domingo, 16 de dezembro de 2012

Assim se ridicularizam os pobres.

Um visitante anónimo colocou no meu blog uns versos parodiando a pobreza, arrastando-me numa leitura triste e constrangedora, e sobretudo inutil. Como ser humano normal que sou, senti que o caminho mais certo seria apagar aquele ridiculo conjunto de rimas, mas depois mudei de ideias e deixei ficar para que outras pessoas o lessem, e avaliassem a podridão de consciencia que navega na blogosfera, ao lado de tantas pessoas dignas e de excelente carácter. Este mal não é contagiante, é o que vale. Mas tenho pena deste escrevinhador, porque navega no erro, entretendo-se a achincalhar os pobres, sendo ele um pobre de espirito, e desgraçadamente, ou estupidamente nem disso se apercebe. Julga-se habilidoso, e engraçado... são assim os maus actores no palco, e este no palco da vida, que também é um enorme teatro ou circo, cheio de feras e vitimas.
Sabem? Não achei graça nenhuma. É que eu viajo por outros caminhos de sentimentos e justiça social, isentos no que respeita a ideologias de esquerda ou direita. Tão pouco valorizo ódios ou perseguições, e não fico contente com o sofrimento dos outros.
Não; não vou por aí nesse cortejo de miséria e da sua glorificação, gostando de ver transformada uma poesia muito séria, numa ofensa aos pobres (aos pobresinhos.) Todos conhecemos essas quadras, as autenticas chama-se Os Ninhos, são da autoria do poeta Afonso Lopes Vieira, se bem que também haja quem afirme serem de Augusto Gil. O respectivo teor, é didático, é um conselho às crianças em relação aos ninhos e aos passarinhos. E aproveitando os "inhos" este espertinho ridicularisou os Pobresinhos.
Eu lembro-me da mendicidade que havia antigamente em Montemor e nas suas freguesias; mas também conheci pessoas a mendigar em paises comunistas que visitei. Nalguns até tinham o espaço delimitado, para os pobres não se poderem aproximar dos estrangeiros.
Disse Jesus Cristo:- Pobres, sempre os tereis...
E é verdade, o mundo está cheio de pobres. Mas os pobres são pessoas; e por isso eu contesto todo o ridiculo com que se queira ofendê- los. Primeiro porque todo o ser humano merece respeito, e depois porque ao pobre já lhe basta a sua triste condição.

Um comentário:

  1. É pá até que enfim que chamas os bois pelos nomes. Assim está bem, agora andares com paninhos quentes a aceitar tudo o que te querem inpimgir, olha que já bastava.
    Colega Rui.

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