Cá em casa na noite e na madrugada dentro é muito difícil dormir!!!
Nós os velhos já vivemos imenso.Somoss agora com os problemas respiratórios uma desafinada banda de músicos com abrigo, cada um rebentando com a escala do solfejo, agora tosses tu e depois sou eu. A patroa mete dó!!! O meu" Salazar"que sempre pesou bem um alqueire de milho para saber quantas broas devia colocar na mesa, estás de rastos, tão pouco a preparação de férias em Armação, lhe merece cuidado!!Eu sou a" besta" cá do sitio!!! Qual febre e qual tosse ? A fome parece desafiar todos os demónios e sustenta de pé um corpo que cada vez vai valendo pouco menos de nada, a iniciar a sua ruína e queda .
É isso...Não valemos nada, escreveu o Agostinho, sobre a conversa no café, da qual eu fazia parte.
Se eu fosse inteligente dava para um excelente texto existencial e de respostas a estes maquiavélicos confrontos de não conseguirmos caminhar de braço dado com a vida e as suas naturais diferenças....É nesse constante rodopiar da minha teimosia e a "mania que sou bom", que acabei por chegar á sublime quietude que em boa verdade não valho mesmo nada, menos ainda do que uma bomba do Pinto da Costa, segundo dizem com elementos venenosos que se poderiam introduzir na outra bomba, a atómica.
Se formos capazes de perceber a nossa interioridade e sobretudo com práticas de comunicação com os outros que não valemos nada, aplicando no dia a dia os exemplos e a noção que todos vivemos essa realidade, digo-vos com a mais sincera humildade...Somos mais felizes, porque de" retóricas padrecas" quem sabe disso sou eu!! Nesta moldura de vida, vivermos em paz com os outros e com os nossos defeitos e qualidades, não é fácil. Mas tenham a certeza que um dia destes vou morrer nesse estado, em paz comigo e com os outros, daqui já ninguém me tira. O Agostinho, tem razão, não valemos nada e justificava na pena do "escritor" um debate alargado e presente á consciência de cada um e a tentativa em melhorarmos o tu cá tu lá, ai sim seriamos os maiores e teríamos mais valias, então. O Agostinho ficou-se pelo titulo o que é pouco, ele tem capacidade para mais num assunto muito das nossas relações de rua e de café, não basta dizer é urgente fazer e dar o exemplo e retirar o melhor dessa efémera anatomia de não valermos nada, mas valemos alguma coisa.
Quando percebo a grandeza e a miséria de conteúdos dos que me rodeiam, os que pensam ter o rei na barriga, penso logo que um dias destes vens por aí abaixo e bates com o rabo na pedra fria da vida e acordas então para um excelente tema...Não valemos nada.
Até lá muitos vivem iludidos espalhando a sua soberba fantasia, não aproveitando um sorriso de criança, uma sábia palavra de um velho, um telefonema de um bom amigo que nos diz que valemos alguma coisa, o mar, os animais, tantas pequenas coisas na sua alegria, ai sim somos bons a valer, no resto de zangas, invejas, rancores, vou ali já venho.
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