terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fazer comparações entre Cerejeira e D. António. bispo do Porto, é desconhecer por ateísmo os valores cristãos.



Nos últimos anos tenho votado no partido comunista, pelo facto suficiente da sua mensagem social se aproximar dos ideais de Abril, mas também por ter deixado de acreditar nos outros partidos a descambar prá direita, os quais em grande parte arruinaram o país e foram fazedores de novos riquismos, ignorando os que vivem só do seu trabalho, traindo assim a partilha dos meios produtivos do trabalho e do estado Social, que agora estão na mão de alguns usurpadores sem coração que chupam a ultima gota de sangue e os anéis dos dedos aos que precisam de tratar a sua saúde.
Assumo assim as minhas razões cívicas e em liberdade o faço ao votar no partido comunista, mas sou franco em dizer-vos que o faço com reservas, e sobre alguns dos seus discursos fico a pensar que, se acaso o partido comunista fosse poder, eu não perderia a minha liberdade religiosa?- face ao fanatismo tão exacerbado de um estado marxista puro e duro, sem a aceitação de qualquer diálogo ou práticas divergentes, ofendendo a fé de cada um!
O blogue Aldeia Olímpica, recorda e aponta os crimes da Inquisição, os quais constituíram uma época negra do cristianismo,mas não só pois também o poder politico resolvia tudo mandando matar, e sempre em nome de Cristo. Épocas de atrazo, que a história guarda para nossa vergonha, pois não se pode (nem deve) passar um algodão molhado por cima desses horrorosos crimes, e apagá-los da memória colectiva.
Quando recordo Cerejeira, o Cardeal ( tudo isto se passa no meu tempo de contestação ) de mãos dadas com Salazar, "ignorando" os crimes do Estado Novo, nomeadamente nas prisões, onde morriam os opositores postos barbaramente inconscientes, não era necessário matá-los, porque as técnicas de martírio vinham ensinadas da Itália e da Alemanha, basta ler para ficar a conhecer por dentro os horrores daquele tempo e daqueles "chefes" para que qualquer cristão, mesmo aqueles só de missas, sintam asco ao Salazarismo.
Agora, caros companheiros,comparar D. António bispo do Porto a Cerejeira, é estar a calcular errado. É do domínio público a carta que D. António enviou a Salazar,enfrentando-o com a denuncia da pobreza dessa época, a sardinha para dois ou mais, e não só a pobreza mas também a existência da policia politica, que pela calada da noite arrombava as portas dos opositores, arrastando-os para o exílio, e não raro para a morte.( 1959 a 1969 foram anos funestos.)
Para mim é cegueira ideológica, e preocupa-me uma comparação que desvaloriza os que acreditam que o cristianismo pode e deve melhorar os que o sentem verdadeiramente.
Baptista Bastos comunista confesso, que leio e admiro, escreveu sobre D.António bispo do Porto neste sentido : -é um crente intelectual, sabe latim, grego e alemão, e a Igreja em Portugal precisa da sua força e da sua fé, porque pratica a doutrina social da Igreja.
Em minha opinião parece - me que alguns comunistas não tem este equilíbrio, e talvez por isso o povo tenha medo e não vote num partido que é importante, e mais ainda o é, nesta fase terrível na vida de alguns portugueses. Há que ter coragem, eu não a quero perder, assim como a convicção de saber até onde posso ir.votando no partido comunista.
Não quero branquear os crimes de Igreja,( porque não denunciam os crimes do comunismo?) mas infelismente nem só a Igreja os tem,o ser humano é imperfeito seja monge ou catedrático, comunista ou cristão

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