sexta-feira, 12 de abril de 2013

A CENA DOS CHOURIÇOS

Compreendo que nos aviões não se transporte alimentos, mas o prazer de levar aos meus amigos Milagros, alguns produtos que dificilmente tem na sua mesa, justificou o motivo e o risco de se perder na fiscalização no aeroporto de Havana.
Se a hospedeira nos deixou um comunicado da Republica de Cuba, avisando que não era permitido alimentos no desembarque em Havana, logo fiquei na expectativa
o pior que poderia acontecer-me á chegada, numa situação que para mim não tinha alternativa.
A mala tem alimentación? Não, não tem nada disso, respondi aos aduaneiros, dois indivíduos de cara muito fechada.
Um deles meteu a mão pelas roupas que camuflavam no fundo os produtos e com seis chouriços na mão, perguntou-me; o que é isto?
Estava completamente aturdido e sem saber o que dizer. Tinha sido apanhado numa mentira, pois aprova do delito estava ali nas minhas ventas e só me restou inventar algumas palavras que me livrassem daquela situação por mim motivada num Chico -Esperto, que resultou.
Mas é crime dar de comer a quem tem fome? Os aduaneiros sorriram e eu fiquei um pouco aliviado com aquela saida expontanea e logo ao mesmo tempo, de constante pressão. Digam-me. Se eu vos der um chouriço, também é crime e vou ser preso?
Os homens sorriram de novo e perguntaram-me de que pais eu viajava para Havana.
Portugal, disse-lhes. Cristiano Ronaldo? Sim, sim, do Benfica, viva o Benfica, exclamei em voz alta para rodear a situação de boa disposição, Os homens desta vez passaram do sorriso ao riso e já com os chouriços escondidos, abalei com o resto da encomenda para os meus amigos Milagros.

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