quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A vida para além da pobreza

Questiono alguns problemas sociais e do colectivo, se ainda posso colaborar, de algum modo, afastando o comodismo e a fantasia das palavras que o vento sempre levou.
Sejamos claros no que eu penso sobre a fraternidade, se uma multidão de portugueses, nos seus 70 anos de idade, como é o meu caso, ainda "cavam", por aí o pão durante o dia para comer á noite, e quantos não fazem sacrifícios, para dar razão aos seus sentimentos para com este drama brutal das famílias que pedem comida ?
Por isso esta noticia no C.M, tão próxima de muitos cidadãos e de organizações de boa vontade , é quanto eu penso, a vergonha dos governos que não cuidaram , em parte, da estabilidade social e do emprego dos que vivem só de seu trabalho e de reformas que os penalizam no dia a dia , já que ser velho neste país, está de mãos dadas com a mendicidade, em muitos casos de velhice.
Por isso ainda se justifica uma revolução, não aquelas em que uma parte fica melhor do que a outra ,(veja-se o 25 de Abril) e que por ódios e cargas ideológicas, fazem da novidade o massacre de muitos inocentes, pois esse tipo de revoluções aquecem sempre os que ficam perto da fogueira.

O facto é que sentir e intervir junto do povo, sobretudo neste quadro chocante das famílias a pedir comida , foi a traição maior á fraternidade do 25 de Abril.Não tenho e não queria ter essa responsabilidade em cima da minha consciência.É que existiu tempo e espaço para se fazer justiça social, taxando os que mais vivem a curtir a vida , enquanto outros pedem comida , foi nestes anos da revolução a mentira  revolucionária, por isso venha daí uma do amor ao próximo, pois estas revoluções nunca pedem nada em troca.

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