quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nesta madrugada de Abril,tinha 33 anos de idade e farto de comer o pão que o diabo,havia amassado para mim.

O vento lá fora sopra forte.Como sempre espreitei pela janela e não chove nesta madrugada de Abril, mas os militares estavam já na rua há 38 anos para nos trazer a liberdade que todos ,ou alguns desejavam para este país.
Volvidos 38 anos deu no que deu a coragem dos militares, mas o povo que gemia com a carga dos sacrifícios, está hoje como estava nesse distante ano de 1974, e por culpa dos que se aproveitaram sem remorsos de uma revolução talhada e venerada por idealistas que hoje tem os seus pregos de ouro, escondidos nos colchões do seu despudor.
Esta madrugada de Abril,trazia o diabo no ventre,e eu recordo-a tanto que me emociono ao lembrar-me de Salgueiro Maia.O militar desconhecia pela sua solidariedade pura para com o povo, que no ventre da revolução trazia os inimigos dela e que o que ele sentia no gemer dos seus sacrifícios,seria outra vez enganado e atirado borda fora na sua dignidade e diculdades no dia a dia. Se porventura nesta madrugada eu espero ainda o verdadeiro Abril com a mesma esperança que eu perdi numa idade em que os sonhos de hoje dão lugar a certezas de uma vida longa.Mas sempre leal aos valores da liberdade e da justiça,l trazida afinal para os espertos do partidarismo, já que sentir o gemido das causas populares é outra coisa e é neste quadro que vou vivendo e partindo um dia de cada vez

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