser em Irmandade e na Instituição,verdadeiros e de consciência elevada na proximidade com os outros,pois só assim a mensagem do Senhor tem a sua e a nossa alegria.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O incontornável Custódio Cruz


Se a lisonja é ridícula,escrever qualquer textozito por encomenda para se alimentar simpatias,ou ainda outras benesses,não pode caber nesta graça que vou fazer ao Custódio Cruz.O figueirense da rádio,dos jornais e ainda por cima,e agora não estou a brincar,o treinador que no seu espaço de intervenção e com saber,foi além de alguns colegas da classe futebolística,pois as suas tácticas não são de "ferrolho",isto é,não tem simpatia por autocarros,mesmo que eles sejam do último modelo.Joga na alegria e na transparência e detesta o jogo de grupinhos dentro ou fora dos balneários,assumindo a evidência dos gestos e das palavras,como que um ponta de lança que só vê o golo na sua frente.Conheço este cavalheiro há muitos anos e sempre igual e brigão.Que tempos aqueles do Ipanema!O Manel,esse sim,jogava à defesa e para lá do balcão,como convinha,pois então,já que não estava ali para aperfeiçoar os gestos e as palavras,tal qual fazia a mesa redonda no melhor sentido e convicçâo.Depois ainda tivemos o Taiti e depois tivemos ainda o tempo a fazer a sua diferença e a matar os percursos e a deixar outros para preencher no tempo que passa.Mas a particularidade do Custódio Cruz,e é ai que eu quero chegar,é jogar no dia a dia com as pessoas,do mesmo modo como orienta as suas equipes,ou seja o domínio no terreno do adversário,respeitando-o,mas com pouco jeito para dizer palavras que não sente e que nas miudezas da vida,se chama hipocrisia.Não contém com ele para esses golos fora de jogo,porque o Custódio Cruz joga limpo,e é ver o que se passou no Mercado,estando na frente das grandes questões,entre a Câmara e os que lá ganham o pão de cada dia,é ouvir os camentários na Foz do Mondego,sobre os jogos da Naval e chegamos à conclusão,que devemos estar tranquilos porque estamos em presença de gente que se deve conhecer por dentro e com exemplos que estão por aí no meio da FIgueira da Foz. A única pedra no sapato que eu tenho,foi nunca o ter contratado para treinar o Atlético Montemorense,já que o não foi categórico,certo dia há muito tempo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vale a pena conhecer António Rodigues

António Rodrigues é natural do Eixo,concelho de Aveiro.Fotógrafo de profissão,radicou-se em Montemor em 1958,iniciando a sua longa carreira associativa no A.C.M,colaborando no campo de futebol,na Quinta do Taipal.Depois com Joaquim Nunes e José Maria Jorge,hà muito falecidos,inauguraram o campo das Lages onde o Atlético subiu à primeira divisão distrital da A.F.C.Mas não foi só nesta área desportiva o seu empenhamento.Presidente da Casa do Povo durante 9 anos e nos Bombeiros Voluntários deixou obra de muito interesse,graças a uma subscrição na sua loja que ajudou a comprar a ambulância Peugeot 504,fardas para os Bombeiros,já que a angariação de fundos,a cinquenta escudos por pessoa,foi um êxito para a sua iniciativa.Também no Hospital de Nossa Senhora de Campos,onde actualmente se encontra hospedado mas em lar de acolhimento,pois um A.V.C.o deixou incapacitado e a necessitar de cuidados continuados,foi um dos que se interessou por aquela unidade de saúde que teve naquela época a melhor relevância.Nos últimos anos foi extraordinária a sua acção como Provedor da Santa Casa da Misericórdia e durante anos e anos de serviços aquela Instituição.Em 1991 numa conversa que tivemos para o Jornal de Montemor,disse-me que os homens passam mas as Instituições ficam, devemos é ficar-lhes gratos pela solidariedade que nos nos fazem sentir úteis à comunidade.Um dia ainda o António estava na Santa Casa em Montemor eu tinha um problema gravíssímo com um montemorense na Figueira da Foz,a dois passos de ficar,tal qual os sem abrigo,face a uma situação social em último grau.Fui a Montemor e recordo de lhe dizer que o nosso conterrâneo ia ser despejado do quarto onde habitava,ia cair na rua.Disse-me que fosse ao Lar de Santo António,falar como o Engenheiro Abreu,já falecido,e fomos.O nosso conterrâneo passou a ter uma cama e alimentação graças ao António Rodrigres que nunca chegou a saber a verdadeira dimensão deste problema social que acompanhei de perto e que a sua solidariedade resolveu e para vários anos.O nosso conterrâneo está sepultado em Montemor e viveu alguns anos com alguma qualidade de vida.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Deixar jogar á Inglesa


Agradável surpresa a mensagem do antigo árbitro de futebol que se evidenciou na terceira Divisão Nacional e que veio agora recordar o que eu escrevi hà mais de 22 anos no Diário de Coimbra,uma crónica sobre um jogo em S.Silvestre e o Montemorense,intitulada "deixar jogar à inglesa".Pois é amigo Peliche Gil,eu tinha as regras e você o apito,mas não julgue que foi tudo crítica negativa, já que bem recordo escrever que a particularidade de correr o campo e estar em cima das jogadas dava-lhe uma consequente e segura análise dos lances.Eu tinha a mania que era jornalista de fim de semana, vai daí ter comprado os livros e as figuras que informavam o que era jogo viril e o jogo maldoso,porque de resto jogar futebol aconteceu-me na praia e na tropa,por isso os árbitros não me levavam a sério. Ainda hoje entendo que se tivesse praticado a modalidade teria mais facilidade em escrever sobre o belo jogo,quando é bem jogada uma partida de futebol é bela.Mais tarde vim a compreender a vossa enorme dificuldade nos campos distristais,lutando contra a má preparação fisica das equipes,logo mais força do que técnica,e depois o público com falta de conhecimento das tais regras tambem não ajudava nos caldeirões das emoções.Mas foram bons tempos e que não mais voltam e foi lamentável não ter guardado dezenas e dezenas de crónicas dos jornais pois davam para sorrir e pensar no carácter temporário das nossas vidas.As populações viviam intensamente aqueles jogos em Santana,Pereira e Santo Varão,Ereira.Que sei eu de um tempo que já é saudade.Mas não me vou embora desta pequena nota sem lhe dizer outra vez que ainda hoje acho graça ao recordar a sua mãe,de Santana e que era minha cliente no Bairro Novo,no salão que ali tive.No Diário de Coimbra escrevi eu a crónica em que dizia que você um dia destes se tramava por deixar jogar à inglesa e vai daí a boa da senhora disse-me:Ó senhor Olimpio, então anda a escrever que o meu filho não apita bem e que deixa jogar à inglesa? Além de ser uma senhora era uma cliente e logo, maneirinho, expliquei-lhe que não havia mal no que tinha escrito,pois deixar jogar daquele jeito,era liberdade a mais aos jogadores e eles necessitavam de um pouco mais de rédia curta.Enfim passámos ao lado de uma "grande carreira,"mas recordo que já nessa altura me falava da corrupcção na arbitragem e quanto eu o avalio sei agora que não não tinha espaço para esse podre sistema que veio depois a manifestar-se neste país e tão tristemente.Neste blog pode verificar que eu em 1958 já era conhecido em Montemor como "reporter Mabor".Naquele tempo havia um programa desportivo na rádio e patrocinado por aquela marca de pneus,de modo que o Zé povinho gozava comigo a valer.Veja a triste figura!Só muitos anos mais tarde é que a Dília,minha esposa,que tambem era jovem como eu nesse ingénuo período das nossas vidas, me disse que a minha maluqueira dava para risos e brincadeiras de muita gente...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vale a pena conhecer:Gilberto Moio

As notáveis carolices dos associativistas de Montemor e das suas 14 freguesias -e sempre que tenhamos informações suficientes-terão aqui neste blog a justa recordação das suas dedicações no tecido associativo.Sendo assim iniciamos hoje com Gilberto Moio as citadas recordações.Viveu intensamente o Atlético Montemorense,mais de 25 anos,onde fez de tudo ao serviço do A.C.M.,desde marcar o campo,cargos directivos,transporte de atletas e que mais acentuar neste carola a tempo inteiro.Agricultor na quinta do Taipal,em parceria com o treinador de futebol,Couceiro Figueira,o certo é que o Gilberto terá prejudicado a sua vida com aquela enorme dedicação ao A.C.M.Presentemente é empregado como técnico do campo do Carapinheirense,onde o seu longo percurso desportivo lhe grangeou estima junto de todos os Carapinheirenses,auferindo um salário que se justifica por uma colaboração que tenho a certeza é seguramente excelente.Em 26 de Abril de 1987,Gilberto Moio e António Costa,já falecido e pai de outro grande carola,Paulo Barranca,foram ambos homenageados com descerramento das suas fotografias na sala da direcção e teve a presença dos políticos do poder local daquela época com quem Gilberto Moio,mantinha e devido ao subsídio para o clube alguma polémica pois entendia que os clubes das freguesias,comiam mais do bolo.Durante muitos anos a 9 de Setembro, o bom do carola subia ao Castelo e lançava o foguetório total a anunciar que naquele dia o seu querido clube de sempre festejava mais um aniversário.Um dia convidei-o para uma conversa na Rádio,não sei se em Maiorca ou Arazede,o que é certo é que a resposta foi que eu era maluco.Sei lá falar no teu programa,só sei é trabalhar,trabalhar,disse o Gilberto,como que a demonstrar que o seu estatuto no clube,não foi de palavrinhas mansas e enganadoras.Num jogo,meu Deus, onde terá sido,a malta ao longe reparou num magote de gente em alvoroço e com o Gilberto metido no meio da confusão e fomos lá pôr água na fervura e trazê-lo para o sossego e depois na entrevista na Rádio pois acabou por aceitar,e que bem que esteve com a sua humildade confirmou que a coisa esteve mesmo preta.Gilberto Moio é o primeiro à esquerda,em segundo plano.Campeões Distritais da 3ªdivisão 1975/1976.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Festa do Atlético já mexe


Venha festejar os 71 anos do Atlético Montemorense,é um projecto já em marcha e a 6 meses de distância,já que a presidente do Clube Dr. Carla Serrano,se mostra interessada e com apoio de outros Montemorenses.A data de fundação do A.C. M.situa-se a 9 de Setembro,mas como o dia 12 de Setembro é a um sábado,noite ideal para o grande acontecimento,tudo depende das opiniões a convergir sobre estas datas.Uma coisa é certa o tiro de partida está lançado e há já nomes em agenda para a animação,mas ainda é muito cedo para fazermos programações,pois todas elas vão analisadas pela comissão do aniversário dos 71 anos do A.C.M.

Noticias de Montemor 2


A escola E.B.2.3.Dr. Santos Bessa ,na Carapinheira ,promoveu uma conversa com os pais dos alunos,sobre comportamentos de risco.O meu Papel Enquanto Educador ,foi dirigida por Fernanda dos Santos da Caritas Deocesana de Coimbra e foi organizada por Alexandra Batista e Fernanda Canais.

Noticias de Montemor1


Montemor está referenciado como um Município de futuro,quem o afirmou ao "Diário das Beiras,foi Hernâni Rama que preside à concelhia do C.D.S.P.P.Depois de ter falado da C.D.U.outra figura política e local é mencionada agora neste blog ao serviço das terras de Montemor.Do mesmo modo como antigamente em que sempre dei voz a todos hoje foi a vez de outro partido e de outra opinião e assim será no futuro.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Isto depois de se saber até é fácil!


A propósito de uma entrevista


Que tempos aqueles meu caro Dr.Jorge Camarneiro!A sua entrevista ao "Diário das Beiras"deixou-me imensas recordações de um passado recente tendo em conta as suas análises políticas na Rádio Beira Litoral e Rádio Maiorca e depois no Jornal Terras de Montemor. E já lá vão 7 anos do meu abandono e alvoroço comunicador de tanto sentir e de ingénuo ter sido.Quando o vejo agora na foto do jornal de cabelo e barba branca,como tudo vai no tempo meu caro montemorense!Sei da sua coragem pois continua no activo e como presidente da Concelhia de Montemor-o-Velho do P.C.P.e único deputado municipal da C.D.U. Como sabe e por culpa minha,porque sou um cidadão complicado,não tenho simpatia pelos politicos,mas de todo admirei e ainda admiro os montemornses empenhados no progresso das terras de Montemor,dando o seu melhor sem outra intenção que não seja o facto do serviço prestado,como é o seu conteudo politico.Se a lisonja é ridicula e sei que me entende na minha boa fé,fico espantado como consegue ter pachorra para tanta solidariedade social e política,porque todos sabem que o Dr.Jorge é um empresário de sucesso e um peregrino pelo mundo,mas volta sempre às suas raízes da Barca e Montemor,com a mesma humildade como partiu em busca do seu êxito profissional. Como eu o compreendo nesse regresso pois o cheiro da terra e os costumes estão aí e não se sentem no melhor hotel de uma cidade seja onde for.Pois é meu caro montemorense,agora já não tenho tempo de antena para lhe dar voz,tão pouco o jornal,pois teriamos pano para mangas face a esta vil corrupção que sei que condena e que me faz recordar o sermão do bom ladrão,do imortal padre António Vieira ao denunciar em Lisboa,1655,perante o reino e a troupe da época,os escândalos do oportunismo.Ainda bem que em Montemor não tem que enfrentar estes problemas,porque o povo e os seus adversários são serenos e preferem,isso sim,o debate de ideias e o progresso das terras de Montemor.Espero por si e por todos os montemorenses que sentem a mágoa de ver o Atlético a morrer lentamente,já que em Setembro vamos ter o orgulho de lhe fazer a festa dos 71 anos da sua fundação. Em breve divulgarei mais informações aqui pelo blogue...estou sem radio e sem jornal, mas tenho um blogue, não é a mesma coisa...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Grande Ditador


Queremos todos ajudar-nos uns aos outros. Os seres humanos são assim. Queremos viver a felicidade dos outros e não a sua infelicidade. Não queremos odiar nem desprezar ninguém. Neste mundo há lugar para toda a gente. E a boa terra é rica e pode prover às necessidades de todos.
O caminho da vida pode ser livre e belo, mas desviámo-nos do caminho. A cupidez envenenou a alma humana, ergueu no mundo barreiras de ódio, fez-nos marchar a passo de ganso para a desgraça e a carnificina. Descobrimos a velocidade, mas prendemo-nos demasiado a ela. A máquina que produz a abundância empobreceu-nos. A nossa ciência tornou-nos cínicos; a nossa inteligência, cruéis e impiedosos. Pensamos de mais e sentimos de menos. Precisamos mais de humanidade que de máquinas. Se temos necessidade de inteligência, temos ainda mais necessidade de bondade e doçura. Sem estas qualidades, a vida será violenta e tudo estará perdido.
O avião e a rádio aproximaram-nos. A própria natureza destes inventos é um apelo à fraternidade universal, à união de todos. Neste momento, a minha voz alcança milhões de pessoas através do mundo, milhões de homens sem esperança, de mulheres, de crianças, vítimas dum sistema que leva os homens a torturar e a prender pessoas inocentes. Àqueles que podem ouvir-me, digo: Não desesperem. A desgraça que nos oprime não provém senão da cupidez, do azedume dos homens que têm receio de ver a humanidade progredir. O ódio dos homens há-de passar, e os ditadores morrem, e o poder que tiraram ao povo, o povo retomá-lo-à. Enquanto os homens morrerem, a liberdade não perecerá.
Charles Chaplin, in ‘Discurso final de «O Grande Ditador»’

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

No hospital da Figueira


Aconteceu-me em 2.2.2009,como pode acontecer a qualquer cidadão,sujeito que estamos às inesperadas maleitas de ocasião,forçando no imediato a ida às urgências de um hospital. No meu caso fui ao hospital da Figueira da Foz,a contas com uma dor pequena no peito e uns chatos suores que pareciam coisa estranha.À hora do almoço a esposa e a filha entenderam que devia e já ir,pois podia estar a fazer um enfarte e mais aquelas opiniões que só servem para assustar a quem por si já tem horror ao sofrimento.Preocupado,entrei no hospital às 14 horas e voltei a casa só para lá das 19 horas,não pelo mau serviço,antes pelo contrário,mas aquele corredor e a área de medicina tinha cá uma freguesia que nem um barbeiro ao sábado.Por isso pensei e o digo para que conste que todos aqueles que nos tratam da saúde,lhes devemos a melhor atenção,face aos problemas que ali caiem constantemente e nos casos mais tristes que se possa imaginar.Dirão que é a profissão deles e eu digo que sim,mas o facto é que fui muito bem tratado e o jovem médico fez um exame tão cuidado à minha máquina que jamais o usufrui noutras consultas e a pagar muito bem pago. Reparem que não cito ninguém por nomes,seria injusto para aqueles funcionários que por volta das 19 horas lá estavam a dar na boca dos doentes, em macas,o caldinho quente,julgo eu,por forma tão humana e solidária no corredor do sofrimento.Sejamos pois justos e compreensivos com os que nos tratam da saúde com profissionalismo que aos outros que fazem da nossa saúde gato sapato,a ordem natural tratará deles.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mais Drummond

Partido político é um agrupamento de cidadãos para defesa abstracta de princípios e elevação concreta de alguns cidadãos

O saber dos homens


Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.
Drummond de Andrade

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Venham mais anónimos


Venham mais anónimos,é de todo o que eu mais pretendo para esta comunicação e que tem necessáriamente o saudável contraditório.Não há jornais em Montemor,foi o texto por mim publicado e que teve a gentileza de um anónimo a manifestar-se,dizia que o pessoal agora não lê jornais,só lê blogues.Pois bem meu grato mensageiro,o jornalismo que eu fazia por terras de Montemor direccionava-se às populações que mesmo hoje ainda não têm o tal blogue e depois a notícia em si foi sempre localizada no espaço rural do vasto concelho de 14 freguesias.Escrevia sobre as pessoas que se destacavam no associativismo e em actividades da melhor acção colectiva e outras.A grande imprensa não chega aí,só se os interesses comerciais e políticos a fizerem chegar,ou então os desastres e os escândalos de vária ordem.Os jornais locais têm sempre um espaço especial na vida das pessoas,nem sequer faltavam a necrologia,os aniversários e novas dos que estavam distantes no Brasil e pelo país.Então os montemorenses escreviam cartas com palavras de incentivo.Claro que me dirá que isto foi um jornalismo de paróquia,que o fosse,mas a receptividade da mensagem residia no valor das raízes sociais e culturais de uma terra antiquissíma, nessa época os vários jornais,todos eles, tiveram a sua açeitação. Só que fazer jornais não é fácil e agora impossível,tendo em conta a crise comercial e nas empresas,porque viver com apoios do poder local é outra história.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Já não Há Jornais


A memória às vezes é traiçoeira.Talvez por isso procuro relembrar emoções passadas e recuar em projectos que fazem muito tempo.Entre o que lá vai lá vai e o presente,que se esfuma à velocidade da luz,esta fase é de reflexão e análise sobre a razão da morte lenta dos orgãos de informação em Montemor, com as suas 14 freguesias em volta.Nestas se criaram mercados próprios e as pessoas só vêm à sede do Concelho pagar os tributos da sua cidadania originando que na freguesia de Montemor a fixação de pessoas é diminuta.Há dias o montemorense António Pardal que tem no sangue a discussão dos problemas da sua terra, enquanto lhe aparava o pelo,dizia-me:"Não temos jornais locais em Montemor,nem rádio,nem futebol,uma tristeza,vai tudo para a Carapinheira que vai ter o campo relvado e Montemor, sede do concelho,uma tristeza."Como que a deitar água na fervura segredei-lhe:"A vila tem poucos habitantes e como são sempre os mesmos surge o cansaço e não é fácil o amadorismo,daí as dificuldades em manter os projectos."Pois,pois é,agora até deve ser mais difícil. Estávamos nisto e como que a incutir-lhe alento e alguma esperança de que os valores ainda estão em Montemor,disse-lhe que a minha memória ainda não me atraiçoou,pois tivemos o jornal de Montemor, Baixo Mondego e Gândaras,Terras de Montemor,Entre os Rios,o Montemorense e a rádio local,no tempo da pirataria,outros tempos,mas melhores dias virão!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pensamento de Hemingway

Um idealista é um homem que, partindo de que uma rosa cheira melhor do que uma couve, deduz que uma sopa de rosas teria também melhor sabor.
Ernest Hemingway

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ódio nas palavras de Eça de Queirós


O ódio é um sentimento negativo que nada cria e tudo esteriliza: - e, quem a ele se abandona, bem depressa vê consumidas na inércia as forças e as faculdades que a Natureza lhe dera para a acção. O ódio, quando impotente, não tendo outro objecto directo e nem outra esperança senão o seu próprio desenvolvimento - é uma forma da ociosidade. É uma ociosidade sinistra, lívida, que se encolhe a um canto, na treva. (...) Mas que esse sentimento seja secundário na vasta obra que temos diante de nós, agora que acordamos - e não essencial, ou supremo e tão absorvente que só ele ocupe a nossa vida, e se substitua à própria obra.
Eça de Queirós, in ‘Distrito de Évora’

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Os tempos da Rádio


Volto a falar-vos do Jornal de Montemor,1985 a 1989.Foi negociado nessa altura por Santiago Pinto e a Rádio Beira Litoral,em Arazede,tendo por base que as candidaturas às frequências das rádios locais necessitavam de preencher os seus requesitos com a posse de um jornal.Santiago Pinto exultava nos seus poemas e prosas de ocasião os valores das terras de Montemor,mas o bichinho do negócio levou-o a vender o jornal à Rádio de Arazede sabendo que a sua terra,pois S. P. é natural de Vila Nova da Barca, disputava em Lisboa,a candidatura á frequência de Montemor-o-Velho.Foi um periodo de intensa polémica sobre quem poderia usufruir da frequência á Rádio local pois era voz corrente que Arazede dispunha de apoios políticos no processo das candidaturas tanto mais que tinha perdido já o jornal a favor da freguesia de Arazede.Mas o Dr. Deolindo Correia ,o técnico da Rádio,de nome Camilo,o falecido Henrique Pardal,entre outros,tinham feito um excelente projecto da candidatura onde se justificava que o elevado Monte de S. Gens serviria em função da qualidade auditiva o espaço Concelhio de Montemor-o-Velho. Mais tarde esta vantagem da elevação do Monte veio a provar-se porque a Rádio Beira Litoral não se escutava em muitas zonas de Montemor,logo que foi autorizada a emitir,uma vez que tinha ganho a frequência para o concelho de Montemor.Tudo isto tem pano para mangas mas lá chegaremos com o devido tempo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A máquina do tempo


Do Atlético Montemorense muito teriamos para escrever neste blog,mas basta por agora, e vamos lá ao Jornal de Montemor,1985/1989.A máquina do tempo marcou já uma época do mensário e limitou também o meu espaço de intervenção,isto pelo facto de 24 anos depois vivermos de memórias e da sua história.Naquele tempo a par da participação na rádio local de Montemor, que manteve as populações interessadas nos seus programas de informação,foram 4 anos da melhor carolice.Santiago Pinto,o responsável da organização do jornal, titulava-o de independente e apolítico,parangonas demasiadas,pois a Câmara de Pinto Correia,o Presidente, liquidava todos os meses a importância acordada entre o jornal e o seu amigo político.Por isso foi um jornal acomodado e estratégico que não podia criar opinião à oposição mas serviu as populações e as instituições e teve o seu relevo por terras de Montemor.Quando anos depois tenho a aventura do jornal Terras de Montemor compreendo perfeitamente que quero ser independente do poder político. Voltarei agora com temas do Jornal de Montemor mas quero outra vez reconhecer que fico a dever à Dilia,qual museu familiar,ter todos os números do jornal devidamente encadernado.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Saia do mato!


Escrevo sobre as minhas histórias associativas,que não do crime e do triste caso da Casa Pia,num país que nos orgulha mas muito mal frequentado por alguns, e onde a autoridade tarda em impor-se pela lei e pela grei.Um dia destes falei-vos dos bolos que os jogadores da Figueira e que jogavam em Montemor,comeram ao bom do proprietário da carrinha.Sendo assim vamos á historia do Antonino Leal,fundador do Atlético Montemorense em 1939,hoje com 90 anos acamado em Montemor e em sua casa. Tinha um complexo constante contra os árbitros quer o Clube ganhasse ou perdesse,face a uma contestação que fazia parte da sua paixão pelo muito que queria para o Atlético. Certa noite assisti ao programa a Liga dos Últimos,na R.T.P.,sobre o Montemorense e quando reparei no meu amigo Antonino a ser entrevistado para dar a sua opinião,logo pensei lá vêm os arbitros,querem ver?E assim aconteceu porque lhe estava na massa do sangue.Mas não era odioso,era assim a sua paixão.Respeitava-o pelo simbolismo que representava no clube e porque o acompanhou até a saúde o ter permitido.Num Domingo de Inverno no Campo do Enxofães,rodeado de imensa floresta,estávamos junto à linha lateral, em cima de uma ribançeira e o meu companheiro Antonino iniciou a sua contestação: seu este seu aquele;olha o fora de jogo e outras cenas que não vem a propósito porque a grandeza dos homens está na compreenção dos fenómenos e no seu perdão.Eu disse-lhe: Antonino,olhe que isto pode dar para o torto,tenha cuidado porque a G.N.R. está de olho em nós.Dizia ele: Lá está você com medo!Mais isto e aquilo.Às tantas vejo o auxiliar a falar com a autoridade e a olhar para nós e já a movimentarem-se na nossa direcção.Aproximei-me do seu ouvido e disse-lhe: Antonino fuja que eles vem aí!E quando eles chegaram junto daquele grupo já o grande amigo do Atlético estava engolido pela floresta,dando à perna porque o caso poderia ser muito bicudo.A noite há muito que tinha caído sobre o vale e nós,os que o tínhamos acompanhado ao campo do Enxofães,gritávamos alto e o som ecoava na floresta:Antonino,Antonino, saia do mato porque já não está por aqui ninguém.Ainda hoje o vejo a subir um caminho lentamente,cansado e enlameado.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O homem da carrinha dos bolos

(Os Lapões e ao centro,Dr.Pascoal,do Santana)

O percurso de cada um é feito de aventuras e mudanças porque existimos para isso, e quantas vezes tão curto e sem história.Claro que não tem lógica que o nosso percurso se esperasse sentado à espera que, na sua imparável corrida, não o conquistássemos, cada um à sua maneira,nos seus ojectivos.A meu ver somos protagonistas de um tempo que nos foi oferecido,mas justamente temporal e, melhor pensando,que nos controlou no assumir e no construir,como acontece agora comigo nesta viagem às recordações que foram vida e aventura por terras de Montemor.Poderia falar-vos dos Bombeiros,Filarmónica,Santa Casa,que tempos esses que já foram,mas no presente motiva-me antes o Atlético Montemorense ,porque eu sou pelos fracos e o clube desportivo montemorense está em agonia ,porque todos o abandonaram e eu também, e já lá vão uns bons 7 anos.A dra Carla Serrano,com outros,ainda vai realizando o Concurso Vestido de Chita,gente que ama e nunca desiste,são cá dos meus, e é assim que merece a pena viver sempre. É caso para dizer: pergunta ao vento que passa como vai o Atlético Montemorense! Mas o vento nada me diz.Nos tempos em que o Atlético viveu jornadas de apoteose e tinha muitos amigos,por volta 1987 a 89, da Figueira iam muitos atletas, alguns conversados nas Abadias,onde aos Domingos,eu e o treinador Macalene do Montemorense,procurávamos reforços. Luis Almeida, cujo filho joga na Alemanha,com sucesso,foi das Abadias para Montemor e teve um bom êxito como ponta de lança. O gémeo Carlos Alves,Santos,Ferreira,Quintino os irmãos Lapões e tantos outros,assim como o treinador Macalene e João Almeida fizeram jornadas de futebol que o tempo levou nos Campeonatos distritais de Coimbra.Foi necessário alugar uma carrinha para levar e trazer os jogadores que se deslocavam a Montemor aos treinos. O condutor e proprietário, homem que ganhava a vida a vender bolos, e que um dia se esqueceu de os esconder,não sabia que depois de um treino a fome é mesmo danada de suportar e eis que no dia seguinte logo de manhã, e quando se preparava para os entregar aos clientes,bolos nem vê-los!Tinham sido o alimento dos jogadores. Veio ter comigo a lamentar-se que no treino da véspera lhe tinham ido aos bolos. Não me diga?!,-disse-lhe eu,-o clube vai pagar-lhe os bolos,fique descansado. E pagou mesmo os bolos ao cidadão que fazia este frete de ir a Montemor de carrinha para ganhar mais algum dinheiro para a sua vida,não foi justo que tivessem comido os bolos e não os pagassem.Mas a malta era nova e quando a fome aperta não se cuida da melhor ética. O bom do homem da carrinha dos bolos,onde estará hoje?Na foto, os irmãos Lapões que foram dois excelentes jogadores do Atlético e ao meio o Dr Pascoal,que jogava no Santana.

Macalene, o treinador do Montemorense

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O pintor Manuel Machado

Manuel Machado,pintor,nasceu nas Meãs do Campo,freguesia de Montemor-o-Velho,em mil oitocentos e oitenta e quatro.Aos vinte e um anos rumou a Paris onde ingressou na Academia Julien,mas antes tinha já frequentado a Escola de Belas Artes em Lisboa.Regressou a Portugal no fim da Primeira Grande Guerra e morreu em Lisboa em mil novecentos e vinte e três,com apenas trinta e nove anos,vítima de tuberculose. A Câmara de Montemor-o-Velho lançou um calendário como sendo a primeira de um conjunto de iniciativas de homenagem ao artista das Meãs.Só no Museu Nacional Machado de Castro estão patentes quatrocentas e vinte e cinco obras do artista. Luis Leal,Presidente da Câmara,lembrou que o programa de homenagens em que a autarquia está apostada quer recordar outros homens e mulheres de Montemor e do Concelho que se notabilizaram no panorama nacional e internacional,já que Manuel Machado foi um dos primeiros artistas portugueses a expor no Salão de Paris em mil novecentos e onze.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Orquestra nos Anjos


No passado sábado à noite, a Igreja do Convento de Nossa Senhora dos Anjos,em Montemor-o-Velho,recebeu a Orquestra Clássica do Centro,dirigida por Virgílio Caseiro, e tambem o Coro dos Orfeonistas da Universidade de Coimbra,Rão Kyao e Carlos Guiherme,num espectáculo de intensa beleza musical.O convento de antiquissíma história esteve completamente lotado e o repertório de elevado nível musical,dividido em duas partes,teve no Maestro Vergílio Caseiro o saber e a comunicação com o público feita de arte, graça e risos, originando franca empatia. Strauss,Bernstein,Zeca Afonso,Verdi,entre outros autores,foram conteúdos musicais diversificados, boa escolha que marcou o concerto de ano novo que decerto voltará em dois mil e dez ao Convento onde está perpetuado Diogo de Azambuja, o fidalgo e guerreiro montemorense.Foi uma organização da Câmara Municipal de Montemor, paróquia e Junta de Freguesia,numa bela prenda quando se inicia o novo ano.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

E viva o Atlético Clube Montemorense!

(1º Plano: Henrique Palma, Mário Jorge,Tó João,José Anónio,Eduardo Simões,Luís Barbosa,actual edil,Afonso e Barriga.
2º Plano: Gilberto Moio,António Costa,Fernando Cabete,Fabrício Pinto,Armindo,Armando,Milheiro,Virgílio,Maranha,Fernando,Girão)

Mais uma recordação, ACM,Campeões Distritais da 3ª Divisão, época de 1975/1976! O Blog está a mexer com alguns Montemorenses.Os tempos são outros mas as recordações de uma época distante fazem a conversa e levam a pensar num hipotético encontro em Montemor-o-Velho,com todos os que ao longo de muitos anos estiveram,quer dirigentes e atletas,tambem os patrocinadores ao serviço do Atlético Montemorense.Tudo isto pelo facto de termos publicado uma fotografia de mil novecentos e sessenta,retirada do Jornal Figueira Spor,com uma equipe de futebol do Atlético. Logo e num entusiasmo bairrista,o Setélio,um dos que fazia parte daquela formação,entre outros,disse:”Podíamos organizar em Montemor um encontro com os amigos do Montemorense,revertendo para alguém a designar o que fosse possivel angariar com a iniciativa.”E não faltariam montemorenses,apesar da crise,a juntar-se a esse encontro,estou certo disso.Dessa equipe de mil novecentos e sessenta,além do Setélio,estão ainda connosco; Serrano,Pingó,Figueira e o irmão Mário,Maganão,e a mascote da equipe,Aristides.Apesar de terem já passado quarenta e e nove anos,ainda temos por aí um punhado de amigos da Colectividade e todos aqueles que até a esta data viveram as iniciativas do Atlético,suficientemente capazes de apoiar esta reunião que ainda por cima teria carácter de bem fazer. Nunca fomos daqueles que ficámos ao portal da vinha,isto é,erguemos a bandeira com a modéstia e paixão,não esperando que outros fizessem o que nos pertencia,mas concerteza que a Presidente Drª Carla Serrano,o Dr. Luis Barbosa,antigo atleta e Presidente,o raçudo,porque jogava no limite da sua força, António Pardal,são bem capazes de dar uma mãozinha a esta iniciativa. A ideia aqui fica e para já dois elementos existem, eu próprio e o Setélio, e não será difícil encontrar ums fadistas para animar um encontro carregado de história e simbolismo,já que em Setembro próximo o Atlético Montemorense fará setenta anos de existência e os Montemorenses não o devem deixar morrer porque as Instituições são sempre um bem colectivo para os que têm a sensibilidade de entender esse quadro de cidanania.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O FUTEBOL E A CHITA

(Festa de despedida do jogador Ermínio Maranha)
O Atlético Montemorense foi fundado em mil novecentos e trinta e nove e desde aquela data até mil novecentos e noventa e dois teve treze Presidentes da Direcção. E na Asssembleia Geral,de mil novecentos e trinta e nove a noventa e um ,tambem treze,enquanto que no Conselho Fiscal e na mesma data,mais ou menos o mesmo número.Foi fundado por Urbano Marques Bom,Joaquim Galvão,João Castanheira,Oscar Maranha,Hermínio Veloso,já falecidos,enquanto Antonino Leal,com noventa anos,está actualmente acamado em casa da sua filha Olívia.Relembro ainda o genro Elias Lopes,também um apaixonado do Atlético e meu companheiro como tantos outros montemorenses desse tempo.Falar-vos-ei hoje dos Concursos do Vestido de Chita de imensa popularidade em Montemor, a partir de mil novecentos e oitenta e um,com a Comissão do Carnaval a organizar um dos primeiros Concursos no largo da Feira e já lá vão vinte e oito anos.Estava então no Bairro Novo,junto ao Casino da Figueira da Foz,como Cabeleireiro de Senhoras. O Sansão Coelho, apresentador do Concurso,disse à Comissão que seria razoável convidar um Cabeleireiro para membro do Juri,alguém ligado à moda.Vieram ao meu salão e lá fui eu com um jornalista do Jornal de Notícias,duas modistas da Figueira,fazer parte do juri pela primeira vez e que no meu caso teve longos anos de apoio,mas ligado ao Montemorense.No ano seguinte e porque a Comissão não realizou o carnaval,foi a partir daí que a festa da chita se inicia no Atlético Montemorense e durante anos com muitos êxitos e popularidade na região Centro do País.Em mil novecentos e noventa e um,o Jornal o Título,sediado em Lisboa e com redacção em Leiria,excelente patrocinador,noticiava que já estavam inscritas as concorrentes da Marinha das Ondas,Miranda do Corvo,Granja do Ulmeiro,Figueira da Foz,Buarcos, Cabo Mondego, Tentúgal, Santo Varão,Moinho da Mata Montemor,Quinhendros,Alfarelos,Soure,tal era o impacto da festa da Chita e do Atético Montemorense. Realizou-se no Largo da Feira,muito embora a Praça da Republica e Castelo,fossem espaços onde se realizavam os Concursos,mas era a feira o local que atraía mais assistência.Assim foi que a três de Setembro de mil novecentos e noventa e um,o Diário de Coimbra noticiava que no largo da feira se reuniram duas mil pessoas para assistir ao Concurso,com a participação de vinte e cinco concorrentes,o que no dizer do jornalista,tornava a festa da chita numa garantia nas festas de Setembro, seria um cartaz importante e que cativava as gentes da região.Nesse tempo eu e a Dília,na Rádio Maiorca,”Voz de Montemor”,tínhamos um programa semanal que apoiava as empresas e as empresas apoiavam o Concurso Vestido de Chita com prémios interessantes para as concorrentes.O Hotel Rosa Mar e a Residencial Hani,ofereciam uma semana de férias no Algarve para duas concorrentes,a troco da promoção na Rádio Maiorca. Fazíamos directos com os gerentes dquelas empresas turísticas. Mas a história dos Concursos do Vestido de Chita não cabe neste apontamento pois tem uma longa caminhada nas festas de Setembro em Montemor e seria injusto não prestar homenagem aos que comigo trabalharam num projecto popular e com organização do Atlético Montemorense que viveu excelentes períodos de actividades,onde se destacava o futebol distrital. Nesta altura a drª. Carla Serrano é a Presidente do Clube e continua com êxito a organizar o Concurso Vestido de Chita,com o apoio de outros montemorenses que não querem que a chita seja um tecido de pobres e para esquecer.Já vão mais de sete anos que de todo deixei Montemor e as minhas actividades nas Instituições,continuando a liquidar as quotas a todas elas,mas vou voltar este ano para recordar o que não mais voltará,a carolice e a dedicação de tantos companheiros que nada ganhavam com a sua paixão pelas emoções por Montemor.Tudo se transformou,julgo,pois hoje até a carolice sai cara e só com apoios seguros estas iniciativas tem espaço para funcionar.O Atlético Montemorense julgo que agora não tem actividades.Mas a Dra. Carla Serrano lá vai promovendo mais uma festa da chita que teve e voltará a ter,certamente, o apoio popular das gentes das terras de Montemor.

(Concurso do Vestido de Chita,Largo da Feira,1981)

sábado, 10 de janeiro de 2009

Recordações no baú

( O Davis é um cão de raça chinesa, um shar pei)
Volvidos sessenta anos,que tempo imenso,já feito de alegrias e tristezas, é graças aos cuidados da Dília que tem gosto em manter as peças das recordações,há mais de quarenta anos,que voltei a ver a fotografia da Farrusca, a cadela da minha infância.Viaja agora pela Internet,com surpresa minha! Confesso que sou um desastre na manutenção de objectos de estimação,é próprio da minha indisciplina,ao contrário da Dília,minha esposa,qual conservadora de museu,que guarda recordações da sua infância.Mas eu não, e tenho pena de não saber guardar as minhas memórias.Então,a mãe Dília e a filha Isabel surpreenderam-me porque me revelaram a Farrusca na net.Eu já não sabia onde parava a fotografia.Em cima da taipa,de boné, eu feliz com a Farrusca e o seu filhote.Valorizo de todo a condição humana e a sua racionalidade humana e o social.Mas nunca deixei que os animais não tivessem o seu espaço na minha vida, entendo deverem partilhar o nosso percurso com os cuidados que lhes devemos na sua condição de irracionais.A cidade,os quartos,as pensões,influenciaram o meu afastamento e contacto vivo e emocional com os cães, mas nunca digas não,pois agora volto a estar envolvido com o Davis,um cão que foi cachorro pequeno e que agora pesa mais de 20 kg e que me devolve estímulo e a noção certa de que os animais nos transmitem muito. Se porventura não apareço à hora habitual fica alvoraçado correndo de um lado para outro,em casa da minha filha, porque o amigo não veio buscá-lo para que ele possa ir sair e alçar a pata e marcar o seu território,às vezes são mais de vinte mijadas sobre o chão,paredes,árvores!!Mas o Davis sensibiliza-me pela sua aproximação à família,porque a sente no seu pormenor,cuida dela e da casa, e se alguém faz barulho ou se mete com o meu netinho,é certo e sabido que o bom do cão se aproxima com a garantia que está ali para o defender,rosnando com modo de poucos amigos. O Davis é um “SENHOR “pois vai à clinica, tem uma alimentação própria,toma banho com gel indicado e vive em família.Coisa muito diferente aconteceu com a Farrusca,que também tinha uma família,mas faltou-lhe tudo,como era normal, e como acontecia também com muitos humanos na minha infância.Ainda não tinha chegado a época da sociedade de consumo,via canina,como hoje acontece com a indústria de produtos para animais de estimação,actualmente em franca prosperidade.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Farrusca!


(Fotografia tirada pelo Padre João Direito, na minha eira)

Os que estudam o fenómeno do comportamento dizem que o estruturamos nos primeiros anos de vida,face ao meio e educação,o pior e o melhor carácter e a racionalidade.Talvez tenham a sua razão,por mim acho que sim, e vou explicar o porquê das minhas recordações no Casal Novo do Rio,Montemor-o-Velho,o tal povoado alumiado à luz do petróleo,ainda nos anos cinquenta, e mais, se a memória não me engana.Entre a vivência rural pois no povoado todos trabalhavam nos campos,com um ou outro empregado nos caminhos de ferro,guardo ainda recordações que são marcadamente intemporais,três delas não se apagam:a Farrusca,uma cadela rafeira,muito baixa e comprida e de orelhas caídas que só lhe faltava falar,como se costuma dizer; o caldo e a broa que as crianças comeram com sofriguidão e por fim a barba do velhinho que deitado numa esteira assumia o seu estado e o desleixo dos familiares.Vamos por partes:regredindo décadas e décadas,recordo que aquele animal ainda me transmite uma ideia de bem estar,pois a Farrusca era meiga e tratava a filharada com inacreditável cuidado,deitando-se estendida para que os filhotes mamassem à sua vontade, e depois pegava neles com os dentes e levava-os ao sítio certo onde se acomodavam,ali ficando tempos imensos,num hino elevado da natureza.Como gostava de viver a vida,já que a Farrusca foi intensamente alegre e comunicativa,paria muitos cachorros e a minha avó Conçeição metia-os num saco e deitava-vos,naquele tempo,no imenso Rio Mondego,numa triste crueldade e num povoado tão pobre e tão precário na sua instrução e respeito pelos animais.Aliás,existiu o Zé Santos,já falecido,que tinha o complexo dos gatos,qual pedrada certeira que os aniquilava de todo,quem sabe se não teriam ficado estropiados por lá ,não sei!Do caldo e da broa com que as crianças aconchegaram os seus estômagos, e que reflectia as dificuldades de muitas famílias,escrevo agora.Tratou-se de uns pais,os Barrigas,que cedo iam para os campos e deixavam os filhos entregues ao seu destino, Em minha casa havia caldo,broa,matança do porco ,vinho na pipa,o que naquela época já era muito bom. As crianças tinham fome,indiscutivelmente,mas o meu pai,homem austero e dominador da familia,sempre dizia: “Olivia, dá caldo e broa às crianças.”E elas sentavam-me nuns bancos de madeira ,muito pequenos e comiam enquanto a Farrusca parecia contente também por ver as crianças felizes. Naquela época mil novecentos e cinquenta e sete,já trabalhava na Figueira da Foz. Era o “Coiffeur do Casinó” como diziam os meus amigos das noitadas e borgas, mas voltava todos os domingos ao meu Casal Novo do Rio,onde cortava as barbas e os cabelos aos meus conterraneos e à noite a cidade esperava-me de novo para outra semana e foi assim até aos vinte anos, altura em fui para a Policia Militar,em Belém.Eu tinha um cliente velhinho a quem me custava fazer a barba,pois o Ti Cavaleiro,estava deitado numa esteira e a sua cara foi sempre escura,tendo em conta a sujidade que deslizava à frente da navalha de barbear.Um domingo e outro,esquecia-me de propósito,até que um dia,a Mãe Olívia que me deixou belos exemplos e bons conselhos,pediu-me com a sua benevolência: “Vai,vai fazer a barba ao homemzinho,filho, pois um dia tambem serás velho como ele.E a partir daí fui sempre e com a Farrusca esperando por mim, sentada,olhando aquele triste quadro social.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Sempre o bichinho dos jornais

(Em Belém, Lisboa)
Quando eu vou para a tropa em sessenta,lá veio mais uma notícia do jornalista, agora ao serviço da Pátria. Foi por essa altura que abandonei Montemor e a Figueira mas não o jornalismo amador,sempre modesto,porque a graça está nisso,já que para escrever um parágrafo era uma enormidade de tempo.Confesso que a mania da comunicação me atormentou sempre e já em Lisboa escrevi um pequeno texto no jornal República,do grande antifascista Raul Rego,a denunciar a violência na escola em Montemor,pequena noticia que deu polémica na Vila,pois era um periodo em que o professor batia bestialmente nos putos,hoje é o contrário,enfim.Os democratas em Montemor assinavam a República,claro que era um Jornal da oposição ao Salazarismo e em Montemor,voltei a ser o Repórter Mabor,mas desta vez a mania tinha ido mais longe ao denunciar a brutalidade do senhor professor,já falecido e que esteja em paz.Quando em mil novecentos e setenta oito,regresso à Figueira como Cabeleireiro de Senhoras e me aproximo de Montemor e das Instituições,então sim,tenho uma história de paixão com o jornalismo amador,mas sentindo sempre a humildade de que a minha profissão estava na arte dos cortes de cabelo e a brincadeira dos jornais era uma fuga e uma emoção e nada ganhava com o meu amadorismo,apenas e só o prazer de comunicar. Jornal de Montemor,Correio da Figueira,Beiras, Diário de Coimbra,Gandâra Mira,então na Rádio Maiorca e Beira Litoral,foram anos e anos de coisas que me davam gosto e aprendizagem com os outros. E depois acabei mesmo por fundar o jornal Terras de Montemor e Região Centro, em 2002, que durante um ano esteve nas mãos dos leitores.

Repórter MABOR, o sonho do rapaz!!!

(Ao lado de António Moreno, já falecido)

Nasci em mil novecentos e quarenta no Casal Novo do Rio a dois passos de Montemor-o-Velho, um lugar rural banhado pelo imponente Rio Mondego de cheias imensas que traziam ainda maiores dificuldades às suas humildes gentes,que laboravam de sol a sol pelos campos.Apesar de o meu pai pertencer aos Serviços Hidráulicos do Mondego,logo com um ordenado mensal,toda a família trabalhava as terras menos eu porque lá em casa diziam que eu não aguentava a chuva e o sol,por isso seria melhor aprender um oficio. Assim quis o destino.Em Montemor existiam naquela época cinco barbearias,tambem latoarias,alfaiatarias, pequeno comércio e era só escolher a “formatura”. Fui trabalhador estudante,pois então!Da Escola primária à barbearia e fui um felizardo no dizer dos meus irmãos pois até o almoço me levavam à loja,pela mão da minha avó,pois o menino não podia apanhar o sol escaldante,era fraco de forças,diziam.Jamais reneguei as minhas origens,mas eu sabia que existia outro Mundo,porque aquele em que vivia era pobre,era da época em a que a luz do petróleo alumiava o povoado.Por volta dos quinze anos já estava na Figueira da Foz. Novos hábitos e cultura,mas aos domingos lá ia eu às minhas gentes e trazia notícias para o Figueira Spor,um jornal mensário orientado pelo Aníbal de Matos filho.De bloco e caneta na mão percorria as freguesias de Montemor,com o Atlético Montemorense,gostava à brava, e a minha inocência fazia o resto.Muito mais tarde já casado é que a Dília,nessa altura jovem como eu e que ia tambem ver os jogos ao Campo das Lages ,me disse:”Sabes tu eras conhecido em Montemor pelo “Repórter Mabor”, como no programa da Emissora Nacional.”Ou seja, gozavam comigo e eu nem sabia e lá andava a fazer reportagens,armado em grande comunicador.O futebol em Montemor nessa época atraía a população ao campo das Lages,não havia televisão e os entretenimentos foram as jogatanas de meia bola e força,mas sempre com grande alvoroço e a rivalidade com a Carapinheira veio até aos nossos dias,Pereira,Gatões,SantoVarão,Ereira ,Formoselha,se bem me lembro,novos e velhos,aos domingos lá estavam para a gritaria das fortes emoções e dos golos. Eu sem saber estava na crista da onda,era o repórter Mabor ao serviço do Figueira Spor. (Recortes das minhas reportagens, Figueira-Sport, da década de 1960)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ano velho,ano novo, a crise continua

O Dois mil e nove aí está já a percorrer o seu percurso depois das euforias próprias na despedida do velho Dois mil e oito,que já foi novo,antes de cansado e assumida a sua missão,acabar na história do tempo,já que no existir para morrer,ninguém se safa,e tão pouco os dos milhões,acumulados ao jeito de meter a mão,num país adiado,num país que é só para alguns Portugueses.O Presidente da Republica foi contundente na sua mensagem de ano novo ao dizer que a crise é bicuda para este ano tendo em conta a dívida pública, pedindo verdade aos governantes, e só não falou nos roubos de igreja de muitos sem vergonha,e foi pena.Cidadão comum como eu sou, que vem dos tempos das cargas policiais Salazaristas,no Rossio,em Lisboa,da leitura do Marx e da utopia de uma sociedade equilibrada,esperando que o sonho do vinte e cinco de Abril fosse um facto, e vendo o que vejo agora!!!Fico pateta e não acredito que haja tanta desonestidade e mais grave é que ninguém vai preso nesta balbúrdia dos que mais gamarem melhor ficam. Há dias na T.V.passou uma reportagem sobre as reformas de muitos portugueses idosos e deixou-me revoltado e triste a pensar nos que sofreram horrores às mãos da P.I.D.E para vencer o Salazarismo para que outros, e aproveitando o comboio do oportunismo,aí estejam no aproveitamento descarado de um sistema político e social que favorece afinal quem mais se aproxima do próprio sistema.Ano velho, ano novo, a crise continua.

Gentes do mar

(Excerto do folheto da Junta de Freguesia de S.Pedro que inclui boa informação sobre a Cova Gala)

Gentes do mar imenso,corajosos até ao último suspiro ao enfrentar as ondas de vários metros de altura,por vezes engolindo as suas embarcações.Forte motivo de conversa com estes homens do mar, a forma corajosa como buscam o seu sustento e das famílias,as suas nobres vidas.Sinto que lhes devo a minha solidariedade e porque não a minha gratidão. Estas simples gentes da Freguesia de S. Pedro, Cova Gala,a um instante de Figueira da Foz, ao longo destes quatro anos de convivência e apoio profissional,elevaram a minha auto-estima profissional.Depois de muito calcorrear na minha aventura do melhor que fazer na vida nesta profissão de Cabeleireiro de Senhoras e de Homens, depois de Lisboa,Braga,Paris,Costa Adriática, escolas de formação e de trabalho,contactos da alta moda e fantasias que me exigiam linguagem e formas palacianas,com esta gente simples e expontânea,senti que tinha encontrado a minha raíz social e de origem expondo-me e recebendo lufadas de humildade,sem a parvoice da encenação a que por vezes os palcos da moda dos cabelos obrigaram.Aprendi a valorizar o que somos e para onde vamos. O João sem abrigo,dormindo num automovel com os seus cães de estimação,o Pópó que prefere o chão frio para dormir as suas sonecas,o José Bucha,entre outros desprotegidos da sorte ou do juízo,porque não o ter já é também uma desdita,têm sido para mim fonte de crescimento humano e social,de jeito a compreender a minha precariedade.Mas a freguesia de S. Pedro é também uma festa. No Verão com as suas excelentes praias,multidões de banhistas,fala-se na construção de um Hotel,ideias movimentam esta freguesia de futuro e de arejadas e amplas ruas.Depois temos ainda as iniciativas associativas e o S. Pedro,padroeiro das gentes locais,ao qual os homens do mar nas horas de oração e de aflição por vezes,pedem a sua protecção.De um modo generalizado estou grato à população,já recordo os que partiram e alguns deles com sepultura nas frias águas da pesca do bacalhau,e aqueles dois amigos que se afogaram por baixo da antiga ponte dos Arcos. Nessa manhã o sol encobriu-se por entre as nuvens tal foi a brutal e fria notícia que mais uma vez tinha caído sobre os homens do mar. Eu gosto de realçar a importância da vivência dos dias para encontrar a razão porque sentimos que gostamos de nós mesmos e acabamos por aceitar os outros da melhor maneira e sem azias.Eu na Cova Gala encontrei a comunicação franca que dispensa embirrações.Ninguém é igual a ninguém e a minha porta, e dentro dos limites, jamais se fechou a quem quer que seja. Porque a gratidão é um alimento que ajuda a estar bem.

Na foto, eu a pentear num salão em Lisboa, no ano de 1964.Um Diploma que resistiu ao tempo e à minha desorganização com papéis!


domingo, 28 de dezembro de 2008

Glutões e não apenas na quadra!

Talvez seja incómodo para os que não controlam o seu sentimento de inveja ver os portugueses que nesta quadra e nesta crise viajam dentro e para fora do país. Uma enorme faixa de outros passa apenas o virar da esquina para ler o jornal do café e tomar o cafézito do seu contentamento. Com interiorizada franquesa eu digo que até sinto uma leve esperança com a abalada deste pessoal todo pois a disponibilidade financeira destas pessoas é como que uma pedrada no charco da crise e dá a ideia que ainda não vivemos de todo numa terra queimada,daí dizer que sejam felizes e que voltem com bom feitio. O que me tira do sério e resulta em algumas frases grosseiras -mas para com os glutões que comem tudo e não deixam nada, - são os outros do cafezito e de pensões ridículas,o chamado Zé Povinho,que por cá ficam sem escolha e ainda para desgraça sua são quem mais correu com a bandeira reclamando e aclamando os seus ídolos da política,e estes glutões que em 2008 apenas nos têm dado belos exemplos de como no aproveitar pessoal é que está o ganho...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Mais Natal

O Natal foi ontem e hoje ainda estão quentes as palavras e as promessas do belo e do melhor nas mais diversas circunstância da vida.Mas o tempo não pára e hoje mesmo vão perdendo a chama do contentamento.É normal que isso aconteça pois manter o mesmo sorriso e alegria do Natal não está ao alcance de todos. Este é o mistério de Natal e já lá vão dois mil anos.No Natal somos convidados a meditar sobre as nossas relações de sentimentos e palavras,é como que um balão de oxigénio,necessário,pois então,ao menos uma vez por ano para contentamento de todos,respeitando aqueles que por motivos diversos não o podem manifestar.Quem viveu já quase setenta anos e recorda um Natal da infância que foi alumiado com azeite e petróleo,terá que reconlhecer a grandeza comercial da quadra e espantar-se com as palavras do Procurador Geral da República ao dizer que a justiça não está preparada para punir os poderosos. Ora bolas: eu tinha razão com a mensagem desta quadra de que o Natal é dos humildes e desprotegidos da sorte,pois estes têm a justiça do menino e não precisam da justiça dos homens,de alguns homens,porque o poder e a ganância lhes rouba o melhor sentimento que a vida tem: O AMOR .

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

NATAL É QUANDO EU QUISER

Natal é quando os homens quiserem-é a frase por aí divulgada para exemplificar todo ano o que esta quadra exalta, as atitudes e os sentimentos de solidariedade,quantas vezes distantes durante a insensibilidade de um ano.Talvez por isso é notável a magia do Natal,e se assim é que venham os Natais em catadupa,abrindo as portas dos corações de muitos, por forma grata, como por magia vão sentir a emoção e a alegria da solidariedade de sentir o outro como igual no percurso de vivermos para morrer onde tudo se consolida na igualdade do ser.
Sendo certo que o nascimento de Jesus Cristo,-filho do homem ou de Deus ?-em qualquer circunstância justifica grandes festas comemorativas,e da família de forma solene e sentida,não é menos verdade que se o Mestre cá voltasse se lamentaria com esta feira dos Super Mercados,feita celebração material que pouco tem a ver com a imensa espiritualidade dos principios cristãos, através dos tempos agora transformados na razão económica de cada um ficando ao desvario a elementar razão do menino que nasceu na cabana aquecido pelo bafo dos animais de ocasião. É bom que o diga que não venho aqui criticar ninguém,pois já me bastam os meus defeitos a vencer, e que tormento, mas a cada um a sua opinião e eu cá estou a dizer-vos do meu sentir.Depois de passarem estas manifestações da bela gastronomia,e se eu gosto de comer,muitos se esquecem de dizer bom dia ao vizinho que mora mais acima no outro andar pois o bom dia é coisa que o milagre do Natal não transforma em saudação de todos dos dias,Mesmo assim só a custo para alguns a boca se abre.Um dia destes e sabendo que a pobre criatura embirra com tudo que seja comunicaçao,disparei:- Bom Dia! Bom Dia, Bom Natal. Olhou para mim espantada como que a dizer que atrevimento este de me imcomodar,acabando por mergulhar a cabeça na pedra fria do chão, contrariada, lá foi pensando talvez que eu preciso de médico.Temos que motivar estas pessoas para dizer bom dia, nem que seja no Natal, não acham?Por tudo isto e por muito mais que vai no meu íntimo,vivo de interrogações e humildade e faço questão que o Natal seja quando eu muito bem o sentir e desejar.