quinta-feira, 26 de abril de 2012

Eu e a minha mulher fomos burlados.

Quando me lembro do rigor e das dificuldades que durante tantos anos foram vividos por mim e geridas pela minha mulher( que tinha esse cargo) para cumprir com as despesas familiares, mas principalmente as inerentes ao salão de cabeleireiro onde a renda do dito, ordenados das empregadas, previdência e o IVA nos apoquentavam dia a dia, eu ainda me aflijo. Nunca hei-de esquecer o dia em que a minha mulher me disse...Olha Olimpo, não podemos ir de férias para Armação de Pera, está ali dinheiro para os ordenados, e não há sobras. Não podemos arriscar, não vamos, pronto. E não fomos.
Claro situações iguais a esta terão acontecido a outros patrões, e outros também havia que sacrificavam o pessoal, por isso é que os patrões ainda hoje têm má fama.
Pois, paguei tudo, mas agora fui burlado. Eu e todos os membros da minha família. Já viram isto ? O jornal d'hoje informa-me em letras garrafais que cada português deve DEZOITO MIL EUROS .... Mas que barbaridade !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ora esta ? Ninguém está livre de ser burlado e este jogo sujo causa pânico em qualquer familia, neste caso na minha. Já nem temos tempo para pagar, nem gosto de o fazer, diga-se em abono da verdade.
Miseráveis e incompetentes que tomaram a democracia a seu modo e arrastaram-nos para o caos. Gente sem coração, no lugar dele terão por certo um pedaço de toucinho bem gordinho, adquirido ao longo destes anos de governação desastrosa em que comeram a carne, e deixaram os ossos para nós os roermos, como castigo da nossa confiança cega em tal gente.
Que diabo, uma divida destas aflige gente séria... Até reunimos para comentar, filhas, neto,e também o cão o Sharpei, um animal por demais afectuoso,que sofre com os problemas dos donos. Assim fossem estes politicos de aviário para com o povo, que os elegeu e lhes deu o futuro e a fortuna. (Papalvos ingénuos, digo eu agora, porque também incluido.)
Quase havia panico na reunião familiar, todos botavam palavra, eram as filhas a zombar sarcasmos sobre tais famintos credores,era eu com voz alta e grossa a tentar que me ouvissem, até o cão já rosnava, porque detesta estranhos e se calhar adivinhou o género de quem se tratava.
Mas havia que terminar, e como escrever a acta... veio a pessoa indicada. Quem ? Ora, quem, a minha mulher que com a calma habitual tudo escreveu : que os pais já não tem tempo de vida suficiente para pagar, e as filhas e o Gabriel também não o desejam fazer.Ficou então a promessa da construção dum cartaz, para em manifestação com data a combinar, gritarmos todos pelas ruas a plenos pulmões gastadores ! Imcompetentes ! mafiosos ! mafiosos ! não paganmos, não pagamos....

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