quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Figueirinhas o poeta pescador



Numa manhã destas, entrei no Bar Beira Rio, na Cova Gala.
Numa mesa estava um grupo de homens do mar, animadíssimos
com as histórias das suas vidas.
-”Bom dia pessoal, “- disse-lhes.
Partilhando o momento, aproximei-me do José Cravo Dias, popularizado por Camões, perguntando-lhe se descendia do grande poeta, e retirando os óculos mostrou-me que tinha um olho de cada cor, daí a alcunha de Camões. Mas este homem do mar vai mais longe na sua alegre disposição, pois quando vai à barbearia, e de voz bastante audível, costuma pedir um corte à Stalone, ou então
uma risca ao meio ou ao lado, só que Camões é amplamente calvo, nem sequer um cabelo para amostra!
O ambiente foi propício á boa disposição fraternalista, daí que Manuel Figueirinhas, 73 anos de idade e com espírito invejável na tertúlia, levantando o braço, quis participar na mesa redonda e em voz audível, diliciou os presentes com a sua veia poética, dizendo:


Camões nasceu poeta
Garrett para escritor
Vasco da Gama para o mar
E Olimpio que é barbeiro
Nasceu para aviador

Pedaços de vida que passam depressa e aproveita quem souber, daí o meu abraço a gentes
que sabem fazer da vida a festa da convivência.

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